Dia Mundial da Poesia

Por Flávio Chaves*

Na lágrima que desliza pelo rosto em silêncio, na batida apressada de um peito apaixonado — ali vive a poesia. Invisível aos olhos, mas imensa no coração humano, ela é a linguagem secreta da alma, que desata os nós do sentir e costura os retalhos da existência.

Hoje, 21 de março, o mundo se curva diante da arte que transborda em metáforas e transforma palavras em vida. O Dia Mundial da Poesia não é apenas uma data no calendário; é uma celebração do que somos, do que sentimos e daquilo que muitas vezes não conseguimos dizer. A poesia é esse abraço silencioso que acolhe nossas dores e exalta nossas alegrias. É o eco das memórias, o reflexo dos sonhos, a dança leve e sinuosa das palavras no ar.

A poesia nasce onde o verbo se curva diante do mistério. Ela invade os cantos vazios da alma e enche de sentido os vãos da existência. Não se impõe — ela chega como um vento delicado, atravessando muralhas e plantando flores nos escombros. O poeta, esse tecelão incansável de esperança, transforma lágrimas em versos, saudades em rimas, medos em metáforas que confortam e abraçam.

Quantas vezes uma poesia nos salvou do abismo? Quantas vezes um poema, lido de surpresa, soprou vida sobre um peito cansado? Porque a poesia é um farol: guia-nos quando as sombras parecem engolir os passos e revela caminhos onde só enxergávamos paredes. Ela não apenas narra o mundo — ela o recria, dando novas cores ao cinza, desenhando horizontes onde tudo parecia escuro.

E é por isso que a poesia nunca morre. Ela se reinventa na voz do declamador que emociona uma praça inteira. Ela ressurge nas cartas de amor esquecidas na gaveta. Ela renasce no sussurro de uma mãe que canta para o filho dormir. Ela é o poema escrito na areia e apagado pelas ondas — efêmera, mas eterna.

Celebrar o Dia Mundial da Poesia é celebrar nossa humanidade. É reconhecer que a vida é um livro inacabado, onde cada batida do coração escreve um novo verso. É a lembrança de que não somos apenas feitos de carne e osso — somos feitos de palavras, de silêncios, de sentimentos que só um poema consegue traduzir.

Que hoje possamos respirar poesia, permitir que ela nos envolva e nos toque. Que cada coração se abra para esse universo onde a alma se despe e se revela. Que possamos, ao menos por um instante, permitir que um poema nos abrace — porque há versos que curam feridas invisíveis e sorrisos que nascem de uma estrofe lida na hora certa.

Que ela continue pulsando em cada um de nós, alimentando nossos sonhos, nossas esperanças e nossa fé na beleza da vida. Que sejamos, cada um à sua maneira, poetas do mundo — porque no coração de quem sente, sempre há versos por nascer.

*Jornalista, poeta, escritor e membro da Academia Pernambucana de Letras.

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O trânsito e o cidadão ‘dedo-duro’ 

Está tramitando na Câmara dos Deputados uma proposta que, na busca por ampliar a fiscalização de infrações, vai tornar qualquer cidadão num agente de trânsito, permitindo que ele envie  provas para órgãos como Detrans ou DERs. As evidências ou comprovações, segundo o Projeto de Lei 62/2025, serão vídeos e fotos — que podem resultar em multas e outras penalidades. O autor, o deputado Dimas Fabiano (PP/MG), quer tornar esses registros oficiais. Isso caso, embora não se saiba ainda como, atendam aos “critérios estabelecidos” pelos órgãos reguladores. Obviamente, o Código de Trânsito Brasileiro só permite que apenas agentes ou equipamentos regulamentados como pardais e radares móveis possam autuar e multar.

O deputado até propõe algumas ideias para se evitar fraudes, por exemplo. É o caso da qualidade da imagem: vídeo e foto precisam ter nitidez suficiente para identificar claramente a infração, a placa do veículo e o local onde ocorreu o fato, e eles devem ser encaminhados por meio de plataformas criadas pelos órgãos de trânsito, garantindo controle e segurança nos envios. Nesse caso, o denunciante, ou ‘dedo-duro’, como já está sendo apelidado esse futuro cidadão, não pode ficar sob anonimato: terá que se identificar e assinar um termo de veracidade, garantindo que o material não foi manipulado.

Já pensaram na quantidade de gente querendo se vingar de algum desafeto? Denunciar a existência de um crime, como roubo ou agressões domésticas, por exemplo, é louvável. Mas infrações de trânsito? Tem certeza, Vossa Excelência? Já não bastam os olhos do Estado sobre a gente, com suas câmeras e aplicativos onipresentes? Ou mesmo das redes sociais e seus algoritmos?

Bem, todas as denúncias teriam que passar por uma ‘análise técnica’ dos órgãos de trânsito –  que poderão até pedir perícia em casos de dúvida. E as manipulações de conteúdos gerais pela Inteligência Oficial (IA)? O projeto prevê que imagens e vídeos criados ou modificados por inteligência artificial serão automaticamente descartados. Mas como analisá-los? Quem fará isso mesmo? Os Detrans, que nos cobram até serviços básicos?

Se bem que há previsão de punições para quem enviar registros falsos ou manipulados, com o cidadão ‘dedo-duro’ sendo enquadrado no crime de falsa comunicação de infração, previsto no artigo 340 do Código Penal. O deputado Dimas Fabiano defendeu, em sua proposição, que não quer expandir o caráter punitivo. Mas, sim, a conscientização e a participação social. O PL está em análise na Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados. Alea jacta est. 

A frota mundial de elétricos até 2026 – Um estudo da BloombergNEF mostra que a frota mundial de veículos elétricos deve superar 100 milhões de unidades até 2026. Isso significa que o número deve quadruplicar (hoje, são cerca de 27 milhões). Até o fim da próxima década, 730 milhões automóveis movidos exclusivamente a eletricidade devem estar rodando por todo o mundo. O estudo identifica que as vendas cumulativas de veículos elétricos leves e pesados atingirão US$ 8,8 trilhões em 2030 e saltarão para US$ 57 trilhões exatos vinte anos depois. 

Taxa de proteção contra os importados – Enquanto isso, a participação dos carros importados no mercado brasileiro chegou a 21% em fevereiro — e isso está deixando preocupados os fabricantes nacionais. Por isso, a Anfavea, associação das montadoras, quer a retomada imediata da alíquota de importação de 35% para os eletrificados — que só está prevista para julho de 2026. Outros países impõem aos carros chineses algumas taxações. O Brasil, nem tanto. Mas, de qualquer forma, vem aí um novo fenômeno: marcas como a BYD vão produzir aqui; outras já instaladas, como Stellantis, Renault e General Motors começaram a trazer os seus chineses. 

GWM Tank 300 chega este mês – A chinesa GWM já definiu a data da apresentação do novo GWM Tank 300 no Brasil: 31 de março. Neste dia, o modelo será apresentado oficialmente aos jornalistas no interior de São Paulo e, em seguida, desembarca nos concessionários da marca. O jipe híbrido deve ficar na faixa dos R$ 380 mil. O modelo já chegou ao mercado do México, com sucesso, misturando desempenho off-road e luxo. O HEV (veículo elétrico híbrido) vem equipado com um motor 2.0 turbo combinado a um motor elétrico – que, juntos, produzem até 400cv de potência. Obviamente, vem com tração 4×4 com reduzida. O câmbio automático é de 9 marchas. Tem capacidade de atravessar terrenos alagados de até 70 cm de profundidade. Pode rebocar até 750 kg.Suas dimensões são de 4,76 metros de comprimento, 1,93 metro de largura e 1,90 metro de altura, com 2,75 metros de entre-eixos. O Tank 300 garantiu classificação máxima de segurança de cinco estrelas da ANCAP.

BYD lança carregador de 1000 kW – A empresa chinesa BYD acaba de apresentar aos consumidores globais a estação de recarga Megawatt Flash Charger, com potência de 1000 kW. Ele é compatível com veículos elétricos equipados com sistema de alta voltagem de 1000V, permitindo recarregar 400 km de autonomia em apenas 5 minutos. Esse é o tempo que o consumidor leva para encher o tanque de um carro a combustão. Claro que o alvo, nesse primeiro momento, é a China — na qual a empresa vai instalar quatro mil estações de recarga desse tipo.

Omoda & Jaecoo será lançada em 15 de abril – Os SUVs Omoda E5 elétrico (OE5) e Jaecoo 7 híbrido plug-in serão apresentados em 15 de abril, quando já estarão à disposição para a compra nas concessionárias da marca. Serão mais de 50 lojas personalizadas sob a bandeira da marca, localizadas em 17 estados. O primeiro tem um desenho futurista e é equipado com duas telas digitais de 10,25 polegadas, integrando todas as funções de controle de direção, clima e entretenimento. Já o segundo tem uma tela multimídia vertical de 14,8 polegadas, com reconhecimento facial e atualizações de forma remota, sem a necessidade de conexão física. 

Chega o Dafra SYM Joyride 300 – A Dafra lançou oficialmente o SYM Joyride 300, sucessora do Citycom 300. O novo scooter já está nas lojas, com design renovado, mais tecnologia e preço sugerido de R$ 29.990. O SYM Citycom 300 chegou em 2010 e vendeu mais de 24 mil unidades. O SYM Joyride 300 vem para manter essa performance, pois oferece um bom pacote tecnológico – além de um visual atualizado, moderno e dinâmico. Destaque para a iluminação full LED – que, ao contrário do que muitos imaginam, não tem apenas funções estéticas, mas melhora bastante a visibilidade noturna e aumenta a segurança. O motor é um monocilíndrico de 278,3 cm³, com 26cv de potência e torque de 2,65 kgfm. E mais: o scooter tem bons diferenciais, freios ABS de duplo canal, controle de tração (TCS), sistema keyless, painel LCD colorido e para-brisa ajustável. 

Suzuki traz a esportiva GSX-8R – A japonesa acaba de apresentar a GSX-8R e finalmente completa a linha 800, que já contava com a naked GSX-8S e também com a aventureira V-Strom 800 DE. A esportiva oferece um pacote completo de desempenho, tecnologia e design por um preço público sugerido de R$ 56.900 (sem o frete). A GSX-8R tem motor bicilíndrico paralelo de 776 cm³ que entrega 83cv de potência e 7,9kgfm de torque. O motor, com virabrequim de 270 graus, entrega potência linear e forte torque nas médias rotações. O câmbio de seis marchas conta com quickshifter bidirecional de série proporcionando uma experiência ainda mais empolgante.O sistema de freios conta com pinças radiais e dois discos de 310 mm na dianteira, e um disco de 240 mm na traseira, ambos com assistência ABS.

Eletromobilidade: infraestrutura ainda é desafio – A frota de veículos elétricos no Brasil tem registrado um crescimento expressivo nos últimos anos, impulsionado por incentivos fiscais, maior eficiência energética e preocupação com a sustentabilidade. No entanto, apesar do avanço na eletromobilidade, a infraestrutura de recarga ainda é um dos principais desafios para a consolidação do setor no país. Segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), o Brasil fechou 2024 com o recorde de 177.358 veículos eletrificados leves emplacados de janeiro a dezembro — ou 89% acima dos 93.927 de 2023.

Já o número de carregadores não acompanha o mesmo ritmo de crescimento: em outubro de 2024 eram pouco mais de 10 mil, o que significa que há cerca de 1 carregador para cada 17 veículos rodando no país. “Investir em pesquisa e inovação é essencial para acelerar a expansão da infraestrutura de carregamento. Com investimentos estratégicos, é possível desenvolver tecnologias mais acessíveis e eficientes, como soluções de recarga integradas com fontes renováveis, que garantem a estrutura necessária e um futuro mais sustentável para a mobilidade urbana”, observa o CEO do L8 Group, Leandro Kuhn. 

Kuhn ressalta que suprir a falta de carregadores é essencial para atender a demanda crescente de consumidores interessados em transporte eletrificado, além de ser um fator estratégico de planejamento para os próximos anos, quando os veículos híbridos e elétricos devem representar 50% das vendas do segmento até 2030, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). “Disponibilizar uma rede ampla e confiável de pontos de carregamento garante segurança aos consumidores na transição para essa tecnologia, evitando que os carros possam ficar sem bateria, especialmente em trajetos mais longos, ou enfrentar dificuldades para recarregar no dia a dia”, aponta. 

Garagem solar – Apesar dos desafios, algumas iniciativas que aliam inovação e solução nas áreas de energia solar e cidades inteligentes têm buscado acelerar a expansão da infraestrutura de recarga, como a garagem solar desenvolvida pela L8 Energy. O projeto tem capacidade para carregamento de até dois veículos elétricos ao mesmo tempo e usa telhas solares na captação de energia. O CEO da L8 explica que os sistemas fotovoltaicos podem utilizar os módulos solares (conhecidos como paineis) ou as telhas solares, que são mais recentes no mercado e ainda pouco conhecidas. “Optamos pela telha solar neste projeto porque ela faz a vedação perfeita da garagem, evitando goteiras, e é mais eficiente. Gera até 5% mais energia do que o módulo. Além disso, a telha cobre a garagem ao mesmo tempo que capta os raios solares e tem um design moderno, que alia beleza ao projeto arquitetônico. Sua tecnologia permite o aproveitamento da luminosidade mesmo em áreas sombreadas sem afetar tanto a geração como acontece com os paineis tradicionais”, afirma Kuhn.

Lavagem convencional ou a seco? – Economia de água, praticidade, nível de sujeira e impacto ambiental. Tudo isso deve ser avaliado antes de optar entre a lavagem convencional ou a seco para o carro. Cada método possui vantagens e desvantagens, variando conforme a necessidade do motorista, o nível de sujeira e até mesmo a preocupação com o meio ambiente. Se convencional utiliza água para remover as sujeiras mais pesadas, a lavagem a seco é uma alternativa sustentável e prática. Veja a diferença entre elas:

Lavagem a seco – A economia de água, já que usa produtos especiais que dispensam enxágue e a possibilidade de ser feita em qualquer lugar, seja na garagem ou em um estacionamento, já são atrativos. Mas além disso, elas são mais sustentáveis e evitam riscos no carro: “Numa lavagem convencional, consome-se mais de 300 litros de água, mas com os produtos à seco, esse número é zero. Sem falar que ela é mais prática”, diz Marco Lisboa, CEO da KoalaCar, microfranquia de limpeza a seco de veículos.  A única diferença que o especialista aponta é que ela pode ser um pouco mais demorada do que a convencional dependendo do nível de sujeira do automóvel. 

Lavagem convencional – Ela remove sujeira pesada, sendo indicada para veículos com resíduos difíceis de remover,  o uso de água pressurizada ajuda a soltar impurezas sem atrito excessivo. Em contrapartida, exige o consumo excessivo de água, necessidade de um local adequado com escoamento e pode riscar a pintura se não for feita corretamente. Entre as duas, a lavagem a seco acaba sendo mais vantajosa, pois se o foco for economia de água e praticidade, manutenção e brilho da pintura, ela acaba sendo a melhor opção. Mas se o carro estiver muito sujo ou coberto de lama, o mais indicado é a lavagem convencional. “Para quem tem o hábito de lavar o carro semanalmente ou de 15 em 15 dias, a lavagem a seco pode ser uma ótima alternativa para manter o automóvel sempre limpo e sem desperdício de recursos”, diz o CEO da KoalaCar.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico 

Jaboatão dos Guararapes - UBS Pet Massangana

Por Waldemar Borges*

Tinham uns dois ou três xeleléus da governadora que aplaudiam o afastamento da gestão em relação à classe política, enaltecendo essa conduta em nome de uma nova forma de fazer política no estado. Tratava-se, diziam, de um novo tempo que estaria sendo rechaçado por políticos viciados nos velhos métodos de cooptação. Era assim que enalteciam o descaso de um governo fechado e indisposto para interagir com a sociedade.

Gostaria de saber o que esses porta vozes das Princesas estão dizendo agora, depois que a governadora loteou o governo no mais autêntico estilo do velho toma lá-dá-cá. Será que estão decepcionados com o que juravam ser uma revolução nas práticas políticas em Pernambuco, ou já arrumaram um discurso pra justificar a queda impiedosa dessa “nova política”?

*Deputado estadual

Conheça Petrolina

Do jornal O Globo

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), seguiu o voto do ministro Alexandre de Moraes estipulando a condenação da cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos a 14 anos de prisão por sua participação nos atos golpistas de 8 de Janeiro. Débora ganhou notoriedade por ter pichado “perdeu, mané” na estátua da Justiça em frente à sede do STF.

O julgamento ocorre no plenário virtual da Primeira Turma do STF, com previsão de durar até o dia 28 de março. Além de Mores e Dino, ainda precisam votar os ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux. Se o próximo voto acompanhar o relatório de Alexandre de Moraes, já estaria formada a maioria pela condenação da cabeleireira.

Moraes, que é o relator do caso, imputou a Débora cinco crimes: abolição violenta do Estado Democrático de Direito, com pena de 4 anos e 6 meses de reclusão; golpe de Estado, com pena de 5 anos; dano qualificado, com violência à pessoa ou grave ameaça, ao patrimônio da União, por motivo egoístico ou prejuízo considerável para a vítima, com pena de 1 ano e 6 meses de detenção e multa de R$ 25.300; deterioração do Patrimônio tombado, com pena de 1 ano e 6 meses e multa de R$ 25.300; e associação criminosa armada, com pena de 1 ano e 6 meses de reclusão.

Moraes também votou para que a cabeleireira seja condenada a pagar, em divisão com os demais condenados, indenização por danos morais de R$ 30 milhões.

O relator destacou em seu voto uma foto em que a cabeleireira “segura um aparelho de telefonia celular, demonstrando orgulho e felicidade em relação ao ato de vandalismo que acabara de praticar contra escultura símbolo máximo do Poder Judiciário brasileiro”.

Débora Santos foi presa no âmbito da Operação Lesa Pátria pela Polícia Federal em março de 2023. Em novembro do ano passado, já em seu julgamento no STF, ela escreveu uma carta pedindo desculpas a Moraes, que foi lida durante uma audiência de instrução do seu processo, em novembro. No texto, ela afirma que na época não sabia da importância da estátua, mas que depois conheceu a história da obra e do seu autor, o artista mineiro Alfredo Ceschiatti.

Na carta, Santos também pede desculpas à nação brasileira como um todo. Segundo ela, outra pessoa começou a escrever na obra, mas pediu que ela continuasse, porque sua letra seria feia.

Dulino Sistema de ensino

Da CNN Brasil

O senador Alessandro Vieira (MDB-SE) protocolou, neste sábado (22), um projeto de lei para estabelecer um teto de 12 anos de prisão para condenados pelos atos de 8 de janeiro que não tenham liderado ou financiado as invasões.

A proposta, segundo o senador, busca evitar penas excessivas para réus com menor grau de participação.

Um exemplo seria o caso de Débora Rodrigues dos Santos, acusada de pichar “Perdeu, mané” na estátua A Justiça, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF).

O ministro Alexandre de Moraes votou para condená-la a 14 anos de prisão. Se o projeto for aprovado, sentenças desse tipo teriam de ser reduzidas.

O projeto também prevê que o crime de abolição do Estado Democrático de Direito, quando cometido para derrubar o governo eleito, seja absorvido pelo crime de golpe de Estado, impedindo a soma das penas. Com isso, a punição passaria de oito para quatro anos de reclusão.

Vieira argumenta que há uma “grave distorção” nas condenações, com pessoas que desempenharam papéis distintos recebendo penas semelhantes.

“Entendo que as decisões do Supremo sobre os atos golpistas carregam uma série de problemas e abusos, que são a ausência ou insuficiência de individualização das condutas dos réus, a duplicidade de pena pelo mesmo fato concreto e a não diferenciação entre réus que praticaram crimes dentro de um contexto de multidão e réus que planejaram e/ou financiaram toda a ação criminosa”, disse o senador à CNN.

A limitação nas penas, no entanto, não se aplicaria a lideranças ou financiadores dos atos, o que impediria, por exemplo, que o ex-presidente Jair Bolsonaro fosse beneficiado caso seja condenado.

Segundo o procurador-geral da República, Paulo Gonet, na denúncia apresentada ao STF, Bolsonaro integrava “o núcleo crucial” da suposta tentativa de golpe.

Ipojuca No Grau

Do Brasil 247*

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira acreditar que os preços dos alimentos no Brasil vão cair, mas reconheceu que está preocupado com dois produtos específicos: o café e o ovo.

“Tem alguns itens que estão inspirando mais cuidado. Por exemplo, o aumento da demanda mundial por café inspira cuidado”, afirmou Haddad durante entrevista ao podcast Inteligência Ltda.

“Ovo é outra preocupação… Nós exportamos pouco ovo. Nossa exportação de ovo é muito pequena, mas pode estar havendo concentração de mercado, pode estar tendo especulação com o preço”, acrescentou.

Segundo Haddad, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu ao Ministério da Agricultura e Pecuária e ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar “entenderem melhor o que está acontecendo com o preço do ovo”.

Na entrevista, o ministro também voltou a afirmar que a colheita da safra atual e o recuo recente do dólar ante o real são fatores que vão contribuir para a queda dos preços dos alimentos.

*Com Reuters

Caruaru - IPTU 2025

Por Bela Megale

Do jornal O Globo

Não foram poucas as tentativas feitas por Jair Bolsonaro para convencer Eduardo Bolsonaro (PL-SP) a permanecer no Brasil.

Em diversas conversas que teve com o deputado federal, nos últimos dias, o ex-presidente apresentava um temor ao filho. Afirmava que ele ficaria com a pecha de “frouxo” e que perderia capital político com a decisão.

Os mesmos argumentos foram levados a Eduardo por lideranças do PL, que souberam da posição do deputado na noite de sábado. O quarto de hotel reservado para o filho de Bolsonaro para recebê-lo na manifestação pela anistia, realizada em Copacabana no domingo (16), ficou vazio. Ao ligarem para Eduardo para questionar a ausência, o filho do ex-presidente revelou aos organizadores do ato que não pretendia voltar.

O parlamentar justificou a escolha de ficar nos Estados Unidos por tempo indeterminado usando o argumento de que seria perseguido politicamente.

Naquele momento, lideranças do partido se uniram a Jair Bolsonaro e fizeram uma força-tarefa para tentar convencê-lo voltar ao país.

A última vez que Bolsonaro e membros do partido buscaram convencer o deputado da ideia de não se licenciar de seu mandato ocorreu na terça-feira (18), pela manhã. Depois disso, o ex-presidente jogou a toalha e aceitou a decisão do filho.

Então, um pedido foi feito por lideranças do PL e pelo próprio Bolsonaro a Eduardo. A solicitação era que ele não divulgasse a notícia nas suas redes sociais. O plano era que a própria sigla encontrasse um meio para comunicar a decisão reduzindo os danos. O deputado não obedeceu.

Enquanto ocorria em Brasília a reunião de líderes da Câmara, Eduardo divulgou o vídeo no qual anunciava seu pedido de licença e a decisão de ficar nos EUA. Depois, ele concedeu uma entrevista ao canal do YouTube da Revista Timeline. No programa, chorou. Do Brasil, Bolsonaro viu a cena e caiu em prantos.

A manifestação do procurador-geral da República, Paulo Gonet, contra a apreensão do passaporte de Eduardo foi feita pouco depois do anúncio do deputado. O posicionamento estava alinhado com o recado que interlocutores do PL com o Judiciário já tinham recebido.

Posteriormente, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes negou o pedido do PT para apreender o passaporte do filho de Bolsonaro. A decisão favorável a Eduardo foi vista, porém, pelo clã Bolsonaro e por parte dos correligionários do PL como uma espécie de pegadinha. A leitura é que a negativa para apreender o passaporte do parlamentar só teria vindo para esvaziar a justificativa de Eduardo para ficar nos EUA.

Com isso, Jair Bolsonaro passou a apoiar a decisão do filho de permanecer no exterior.

Camaragibe Cidade do Trabalho

Em uma fala recente, o ex-prefeito de Araripina, Emanuel Bringel, se mostrou surpreso com as declarações de Raimundo Pimentel, que afirmou que a gestão atual havia usufruído de um projeto desenvolvido por ele. Bringel questionou por que Pimentel, se realmente fosse o autor do projeto, não o havia lançado ou executado durante sua gestão, especialmente considerando a necessidade da obra na Avenida Antônio Barros Muniz, uma importante área da cidade.

O ex-prefeito enfatizou que a obra, realizada pela atual gestão, tem sido bem recebida pela comunidade local, destacando sua qualidade e a satisfação dos moradores da região. “É uma obra de alto nível, e todos que estiveram presentes bateram palmas pela sua execução”, afirmou Bringel, lembrando que, se o projeto fosse realmente de Pimentel, ele deveria ter sido implementado no período anterior.

Em uma crítica mais contundente, Bringel também direcionou seu comentário para a postura de Pimentel, sugerindo que ele precisa aceitar que seu ciclo político terminou. Ao reforçar que a administração atual é liderada por Evilásio Mateus e seu filho, Bringel Filho, o ex-prefeito parece tentar proteger e reforçar o papel de seu filho, atual vice-prefeito da cidade, no governo, destacando que a gestão agora conta com o apoio da maioria da população. Ele chamou Pimentel a reconhecer que a vontade do povo foi expressa nas urnas e que a administração de Evilásio e Bringel Filho segue em frente.

A fala de Bringel destacou a necessidade de unidade em prol do bem de Araripina, sugerindo que Pimentel “se acalme” e aceite a realidade das urnas, pois o tempo de sua administração já passou.

Cabo de Santo Agostinho - IPTU 2025

Ninguém entendeu a decisão do ex-prefeito de Santa Cruz do Capibaribe, Fábio Aragão, em declarar apoio ao projeto de reeleição do deputado federal Felipe Carreras (PSB). Tudo porque, depois de não ir à reeleição por motivos religiosos, Aragão foi nomeado pela governadora Raquel Lyra (PSD) para representar o Agreste na Adepe, a Agência de Desenvolvimento de Pernambuco.

Felipe Carreras é hoje um dos principais opositores à gestão de Raquel. Quem esteve presente também no encontro de adesão foi o líder da Oposição na Assembleia, Diogo Moraes (PSB), aliado da candidatura do prefeito do Recife, João Campos, a governador nas eleições de 2026. Do grupo político do ex-prefeito, apenas o vereador Carlinhos da Cohab não declarou apoio ao deputado socialista.

Toritama - Prefeitura que faz

A fraude à cota de gênero nas eleições tem sido um tema relevante no sertão do Araripe, onde casos de irregularidades estão sendo julgados na Justiça. Em cidades como Araripina e Ipubi, chapas de vereadores foram cassadas por descumprir as regras que garantem a participação feminina na política.

Recentemente, uma decisão em Brejo da Madre de Deus resultou na anulação de uma chapa do União Brasil, com a perda de dois vereadores. Uma decisão mais recente por exemplo no Estado vizinho, Ceará, além de cassar, manteve inelegível por oito anos, o que não ocorreu ainda em Pernambuco, mas que existem inúmeras ações.

A crescente rigidez nas decisões judiciais, especialmente com base em uma súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal (STF), tem dificultado a aprovação de candidaturas fraudulentas. Embora haja resistência em algumas cidades do interior, a jurisprudência tem orientado os magistrados a manter a aplicação rigorosa da legislação.

A mudança na percepção popular sobre o papel da Justiça nas eleições também reflete essa tendência. A atuação da Justiça Eleitoral tem sido decisiva para coibir práticas fraudulentas, dando maior legitimidade às eleições no Estado. Com a pacificação das regras pelo STF, os juízes agora têm maior segurança para cassar chapas que descumpram a cota de gênero.

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Do Correio Braziliense

O Ministério da Cultura (MinC) garantiu a “integralidade dos recursos” para a Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), apesar de a lei de incentivo ao setor ter sofrido um corte drástico no Orçamento deste ano, aprovado na quinta-feira pelo Congresso.

O texto avalizado pelo Parlamento prevê repasse de R$ 478 milhões à PNAB, 84% abaixo do necessário para a execução da política, de R$ 3 bilhões.

Por meio da assessoria, o ministério informou não haver perigo de a PNAB ser interrompida. “O orçamento da Aldir Blanc é enquadrado como despesa obrigatória, é uma política que não pode ser descontinuada”, diz a nota. “Fomos entender quais mecanismos para recompor o orçamento. Chegamos ao entendimento de que, a partir da aferição em julho, o governo federal garante integralidade dos recursos por meio de suplementação, se for necessário.”

De acordo com a assessoria do senador Angelo Coronel (PSD-BA), relator do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), o corpo técnico que elaborou o Orçamento disse que a indicação de corte foi feita pelo próprio governo durante o processo de deliberação do texto. O MinC afirma desconhecer essa informação. O Correio tentou contato com o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), mas não teve retorno até o fechamento desta edição.

Na sessão de aprovação do Orçamento, o deputado Tarcísio Motta (PSol-RJ) afirmou estar preocupado com o corte. “O mesmo Congresso que aprovou a Lei Aldir Blanc na pandemia, agora está retirando recursos da PNAB”, discursou.

Motta, integrante titular da Comissão de Cultura na Câmara, avaliou que, embora o ministério possa buscar o recurso em outros lugares, pois é possível fazer remanejamento dos recursos no Orçamento, “a gente parte de um lugar ruim; os recursos deveriam ter sido garantidos, e esse corte inviabiliza o programa”.

“É uma sinalização muito ruim deste Congresso, que aprovou a Lei emergencial Aldir Blanc durante o governo Bolsonaro, agora aprova a morte da Lei Aldir Blanc no Orçamento, enquanto o Ministério da Cultura tem de ficar correndo atrás dos recursos”, frisou.

No relatório, não é possível identificar para que área será destinado o recurso retirado da PNAB. Segundo Motta, em tese, é para abrir espaço fiscal, “ou seja, mais uma vez, pode ser o peso do arcabouço fiscal sobre a questão do Orçamento público”.

Para o deputado, a decisão é um erro, pois desconsidera que o recurso investido na cultura volta para a União, pois “gera emprego, renda e movimenta a economia”.

Segundo disse ao Correio uma fonte do Ministério da Cultura, a ministra Margareth Menezes fez reuniões com Angelo Coronel nas semanas anteriores à votação e relatou para ele a importância de ampliar os recursos destinados à cultura e à manutenção da PNAB. A palavra do senador deu confiança à ministra, que acreditou que o orçamento seria garantido. A pasta, portanto, soube do corte apenas no dia em que a votação ia ocorrer.

Na próxima quarta-feira, às 14h, a Comissão de Cultura da Câmara se reunirá, e o tema deve entrar na pauta. Segundo informou o deputado ao Correio, a liderança do governo na Casa acredita que esse recurso pode ser realocado mais à frente, mas o PSol seguirá brigando para reverter a decisão do relator.

A Polícia Militar prendeu, na manhã deste sábado (22), um homem suspeito de invadir e furtar objetos da antiga residência do percussionista Naná Vasconcelos, no bairro do Rosarinho, Zona Norte do Recife. O crime ocorreu na madrugada da última quarta-feira (19) e foi registrado por câmeras de segurança.

O suspeito foi localizado no bairro de Jardim Brasil, em Olinda, após informações repassadas à equipe do 13º Batalhão da PM. Abordado no local indicado, ele confessou o furto e entregou parte dos objetos levados, incluindo dois porta-retratos e uma bandeja de metal. A ocorrência foi encaminhada à Delegacia do Varadouro. As informações são do Diário de Pernambuco.

A casa onde Naná Vasconcelos viveu está desocupada há nove anos, mas é preservada. Apesar do furto, a maior parte dos pertences históricos do músico, incluindo instrumentos, segue preservada em um acervo.

Naná Vasconcelos foi um dos maiores percussionistas do mundo, reconhecido pela inovação na música e pela fusão de ritmos como maracatu, jazz e sons africanos. Ao longo da carreira, recebeu oito prêmios Grammy e trabalhou com artistas como Milton Nascimento e Pat Metheny. O músico faleceu em 2016, deixando um vasto legado para a música brasileira e internacional.

Do g1

O papa Francisco terá alta amanhã, anunciou, hoje, a equipe médica que cuida do pontífice.

Francisco, de 88 anos, deixará o hospital Gemelli, em Roma, onde está internado há 37 dias para tratar uma pneumonia dupla, e voltará à sua residência no Vaticano. No entanto, ele ainda terá de ficar em repouso por um período de dois meses e sob cuidados médicos, o que a equipe chamou de “alta hospitalar protegida”.

O papa também terá de ser submetido a tratamentos de fisioterapia respiratória e exercícios de fala — os médicos disseram que o pontífice está com a voz afetada por conta do período prolongado em que receceu auxílio de oxigênio de alto fluxo através de equipamentos não invasivos.

A equipe médica disse esperar que o pontífice recupere a voz aos poucos, embora não tenham estimado um prazo para isso. Ele também poderá voltar ao trabalho de forma gradual, mas terá de ter “um estilo de vida mais calmo”, dise o chefe da equipe médica, Sergio Alfieri, médico da equipe de Francisco e diretor do hospital Gemelli, em Roma, onde o papa está internado.

“O Santo Padre está melhorando, portanto esperamos que muito em breve ele possa retornar às atividades normais”, disse Alfieri.

Para dar a alta, a equipe desaconselhou ainda encontros frequentes com pessoas, principalmente grandes grupos, para evitar o contato com novos vírus, e atividades de esforço. A equipe afirmou que papa está completamente curado da pneumonia dupla, mas que alguns vírus permanecem em seu pulmão.

‘Muito contente’

Na entrevista, Alfieri afirmou ainda que Francisco ficou “muito contente” com a notícia da alta. Eles disseram ainda que o pontífice foi um “paciente exemplar”.

“Ele ficou muito contente. Há uns três, quatro dias, ele estava perguntando: ‘Quando vou pra casa’?”, disseram os médicos. “O papa foi um paciente exemplar. Ouviu nossas sugestões. Então nós concordamos (com a alta) quando achamos que era um momento certo, disse.

Ainda segundo a equipe, Francisco “manteve o bom humor” ao longo das cinco semanas de internação, com exceção de alguns momentos quando seu quadro de saúde se agravou.

Os médicos confirmaram também que ele fará, no domingo, uma “breve saudação” a fieis do hospital, antes da alta. Mais cedo, o Vaticano havia informado que o pontífice pretendia fazer uma aparição pública no domingo.

Internação mais longa

Com a notícia da alta, a internação do papa Francisco durará, no total, 38 dias. O período é o mais longo de internação de um pontífice na história do Vaticano.

E também o momento mais crítico dos 12 anos de papado de Francisco. Ao longo desse período, ele teve uma série de questões de saúde, a maioria dificuldades respiratórias e problemas de locomoção e dores de joelho por conta de uma oesteoartrite. Ele teve de cancelar viagens e compromissos no Vaticano diversas vezes.

Antes de ser internado, ele vinha apresentando dificuldade para respirar que chegou a impedi-lo de ler sermões nas últimas semanas.

Aparição do hospital

A saudação de Francisco a fieis no domingo será sua primeira aparição pública desde a internação. Há uma semana, o Vaticano publicou uma foto do papa de costas, celebrando uma missa no hospital (veja acima).

No dia 6, a Santa Sé divulgou um áudio em que Francisco agredece aos fiéis pelas orações. Na gravação, o papa está ofegante.

Papa melhorou nas últimas semanas

A aparição na janela vai depender do quadro de saúde do papa, que vem melhorando. Ele foi internado para tratar uma pneumonia, mas seu estado piorou nas semanas seguintes. Os médicos consideravam o quadro complexo, e Franscisco precisou de auxílio de oxigênio para respirar por meio de aparelhos não invasivos.

Na semana passada, o Vaticano disse que ele não precisa mais do auxílio respiratório, mas, na sexta-feira (21), foi informado que o pontífice precisará “reaprender a falar” por conta do uso prolongado de oxigênio de alto fluxo.

Também neste sábado, o Vaticano divulgou uma mensagem escrita pelo papa dirigida a fieis que fazer peregrinações para o Ano Jubilar da Igreja Católica.

Na mensagem, o papa disse que “as peregrinações expressam a unidade que os une como uma comunidade em torno de seus pastores e do bispo de Roma”.