O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, criticou, hoje, o que chamou de “especialistas de Whatsapp”, referindo-se a manifestações postadas em redes sociais. Ele também defendeu a atuação da autoridade monetária na liquidação do banco Master, ocorrida na semana passada, e na manutenção de juros elevados. Segundo ele, a instituição apenas seguiu o previsto em lei nesses casos.
Durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Galípolo afirmou que, às vezes, fica em dúvida deve responder e prestar esclarecimentos sobre cada colocação que aparece nas redes sociais. Para ele, isso poderia atrapalhar o trabalho do BC. As informações são do portal G1.
Leia mais“Toda decisão vai provocar algum tipo de setor que não pode ser agradado, ou um tipo de interesse que possa ser desagradado. E aí você pode juntar a dificuldade de transmitir a informação com algum eventual oportunismo [nas redes sociais], ou impor algum tipo de interesse próprio ou corporativo”, disse.
“As redes sociais, que têm pouca mediação, onde muita gente tem decisão sobretudo, de maneira imediata, peremptória […]. Hoje, temos especialistas de ‘WhatsApp’, que criam o próprio grupo, que dão opinião sobre tudo. Essas coisas vão se propagando, se dissipando. É um dilema para o BC, vai a cada momento interromper seu trabalho para fazer aquilo [responder]?”, completou Galípolo.
O presidente do Banco Central afirmou que, muitas vezes, a desinformação pode ter uma narrativa mais interessante do que a verdade. E, que, no caso do BC, a informação verídica pode ser “técnica, enfadonha e chata”. Críticas mais recentes nas redes sociais apontam para uma suposta demora na intervenção do Banco Central no banco Master.
No caso da taxa de juros, as censuras são as mesmas dos últimos meses. Que a maior Selic dos últimos 20 anos seria excessiva, e que poderia conter o crescimento da economia e do emprego.
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