A equipe de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entrou com um novo pedido, hoje, junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que o político passe por uma cirurgia de urgência e seja transferido para prisão domiciliar. Em 9 de dezembro, a defesa do ex-presidente pediu autorização para que ele deixe a unidade prisional e seja internado em um hospital para fazer um procedimento cirúrgico urgente, em razão do quadro de soluços e da piora do diagnóstico de hérnia inguinal. As informações são do portal G1.
Diante do pedido, Moraes determinou que Bolsonaro passe por uma perícia médica para avaliação do quadro, em um prazo de 15 dias. O ministro alegou que os exames enviados para comprovar a situação médica são de três meses antes, portanto, pediu uma nova avaliação. A defesa, então, entrou com um pedido para que ele fosse examinado pelos próprios médicos, dentro da PF. Moraes autorizou o procedimento, realizado ontem. A perícia da PF ainda não ocorreu.
Leia maisDepois do exame, os advogados do ex-presidente afirmaram que ele está com duas hérnias inguinais, e que o quadro demanda uma cirurgia urgente. “O estado de saúde do sentenciado é grave, complexo e progressivamente debilitado. Ocorre que, desde a última manifestação da defesa, houve evolução objetiva e comprovada do quadro clínico, agora amparada por exame de imagem recentemente realizado e por novo relatório médico conclusivo, que impõem atuação imediata”, diz o pedido da defesa, encaminhado nesta segunda.
A hérnia inguinal (também chamada hérnia na virilha) acontece quando os tecidos do interior do abdômen saem por um ponto fraco da parede muscular abdominal formando uma espécie abaulamento no local.
Novo relatório médico
Segundo o documento enviado pela equipe de advogados do ex-presidente nesta segunda, o novo exame médico “reitera a necessidade de realização do procedimento cirúrgico de herniorrafia inguinal bilateral, em regime de internação hospitalar, sob anestesia geral, com tempo estimado de permanência entre cinco e sete dias”.
De acordo com o relato da defesa, sintomas como “dor e desconforto na região inguinal se intensificaram em razão das frequentes crises de soluço”. Os soluços “provocam aumento da pressão abdominal, elevando significativamente o risco de encarceramento ou estrangulamento intestinal – hipóteses que, se concretizadas, demandariam cirurgia de emergência, com riscos exponencialmente maiores”, diz o documento.
Diante da situação médica, os advogados pediram a autorização para a cirurgia, a internação posterior em razão da recuperação e que Bolsonaro seja transferido para prisão domiciliar.
Bolsonaro está detido desde 25 de novembro, cumprindo a pena determinada na condenação pelo Supremo Tribunal Federal. Segundo o julgamento, ele liderou uma organização criminosa acusada de tramar uma tentativa de golpe de Estado no país.
Antes de ser preso para cumprir a pena definitiva, Bolsonaro estava detido em prisão domiciliar, desde 4 de agosto. Ele teve a prisão domiciliar convertida em preventiva após tentar danificar a tornozeleira eletrônica que usava com um ferro de solda, o que foi entendido por Moraes como um indício de tentativa de fuga.
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