Uma das estradas mais reivindicadas no Agreste Setentrional, a pavimentação da PE-083, ligando o município de Cumaru a Surubim, com 24 km, finalmente está sendo tocada a todo vapor pelo Governo Raquel (PSD).
Mas a governadora bem que poderia incluir o acesso ao povoado de Malhadinha, de apenas 1,7 km. “Faria um gol de placa. Aqui, moram mais de 100 famílias de agricultores, que precisam escoar seus produtos, como milho, feijão, hortaliças e frutas”, diz o vereador Gilvan da Malhadinha (PSB), na foto acima, o mais aguerrido representante do povo da região, com quatro mandatos na Câmara Municipal.
Recentemente, ele mandou um ofício a Raquel manifestando o sentimento e a ansiedade da população do povoado quanto a inclusão do referido trecho. “A governadora está realizando um sonho antigo de Cumaru, a PE-083, mas estamos clamando para acrescentar mais um trechinho de menos de 2 km”, diz o parlamentar.
Gilvan já apelou também aos deputados que representam o município na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa. “A pavimentação do acesso a Malhadinha nos traria riqueza e prosperidade, pois garantiria o escoamento da nossa produção. Malhadinha também tem história e relevância na região”, afirmou.
O jornalista, poeta, escritor e membro da Academia Pernambucana de Letras (APL), Flávio Chaves, lança, amanhã, às 19h, na sede da APL, o seu mais recente livro, intitulado ‘Sheikha Moza Nasser, Hamlet e o Exílio’. A obra segundo o autor, foi tecida com as fibras do pensamento e da emoção, onde o poder feminino, a dor do desterro e a interrogação existencial de um príncipe se entrelaçam como destinos que se reconhecem no espelho da alma. Confira abaixo o artigo de Flávio destinado à sua mãe, a convidando para o lançamento. Está emocionante!
Mamãe, entre o exílio das palavras e a luz do teu nome, meu livro e eu te esperamos
Mamãe, luz primeira dos meus olhos ainda fechados, colo onde meu nome aprendeu a respirar.
Desde os recantos mais profundos da infância, aquele tempo imaculado em que teu abraço era a geografia sagrada onde minha alma, ainda trêmula, se aninhava para nascer — trago aceso em mim o calor do teu amor, aquele que envolvia minhas manhãs com silêncio e oração, aquele que me vestia com a fé que tu sabias sem esforço, como quem acende uma vela e a entrega ao vento, confiante de que ela não se apagará.
Tu foste minha primeira morada, minha primeira terra, meu primeiro céu. A mulher que traduziu Deus com gestos e pão, com mãos calejadas e ternura infindável. E mesmo quando partiste, quando teus olhos se cerraram para este mundo e se abriram para aquele onde as dores não mais ardem, eu continuei sentindo tua presença como quem sente um perfume esquecido e, de repente, reconhece a eternidade. Tu não morreste, mamãe. Apenas atravessaste o rio. Continuas aqui, no fio secreto das horas, na brisa que me visita quando o silêncio se alarga, na força que me ampara quando o chão se dissolve.
Escrevo-te agora, não como quem escreve uma carta, mas como quem devolve à luz o que nunca deveria ter partido. Quero que saibas que cada palavra que rabisco, cada parágrafo que ouso construir, carrega um pouco do teu olhar. Tu, que foste a primeira a acreditar na minha voz, és também a razão pela qual sigo escrevendo mesmo quando o mundo parece afogado em ruídos. Quando abro o caderno, és tu quem me guia a mão. Quando hesito, é tua lembrança que me levanta. Quando a lágrima ameaça cair, és tu que me enxugas o rosto com dedos invisíveis de eternidade.
E é por isso que venho, com o coração aberto como um livro antigo, convidar-te, minha mãe de luz, para o lançamento do meu novo ensaio, intitulado Sheikha Moza Nasser, Hamlet e o Exílio. Uma obra tecida com as fibras do pensamento e da emoção, onde o poder feminino, a dor do desterro e a interrogação existencial de um príncipe se entrelaçam como destinos que se reconhecem no espelho da alma.
Este livro será lançado no dia 13 de novembro, às 19h, na Academia Pernambucana de Letras, localizada na Avenida Rui Barbosa, número 1596, bairro das Graças, Recife, tua cidade também, teu chão. E mesmo sabendo que teus pés não mais tocam o asfalto, peço que estejas comigo. Não precisas de corpo, porque teu espírito é vasto como a noite, e tua presença é uma estrela que nunca se apaga. Vem, mamãe, vem com teus olhos doces, tua fé que tudo abençoa, teu amor que atravessa os véus. Senta-te ao meu lado, em silêncio, como fazias nas noites em que eu, menino, lia em voz alta meus primeiros escritos, crente de que o mundo cabia no papel.
Tua presença será meu talismã. Tua ausência aparente, minha força. Porque todo livro que nasce em mim nasce também de ti. Toda ideia germina da semente que plantaste com teus gestos. Toda frase carrega teu sopro. Tu és a palavra não escrita, mas sentida. És a dedicatória invisível em cada obra.
Prometo, mãe, que estarei lá inteiro. Com minha alma exposta, com meu coração vibrando, com minha memória embebida de ti. Porque ainda te amo, e te amarei em cada noite de lançamento, em cada leitura solitária, em cada livro que for abrigo. Que este convite voe até ti como uma ave em oração, e que no dia marcado, quando as luzes se acenderem, tu possas sorrir, e dizer em silêncio: “Eu estou aqui, meu filho. Nunca deixei de estar.”
O evento que vai detalhar os bastidores da “Operação Voltando em Paz”, a complexa missão brasileira de resgate na Faixa de Gaza em 2023, acaba de ganhar mais um nome de peso. O comandante da Aeronáutica, Marcelo Kanitz Damasceno, é presença confirmada no painel que ocorrerá no Salão Nobre da Faculdade de Direito do Recife, no próximo dia 24, a partir das 19h.
A confirmação, anunciada pelo professor e vice-presidente do Instituto dos Advogados de Pernambuco (IAP), Eric Castro e Silva, é estratégica, uma vez que Damasceno foi o principal responsável por coordenar a complexa logística que permitiu à Força Aérea Brasileira (FAB) repatriar mais de 1.500 pessoas da zona de conflito no Oriente Médio.
O evento já contava com presenças cruciais para a análise completa da missão – o ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, e o ex-embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas. O ministro abordará o contexto político-estratégico de Defesa e a coordenação governamental da missão humanitária, enquanto o embaixador Candeas detalhará as negociações diplomáticas de bastidores, essenciais para a liberação e passagem dos repatriados em um cenário de guerra.
Com a adição de Damasceno, a reunião desses três líderes — político, militar e diplomático — promete um debate aprofundado que cobrirá desde a complexidade de resgate e a coordenação de alto nível até os desafios da diplomacia em crise.
A poesia do Sertão do Pajeú foi homenageada através de um dos seus mais destacados representantes, José Rufino da Costa Neto, mais conhecido como Dedé Monteiro, natural de Tabira, que recebeu da Universidade Federal de Pernambuco o título de Doutor Honoris Causa, em solenidade realizada ontem, no auditório da reitoria da UFPE.
O título honorífico, proposto pelo Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA), é concedido a personalidades que tenham contribuído para o desenvolvimento da Universidade, da região ou do país pela atuação em favor das ciências, das letras, das artes ou da cultura. “É um dia de muita alegria não por mim, mas por minha família e a família maior do Pajeú, terra da poesia, da rima e da sensibilidade. Estamos muito felizes. O poeta agora virou doutor. Doutor da rima”, agradeceu Dedé Monteiro.
“Dedé fala, respira e transpira poesia pelos poros. É uma homenagem muito merecida pela história dele com a poesia e a orientação que ele deu a todos os alunos dele”, comentou Maurício Assuero, professor da UFPE e proponente do título, natural de Tabira e aluno de Dedé Monteiro.
“É uma grande honra para a Universidade ter o grande poeta Dedé Monteiro como doutor honoris causa. Soma-se a João do Pife, Lia de Itamaracá, ao presidente Lula e a outras grandes figuras. A Universidade presta o reconhecimento a quem tem história na área da poesia e da cultura”, disse Alfredo Gomes, reitor da UFPE.
“Tenho muita honra da banda do meu filho, Fim de Feira, ser em homenagem a um poema de Dedé. Dedé não é só um poeta, é uma figura humana que ultrapassa todos os limites da bondade. Ele é um dos sujeitos mais puros que eu conheço”, destacou o poeta e advogado Joselito Nunes, responsável pela edição do primeiro livro do poeta, em parceria com a tabirense Neide Marques de Barros. A solenidade foi prestigiada por artistas, políticos e personalidades de destaque de Tabira e de toda a região do Pajeú.
Sobre o poeta
Natural de Tabira e considerado referência na poesia popular pernambucana e nordestina, Dedé Monteiro recebeu o título de Patrimônio Vivo do Estado de Pernambuco em 2016.
Nascido no dia 13 de setembro de 1949, no sítio Barro Branco de Tabira, é conhecido na região como o ‘Papa da Poesia’. Começou a escrever versos ainda criança, influenciado pelo pai, Antonio Rufino da Costa, que cantava cordéis enquanto trabalhava na roça.
Sua carreira na poesia lhe rendeu reconhecimento e prêmios. Ao longo da carreira publicou quatro livros autorais, “Retalhos do Pajeú”, em 1984; “Mais um baú de retalhos”, em 1995; “Fim de feira”, em 2006; e “Meu quarto baú de rimas”, em 2010, pela editora Bagaço.
Nesta última publicação está o poema ‘As quatro velas’, premiado na Fliporto de 2010. Lançou, ainda, o CD de declamação intitulado “Dedé Monteiro Voz e Amigos” (2014), comemorando meus 50 anos de poesia. Em Tabira, Dedé Monteiro tem atuado como apresentador dos encontros chamados Mesa de Glosas, na Escola Arnaldo Alves.
Faz um mês que o senador Eduardo Braga (MDB-AM) viu seu relatório para o PLP 108 ser aprovado pelo Senado. O projeto é o último da reforma tributária. Estabelece como vai funcionar o comitê gestor que definirá a distribuição dos tributos entre União, estados e municípios. O PLP 108 voltou para a Câmara. E, desde então, não se teve mais notícias dele.
Foi engolfado por essa confusão que envolve a discussão sobre segurança pública, projeto de anistia pelo 8 de janeiro, julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, e tudo o que envolve a antecipação da disputa política de 2026. Alguns segmentos ligados à questão tributária começam a ficar preocupados. A reforma subiu no telhado? Vamos perder mais essa oportunidade?
Começa nesta quarta-feira (12) em São Paulo o Congresso que une dois importantes eventos ligados à tributação municipal: a reunião da Federação Nacional dos Auditores e Fiscais de Tributos Municipais (Fenafim) e o Seminário Nacional de Gestão Municipal (Senam).
Patrocinado pela Caixa, o evento no Novotel de São Paulo será envolvido por mais dúvidas do que certezas. Quando, de fato, começam as mudanças tributárias diante da situação empacada do PLP 108? Como ficará a arrecadação dos municípios? Quais os efeitos?
Diversos fatores pararam a tramitação do último projeto da reforma tributária na Câmara. Um deles foi o AVC sofrido em outubro pelo deputado Mauro Benevides Filho (PDT-CE). Benevides foi o relator na primeira rodada do projeto pela Câmara. Depois das modificações feitas por Braga no Senado, é o relator novamente. As informações são de que Benevides está bem, mas seu estado de saúde impediu-o de dar antes sequência ao projeto. Outro problema é a disputa que não terminou entre a Confederação Nacional dos Municípios (CMN) e a Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) em torno de como será a composição das vagas das cidades.
Braga determinou que os representantes dos municípios se entendessem depois. O problema é que sem a composição fechada o comitê não tem condições de se reunir. E cada momento de atraso no final da tramitação dos projetos atrasa a implementação da reforma.
A reforma tributária prevê a substituição de cinco impostos atuais sobre consumo para um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dual, com um tributo federal (CBS) e um dos estados e municípios (IBS) e mais um para produtos que causam mal à saúde e meio ambiente.
A reforma prevê uma longuíssima transição entre o modelo atual e o novo, que só vai terminar (em tese) em 2035. O problema é que o atraso no início muito provavelmente levará a um atraso no fim. E já se teme que o último projeto da reforma não seja aprovado este ano.
Os auditores que vão se reunir em São Paulo temem problemas na fase de transição. É possível, inclusive, que nos momentos em que o atual e o novo imposto convivam a tributação aumente. E também a dor de cabeça. O que pode até gerar uma reforma da reforma.
Pesquisa Quaest, realizada de 6 a 9 de novembro de 2025, mostra que houve um freio na melhora das taxas de aprovação/desaprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O estudo repete resultado divulgado ontem pela Paraná Pesquisas, que também registrou a mesma tendência.
Na Quaest, assim como na Paraná Pesquisas, Lula parou de melhorar e registrou um recuo, dentro da margem de erro do levantamento. O estudo, divulgado hoje, indica que a taxa de aprovação oscilou negativamente de 48% para 47%. Já a desaprovação foi de 49% para 50%.
A margem de erro da Quaest é de 2 p.p (pontos percentuais). Na prática, o petista está, portanto, no mesmo lugar. Mas a curva da pesquisa mostra o filme completo, como no infográfico abaixo. Lula havia melhorado gradualmente nas últimas 4 pesquisas Quaest. Agora, esse movimento foi freado.
O estudo anterior da Quaest foi feito de 2 a 5 de outubro. De lá para cá, 3 fatos podem ter influído na interrupção da melhora da aprovação do presidente. Um deles foi positivo: a visita de Lula à Malásia, onde se encontrou com o presidente dos EUA, Donald Trump (Partido Republicano).
O petista fez fotos amistosas e apareceu como um estadista. Mas teve outros 2 episódios que talvez tenham sido negativos. Na própria viagem à Ásia, Lula declarou que traficantes “são vítimas dos usuários” de drogas. E, 4 dias depois, o governo do Rio de Janeiro realizou a operação Contenção, que resultou em 121 mortos. Esse fato precipitou fortes mudanças na opinião pública e grande destaque na mídia.
Lula, inicialmente não comentou o caso e parecia não saber como reagir. Foi criticado pela maior nêmesis da esquerda na internet, o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG). Quando falou diretamente sobre o tema, disse que a operação foi “desastrosa” e uma “matança”. Para 45% dos entrevistados, Lula saiu mais forte do encontro com Trump, enquanto 30% afirmam que ele saiu mais fraco.
A Quaest realizou 2.004 entrevistas presenciais, de 6 a 9 de novembro de 2025, com brasileiros de 16 anos ou mais. O nível de confiança é de 95%. A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos.
Questionados se avaliam o trabalho de Lula como “negativo”, “positivo” ou “regular”, os entrevistados responderam:
negativo – 38% (eram 37% em outubro);
positivo – 31% (eram 33% em outubro);
regular – 28% (eram 27% em outubro);
não sabem/não responderam – 3% (eram 3% em outubro).
O município de Surubim, no Agreste, sedia, logo mais, às 9h30, uma manhã de autógrafos do meu mais recente livro, “Os Leões do Norte’. O evento acontece na escola Oliveiros de Andrade, com a presença do prefeito Cléber Chaparral (UB), que está dando total apoio ao evento. À tarde, na cidade de Casinhas, o lançamento acontecerá às 14 horas, no auditório da Escola São Luiz, com o apoio da prefeita Juliana de Chaparral (UB).
“Os Leões do Norte” reúne 22 minibiografias de ex-governadores de Pernambuco (1930–2022), fruto de ampla pesquisa jornalística e historiográfica. A obra preserva a memória política e institucional do Estado e destaca Pernambuco como berço de grandes lideranças. O projeto traz design gráfico, capa e caricaturas de Samuca Andrade, além de ilustrações de Greg, fomentando o debate sobre legados, contradições e impactos de gestão.
O livro ainda conta com design gráfico, capa e caricaturas de Samuca Andrade, além de ilustrações de Greg. ‘Os Leões do Norte’ homenageia os líderes que ocuparam o Palácio do Campo das Princesas e também promove o debate sobre seus legados, suas contradições e o impacto de suas gestões.
José Roberto Arruda pede nova chance ao povo do Distrito Federal
Por Larissa Rodrigues – repórter do Blog
O ex-governador do Distrito Federal (DF), José Roberto Arruda (sem partido), não abre mão de ser candidato em 2026. Após 15 anos fora da vida pública, ele quer retomar a cadeira de chefe do Poder Executivo e diz que está elegível por causa das mudanças na Lei da Ficha Limpa ocorridas nos últimos anos.
Arruda foi o entrevistado de ontem (11) do podcast ‘Direto de Brasília’, comandando pelo titular deste Blog, em parceria com a Folha de Pernambuco. Aproveitou o espaço para atacar o atual governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), que lançou a vice-governadora, Celina Leão (PP), como pré-candidata ao governo.
“Essa narrativa da inelegibilidade é do atual governador. Ele tem uma força muito grande na mídia, porque a mídia de Brasília é muito dependente do dinheiro do governo”, afirmou Arruda. “Os adversários não gostam muito da concorrência, estão tentando vender a tese de que não posso (concorrer). Acho que eles, no fundo, querem ganhar por W.O., querem ganhar no tapetão. Mas a lei me dá a total garantia”, acrescentou.
Segundo o ex-governador, as atualizações na Lei da Ficha Limpa determinam que os oito anos de inelegibilidade de alguém condenado por irregularidades na administração pública, como no caso dele, começam a contar a partir da decisão da segunda instância. “No meu caso, foi em 2014. Estou há 15 anos fora. Pela lei anterior, os oito anos sequer teriam começado a contar”, explicou.
José Roberto Arruda é servidor de carreira. Ascendeu a postos de chefia na administração antes de entrar efetivamente na política do DF. Foi eleito senador e deputado federal. Em seguida, governador do DF (2007 a 2010).
A vida política dele se complicou a partir da sua renúncia, em 2001, após o escândalo de adulteração do painel de votação do Senado, quando atuou ao lado de Antônio Carlos Magalhães. Em 2010, ocorreu a descoberta de um grande esquema de corrupção no governo do DF. O caso ficou conhecido como Mensalão do DEM.
Durante as investigações, Arruda foi preso preventivamente, tornando-se o primeiro governador do Brasil a ser encarcerado durante o mandato. Ele também foi acusado de participar de um esquema de propina de R$ 900 milhões na obra do Estádio Mané Garrincha para a Copa do Mundo FIFA de 2014.
“Ninguém é perfeito, cometi erros. Mas, não sou rico, não tenho fazenda, não tenho mansão no lago. Fui virado de ponta cabeça, chacoalhado, investigado. Não se encontraram nada. Quero me submeter ao julgamento mais difícil que existe, mais importante depois do julgamento de Deus, que é o julgamento do voto popular”, enfatizou o ex-governador.
Já tem partido – Arruda declarou que deverá ser candidato pelo PSD, de Gilberto Kassab. “Eu estou sem filiação partidária. Recebi o convite do presidente Kassab, recebi outros convites também, do Aécio (Neves), do Marconi (Perillo), para voltar para o PSDB, do Avante, tem outros convites. Mas está tudo mais direcionado para eu ir para o PSD.
Defesa do legado – José Roberto Arruda destacou que precisa ser candidato para defender o legado que deixou no DF. Lembrou que fui secretário de obras, senador, líder do ex-presidente Fernando Henrique no Senado e o deputado federal proporcionalmente mais votado do país. “Eu quero mostrar o que eu fiz e mostrar também que quem já fez pode fazer melhor. E passar a história limpo. Perdi um pênalti, mas o saldo é positivo”, enfatizou.
Inclusão – Os deputados federais Eduardo da Fonte (PP/UP) e Lula da Fonte (PP/UP) apresentaram emenda à Medida Provisória nº 1323/2025 para regulamentar a atividade das marisqueiras, incluindo-as no grupo de pescadores e pescadoras artesanais reconhecidos pela legislação federal. A proposta busca valorizar o trabalho das mulheres que vivem da coleta de mariscos, crustáceos e moluscos em comunidades como Maracaípe (Ipojuca), Aver-o-Mar (Sirinhaém) e Mangue Seco (Igarassu).
Novos desembargadores – O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) realizou, ontem (11), a posse de três novos desembargadores eleitorais, no plenário do edifício-sede, no Derby, no Recife. Entre eles, o desembargador Paulo Augusto de Freitas Oliveira, que assumiu como desembargador eleitoral substituto. Na solenidade, também foram empossados também a juíza Roberta Viana Jardim e o juiz Breno Duarte de Oliveira, que passaram a integrar o Pleno do TRE-PE nas vagas destinadas à magistratura estadual.
Tem que estar com Lula – Fiel aliada do presidente Lula (PT), a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos (PCdoB), disse, em entrevista à Rádio Folha 96,7 FM, ontem (11), que os embates eleitorais em Pernambuco serão definidos com base no efetivo apoio à reeleição do presidente petista, em indireta certeira à governadora Raquel Lyra PSD), que se mantém sambando no gelo e não explica ao eleitorado se é Lula ou Bolsonaro. “Além da disputa e os embates que nós vamos ter no Estado, eu acho que o grande divisor de águas no Estado é esse: aqueles que de fato estão com Lula, estão com esse projeto de país que traz desenvolvimento, inclusão social e crescimento econômico”, declarou.
CURTAS
ACOLHIMENTO EM SALGUEIRO 1 – Pessoas em situação de rua serão contempladas, nesta quinta-feira (13), pela ação “Nas Ruas com Dignidade”, uma iniciativa da Prefeitura de Salgueiro, no Sertão, por intermédio da Secretaria de Desenvolvimento Social. O evento de prestação de serviços, acolhimento e encaminhamento social ocorre na Rua Joaquim Sampaio, no bairro Bomba, em frente à Cozinha Comunitária Auta Dantas Nunes.
ACOLHIMENTO EM SALGUEIRO 2 – A mobilização em Salgueiro será realizada das 8h às 12h, com escuta qualificada, atualização cadastral nos programas sociais, apoio psicossocial, fortalecimento de vínculos, atendimentos de saúde, vacinação, testes rápidos, cuidados de higiene, oferta de alimentação, entre outros serviços.
ROSA NA COP – De hoje (12) até o dia 16 de novembro, a deputada Rosa Amorim (PT) estará em Belém, no Pará, para a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30) e para a Cúpula dos Povos. A parlamentar preside a Comissão de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Proteção Animal da Alepe e viajou como representante da Casa.
Perguntar não ofende: A governadora Raquel Lyra está com o presidente Lula, ou não?
O ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, foi um dos primeiros políticos de relevância nacional enquadrados na Lei da Ficha Limpa, de 2010. Naquele ano, ele havia sido preso preventivamente, viu a Câmara Legislativa do DF aprovar um processo de impeachment e terminou cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral, por desfiliação partidária – havia deixado o DEM no final do ano anterior, fora do prazo, o que o tiraria da disputa à reeleição. Mesmo assim, afirma que a lei, aprovada fruto de iniciativa popular, cumpriu seu papel.
“Acho que a Ficha Limpa cumpriu o seu papel sim, mas não pode ter exagero. Veja bem, se você comete um homicídio, a pena máxima é de 30 anos. No Brasil não tem nem pena de morte nem prisão perpétua. Agora, se você é acusado de ter cometido uma irregularidade na administração pública, que é o meu caso, eu já estou há 15 anos fora. É razoável que os oito anos da Lei da Ficha Limpa sequer tenham começado a contar?”, colocou Arruda, em entrevista ao podcast ‘Direto de Brasília’.
O ex-governador lembrou de um vídeo que circulou na mídia da época e prejudicou sua imagem, em que recebia dinheiro que não teria sido declarado. Ele explicou que o fato foi plantado por adversários e lhe custou muito caro.
“Foi um episódio triste da minha vida. Na verdade, eu recebi R$ 20 mil dois anos antes de ser governador, e declarei no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Eu fazia ações de Natal no final do ano, entregava cestas básicas, recebia várias doações. Um sujeito filmou maldosamente uma dessas doações. Mas eu, sem saber disso, registrei normalmente no TRE, como manda a lei. Só que depois que no governo e contrariei os interesses desse grupo que ele representava, e que ganhava muito dinheiro na área de informática. Eu cortei tudo, e aí ele apresentou um vídeo como se fosse um ato de corrupção no meu governo. Não tinha nada a ver, nem era corrupção, nem era no meu governo, mas até provar que focinho de porco não é tomada eu levei 15 anos”, elencou Arruda.
“Só para você ter a ideia, no meu processo sequer consta esse vídeo. O Ministério Público nem botou, porque se botasse ficava clara a data e acabaria o processo. Veja como é a maldade, foi uma tremenda armação, que me custou muito caro, 15 anos de vida pública. Custou muito também para mim a vida pessoal. Mas na política você encontra essas pessoas do mal, e na vida de um modo geral. Eu fui muito descuidado. Eu errei porque fui confiar em quem não merecia a confiança”, lamentou.
Nos últimos meses, o Distrito Federal virou palco de uma troca de farpas entre o governador Ibaneis Rocha (MDB) e o ex-governador José Roberto Arruda. O pano de fundo tem sido a disputa eleitoral, onde Arruda pretende voltar ao Palácio do Buriti e até pontua bem nas pesquisas, enquanto o atual gestor pretende eleger a vice, Celina Leão (PP), e se candidatar ao Senado. Em entrevista ao podcast ‘Direto de Brasília’, o ex-governador criticou a atual gestão e afirmou que “tem muita coisa estranha” executada por Ibaneis.
“Eu não vou acusar ninguém, mas tem muita coisa estranha. O negócio do BRB comprar títulos podres do banco Master tem um cheiro muito ruim, tanto que o Banco Central proibiu a incorporação. Mas Ibaneis já comprou títulos podres de um banco quebrado. Se tem alguma coisa a mais, eu não sei, não posso provar. Mas é tudo muito estranho. Lembro que o ex-governador Joaquim Roriz acabou sua carreira política quando ele foi na fazenda do Jorge Picciani (ex-deputado estadual pelo Rio de Janeiro) em Uberaba e comprou um bezerro, virou o bezerro de ouro. O Ibaneis foi lá e comprou a fazenda inteira. Olha, tem muita coisa estranha”, disparou Arruda.
O ex-governador desmentiu a aprovação de administração de Ibaneis em todo o Distrito Federal. “No Plano Piloto, ele tem aprovação sim, mas nas cidades satélites não. Porque quem não tem um plano de saúde e precisa buscar um hospital público está sofrendo muito. As pessoas mais pobres estão sofrendo muito. Brasília é capital do país. Esse autoritarismo com que ele governa, essa forma coronelesca de levar a política, de censura. É uma coisa assim inacreditável que esteja acontecendo no século 21 em plena capital do país. Ele está demorando mais para fazer viadutos no Sudoeste do que o Juscelino Kubitscheck demorou para construir Brasília. Então é isso que a gente tem hoje. Se estivesse tudo bem, talvez eu não precisasse voltar. Na verdade, esse clamor pela minha volta parte das pessoas que estão desassistidas, que estão inseguras, que não têm atendimento razoável na saúde”, colocou.
Arruda afirmou que tem lutado para ser candidato para “resgatar sua história política e seu legado”. “Aonde eu vou em Brasília, sou bem recebido. Quero ajudar a construir um futuro melhor para Brasília. Agora, imagina se eu tivesse ganho presentes dos prestadores de serviços do governo, como carros caríssimos. Era prisão perpétua. Se eu tivesse comprado títulos podres do banco Master, ou comprado a fazenda inteira do Picciani, ou comprado avião. Desculpa, o meu caso perto do que acontece hoje em Brasília é juizado de pequenas causas. Tenho a consciência tranquila, estou preparado para o debate, e aliás anseio por esse debate. Quero debater e ser julgado pelas coisas que fiz na vida, inclusive pelos erros que cometi, porque não deixa de ter sido erro confiar em quem não merecia a minha confiança”, concluiu.
Um protesto realizado no começo da noite de hoje, segundo dia da COP30, deixou um segurança ferido e bloqueou a saída de pessoas que estavam credenciadas para a blue zone. A área concentra os espaços de negociação da Conferência do Clima. O incidente ocorreu por volta 19h20, logo depois da entrevista coletiva que apresentou o balanço do dia.
Um grupo com dezenas de pessoas tentou invadir a blue zone. Os manifestantes passaram pelas portas do pavilhão e tentaram entrar no espaço onde estavam os participantes da conferência. Eles foram impedidos e acabaram entrando em confronto com os seguranças do evento. As informações são do portal G1.
Vídeos que mostram o protesto mostram que a tentativa de invasão começou com a aproximação de um grupo com trajes indígenas. Eles passaram pela entrada principal e pela área das máquinas de raio-x. Na sequência, outros manifestantes carregando bandeiras de coletivos estudantis e faixas de protesto contra a exploração de petróleo chegaram ao espaço da blue zone e também foram contidos pelos seguranças. Após correria e bloqueio interno, os manifestantes foram retirados do espaço e as pessoas com credenciais puderam deixar o pavilhão.
Na última quarta-feira (5), o presidente do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (COFECI), João Teodoro da Silva, foi homenageado com a entrega da Medalha do Mérito Legislativo Manuel Beckman devido a sua atuação e influência no cenário dos corretores de imóveis do Maranhão. Celebrado no Plenário Nagib Haickel, a sessão solene contou com a presença de jornalistas, políticos e autoridades representantes da categoria.
“Essa homenagem é bem maior do que o homenageado. Se a honraria está me sendo oferecida por conta da luta social, conquistas e sucesso profissional, a homenagem há de ser simbolicamente dividida com todos que ajudaram na construção das circunstâncias que acarretam essa homenagem. A partir de hoje, desejo que todos os corretores de imóveis, em especial os do Maranhão, se sintam homenageados por essa Assembleia Legislativa”, ressaltou João Teodoro durante a cerimônia.
“É uma alegria muito grande estar entregando uma comenda para uma pessoa que desde a década de 80 já preside conselhos de maneira efetiva, visionária e fraterna. Devido a essa valorosa contribuição terrena, João Teodoro deixa sua marca no mundo”, pontuou o Deputado Dr. Yglésio, responsável pela autoria do Projeto de Resolução Legislativa nº 112/2025 que outorga a medalha Manuel Beckman a João Teodoro da Silva.
Durante a sessão, Rômulo Soares, Diretor Secretário do Sistema Cofeci-Creci e também presidente do Creci-PB, enfatizou a importância da categoria no cenário nacional. “A gente vive um momento diferenciado no Brasil. O mercado imobiliário está em alto crescimento e a nossa categoria está precisando se capacitar ainda mais a cada dia. Em termos de emprego direto e tributação, nossa cadeia produtiva da construção civil e do mercado imobiliário é a mais potente do país”.
“Essa não é somente uma homenagem ao João Teodoro, mas sim uma homenagem aos corretores de imóveis brasileiros pois, quando uma liderança nossa é reconhecida, reconhece-se a categoria como um todo”, ressaltou José Augusto Viana Neto, Vice-Presidente do Sistema Cofeci Creci e presidente do Creci-SP.
Mais de quinze anos após deixar o Governo do Distrito Federal, José Roberto Arruda quer concorrer novamente ao Palácio do Buriti. Cassado do cargo em março de 2010, ano em que inicialmente tinha planos de disputar a então reeleição, ele diz que espera pela oportunidade de se submeter ao julgamento do eleitor brasiliense. Se ampara em pesquisas de intenção de voto, que o colocam em boa posição para a disputa majoritária do ano que vem.
Em entrevista ao podcast Direto de Brasília, Arruda cita a recente mudança na legislação, que teria garantido sua elegibilidade – embora seus adversários, em especial o governador Ibaneis Rocha (MDB), digam o contrário.
“É exatamente por causa da mudança na lei que eu posso ser candidato. A lei votada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Lula diz que os oito anos começam a contar na decisão do segundo grau, que no meu caso foi em 2014. Então na verdade eu estou há 15 anos fora da política. Pela lei anterior, os oito anos sequer que teriam começado a contar. E cá para nós, foge de qualquer razoabilidade. Com essa mudança, eu posso voltar, mas os adversários que não gostam muito da concorrência estão tentando vender a tese de que o Arruda não pode. Eu acho que eles no fundo eles querem ganhar por W.O., querem ganhar no tapetão, querem evitar que eu possa concorrer, mas a lei me dá total garantia e já estou andando pela cidade”, afirmou o ex-governador.
Arruda negou os rumores de que disputaria pelo PL do ex-presidente Jair Bolsonaro, e adiantou que seu caminho deve ser pelo PSD de Gilberto Kassab. “Eu devo concorrer pelo PSD. Estou sem filiação partidária, recebi convite do presidente Kassab. Recebi outros convites também, do Aécio (Neves) e do Marconi (Pirillo), para voltar ao PSDB, e do Avante. Enfim, tem outros convites. Mas está tudo mais direcionado para eu ir para o PSD. Estou em pré-campanha. O que que eu me impus é que não dá para ser candidato de mim mesmo”, explicou.
“O que a lei dizia era que a inelegibilidade era de oito anos, e a modificação agora diz que o prazo comece a contar na condenação do segundo grau, que já produz inelegibilidade. Então o choro é livre, mas eu hoje estou elegível. Sabe o recado que eu dou para o atual governador? Aceita que dói menos. Vamos concorrer nas urnas”, disparou Arruda.