Recentemente, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, se reuniu com diretores de diversas agências reguladoras. Uma das reivindicações em comum das referidas cúpulas é a autonomia financeira. Ainda no primeiro semestre, as reguladoras foram profundamente afetadas com um decreto do governo federal que impôs o contingenciamento das despesas, com cortes que chegaram a mais de 30% em algumas estatais.
Para o diretor da Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT), Alex Azevedo, é importante que o grupo tenha articulação com o Parlamento para cumprir seu papel e atuar em benefício do consumidor. “É importante que as agências reguladoras tenham sempre essa interlocução com o Parlamento, principalmente o Senado, onde todos fomos sabatinados. Nós estamos com a reivindicação, assim como todas as áreas reguladoras, de ter uma autonomia financeira. Nós da ANTT colocamos R$ 1,2 bilhões por ano no Orçamento da União, e esse ano tivemos grandes problemas no corte do orçamento”, afirmou Alex, em entrevista ao podcast Direto de Brasília.
Os cortes, segundo ele, vieram em um momento em que a ANTT vem “alargando seu portfólio” de concessões. “O Brasil tem 75 mil quilômetros de estradas federais, e nós podemos chegar, com as concessões que serão finalizadas até 2026, a 25 mil quilômetros de estradas concessionadas, sob fiscalização da ANTT. É um terço. O resto fica sob os investimentos do DNIT. Fora as ferrovias, então isso nos dá uma responsabilidade muito grande, e precisamos de mão de obra, de mais tecnologia, de investimentos nessa área, porque é assim que a gente vai entregar um serviço. Por isso estamos pleiteando essa autonomia financeira e orçamentária”, justificou o diretor.



















