Mirella adota plano de contingenciamento em Olinda

A prefeita de Olinda, Mirella Almeida (PSD), instituiu um plano de contenção de gastos públicos com o objetivo de ajustar o orçamento municipal às prioridades da gestão. O decreto, publicado no Diário Oficial, estabelece diretrizes para reduzir despesas em diversas áreas da administração direta e indireta, sem comprometer os investimentos essenciais em saúde, educação e assistência social.

Entre as medidas adotadas estão a redução de custos com diárias, combustível, terceirizações e gratificações, além da suspensão de eventos festivos, campanhas não emergenciais e compras de materiais não essenciais. O plano também prevê a limitação de gastos com energia, água e manutenção de veículos. As contratações de novos servidores estão temporariamente suspensas, salvo em situações de extrema necessidade.

A execução do plano será acompanhada por um Comitê Gestor de Contingenciamento, composto por representantes de seis secretarias estratégicas. O grupo será responsável por monitorar semanalmente as ações implementadas, avaliar os resultados e propor ajustes. A expectativa da gestão é alcançar uma redução significativa de despesas ao longo de 2025, criando espaço fiscal para novos investimentos em obras e infraestrutura na cidade.

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Por Antônio Lavareda

Da CNN Brasil

No nosso segundo programa mensal, que vai ao ar sempre no último domingo de cada mês às 22h45, analiso os últimos fatos relativos à eleição de 2026, na companhia da jornalista Clarissa Oliveira.

Dois terços dos brasileiros, como se vê no primeiro gráfico acima, entrevistados pelo Ipespe, pouco antes do anúncio da decisão do STF acolhendo a denúncia da PGR e colocando Bolsonaro como réu no processo da “trama golpista”, acreditam que ele será condenado; apenas 29% disseram o contrário.

Uma eventual condenação não mudará sua situação legal do ponto de vista eleitoral, posto que o ex-presidente se encontrava inelegível por decisão do TSE desde junho de 2023, mas certamente consolidará a convicção em muitos dos seus eleitores de que é preciso pensar em alternativas.

O que os políticos aliados fazem há algum tempo. Pesquisa Atlas recente apontou um empate estatístico na opinião pública a respeito: 47,1% acham que Bolsonaro deve indicar outro nome, enquanto 45,9% querem que mantenha sua candidatura.

Entretanto, as coisas não são simples assim. O segundo gráfico do Ipespe mostra que 40% do total esperam que Bolsonaro venha a ser beneficiado por anistia ou revisão do processo, adquirindo, portanto, condições de estar presente na urna. Entre os bolsonaristas, chega a 70%.

Esses números sugerem as consequências da decisão do STF. Bolsonaro, réu e com ampla expectativa de condenação, assistirá insatisfeito uma maior movimentação dos pré-candidatos do seu campo para ocupar o espaço legalmente vago.

Em seu favor, ele pode contar com a garantia de um comparecimento expressivo dos seus seguidores às ruas, animados pela expectativa de que poderá concorrer. A partir das manifestações que começaram no Rio e chegarão a São Paulo, combinadas com a campanha da anistia no Congresso, ele constrangerá os nomes da direita que se arvoram em disputar seu espaço.

O governador Tarcísio, ciente disso, fez-se presente em Copacabana, e certamente não faltará aos próximos eventos, a despeito dos desgastes a que se expõe nas redes, buscando assumir a posição de sucessor “natural”, absolutamente “leal”, e melhor posicionado nas pesquisas que os familiares do ex-presidente.

No ranking de presidenciabilidade, Lula sai na frente, mas Tarcísio ganha no saldo

No pelotão da frente, na resposta à indagação se, independente do seu voto, o eleitor acha que “seria um bom presidente”, Lula marca 40%, seguido por Tarcísio, com 35%, Haddad com 33%, e Eduardo Bolsonaro, com 30%.

O presidente fica cinco pontos acima do governador de São Paulo, mas na resposta contrária (“não seria”) Tarcisio tem vantagem de dez pontos: é apontado por 47%, ao passo que Lula por 57%.

Ou seja, considerando-se os saldos (“seria” menos “não seria”) o governador obtém o menor saldo negativo do ranking (-12 pontos), enquanto o presidente viria em segundo com -17 pontos. Ele tem ainda um grau de desconhecimento de 15 pontos, maior como se vê na tabela (16% versus 1% de Lula).

Esse ranking é resultado de uma mesma pergunta (que pode ser vista abaixo do gráfico) repetida para cada um dos dez nomes testados. Simples, compreensível e direta.

Como variável, a “presidenciabilidade” tem um grande poder preditivo, sendo reconhecida na literatura de ciência politica como um forte indicador do apelo do candidato, porque consegue sintetizar variadas percepções de atributos dos nomes testados (competência, preparo, integridade, capacidade de articulação, entre outras), além do grau de conhecimento dos mesmos.

Nessa etapa, para projetar a força futura de uma eventual candidatura, é muito mais eficaz que as perguntas de intenção de voto necessariamente baseadas em listas arbitrárias.

Índice CNN: Lula aprovado por 41%; para o incumbente, o que vale mesmo é sua aprovação

Como comentei no artigo anterior, para o candidato em cargo executivo que concorre sentado na cadeira que estará em jogo, a variável chave é a “aprovação” do seu trabalho, do seu governo, mais que qualquer outro indicador, incluindo a “presidenciabilidade” ou “intenção de voto”, que nesse caso específico (incumbente) sempre estarão estreitamente relacionadas a ela.

O Índice CNN de março — média de todas as pesquisas realizadas — mostra a “aprovação” caindo dois pontos em relação a fevereiro, chegando a 41%, e a “desaprovação” oscilando um ponto para cima, atingindo 54%.

Com esses números, seria impossível ao presidente se reeleger, caso a eleição fosse disputada em breve, independente da força eleitoral que os possíveis adversários tenham no momento. Para ele se mostrar competitivo precisará reconquistar 45% de aprovação. E aproximar-se dos 50% para voltar a ser visto como favorito.

Abordei no programa de fevereiro as causas do mergulho da popularidade do presidente. Agora, cabe um exame atento da evolução dos “saldos”. Ele nos mostra que a queda vem tendo sua intensidade reduzida. Janeiro foi o momento da grande inflexão, quando ele passou de +1 para -6, ou seja, um movimento negativo de 7 pontos. Em fevereiro, a queda foi menor, de 4 pontos (-6 para -10); e em março o novo recuo do saldo é de 3 pontos (-10 para -13).

Agregando-se outras informações, é plausível supor que a imagem do governo esteja no momento “deixando de piorar” e que possa vir a recuperar adiante pelo menos alguns pontos dos que teve na primeira metade do governo.

Por que digo isso? Independente das pesquisas, minha longa experiência anterior como consultor de opinião pública e de comunicação de governos aconselha a não se desprezar a “vantagem do incumbente”, onde se inclui o controle da agenda, a iniciativa das políticas públicas, a capacidade de se articular com os outros poderes, e a propaganda governamental. Assim, embora a inflação dos alimentos continue a fustigá-lo, o governo começou a reagir.

Melhorou para o Planalto o volume de notícias positivas no confronto com as negativas. O farto noticiário sobre iniciativas como a isenção do Imposto de Renda para até R$ 5.000, a divulgação do consignado para os celetistas, a intensa movimentação na mídia do novo Ministro da Saúde preenchendo o vazio anterior nessa área, a abertura de mercados na viagem do presidente ao Japão e Vietnã em companhia dos chefes do Congresso, são alguns exemplos nítidos.

Some-se a isso o início de forte publicidade online e off-line das ações do Lula 3.

IDP: Ratinho, Caiado e Lula se destacam na batalha das redes

Dois governadores chegaram ao topo do Índice Datrix dos Presidenciáveis em março, e pelos mesmos motivos: Ratinho Jr., do Paraná (IDP +14,71), e Ronaldo Caiado, de Goiás (IDP +13,61).

Segundo João Paulo Castro, cientista de dados da Datrix, eles são muito bem avaliados em seus estados e ainda pouco presentes nas discussões sobre política nacional — o que significa menor exposição a críticas e ataques. Ao contrário do incumbente, que segue sendo, disparado, o nome mais comentado nas redes entre os concorrentes de 2026 (cerca de 80% do volume total analisado). Lula já esboçou reação no ambiente das redes, e agora aparece na terceira colocação, com +10,53.

Popularidade digital tem dinâmicas diferentes das avaliações de governo, porque os “defensores” conseguem gerar mais volume de postagens e amplificar os elementos positivos nos algoritmos das redes sociais. Os movimentos do presidente têm deixado o jogo menos negativo para ele, mas é preciso entender como — e se — isso pode virar capital eleitoral no ano que vem.

Ratinho Jr., Caiado e Lula assumiram as primeiras colocações também porque dois nomes de destaque saíram do IDP em março. O cantor Gusttavo Lima anunciou que não vai concorrer a nenhum cargo em 2026 e, ainda no fim de fevereiro, a Justiça Eleitoral determinou a inelegibilidade de Pablo Marçal por oito anos.

Por fim, como ressalta João Paulo Castro, Tarcísio, que vinha se destacando no ranking nos dois primeiros meses do ano, quando sua popularidade parecia imune aos ataques direcionados ao principal aliado, Jair Bolsonaro, viu nesse momento seu índice sofrer forte inflexão, recuando de +28,97 em fevereiro para -1,6 em março.

João Paulo Castro aponta que isso ocorreu muito por conta da maior visibilidade de sua aproximação com o ex-presidente, e também pelo grande volume de críticas nas redes às ações da Polícia Militar paulista.

A Datrix lembra que a performance digital dos potenciais candidatos é medida de forma original nesse Índice com notas que vão de -100 a + 100, combinando três grandes dimensões: engajamento nas redes próprias dos presidenciáveis, comentários em páginas da mídia, de influenciadores e de outros políticos, e a tonalidade das postagens numa escala de muito positiva a muito negativa.

Milhões de dados das mais importantes plataformas (X, Facebook, Instagram, Threads, Bluesky, YouTube, entre outras) são extraídos e analisados com Inteligência Artificial).

Você pode assistir a esse programa e ao anterior no site da CNN.

Falta um ano e seis meses para a eleição de 2026.

Petrolina - O melhor São João do Brasil

Do Correio Braziliense

As manifestações contra o projeto de lei que prevê anistia aos presos do 8 de janeiro reuniram 18,3 mil pessoas na Avenida Paulista, em São Paulo, de acordo com levantamento realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP). O movimento foi organizado pela Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo, e teve o apoio do Partido dos Trabalhadores (PT).

No entanto, os números divulgados pela USP divergem do Instituto Datafolha, que apontou 30 mil pessoas na manifestação ocorrida neste domingo (30). Já a Polícia Militar do estado, em um post nas redes sociais, informou que foram 400 mil manifestantes.

O movimento na capital paulista ainda contou com o apoio do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e a presença dos parlamentares Guilherme Boulos (Psol-SP) e Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do PT na Câmara dos Deputados.

Os manifestantes fizeram uma caminhada a partir da Praça Oswaldo Cruz até o prédio onde funcionou a sede do Destacamento de Operações de Informações — Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI), órgão de inteligência responsável pela repressão durante o período da ditadura militar. Os atos também fizeram memória ao golpe de 1964, que completa 51 anos nesta segunda-feira (31).

Durante o evento, Boulos disse que o ato conseguiu superar em tamanho o que foi organizado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, no último dia 16 de março. “Se o público fosse medido pela PM lá do Rio, eles iam dar 1 milhão aqui”, ironizou.

Além de São Paulo, houve atos contra a anistia em pelo menos mais sete cidades no Brasil durante este domingo (30): Brasília, Fortaleza, São Luís, Belo Horizonte, Belém, Recife e Curitiba. De acordo com os organizadores, os movimentos devem continuar em outras cidades do país até esta terça-feira, dia 1º.

Dulino Sistema de ensino

Da CNN Brasil

De volta ao Brasil, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicano-PB), dedicará a semana para debate o destino do PL da Anistia.

Em viagem à Ásia, o presidente da Casa Legislativa disse a interlocutores que irá começar a discussão nesta semana e pretende tomar uma decisão até o final de abril.

Para isso, Hugo deve ter encontros reservados com os líderes do PL e do PT. O assunto deve ser abordado já na próxima reunião de líderes partidários, marcada para terça-feira (1).

Hoje, a tendência é de que o presidente da Casa Legislativa submeta o projeto a uma comissão especial, como parte do acordo que havia sido firmado por seu antecessor, Arthur Lira (PP-AL).

Antes, no entanto, vai avaliar se a solução ainda tem respaldo entre líderes partidários das demais legendas, já que a proposta tem ganhado apoio junto a partidos de centro-direita.

O PL, de Jair Bolsonaro, defende que a iniciativa seja remetida diretamente ao plenário da Câmara dos Deputados. Hugo, porém, já sinalizou ser contra.

Seja como for, o grande desafio da oposição está do outro lado do Congresso. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), tem dito que a proposta não é prioridade e que dificilmente será pautada neste ano.

Ipojuca No Grau

Por Flávio Chaves

Do Blog do Flávio Chaves

Marcos Vinicios Vilaça nos deixou ontem. Mas como aceitar que se vá alguém que sabia permanecer nos afetos, nas ideias e nos gestos? Como dizer adeus a um homem cuja presença iluminava com discrição e elegância os espaços mais diversos da vida brasileira?

Nascido em Nazaré da Mata, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, Marcos foi um dos filhos mais ilustres da sua geração. Ministro do Tribunal de Contas da União, imortal da Academia Pernambucana de Letras e da Academia Brasileira de Letras, escritor, poeta, cronista, pensador. Um homem público de rara envergadura, que mesmo ocupando funções de grande relevo nacional, jamais se desvinculou de suas raízes. Suas palavras sempre voltavam ao chão da infância, aos coqueiros e canaviais, aos silêncios de Nazaré, onde tudo começou.

Marcos Vilaça era, acima de tudo, um homem de alma generosa. Uma figura rara, dessas que nos fazem acreditar que a inteligência pode, sim, andar de mãos dadas com a delicadeza. Sua presença nas causas da cultura era constante, solidária, comprometida. Tive a honra de tê-lo como amigo e confrade na Academia Pernambucana de Letras, de dividir com ele sonhos, lutas e esperanças. Nunca se ausentou quando precisei. Quando tentaram desconstruir os meus passos, lá estava ele, inteiro, ao meu lado, fraterno, firme, como um irmão maior que entendia o peso das batalhas travadas por quem não nasceu com privilégios.

Fomos conterrâneos de alma e chão. Ele, de Nazaré da Mata. Eu, de Carpina. Cidades irmãs, separadas por alguns quilômetros e unidas por uma mesma cultura vibrante, por um povo que resiste com fé e poesia.

Como escritor, Marcos deixou uma obra vasta e original. Livros como “Coronel, coronéis”, que traça um olhar crítico e irônico sobre os figurões do poder, e “Em torno da sociologia de caminhão”, onde a estrada vira espelho da alma nordestina, mostram sua verve afiada e sensível. Há também títulos como “Sargaços”, “O Coração do Brasil”, “Os Olhos do viajante”, “Nazaré das lembranças”, “Retábulo das confidências”, “No rastro da memória”, entre outros. Cada um desses livros é um relicário de observações sutis, de lirismo contido, de paixão pelas palavras e pelo Brasil profundo.

Marcos era um homem polido, elegante nos modos e na alma. Um intelectual múltiplo, que caminhava com naturalidade entre o saber jurídico, a crítica social e o encanto da literatura. Participou e foi homenageado em tantos momentos marcantes da vida cultural de Pernambuco, inclusive durante meu mandato à frente da União Brasileira de Escritores e da Associação da Imprensa de Pernambuco.

Guardo dele a memória viva de um amigo presente, afetuoso, que fazia da escuta um gesto nobre e do conselho, um ato de generosidade. Sinto sua ausência como se fosse o corte de uma árvore antiga no meio do campo. Fica o tronco, a sombra que ainda paira, os frutos que amadureceram por sua causa.

Agora, ele segue em direção à luz, ao encontro de sua amada Maria do Carmo, companheira de uma vida, e de seu filho querido, Marcoantonio. Que esse reencontro seja pleno de paz, envolto na mesma ternura que ele espalhou entre nós.

Meus sentimentos mais profundos à sua filha Taciana, a Mendonça Filho, a Rodrigo, aos netos, e a todos que o amaram. Pernambuco perde uma de suas vozes mais belas, mas ganha, para sempre, a permanência de uma alma encantada.

Marcos Vinicios Vilaça não se foi. Apenas mudou de plano. Agora, é memória viva, palavra eterna, saudade que floresce.

Caruaru - IPTU 2025

Do Blog da Folha

Próximo de ser escolhido presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB), o prefeito do Recife, João Campos, anunciou que  deve ir aos estados do Ceará, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo, para participar dos congressos estaduais da sigla. O objetivo das viagens é consolidar a liderança do político dentro da legenda.

“Vamos ao Ceará, a São Paulo, a Minas Gerais e ao Espírito do Santo, para poder finalizar essa etapa dos congressos estaduais. Em seguida, teremos o Congresso Nacional do partido, que vai ser no final de maio e início de junho. Como candidato a apresentação do partido, tenho que pedir voto. Por enquanto é uma candidatura única, mas mesmo sendo assim, a gente precisa do voto dos filiados”, disse.

O gestor recifense revelou o roteiro em entrevista à Rádio Pajeú FM, de Afogados da Ingazeira, onde acontece neste domingo (30) o Congresso Regional da legenda. Antes, Campos participou do mesmo evento em São Lourenço da Mata, Região Metropolitana do Recife, ao lado de líderes de vários partidos da base da sua gestão.

Estadual

O prefeito também é presença confirmada no Congresso Estadual do partido, que acontece já no próximo fim de semana, na Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe). Em maio, será a vez do Congresso Nacional do partido, em Brasília, quando Campos deve ser escolhido para ser o presidente do PSB no País.

A chegada de João Campos ao comando do partido repete o caminho feito pelo pai, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, que presidiu a legenda de 2005 a 2014, ano de sua morte.

Camaragibe Cidade do Trabalho

O prefeito do Recife e vice-presidente nacional do PSB, João Campos, declarou, neste domingo (30), que vai trabalhar para que o PSB seja o maior partido da centro-esquerda brasileira. A declaração ocorreu durante o Congresso Regional da sigla em Afogados da Ingazeira, no Sertão de Pernambuco. O dirigente disse que o PSB “tem cheiro de futuro” e vai crescer em todo o país, aliando tradição e novos quadros da política com “capacidade de discutir os problemas reais da nossa gente”.

“Esse é um partido que já foi presidido por Miguel Arraes, por Eduardo Campos e que vem tendo uma grande condução pelo presidente Carlos Siqueira. Queremos poder dar continuidade. E podem ter certeza: nós vamos fazer do PSB o maior partido da centro-esquerda brasileira, o partido que vai defender sempre o nosso campo democrático, que vai ter a capacidade de reunir tradição, mas trazendo sempre novos quadros da política. Que vai ter a capacidade de discutir os problemas reais da nossa gente”, disse o prefeito, que deve ser eleito presidente nacional do PSB durante congresso no fim de maio, em Brasília.

João Campos afirmou ainda que o PSB “não tem preço” e que “vai mostrar seu tamanho”. “Quem está nesse palanque sabe disso, que nosso partido não tem preço. Nosso preço é nunca largar a mão do povo e o lado certo da política. É fazer isso de forma reta e mostrar que tem, sim, muito cheiro de futuro para o PSB, não só pelo que nos trouxe até aqui, mas pelo que nos reúne e pelo trabalho que nos move de fazer o partido crescer no Brasil inteiro”, completou João Campos.

O congresso foi marcado por homenagens ao ex-prefeito de Afogados da Ingazeira e ex-deputado José Patriota, falecido em 2024. O atual prefeito da cidade, Sandrinho Palmeira (PSB), classificou Patriota como “maior liderança política de Afogados da Ingazeira” e, juntamente com João Campos, entregou à viúva do ex-parlamentar, Madalena Leite Patriota, uma placa de exaltação a esse legado. Patriota também será homenageado no Congresso Estadual do partido, em 5 de abril, no Recife.

Durante o evento, outras lideranças também fizeram discursos enaltecendo a unidade das forças políticas compostas pelo PSB e por partidos aliados no Sertão do Pajeú. Foi o caso da vice-presidente nacional do Solidariedade para a Região Nordeste, Marília Arraes, do presidente do PSB de Pernambuco, deputado Sileno Guedes, dos deputados estaduais Diogo Moraes (PSB), Waldemar Borges (PSB) e João Paulo Costa (PCdoB) e do ex-prefeito de Itapetim, Adelmo Moura (PSB).

Cabo de Santo Agostinho - IPTU 2025

Do Metrópoles

Uma ala da oposição dentro do Congresso Nacional trabalha para emplacar uma guerra política que mira o Supremo Tribunal Federal (STF) depois que a Primeira Turma tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) réu por tentativa de golpe de Estado.

O grupo político da oposição na Câmara dos Deputados tem três frentes montadas: a busca por apoio ao projeto de lei (PL) da anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro e a proposta de emenda à Constituição (PEC) para acabar com o foro privilegiado, além de uma obstrução nos trabalhos da Casa, que até o momento não ganhou musculatura.

Na próxima terça-feira (1º), o líder do PL, Sóstenes Cavalcante, tem uma reunião marcada com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para pedir providências sobre o andamento do PL da anistia. Sóstenes promete levar outros líderes com ele para demonstrar apoio e fazer com que Motta paute, no colégio de líderes na quinta-feira (3), o debate sobre o andamento da proposta.

O líder do PL diz que, caso Motta não tome providências sobre o PL da anistia, o seu partido, que é o maior da Casa, com 92 deputados, vai obstruir todos os trabalhos na Câmara, incluindo plenário e comissões. Nesta semana, o PL, o Novo e os líderes da oposição tentaram emplacar o início da obstrução na Câmara, mas houve falhas e o movimento não teve êxito.

Apesar da pressão do PL, o presidente da Câmara não dá sinais de que vai ceder ao movimento. Primeiro, porque ele, desde o início de sua gestão, em fevereiro, já deu declarações públicas de que propostas polêmicas não são uma prioridade e não devem avançar. Segundo, porque Motta está em um momento de aproximação com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e fez parte da comitiva do presidente em viagem oficial ao Japão e ao Vietnã na última semana.

Na avaliação de governistas, andar com a proposta da anistia no momento de um julgamento sobre tentativa de golpe de Estado seria trazer a Câmara para uma discussão que, neste momento, deve ficar no campo judicial.

PEC do fim do foro privilegiado é outra frente

Na última semana, outra proposta voltou a entrar na mira da oposição: a PEC que propõe acabar com o foro privilegiado, que tiraria do STF os casos de políticos e mandaria as investigações para a Justiça comum, na primeira instância. O foro privilegiado tem como base que autoridades públicas sejam julgadas em tribunais superiores por crimes cometidos durante o mandato.

Um dos objetivos do movimento da oposição com a proposta seria tentar tirar do STF o julgamento contra Bolsonaro. Nesta semana, o deputado Sanderson (PL-RS) enviou um ofício ao presidente Hugo Motta para que a PEC seja votada no plenário.

Procurado pelo Metrópoles, Sanderson disse que pretende se reunir com Motta assim que ele voltar de viagem para pedir que o texto seja pautado.

“Vou conversar com o presidente Hugo Motta assim que ele chegar, para reforçar o que já fiz por requerimento oficial: incluir a PEC na pauta do plenário”, disse o deputado.

Desde 2019, diferentes parlamentares tentam fazer a proposta ser votada no plenário, mas sem sucesso. Os últimos dois presidentes anteriores a Motta, Arthur Lira (PP-AL), e Rodrigo Maia (PSDB), não pautaram o tema no plenário. Diversos congressistas são contrários ao fim do foro privilegiado, por entenderem que, na primeira instância da Justiça, pode haver mais chances de perseguições de juízes e de políticos opositores.

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O Congresso Regional do PSB, realizado em Afogados da Ingazeira, reuniu lideranças políticas do Sertão e reforçou o compromisso do partido com o desenvolvimento de Pernambuco. O evento contou com a presença de diversas autoridades, entre elas o deputado federal Felipe Carreras, que destacou a importância da união e da política como ferramenta de transformação.

“O último Congresso Regional do PSB, em Afogados da Ingazeira, foi mais do que um encontro de lideranças. Foi a reafirmação de um time compromissado com Pernambuco e que acredita na política como uma ferramenta de transformação”, afirmou Carreras.

O parlamentar destacou o reencontro com aliados da região, entre eles Adelmo Moura, ex-prefeito de Itapetim e pré-candidato a deputado estadual; Aline Karina, prefeita de Itapetim; Chico de Laura, vice-prefeito de Itapetim; Dadá de Adeval, vice-prefeito de Santa Terezinha; Madalena Brito, ex-prefeita de Arcoverde; Arquimedes Machado, ex-prefeito de Itapetim; Gilsinho Duarte, ex-candidato a vice-prefeito de Arcoverde, e Erivânia Camelo, ex-prefeita de Arcoverde.

Carreras também ressaltou o papel do prefeito do Recife, João Campos, na construção de um projeto coletivo para Pernambuco. “Junto com nosso líder, João Campos, estamos construindo um futuro melhor, somando ideias, energia e vontade de fazer mais pelo nosso estado. A caminhada é coletiva, e a história que estamos escrevendo é de trabalho, desenvolvimento e esperança!”, declarou.

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A ex-prefeita de Arcoverde, Madalena Britto (PSB) participa do congresso regional do Partido Socialista Brasileiro (PSB) em Afogados da Ingazeira, no Sertão de Pernambuco. O evento, que reúne importantes lideranças políticas da região, conta com a presença do prefeito do Recife e vice-presidente nacional do PSB, João Campos. As informações são do blog do Nill Júnior.

Madalena Britto está acompanhada de uma comitiva, composta pelo ex-candidato a vice-prefeito de Arcoverde, Gilsinho Duarte, além da ex-prefeita Erivânia Camelo. Também integram a delegação os suplentes de vereador Rosinaldo Já Morreu, Ítalo da WI, André Paulo e Professor Edgar, reforçando o compromisso do grupo com o fortalecimento do PSB e a construção de novas estratégias para o futuro da política pernambucana. Também está com ela o deputado federal Felipe Carreras e o deputado estadual Diogo Moraes, ambos do PSB.

Durante o congresso, Madalena destacou a importância do encontro para a articulação política regional e o desenvolvimento do Sertão. “Este congresso é um momento essencial para o fortalecimento do nosso partido e para a construção de um novo Pernambuco. A liderança de João Campos é fundamental nesse processo, pois ele representa a renovação e a continuidade do legado do PSB no estado”, afirmou a ex-prefeita.

O evento tem como objetivo principal promover o diálogo entre as lideranças do PSB e traçar estratégias para o futuro, reforçando o compromisso do partido com o desenvolvimento sustentável do Sertão e a melhoria das condições de vida da população. Além das discussões políticas, a programação inclui debates sobre investimentos, políticas públicas e ações para impulsionar o crescimento das cidades do interior.

O deputado estadual Joaquim Lira foi eleito o parlamentar mais atuante do Sertão do Pajeú no Prêmio Excelência MV4, realizado no Kabbana Recepções, em Afogados da Ingazeira. A premiação, promovida pela Agência MV4 de Comunicação e Marketing, é baseada em pesquisa popular, conduzida pelo site Folha do Pajeú, e destaca personalidades que contribuem para o desenvolvimento da região.

Da Folha de S.Paulo

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), dá o pontapé inicial da sucessão presidencial de 2026 e lança sua pré-candidatura ao Planalto na próxima sexta-feira (4) em um cenário que inclui divisões internas em seu próprio partido e desconfiança do eleitor bolsonarista.

Aos 75 anos, o goiano que ascendeu para a política como fundador da UDR (União Democrática Ruralista) e foi um ferrenho opositor dos governos petistas, agora tenta se cacifar para entrar na disputa presidencial pela segunda vez – a primeira foi em 1989, quando ficou em 10º lugar.

Em seu segundo mandato com governador de Goiás, Caiado quer aproveitar o vácuo na direita com a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pautar temas como o da segurança pública e atuar como contraponto ao governo Lula (PT).

O caminho até a urna, contudo, não será fácil. O primeiro desafio é superar as turbulências internas do União Brasil e garantir a unidade em torno de seu projeto presidencial – parte da bancada do partido apoia o governo Lula, e outra parcela segue fiel ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

A ala lulista é liderada pelos ministros Celso Sabino (Turismo) e Juscelino Filho (Comunicações), além do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, padrinho político do ministro Waldez Góes (Integração Nacional).

Entre os aliados de Bolsonaro estão os governadores Mauro Mendes (Mato Grosso), Wilson Lima (Amazonas) e Marcos Rocha (Rondônia), além de uma parte das bancadas na Câmara e Senado. A expectativa é ausência dos líderes das duas alas no lançamento da pré-candidatura.

Cerca de 5.000 pessoas foram mobilizadas para o ato em Salvador. Na ocasião, Caiado será agraciado com um título de Cidadão Baiano e uma Comenda 2 de Julho, ambas propostas quando o atual prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), era deputado.

A organização do evento foi precedida de pressões internas no União Brasil. O grupo de Alcolumbre, que em fevereiro sinalizou apoio a Lula em um ato no Amapá, trabalhou para esvaziar a participação de parlamentares no evento.

O timing também for criticado pela ala bolsonarista – o ato será na semana seguinte ao recebimento da denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) pelo STF (Supremo Tribunal Federal) que tornou Bolsonaro réu sob acusação de integrar o núcleo central de uma trama golpista em 2022.

Até mesmo a escolha do local da solenidade foi motivo de embate. Houve pressão para esta fosse na Assembleia Legislativa, com caráter mais institucional. Mas prevaleceu a escolha do Centro de Convenções de Salvador.

Na terça-feira (25), diante de notícias sobre um possível adiamento do ato, Caiado foi às redes sociais para reafirmar que este seria mantido.

“Sei que minha postura de oposição ao governo do PT incomoda aqueles que estão no poder, mas isso não abala minhas convicções. Estou determinado a apresentar uma plataforma de mudança para o Brasil”, afirmou.

O pontapé para a pré-campanha também acontece no momento em que o União Brasil negocia uma federação partidária com o PP.

Caiado classificou a união dos partidos como “um tiro no pé” por gerar conflitos internos, mas as cúpulas das legendas avançam nas negociações. Presidente do PP, o senador Ciro Nogueira, disse que não há incômodo com o lançamento da pré-candidatura.

“Não tem desconforto, tenho grande admiração pelo governador Caiado”, diz Nogueira, citando a senadora Tereza Cristina (PP-MS), ministra da Agricultura no governo Bolsonaro, como possível candidata de seu partido.

Em reserva, parte da bancada do União Brasil diz considerar prematuro o debate sobre a sucessão presidencial, citam as negociações da federação e defendem cautela em meio a um cenário de indefinição do campo da direita.

Mesmo inelegível, Bolsonaro se reafirmou candidato à Presidência. Os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, Ratinho Júnior (PSD), do Paraná, e Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, se movimentam como possíveis candidatos da direita.

No União Brasil, Tarcísio é visto como o único que poderia fazer Caiado recuar em nome da unidade. Em caso de pulverização, a expectativa é que o governador de Goiás mantenha a candidatura.

Caiado terá pouco mais de um ano para ganhar visibilidade e fôlego nas pesquisas. Em fevereiro, o governador chegou a anunciar que comporia uma chapa com o cantor sertanejo Gusttavo Lima, mas perdeu o trunfo após o artista afirmar que não será candidato a nenhum cargo em 2026.

Outro desafio será superar a desconfiança de uma fatia do eleitorado que apoiou Bolsonaro nas últimas eleições presidenciais. Caiado tem um histórico recente de embates com Bolsonaro, que até hoje gera reações de bolsonaristas contra o governador goiano.

Ambos chegaram a romper relações no início da pandemia, quando Caiado, que é médico, criticou declarações feitas por Bolsonaro sobre a crise sanitária.

Em 2024, protagonizaram novo embate na disputa entre a prefeitura de Goiânia. Em comício, Bolsonaro chamou o governador de covarde pela postura na pandemia. Caiado retrucou e, após a vitória de seu aliado nas urnas, disse que o país cansou do jeito como Bolsonaro faz política.

Aliados minimizam os embates: “Existiram divergências, mas o atrito é natural da política. A direita precisa se unir e Caiado é direita raiz”, afirma Delegado Valdir, vice-presidente do União Brasil em Goiás.

Do Jornal do Commercio

Os entregadores de aplicativos como iFood, Rappi e Uber Eats, que realizam a distribuição de produtos em centenas de cidades de todo o Brasil, anunciaram uma paralisação nacional marcada para amanhã e terça-feira (1º). 

O movimento, denominado “Breque Nacional dos Apps 2025”, já conta com adesão de trabalhadores de diversos estados, com uma série de demandas focadas em condições mais dignas de trabalho e em reajustes nas tarifas oferecidas pelas plataformas.

Reivindicações

Entre os pontos centrais da paralisação, estão:

  • Aumento da taxa mínima para R$ 10,00;
  • Reajuste do valor por quilômetro rodado para R$ 2,50;
  • Limitação das rotas de bicicleta a um máximo de 3 km;
  • Pagamento integral da taxa por entrega, sem redução em pedidos agrupados por empresas como iFood.

Apoio

O movimento conta com o apoio da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), da Aliança Nacional dos Entregadores por Aplicativos (Anea) e da Associação dos Motoboys, Motogirls e Entregadores de Juiz de Fora (Ammejuf).

Nicolas Souza Santos, secretário da Ammejuf, tem sido uma das principais vozes do movimento. Ele representou a CSB em audiência pública no Supremo Tribunal Federal (STF) em dezembro do ano passado, onde destacou a falsa autonomia dos trabalhadores.

Segundo ele, os entregadores enfrentam dificuldades para estabelecer os preços de seus serviços, o que, para ele, fere o conceito de autonomia.