Guilherme Coelho vira assessor especial de Raquel com salário de R$ 12 mil

Empresário bem-sucedido em Pernambuco na produção de uva e manga no Vale do São Francisco, presidente da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), Guilherme Coelho virou assessor especial da governadora Raquel Lyra(PSDB). O salário é de R$ 12.254,94.

Mas Guilherme, que disputou o Senado na chapa de Raquel, e é ex-prefeito de Petrolina, está dispensado de bater ponto no Palácio do Campo das Princesas. Pelo que deixou a entender, atuará fazendo articulações no plano nacional.

“Estou muito entusiasmado em colaborar com o governo de Raquel visando o crescimento do nosso Estado. Estamos juntos desde o início de sua campanha, acredito na sua seriedade e compromisso com os pernambucanos”, declarou.

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Da Agência Brasil

Quinze alimentos in natura ou pouco industrializados vão compor a cesta básica nacional e pagar imposto zero, com a reforma tributária. O projeto de lei complementar que regulamenta o tema, enviado na noite desta quarta-feira (24) ao Congresso, trouxe ainda 14 produtos com alíquota reduzida em 60%.

Na justificativa do projeto, o governo informou que se baseou nos alimentos in natura ou “minimamente processados” para definir a cesta básica nacional. O texto destacou que o governo seguiu as recomendações de alimentação saudável e nutricionalmente adequada do Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde.

Embora tenha citado motivos de saúde, alguns alimentos com gordura saturada, como óleo de soja e manteiga, ou com substâncias que criam dependência, como o café, foram incluídos na cesta básica nacional. Nesse caso, a justificativa é a de que esses itens são essenciais na alimentação do brasileiro e já fazem parte da cesta básica tradicional.

Confira a lista dos alimentos da cesta básica nacional:

  • arroz;
  • feijão;
  • leites e fórmulas infantis definidas por previsão legal específica;
  • manteiga;
  • margarina;
  • raízes e tubérculos;
  • cocos;
  • café;
  • óleo de soja;
  • farinha de mandioca;
  • farinha de milho, grumos e sêmolas de milho, grãos de milho esmagados ou em flocos;
  • farinha de trigo;
  • açúcar;
  • massas;
  • pães comuns (apenas com farinha de cereais, fermento biológico, água e sal).

O governo propôs uma lista estendida de alimentos com alíquotas zero. Eles não estão na cesta básica nacional, mas também não pagarão a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) nem o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). São eles:

  • ovos;
  • frutas;
  • produtos hortículas.

Outros 14 tipos de alimentos tiveram alíquota reduzida em 60% no projeto de lei:

  • carnes bovina, suína, ovina, caprina e de aves e produtos de origem animal (exceto foie gras), miudezas comestíveis de ovinos e caprinos;
  • peixes e carnes de peixes (exceto salmonídeos, atuns; bacalhaus, hadoque, saithe e ovas e outros subprodutos);
  • crustáceos (exceto lagostas e lagostim) e moluscos;
  • leite fermentado (iogurte), bebidas e compostos lácteos;
  • queijos tipo muçarela, minas, prato, queijo de coalho, ricota, requeijão, queijo provolone, queijo parmesão, queijo fresco não maturado e queijo do reino;
  • mel natural;
  • mate;
  • farinha, grumos e sêmolas de cerais, grãos esmagados ou em flocos de cereais (exceto milho);
  • tapioca;
  • óleos vegetais e óleo de canola;
  • massas alimentícias;
  • sal de mesa iodado;
  • sucos naturais de fruta ou de produtos hortícolas sem adição de açúcar ou de outros edulcorantes e sem conservantes;
  • polpas de frutas sem adição de açúcar ou de outros edulcorantes e sem conservantes

O projeto também propôs alguns produtos de limpeza que pagarão alíquota reduzida em 60%. Segundo o governo, esses itens são bastante consumidos pela população de baixa renda:

  • sabões de toucador;
  • pastas de dentes;
  • escovas de dentes;
  • papel higiênico;
  • água sanitária;
  • sabões em barra.

Em todos os casos, o governo optou por listas reduzidas, com prioridade para alimentos sadios ou o consumo pela população mais pobre. No início de abril, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) encaminhou um pedido ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para ampliar o conceito de cesta básica e incluir alguns itens de luxo.

Os supermercados defendiam a isenção de impostos para itens como fígados gordos (foie gras), camarão, lagostas, ostras, queijos com mofo e cogumelos. Já itens como caviar, cerveja, vinho, champanhe e chocolate teriam redução de 60% na alíquota.

Ultraprocessados

Apesar da justificativa de preservar a saúde, em outro ponto do projeto de lei, o governo excluiu alimentos ultraprocessados do Imposto Seletivo, que incidirá sobre alimentos considerados prejudiciais à saúde. Apenas bebidas com adição de açúcar e conservantes sofrerão a incidência do imposto.

Em março, um manifesto assinado por médicos como Drauzio Varella e Daniel Becker, além de personalidades como as chefs Bela Gil e Rita Lobo, pedia a inclusão dos produtos ultraprocessados no Imposto Seletivo. Intitulado “Manifesto por uma reforma tributária saudável”, o texto teve apoio de organizações como a Associação Brasileira de Nutrição (Asbran), a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

Paulista - No ZAP

Aconteceu entre os dias 22 a 25 deste mês o VIII Simpósio de História AESA-CESA, realizado pelo Departamento de História da Instituição – tendo como tema “Memórias da Resistência, 200 anos da confederação do Equador”. O evento deu o pontapé inicial nas celebrações e discussões a respeito deste movimento no Estado, que completou 200 anos. O Simpósio contou com a participação de especialistas conhecidos na temática nacional e internacionalmente.

Petrolina - Melhor cidade para viver 2024

Por Betania Santana*

O imbróglio na vaga de vice na chapa do prefeito João Campos (PSB) ainda nem foi resolvido e o Partido dos Trabalhadores no Recife já está envolvido em nova polêmica.

Após abrir inscrições para compor a chapa antes de combinar com o gestor – listando os nomes do deputado Carlos Veras e do assessor especial do Ministério das Relações Institucionais Mozart Sales – o Diretório Municipal do PT propõe a substituição do secretário de Habitação, Ermes Costa, pelo secretário-executivo, Felipe Cury. O lugar dele seria ocupado por Marília Bezerra, secretária-executiva de Meio Ambiente.

O grupo observa que a atuação do secretário, na pasta desde março do ano passado,  é insatisfatória. A decisão já foi comunicada à chefia de gabinete do prefeito e à Secretaria de Governo. Mas ainda não teria havido uma conversa com  João Campos.

O assunto já estava em discussão há cerca de seis meses. Rumores apontavam que a mudança seria oficializada ontem, mas até as 20h ela não aconteceu.

O presidente do PT do Recife, Cirilo Mota, disse ser comum no partido avaliar as indicações. Adiantou que o resultado da discussão será levado ao prefeito, mas já falou no passado sobre a atuação do secretário. “Ele marcou a gestão de forma positiva. Mas precisamos acelerar as entregas e melhorar a relação com os movimentos sociais.”

Ligado ao senador Humberto Costa, o secretário disse ter sido pego de surpresa. “Não fui procurado, não fui convocado e não fui informado da decisão do diretório. Estou no cargo a convite do prefeito João Campos e por indicação do meu grupo político.” Ermes Costa continua trabalhando.

Segundo o secretário-geral do PT no Estado, Sérgio Goiana, o Construindo um Novo Brasil, majoritária na legenda, é contra esse e outros encaminhamentos antes de uma conversa entre Humberto Costa, Carlos Veras e Teresa Leitão.

*Colunista da Folha de Pernambuco

Ipojuca - Minha rua top

Da CNN

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, é um dos principais nomes associados à renovação na política brasileira, mas tem antes pela frente um desafio no quintal de casa: arejar o discurso de seu próprio partido, o PSDB, em um momento que define como crucial para a sigla que elegeu Fernando Henrique Cardoso presidente e, hoje, tem a própria sobrevivência colocada em xeque.

“O PSDB passa por um momento de reflexão profunda sobre o seu presente e sobre o seu futuro. Vive-se de fato um momento crucial, sobre quem queremos ser, com quem vamos nos alinhar”, afirmou a governadora ao CNN Entrevistas, na mesma semana em que o partido lançou um “Farol da Oposição”, reforçando a posição contrária ao governo do PT.

“Sempre defendi, desde que disputei as eleições e depois, eleita governadora, que o partido tivesse uma postura de independência (do governo Lula), especialmente neste momento de construção de consensos. Continuo defendendo independência em relação ao governo federal”, salienta a governadora.

Aos 45 anos, Raquel Lyra foi um dos três nomes tucanos eleitos em 2022 para governos estaduais, ao lado de Eduardo Leite (RS), primeiro gaúcho a vencer duas vezes consecutivas a corrida pelo Palácio Piratini, e Eduardo Riedel (MS), um empresário que estreou com vitória nas urnas ao superar um candidato apoiado pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL) em um dos estados de maior apoio ao ex-mandatário no país.

A vitória de Raquel ao Palácio do Campo das Princesas também tem ineditismos: foi a primeira vez que uma mulher foi eleita governadora de Pernambuco, em uma chapa 100% feminina, ao lado de Priscila Krause (Cidadania). Uma eleição também marcada pela perda do marido, Fernando, no dia do primeiro turno.

Neste ano de eleições municipais, Raquel não só permaneceu no PSDB, como articulou filiações e candidaturas pelas cidades pernambucanas ao lado do Cidadania, partido federado aos tucanos. Com isso, afastou, pelo menos por ora, os rumores de que trocaria de partido – ela já foi filiada ao PSB e até hoje fala com admiração de Eduardo Campos, embora tenha no filho do ex-governador, o prefeito do Recife, João Campos, um potencial adversário nas urnas em 2026.

“Eu não sou candidata a nada em 2024, eu posso ser reeleita em 2026. Mas para os enfrentamentos que existem, precisamos ter um cuidado com a gestão”, disse a governadora. “O PSDB precisa estar muito ancorado sobre suas gestões para mostrar ao Brasil aquilo que pode trazer de diferença: responsabilidade, compromisso com as pessoas, com responsabilidade econômica e fiscal.”

Ao ser questionada sobre como exercer esse papel em um país polarizado como o Brasil e com muito do debate político travado por meio das redes sociais, Raquel Lyra pondera que se trata de um fenômeno mundial, mas que é preciso ter clareza sobre um aspecto: “As instituições precisam estar fortes para manter o papel da democracia”.

Caruaru - Geracao de emprego

O influenciador digital Felipe Neto foi autuado na terça-feira (23) pelo Departamento de Polícia Legislativa (Depol) da Câmara de Deputados por injúria depois de chamar o presidente da Casa Baixa, Arthur Lira (PP-AL), de “excrementíssimo“.

O youtuber deu a declaração durante uma participação em simpósio (reunião formal) no Congresso Nacional. Felipe Neto criticou o deputado por supostamente enterrar o projeto de lei 2.630 de 2020, conhecido como PL das fake news. As informações são do Poder360.

O Depol foi acionado por Lira para “a adoção das providências cabíveis”. Segundo a assessoria do presidente, a Procuradoria Parlamentar da Câmara irá acionar judicialmente Felipe Neto junto à Justiça Federal numa ação penal.

A notícia-crime foi apresentada na delegacia da Depol no mesmo dia em que o comunicador participou do simpósio. “O cidadão Felipe Neto fez comentários injuriosos, ofensivos e gratuitos ao presidente da Câmara dos Deputados“, afirma a assessoria de Lira.

O influenciador digital foi autuado pelo crime de injúria com previsão de aumento da pena, conforme artigo 141 do Código Penal Brasileiro, que trata de infração cometida contra funcionário público em razão de suas funções.

Ao Poder360, Felipe Neto afirmou, em nota, que fez uma “crítica irônica” à decisão de Lira e se surpreendeu com a reação do congressista.

Leia abaixo a íntegra:

“Desde que me posicionei contra a extrema-direita, venho sendo alvo de sistemáticas tentativas de silenciamento. Dessa vez, confesso que me surpreendi, não apenas porque a minha intenção era evidentemente brincar com as palavras para fazer uma crítica irônica à atuação do Sr. Arthur Lira ao engavetar o Projeto de Lei 2630, como ainda porque o Deputado já defendeu várias vezes que seus colegas pudessem falar o que quisessem dentro do Congresso. Se não me intimidei quando a família Bolsonaro tentou me calar, não será agora que me intimidarei. Seguirei enfrentando essa e qualquer outra tentativa de silenciamento, venha de quem vier.”

Camaragibe Agora é Led

Por José Nivaldo Junior*

Ainda estou impactado. Acordei pouco depois das 5h, pensando em emendar um sono daqueles chamado antigamente de reparador, estou precisando. Aí, a curiosidade habitual e a dependência físico/química do zap me fez abrir o celular. O amigo Sidney Nicéas tinha enviado a triste nota. Encantou-se o homem que, do alto do seu poder e prestígio, todo poderoso comandante da Globo Nordeste, deu aulas cotidianas de humildade, companheirismo, criatividade e amor às pessoas. 

Encontrar com Cléo, ouvi-lo na sua forma carinhosa, peculiar de falar, era um momento quase sagrado. Tinha uma pontuação única das palavras. Uma sonoridade  exclusiva e características verbais únicas, que faziam da sua conversa um papo inclusivo, sem barreiras, sem preconceitos. Coração do tamanho da via láctea, tinha na expressão acolhimento familiar a sua maior realização. Apaixonado pelo Santa Cruz, o time guerreiro do povo. Família grande, muitos filhos gerados com sua amada Valéria no ventre do amor.

Conversar é amar

Pelo simples fato de falar com ele,  um estranho se sentia íntimo. Um pobre, milionário. Um rico, um ser humano tratado pelo que é, não pelo que tem. Impossível esquecer uma figura tão grandiosamente idiossincrática.

O desfecho

Há cerca de um ano, Cléo lutava contra uma hepatite insidiosa e cruel. Otimista inveterado, no início subestimou a doença. Mas certos males vêm mesmo para destruir. Esta semana, voltou ao Hospital Português. Os médicos trataram de preparar a família. O desfecho estava próximo. Ocorreu na noite desta sexta (26) para o sábado (27). Cléo partiu para a eternidade deixando um legado que o tempo, em sua ação natural de esquecimento, esmaece mas não apagará por gerações.

*Publicitário, jornalista, historiador e especialista em marketing político

Belo Jardim - Vivenciando Histórias

Após este blog noticiar o falecimento do ex-diretor da Globo Recife, Cléo Nicéas, o advogado Roberto Morais nos enviou uma mensagem reforçando a importância que Nicéas teve para o debate sobre a Lei de Acesso à Informação.

Segundo Roberto, em 2012, Cléo, enquanto presidente da Associação das Empresas de Rádio e Televisão de Pernambuco (ASSERPE), teve um papel fundamental para reunir todos os grandes órgãos de comunicação de Pernambuco para participar do seminário sobre a lei de acesso à informação, recém publicada na época. “Fomos visionários em prever a importância da lei para todos os cidadãos, principalmente para os jornalistas”, pontua o advogado Roberto Morais.

Vitória Reconstrução da Praça

Do Blog Cenário

Após “sugestão” do líder do governo, Izaias Regis (PSDB), que deu luz aos problemas enfrentados pelo Hospital Dom Moura, os deputados Sileno Guedes (PSB), Gilmar Júnior (PV) e Abimael Santos (PL), que fazem parte da Comissão de Saúde da Casa, realizaram uma visita ao equipamento. Chegando lá, para a segunda Blitz da Saúde, foram impedidos de entrar.

Os parlamentares chegaram a acionar a Polícia Militar, caso a decisão fosse mantida, mas após cerca de 40 minutos foram liberados para entrar no hospital. Entretanto, os assessores dos três deputados não puderam acompanhar a fiscalização.

De acordo com uma fonte, o Dom Moura estava sem nenhum gestor de forma presencial, nem mesmo o plantonista, muito menos médicos, que foram chegando aos poucos, depois da presença dos deputados.

A situação da precariedade na saúde pública na gestão Raquel Lyra vem sendo motivo de constantes queixas, inclusive, como citamos, do líder da bancada governista, que também é pré-candidato a prefeito de Garanhuns. O uso do autoritarismo por parte dos auxiliares da tucana ao tentar impedir uma fiscalização dos parlamentares eleitos para isto só reflete o modus operandi do Palácio do Campo das Princesas, que acostumou-se com a imposição e a falta de diálogo.

Por Marcelo Tognozzi*

Quem estava no plenário da Câmara dos Deputados naquele 5 de outubro de 1988 não escapou da emoção ao assistir o discurso do velho Ulysses Guimarães durante a promulgação da Constituição que ele chamou de Cidadã. Chegava ao fim um trabalho de quase 2 anos, embalado pela energia de milhões de brasileiros que, pela segunda vez, em 42 anos, ganharam uma Constituição filha do voto popular.

As outras todas, tanto a do Império quanto as de 1891, 1934, 1937 e a de 1967, foram feitas sem ou com baixa participação popular. Dessas 4, a única a tramitar em clima amplamente democrático foi a 1934, porém, com forte influência do poder econômico. Durou apenas 4 anos. Foi substituída pela Constituição de 1937, a famosa Polaca, escrita pelo advogado Francisco Campos, o mesmo que, 30 anos depois, seria convocado para redigir a Constituição de 1967.

Campos era um especialista em constituições de ditaduras. Trabalhou para Getúlio Vargas em 1937 e, com igual entusiasmo, serviu aos generais do regime militar, inimigos mortais do varguismo. Ambas eram constituições de conveniência, feitas para dar maquiagem legal ao autoritarismo que as sustentava.

Constituições de conveniência servem a poucos. Em 1823, D. Pedro 1º dissolveu a Constituinte e ele mesmo escreveu a Constituição que vigorou a partir de 25 de março de 1824. O imperador fez da nossa 1ª constituição uma lei ao seu serviço.

A nossa atual Constituição já não é mais aquela do discurso de Ulysses Guimarães, de quase 36 anos atrás. Desde que entrou em vigor, ela foi modificada nada menos que 128 vezes (excluídas as emendas da revisão constitucional e as dos tratados internacionais com status de emenda). Apenas em 2022, foram 14 emendas aprovadas, boa parte delas para servir a interesses, ou à conveniência, de grupos específicos, como o piso salarial para agentes de saúde, isenção de IPTU para igrejas, financiamento do piso salarial da enfermagem ou autorizações para gastos extras.

Quem se der ao trabalho de analisar a tempestade de emendas que nestes últimos anos desabou sobre a Constituição vai se deparar com inúmeras iniciativas que poderiam estar em leis ordinárias em vez de “constitucionalizadas”. Transformaram a Constituição num aglomerado de puxadinhos, cada um destinado a servir diferentes senhores.

Uma vez desvirginada pelas primeiras emendas, a Constituição passou a ser interpretada não pelo que está na sua letra, mas pelo que imaginam os ministros do Supremo Tribunal Federal nas suas conveniências de ocasião. Neste momento, em que Supremo e Executivo governam em coalizão, o pudor foi mandado às favas e a força prevalece sobre o bom senso. A ponto de o presidente da República pedir ao Supremo que declare inconstitucional a desoneração da folha de pagamento votada e aprovada pelo Congresso. E, claro, foi atendido por decisão monocrática do ministro Cristiano Zanin.

O presidente apenas fez o que os partidos políticos, especialmente aqueles pequenos, barulhentos e mais bem articulados, têm feito nos últimos anos ao judicializar decisões do Congresso e ganhar no tapetão. Como se a Justiça estivesse acima do Legislativo, um Poder legitimado pelo voto popular. Acolher a judicialização é uma exibição de poder e força, um constrangimento e uma humilhação para o Congresso.

Vivemos a era da conveniência. Temos uma democracia de conveniência, na qual a contestação e o contraditório se tornaram inconvenientes, assim como o jornalismo investigativo e imparcial e a liberdade de expressão, resumida numa frase do genial Millôr Fernandes: “Livre pensar é só pensar”. O próprio conceito de democracia foi reescrito pela conveniência.

A mesma que, hoje, impõe o controle total do cidadão, a formatação da cidadania, e, nesta toada, em pouco tempo extinguirá o papel-moeda. Muita gente ainda não acordou para isso, mas não será conveniente para qualquer cidadão ter dinheiro vivo, irrastreável. Esse direito inconveniente será banido.

Virou um monstrengo a Constituição de 1988. Monstrengo das trevas do fim do mundo, igual ao do poema de Fernando Pessoa. Remendada, desfigurada, repleta de puxadinhos, interpretada conforme as conveniências do momento, deixou de ser o guia da nação. Ela, que nasceu cidadã, se transformou em súdita de um punhado de poderosos.

*Jornalista

Um vídeo enviado ao blog, há pouco, mostra a situação de abandono e de degradação do prédio do Memorial de Medicina, no bairro do Derby, área central do Recife. Rachaduras, parte do teto caindo e muito entulho foi encontrado por lá. 

Confira o vídeo:

Por meio de nota, a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), proprietária do imóvel, afirmou que o prédio foi isolado. “Por conta das chuvas recorrentes desde maio de 2022, a estrutura da coberta apresentou comprometimento, surgiram rachaduras na alvenaria, danificando o forro de gesso, estuque e adereços do prédio. A instituição mobilizou, através das Superintendências de Infraestrutura e de Projetos e Obras, uma equipe de engenharia até o local para atuação na redução de danos ao prédio”, disse a UFPE.

A assessoria da instituição confirma que o Memorial de Medicina de Pernambuco é um importante patrimônio do Estado, tendo sido tombado como tal pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco. “Desde 2022, após um investimento de requalificação no prédio de R$ 722 mil pela UFPE, que a instituição traça diagnósticos da situação infraestrutural. Um mapeamento dos danos, sinalizando a necessidade de ações de restauração e preservação deste patrimônio, foi enviado ao Ministério de Educação já nesse primeiro momento”, ressalta.

A administração central da UFPE formalizou um novo pedido junto ao MEC da necessidade de apoio financeiro para a requalificação plena do Memorial de Medicina. “Desde 2022, a UFPE mantém apresentações culturais regulares no local, como o mais recente “Música no Memorial”, trazendo ainda mais vida para o patrimônio e inserindo o Memorial em um importante circuito da região. Com a atual situação, será necessário que o prédio fique interditado por tempo indeterminado”, pontua a UFPE.

Por Magno Martins – exclusivo para a Folha de Pernambuco

A ministra de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, numa conversa com este repórter em Brasília, afirmou que decidiu tornar pública, oficialmente, a sua decisão de se afastar ou não do cargo, com a intenção de disputar a Prefeitura de Olinda, nos próximos 15 dias. Pela nova regra eleitoral, quem ocupa cargos no primeiro escalão tem até 6 de junho, quatro meses antes da eleição, como prazo para se desincompatibilizar.

“Não sei ainda o meu caminho, só sei que decido nas duas próximas semanas”, disse a ministra. Seu nome aparece na liderança de todas as pesquisas para a sucessão do Professor Lupércio na Marim dos Caetés. Mas Luciana ainda está avaliando o cenário. Já tratou do assunto em duas conversas com o presidente Lula.

Pelo tom da sua conversa, tende a se afastar do Ministério, até porque sua assessoria dispõe de várias pesquisas amplamente favoráveis na corrida pela Prefeitura de Olinda, município que já governou em duas oportunidades. Luciana chegou a comentar que seu nome não é único e que poderá apoiar um candidato no bloco da oposição, chegando a citar o vice-prefeito Márcio Botelho, o vereador Felipe Nascimento e até a ex-deputada Marília Arraes.

“São forças que estão dentro do nosso campo e com chances de derrotar a candidata oficial”, disse, referindo-se à Mirella Almeida, candidata apoiada pelo prefeito. Luciana ocupa a pasta de Ciência e Tecnologia dentro da cota do seu partido, o PCdoB, mas não é certo que se vier a deixar o cargo, o mesmo continue sendo ocupado por um aliado comunista.

Em Brasília, corre nos bastidores que o PSD, do ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, possa ocupar a pasta se a pernambucana largar em junho para disputar a Prefeitura de Olinda. E já se fala até no nome indicado pelo partido, a deputada federal Luiza Canziani, do Paraná.  

Morreu neste sábado (27), Cléo Niceas, aos 76 anos. Ele foi diretor da Globo Recife por 17 anos e se manteve como consultor do Grupo Nordeste até o dia de sua despedida. Cléo lutava contra um câncer no fígado. 

Por meio de nota, a Associação das Empresas de Rádio e Televisão de Pernambuco (ASSERPE) e o Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão de Pernambuco (SERTEPE) lamentaram o seu falecimento.

Confira a nota:

Cléo foi um dos fundadores da ASSERPE,  marcado por seu espírito alegre, pujante, com entusiasmo e dedicação. Foi também Diretor da Globo Recife por 17 anos e consultor do Grupo Nordeste até hoje, reconhecido por sua personalidade inovadora e pela forma como inspirou o meio.

Presidiu a entidade por três mandatos, de 2010 a 2019, sendo responsável por marcas e feitos importantes, desde o fortalecimento institucional até a construção da mentalidade e formato de representação comercial junto aos veículos. 

“Eu sempre tento colocar um pouco dos meus sonhos em tudo o que faço. É o que me faz seguir em frente”. 

“De certa forma, a Comunicação está em minha vida desde que eu nasci”. 

“Eu sonho em ver Pernambuco como um polo poderoso de audiovisual. Não apenas de profissionais criativos e competentes, porque isso já está mais do que provado que possuímos”.

“O que não se pode é ter medo de tentar. Às vezes você acerta e às vezes você erra. Mas isso faz parte. Nos dois casos, alguma contribuição você deixa”. 

“Pode me chamar de sonhador, mas é isso mesmo o que eu sou. Sou movido pela emoção, e é por ser apaixonado pelo que faço que me dá muito prazer poder continuar trabalhando e ir sempre além”.

“Tenho saudades do  futuro”.

Cléo Nicéas