O prefeito Simão Durando lançou, nesta segunda-feira (24), a programação do São João 2025 de Petrolina, com mais de 100 atrações confirmadas e expectativa de movimentar cerca de R$ 320 milhões na economia local. O ciclo junino, que começa em abril e segue até o fim de junho, trará nomes como Gusttavo Lima, Wesley Safadão, Jorge & Mateus, João Gomes, Claudia Leitte e O Grande Encontro (Elba Ramalho, Alceu Valença e Geraldo Azevedo). Com o tema “É a Cara da Gente”, a festa reforça a valorização da cultura nordestina e deve atrair turistas de mais de 150 cidades.
O principal polo de apresentações será o Pátio Ana das Carrancas, que receberá os grandes shows entre os dias 13 e 23 de junho. Outras ações culturais, como concurso de quadrilhas, Festival de Sanfoneiros, Vaquejada, Forró do Vovô, Forró da Acessibilidade e a Missa do Vaqueiro integram a programação. Segundo a prefeitura, a festa deve gerar 17 mil empregos diretos e indiretos, com impacto positivo também em setores como hotelaria, gastronomia e comércio.
Durante o lançamento, Simão Durando destacou que o São João é uma das principais vitrines culturais e econômicas do município. “Não é só uma festa, é uma engrenagem que impulsiona o desenvolvimento e valoriza a identidade do povo sertanejo”, afirmou. A programação completa inclui ainda o projeto “Pra Sempre São João” e o São João na Praça, além de eventos que resgatam tradições locais em diversos bairros e comunidades da cidade.
Se o seu trabalho envolve atividades repetitivas ou longos períodos na mesma posição, é provável que já tenha sentido algum desconforto corporal. Saiba que não é o único: de acordo com o novo estudo da Onlinecurrículo, plataforma de currículos online, 68% dos entrevistados relataram dor física frequentemente devido ao trabalho. A constatação parece refletir o aumento nos afastamentos por doenças ocupacionais, que deixaram mais de 1 milhão de brasileiros incapazes em 2024, segundo o Ministério da Previdência Social — dentre as doenças, a dor na coluna lidera o ranking desde 2023. Nesse sentido, ao longo das últimas semanas, a empresa especialista em carreiras entrevistou centenas de brasileiros de todas as regiões do país para entender oimpacto do trabalho nasaúde física. A pesquisa analisou os efeitos corporais ao longo da vida profissional, as principais causas de desconforto entre os ouvidos e as melhores formas de apoio organizacional para garantir o bem-estar no trabalho.
Os resultados mostram que, apesar do mal-estar físico ser algo comum, 51% dos participantes não recebem nenhuma forma de suporte ou benefício dos empregadores para lidar com desconfortos e dores habituais — precisando encontrar suas próprias formas de alívio. Essa falta de apoio pode agravar ainda mais diferentes tipos de incômodos se não tratados adequadamente, como dores posturais, enxaquecas, inchaço ou fadiga ocular.
Onde dói?
A parte dorsal é uma das regiões com mais mudanças em decorrência do trabalho. Para 50% dos respondentes, a alteração postural é a principal queixa da rotina laboral. Um desconforto que se refere a desvios na posição natural da coluna e do corpo, e que pode resultar em dores nas costas (dorsalgia) — uma das principais causas de incapacidade no mundo, sendo amplamente associada a fatores ocupacionais, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em seguida, estão a dor de cabeça (48%) e a vista cansada (46%), que, geralmente, costumam estar interligados por uma mesma causa, como explica a empresa por trás do estudo. Nas partes inferior e muscular, por sua vez, o enrijecimento, o inchaço de pernas e pés e a diminuição da flexibilidade são, respectivamente, para 42%, 36% e 27% dos participantes, as mudanças mais sentidas no âmbito profissional. Logo depois, surgem os problemas de sono (26%), indicando que as questões do ambiente de trabalho podem afetar o descanso mental após o expediente.
Mas afinal, de onde vêm essas dores? Para os entrevistados, existem quatro causas que se destacam no desenvolvimento dos desconfortos durante a jornada de trabalho: postura inadequada ao longo do dia (63%), exposição prolongada a telas (43%), movimentos repetitivos ou esforço físico excessivo (35%) e um ambiente de trabalho estressante (31%).
Para Amanda Augustine, especialista em carreiras da Onlinecurrículo, além de garantir o bem-estar dos colaboradores, o investimento em saúde pode reduzir custos, fortalecer o engajamento e a satisfação das equipes.
“Com as novas regulamentações reforçando o direito ao apoio psicossocial, os empregadores têm uma oportunidade real de transformar a forma como o trabalho é vivenciado por suas equipes. Priorizar o bem-estar emocional no ambiente de trabalho não é apenas uma boa prática — é também uma decisão estratégica. Isso pode resultar em menos ausências, relacionamentos profissionais mais fortes e um desempenho geral superior. Ao investir na saúde mental da equipe, você também está cuidando da saúde física — afinal, ambas estão profundamente conectadas. Não se trata apenas de cumprir uma obrigação, mas de criar um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo para todos”.
O que pode mudar, segundo os brasileiros entrevistados
Para minimizar dores ou desconfortos, mais da metade (52%) dos respondentes afirmaram que pausas regulares para alongamento ou descanso seriam a mudança mais impactante para o bem-estar físico no trabalho. A ergonomia também é uma preocupação relevante: 41% dos participantes destacaram a importância de melhorias no mobiliário e suporte para home office, incluindo cadeiras ajustáveis, mesas ergonômicas e apoio para os pés.
Pensando no espaço de trabalho, 36% dos trabalhadores acreditam que mais áreas de descanso ou espaços para relaxamento durante o expediente fariam diferença na rotina — ambientes planejados para momentos de recuperação, como salas de descompressão, por exemplo. Outros fatores que envolvem o local profissional incluem maior ventilação ou controle de temperatura no ambiente (30%) e um espaço físico mais amplo para circulação e organização (30%).
Por fim, 33% dos entrevistados apontaram que benefícios para a prática de atividades físicas ajudariam na prevenção de dores e problemas musculares, promovendo um melhor equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
“Independentemente do tipo de trabalho ou de onde ele é realizado, um ambiente produtivo começa com a base certa. Isso significa oferecer as ferramentas e tecnologias adequadas — mas também dedicar tempo para realmente ouvir seus colaboradores. Quando você cria condições que favorecem o conforto, o bem-estar e a conexão genuína, está construindo mais do que um espaço funcional — está cultivando uma cultura onde as pessoas podem realmente prosperar. Liderar com empatia e consciência promove uma gestão mais centrada no ser humano, e isso beneficia a todos”, finaliza Amanda Augustine.
Metodologia
Entre os dias 01 e 02 de março de 2025, a Onlinecurrículo ouviu 500 pessoas de diversos segmentos produtivos, faixas etárias, classes sociais e regiões do país. Os participantes, conectados à internet, responderam às perguntas por meio de questionário estruturado em formato online. O índice de confiabilidade foi de 95%, e a margem de erro foi de 3,3 pontos percentuais.
Entre os dias 1º e 6 de abril, um grupo de investidores argentinos visita Japaratinga, no litoral norte de Alagoas, para conhecer a área onde será construído o empreendimento de alto padrão Pachamama. Idealizado pela empresária argentina Cynthia Radich, o projeto prevê a construção de 120 lotes residenciais com obras previstas para começar em agosto deste ano e entrega em 2027. Os lotes terão entre 250 e 500 metros quadrados, com três modelos exclusivos de residências integradas à paisagem natural da região.
O empreendimento foi planejado para oferecer conforto, sustentabilidade e infraestrutura completa, incluindo área de lazer com piscina, supermercado e farmácia. Segundo Cynthia Radich, Japaratinga se destaca por sua natureza preservada e águas transparentes. “Diferente de outras praias do Nordeste, já bastante badaladas, Japaratinga tem uma beleza exótica ainda intocável. É um lugar ideal para quem prioriza ar puro, natureza e praias com águas transparentes e mornas”, afirmou.
Japaratinga abriga seis praias e a segunda maior barreira de corais vivos do mundo, atrás apenas da australiana. Entre os principais atrativos, está a Piscina Natural do Picão, reconhecida internacionalmente. A gastronomia local também é destaque, com pratos como arroz de polvo e ampla oferta de frutos do mar. A construção do Aeroporto de Maragogi, com inauguração prevista para 2025, deve fortalecer ainda mais o turismo e atrair novos investimentos para a região.
Cynthia Radich atua no mercado imobiliário desde a sua chegada ao Brasil, há 12 anos, e aposta em Japaratinga como novo polo de desenvolvimento sustentável. “Fico muito feliz em poder trazer minha visão inovadora para contribuir com o desenvolvimento sustentável da região e não descarto vir morar no Nordeste, região pela qual sou apaixonada”, declarou a empresária.
A prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado, inaugurou nesta segunda-feira (31) a segunda etapa da reforma do Mercado Público, com obras voltadas para a modernização da área dos cereais. O investimento de R$ 1,1 milhão, viabilizado por emenda do deputado federal Pastor Eurico, tem como objetivo ampliar a organização e o conforto no espaço, que é um dos principais centros comerciais do município. A solenidade contou com a presença de vereadores e lideranças locais.
Durante a cerimônia, a gestora destacou o valor histórico e comercial do mercado e reafirmou o compromisso com a revitalização completa do espaço. A primeira etapa da reforma, entregue no ano passado, requalificou a praça de alimentação. Agora, a Prefeitura planeja iniciar a terceira e última fase da obra, voltada para a reforma do setor de frigoríficos, com foco na melhoria das condições de higiene e estrutura para os trabalhadores.
A chuva que atingiu São Paulo nesta segunda-feira (31) provocou a paralisação da circulação de trens, deixou ruas alagadas, e causou um desabamento na região do ABC Paulista.
De acordo com a Defesa Civil, equipes foram acionadas em Mauá, Santo André e São Bernardo do Campo para atuar nas áreas de risco.
A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) informou que, por motivo de alagamento na via, os trens da Linha 10-Turquesa não circularam entre as estações Prefeito Celso Daniel-Santo André e Mauá por horas. As informações são do g1.
Trilhos da CPTM alagados na região de Santo André, na Grande SP
Para atender os passageiros no trecho interrompido, foram solicitados 30 ônibus do sistema Paese. Contudo, as plataformas ficam com milhares de pessoas à espera pelo transporte.
O Metrô informou que implementou velocidade reduzida e aumentou o tempo de parada dos trens na Linha 2-Verde devido ao alagamento na Linha 10-Turquesa da CPTM.
“A medida visa evitar a superlotação da estação Tamanduateí. Equipes do Centro de Controle acompanham a situação em tempo real”, afirmou.
Em Santo André, ruas ficaram alagadas. Vídeos mostram enchentes na Vila Pires e na Avenida dos Estados. Dezenas de carros ficaram submersos, motociclistas ilhados e um caminhão tombou na Avenida Queiroz dos Santos.
Carros presos em alagamento em Santo André, na Grande SP
Em nota, a Defesa Civil informou que, por volta das 14h, ocorreu uma chuva de grande intensidade, acompanhada por rajadas de vento, ocasionando o alagamento da Avenida dos Estados, o transbordamento do Córrego Guarara e do Rio Tamanduateí.
Na cidade, a Enel informou que quase 25 mil clientes ficaram sem energia, o que representa 6,72% dos imóveis de Santo André. Já em São Paulo são 42.137 clientes em energia, e Jandira 3.668.
A Defensoria Pública informou que a unidade de Santo André foi atingida pela chuva e, por conta disso, os atendimentos presenciais serão suspensos nesta terça-feira (1º). Os atendimentos online permanecem.
“No dia 1º, a suspensão é total, tanto para atendimentos presenciais quanto para os online. Já no dia 2, serão mantidos os atendimentos online agendados. A nossa equipe está entrando em contato com as pessoas com atendimento marcado para fazer o reagendamento”, informou o órgão.
Em Mauá, uma casa desabou no Jardim Zaira. Uma equipe do Corpo de Bombeiros foi acionada para o atendimento da ocorrência. Até a última atualização da reportagem, não havia informação sobre vítimas.
Casa desaba em Mauá durante temporal
A cidade Mauá registrou, por volta das 14h35, chuva de forte intensidade acompanhada por rajadas de vento, causando diversos pontos de alagamento, queda de árvores e transbordamento do rio Corumbé, informou a Defesa Civil.
Até 16h havia chovido 131mm em Mauá, 84mm em Santo André e 52 mm em São Bernardo do Campo.
Já a capital paulista entrou em estado de atenção para alagamentos às 15h35, segundo informou o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE), da prefeitura. A cidade saiu do estado de atenção às 18h15. O radar meteorológico registrou chuva forte nas subprefeituras de Vila Prudente, São Mateus e Capela do Socorro.
Ainda conforme o CGE, a subprefeitura do Ipiranga ficou em estado de alerta das 15h57 às 17h10. “Iminência de transbordamento do Ribeirão dos Meninos na altura da Estrada das Lágrimas, 4237, Zona Sudeste”, informou o órgão.
A subprefeitura de Itaquera entrou em estado de alerta às 16h30. Houve transbordamento do Rio Verde na altura da Rua Cunha Porã, 241. Às 17h40, o estado de alerta foi finalizado.
Conforme o Corpo de Bombeiros, das 13h30 às 17h53 foram 13 chamados para quedas de árvores e 6 para enchentes na capital e Região Metropolitana.
Por conta da chuva, companhias aéreas cancelaram duas chegadas e quatro partidas do Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo. Apesar disso, a aeroporto opera normalmente nesta segunda, estando aberto para receber pousos e decolagens.
Rajadas de vento registradas nesta segunda em SP:
34,5Km/h Subprefeitura da Lapa, Zona Oeste às 13h30 31,8Km/h Subpefeitura de Santana, Zona Norte às 13h40 24,4Km/h Subprefeitura do Campo Limpo, Zona Sul às 13h40 20,3Km/h Subprefeitura do Ipiranga, Zona Sudeste às 13h50 20,1km/h Subprefeitura de Vila Prudente, Zona Leste às 14h10
Previsão para os próximos dias A primeira semana de abril deve apresentar sol entre nuvens, tempo abafado e chuvas na forma de pancadas concentradas no final das tardes, conforme a previsão do Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da prefeitura de SP.
A terça-feira (1) segue com sol entre nuvens e temperaturas em elevação. Os termômetros variam entre mínimas de 20°C e máximas que podem superar os 29°C.
As chuvas devem retornar na forma de pancadas entre o meio da tarde e o início da noite. Há condição para pontos de moderada a forte intensidade com raios e rajadas localizadas de vento, com risco para formação de alagamentos e queda de árvores.
Na quarta-feira (2) o tempo segue abafado com sol entre nuvens, com temperaturas variando entre mínimas de 20°C e máximas de 29°C.
Convênios são via crucis para prefeituras e envolvem riscos de investigação em caso de falhas ao formalizar parcerias
A adesão a convênios em troca de apoio à reeleição da governadora Raquel Lyra (PSD) em 2026 pode se transformar em uma via crucis burocrática para prefeitos envolvidos nas parcerias. A celebração de acordos de transferência voluntária de recursos do Governo de Pernambuco para as prefeituras passa por um caminho longo, com cerca de 70 itens a serem cumpridos. Além de demandar contrapartidas financeiras de gestões municipais que, muitas vezes, mal têm recursos para pagar servidores públicos, essa modalidade costuma levar meses até a conclusão, pode não render dividendos eleitorais tão cedo e envolve riscos de procedimentos de apuração se as equipes municipais não atenderem as exigências da legislação.
A fase de proposição da parceria tem cinco exigências, a maior parte relativa a formalidades como a publicação em Diário Oficial. Já para a celebração de convênios, os municípios precisam atender outros 23 itens, entre eles, a apresentação do Certificado de Regularidade de Transferências Estaduais (CERT). Caso contrário, são obrigados a fornecer uma lista de 17 documentos que vão do CPF do prefeito à comprovação de que o município cumpre os limites de despesas com pessoal.
Outra exigência é a entrega de um plano de trabalho, que deve conter estimativas de recursos, cronograma de desembolso e planilha de custos, entre outros itens. A prefeitura também precisa abrir uma conta específica para receber os recursos estaduais, indicar uma contrapartida financeira e viabilizar licenças ambientais quando o convênio envolver obras.
Uma etapa complexa é a de elaboração de projetos básico e executivo. Por envolver elementos técnicos, essa fase costuma gerar a necessidade de licitações, que levam, pelo menos, três meses até a conclusão, além do desembolso de recursos e da disponibilidade de equipes capacitadas. Se os convênios abrangerem valores acima de R$ 300 mil, precisam passar pelo crivo da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), o que pode atrasar ainda mais o andamento da parceria. Quando o convênio finalmente é celebrado, outras cinco exigências estão previstas, incluindo justificativas sobre o modelo de execução.
A prestação de contas também tem requisitos criteriosos, com 28 itens a serem cumpridos pelo município que recebeu os recursos. Essa lista inclui a necessidade de comprovação da lisura das licitações ou da necessidade de inexigibilidade, quando for o caso, e a correspondência entre o cronograma de desembolso de recursos e a efetiva execução da obra. Caso haja falhas, a prefeitura pode ser alvo de um processo de Tomada de Contas Especial para apuração de responsabilidades.
Se a realização da obra extrapolar os prazos previstos e houver necessidade de celebração de termos aditivos, outras 11 exigências são previstas. A burocracia inclui a obrigatoriedade de a prefeitura aumentar o valor da contrapartida do convênio para fazê-lo corresponder aos novos valores, o que pode levar a obra a ser paralisada se não houver disponibilidade imediata de recursos municipais. Também é preciso atualizar o plano de trabalho e comprovar a necessidade de prorrogar a parceria.
Embora não assuma publicamente, o Governo Raquel Lyra vem usando a celebração de convênios com prefeituras como moeda de troca para arregimentar apoio à governadora. Diferentemente da década passada, quando o Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal (FEM) era usado para redistribuir receitas para todos os municípios, os acertos na atual gestão vêm sendo feitos no varejo, conforme a predisposição dos prefeitos de mudar de partido e aderir à base do governo.
Os convênios em fase mais avançada, contudo, foram firmados ainda pela gestão anterior em 2022. No ano seguinte, o primeiro sob Raquel Lyra, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação chegou a suspender as parcerias de forma generalizada. Após pressão dos prefeitos, optou por retomá-las, mas a conta-gotas, a depender dos acertos políticos.
Dados do Portal da Transparência indicam que, desde 2013, quando o FEM foi criado, nunca houve o repasse de menos de R$ 25 milhões anuais para os municípios. Os valores do fundo chegaram ao pico de R$ 39,9 milhões pagos no ciclo de quatro anos encerrado em 2022, mas tiveram uma queda de 92,6% em 2023, já no atual governo, com apenas R$ 2,93 milhões repassados às prefeituras. Em 2024, houve aumento para R$ 5,99 milhões, valor ainda distante dos montantes anteriores.
Segundo a Secretaria da Controladoria-Geral do Estado (SCGE), as regras para a celebração de convênios entre o Governo de Pernambuco e as prefeituras são regidas por sete leis e portarias, entre elas, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) vigente no estado e nas prefeituras, o que leva o espaço orçamentário disponível para operações dessa modalidade a também depender do aval de deputados e vereadores na apreciação dessa matéria no segundo semestre de cada ano.
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O Comando Militar do Nordeste (CMNE) realiza, no próximo dia 2 de abril, a I Jornada de Estudos Estratégicos com o tema “Mudanças climáticas: as consequências das mudanças climáticas na região nordeste e as implicações para a Defesa”. O evento acontecerá no auditório do CMNE, no Recife, com uma programação que reúne especialistas de instituições como UFRPE, IPA, SEMAS e representantes do setor privado. A proposta é debater os efeitos das mudanças climáticas na região e os desafios que elas impõem às Forças Armadas, à governança ambiental e à resiliência energética.
Entre os destaques da programação estão palestras sobre emergência climática, impacto no emprego das Forças Armadas, transição energética e os reflexos das mudanças climáticas em Pernambuco. A jornada contará com nomes como a professora Francis Lacerda (IPA/UFRPE), o coronel Helder de Barros Guimarães, o professor Thomas Kiss (Pacto Global), o Dr. Paulo Gama e a secretária de Meio Ambiente Ana Luiza Ferreira (SEMAS). O evento é promovido pelo Núcleo de Estudos Estratégicos do CMNE, com apoio da Poupex.
A Prefeitura do Jaboatão dos Guararapes concluiu nesta segunda-feira (31) a entrega de 728 tablets para agentes comunitários de saúde (ACSs) do município. A última etapa ocorreu no auditório do Ambulatório Especializado Ensino Serviço (AEES), em Prazeres, com a distribuição de 128 equipamentos para profissionais da Regional 6 (Praias). A ação contempla todas as regionais da cidade.
De acordo com a gestão municipal, os dispositivos serão usados para registro das visitas domiciliares, atualização cadastral e acompanhamento de usuários, com o objetivo de agilizar o trabalho dos ACSs e organizar o fluxo de informações das equipes de saúde. O uso dos tablets integra o processo de digitalização dos serviços da Atenção Primária. A secretária de Saúde, Zelma Pessôa, afirmou que todas as unidades já utilizam prontuário eletrônico.
O Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP) colocou em funcionamento um novo acelerador linear Halcyon, ampliando a capacidade de atendimento em tratamentos radioterápicos. O equipamento, viabilizado por meio de uma emenda parlamentar de R$ 6,4 milhões dos deputados federais Eduardo da Fonte e Lula da Fonte, já atende cerca de 50 pacientes por dia e a expectativa é chegar a 90 atendimentos diários nos próximos meses.
Com o novo aparelho, o hospital poderá aumentar em até 50% sua capacidade de atendimento, que atualmente é de 210 pacientes por dia, com uma média de 150 novos casos de câncer registrados mensalmente. A aquisição do equipamento também busca reduzir a fila de espera no SUS, tornando o tratamento mais ágil e preciso.
O Halcyon substitui os antigos aparelhos de cobalto, considerados obsoletos, e oferece maior precisão ao tratar somente as células doentes, preservando os tecidos saudáveis. Com essa tecnologia, alguns pacientes poderão realizar apenas cinco sessões de radioterapia, em vez das 30 habituais. O equipamento também permite o uso de técnicas avançadas como IMRT, IGRT e Radioterapia Estereotáxica, indicadas para tumores pequenos em áreas de difícil acesso.
O Exército retirou as homenagens públicas à data do golpe militar de 1964 mantidas no quartel em Juiz de Fora (MG) de onde saíram os primeiros soldados para a deposição do presidente João Goulart. A ação ocorreu após a Justiça homologar a procedência de pedidos feitos pelo Ministério Público Federal.
O letreiro com a denominação “Brigada 31 de Março” já foi retirado do pátio da 4ª Brigada de Infantaria Leve de Montanha. A página também não faz mais menção à homenagem nem ao “papel decisivo e corajoso na eclosão da revolução democrática” desempenhado pelos militares que serviam no quartel no ano do golpe. As informações são da Folha de S. Paulo.
A medida ocorre um ano após a Folha mostrar a reverência à data no dia em que o golpe militar completava 60 anos —ele completa 61 anos nesta segunda-feira (31). A reportagem serviu como base para uma ação civil pública do MPF. A denominação à brigada foi definida em portaria do Exército editada em 1974, durante a ditadura militar.
A brigada está instalada no local da antiga sede da 4ª Região Militar, de onde, na madrugada de 31 de março de 1964, o general Olympio Mourão Filho, então chefe da unidade sediada em Juiz de Fora, mobilizou suas tropas em direção ao Rio de Janeiro. A ação deu início ao golpe que depôs o presidente João Goulart e originou a ditadura militar, que durou 21 anos.
Procurado, o Exército não esclareceu quando as homenagens foram retiradas. Elas permaneciam expostas no início do mês. No local do letreiro “Brigada 31 de Março” agora há apenas uma placa escrito “Montanha”. A Força não informou se a portaria de 1974 foi revogada.
Ao longo da tramitação do processo, o Comando do Exército demonstrou resistência em interromper a homenagem. Em negociações com o MPF, a Força aceitou retirar o letreiro e a reverência do site da brigada, mas resistia a revogar a portaria. Dentro do governo, porém, defendeu a homenagem ao que chamava de “episódio histórico”.
Após o fim das negociações, a AGU (Advocacia-Geral da União) aceitou formalmente na Justiça a revogação da portaria e a retirada das homenagens, como solicitada pelo MPF. O órgão entendeu que a denominação contraria decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que entendeu ser inconstitucional o uso de recursos públicos para promover comemorações ao golpe de 1964.
Na última quinta-feira (27), a Justiça Federal em Minas Gerais homologou a procedência desses pedidos da Procuradoria.
O juiz Ubirajara Teixeira, da 3ª Vara Federal de Juiz de Fora (MG), designou audiência entre o MPF e a AGU para discutir os outros pedidos da ação.
Além do fim das homenagens, a Procuradoria também queria que os militares lotados na brigada passassem por cursos sobre o caráter ilícito do golpe militar e sobre as conclusões da Comissão Nacional da Verdade a respeito das violações de direitos humanos do período.
A AGU não concordou com o pedido, por considerar que o tema já está incluído no currículo de formação dos militares.
Os gestos de Tarcísio de Freitas em direção a Jair Bolsonaro e a defesa pela anistia afastaram o governador de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), em especial, Alexandre de Moraes. Mas Jair Bolsonaro ainda mostra falta de apoio para seu pupilo ser o candidato à Presidência em 2026.
Recentemente, após ver uma pesquisa na qual Tarcísio aparecia competitivo contra Lula na disputa pelo Palácio do Planalto, Bolsonaro fez uma ressalva a aliados sobre o governador: “Com esse a gente ganha, mas não leva”.
O ex-presidente já externou a diferentes interlocutores, a portas fechadas, acreditar que, num cenário de uma eventual eleição do governador à Presidência, Tarcísio não abriria espaço para ele fazer as nomeações que quisesse e nem ouviria Bolsonaro como ele gostaria. Além disso, o capitão reformado costuma apontar que não poderia criticar uma eventual gestão de Tarcísio na cadeira do Palácio Planalto, como faz com os adversários.
O ex-presidente tem dado declarações que sinalizam sua falta de apoio à candidatura de Tarcísio à Presidência, pelo menos neste momento. A mais recente foi na sexta-feira, ao jornal Folha de S.Paulo. Ele disse que o governador de São Paulo é um bom político, não excepcional, “assim como tem outros pelo Brasil”.
— Tarcísio é uma excelente pessoa, fenomenal gestor e um muito bom, bom, não vou falar excepcional, um bom político, assim como tem outros nomes pelo Brasil — afirmou.
Inelegível, o capitão reformado segue insistindo que será o candidato em 2026.
O Supremo Tribunal Federal (STF) publicou nesta segunda-feira (31) em seus perfis oficiais nas redes sociais uma mensagem alusiva ao golpe militar de 1964, que deve ser lembrado “para que nunca se repita”, diz o texto.
O golpe civil-militar de 1964, que completa 61 anos nesta segunda, marcou o início de uma ditadura comandada por generais no Brasil que durou 21 anos, período no qual eleições diretas foram suspensas e a liberdade de expressão e oposição política restringidas.
“Há 61 anos, direitos fundamentais foram comprometidos no Brasil: era o início da ditadura militar, que perdurou por 21 anos. A redemocratização veio com participação popular e uma Assembleia Constituinte, que elaborou a Constituição Federal de 1988 – a Lei Maior, que restabeleceu garantias, o direito ao voto, a separação dos Poderes, princípios e diretrizes para reger o Estado Democrático de Direito”, lembra a publicação do Supremo. As informações são da Agência Brasil.
O post, publicado nas redes Instagram, X e Facebook, conclui afirmando a importância de falar sobre a data: “lembrar para que nunca mais se repita. Hoje e sempre, celebre a democracia e a Constituição Cidadã”. A publicação também celebra a democracia como “sempre o melhor caminho”.
No ano passado, o próprio Supremo julgou ser inconstitucional empregar dinheiro público para comemorar o golpe militar de 1964. O entendimento que prevaleceu foi o de que o sistema democrático estabelecido com a Constituição de 1988 não comporta a busca por “legitimar o regime militar”, conforme escreveu o ministro Gilmar Mendes à época.
A mensagem publicada pelo Supremo coincide com a abertura da primeira ação penal desde a redemocratização a colocar no banco dos réus um ex-presidente – Jair Bolsonaro – e mais sete aliados denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por tentarem, sem sucesso, um golpe de Estado. O plano teria sido colocado em prática entre os anos de 2021 e 2023.
No mês passado, o Supremo também decidiu, por unanimidade, que irá rever seu entendimento sobre a Lei da Anistia, sancionada em 1979 pelo general João Baptista Figueiredo, último ditador do regime militar.
Os ministros da Corte deverão discutir se a anistia ampla e irrestrita, conforme determinada pela lei, se aplica a casos de crimes continuados como o de sequestro e ocultação de cadáver.
A reabertura da discussão sobre a Lei da Anistia foi feita nos recursos que tratam da Guerrilha do Araguaia, maior movimento armado de resistência rural ao regime militar, e do deputado Rubens Paiva, que foi sequestrado e morto por agentes da ditadura.