Podcast com Bolsonaro também tem repercussão no SBT

Anistia: “Se a gente conseguir assinatura, ele vai botar em votação”, diz Bolsonaro sobre Motta

Por SBT News

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nessa quarta-feira (9), em entrevista ao podcast “Direto de Brasília”, do Blog do Magno, ter relação próxima com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e “certeza” de que projeto de lei que dá anistia a envolvidos nos atos golpistas do 8 de janeiro vai avançar na Casa. “Se a gente conseguir assinatura, ele vai botar em votação”, falou.

O PL, partido de Bolsonaro, tenta acelerar tramitação da proposta na Câmara. O líder do partido na Casa, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), disse ontem que a sigla está próxima de alcançar as 257 assinaturas necessárias para protocolar requerimento de urgência do texto. Se aprovado, o projeto pode ser votado diretamente no plenário, sem precisar passar por comissões.

Ao Blog do Magno, Bolsonaro evitou confirmar encontro com Motta nessa quarta para tratar do tema, dizendo que “ele tem carinho especial por mim e eu por ele, me trata muito bem”. “E, de vez em quando, [a gente] se encontra por aí e trata de vários assuntos”, continuou.

“Agora, não precisa lembrá-lo disso aí, ele sabe muito bem o que está acontecendo, tá? E, se a gente conseguir a assinatura, ele vai botar em votação, tenho certeza disso”, completou Bolsonaro, lembrando declaração de Motta quando se elegeu presidente da Câmara, em fevereiro. “Ele falou, ‘a maioria de líderes querendo priorizar alguma pauta, nós vamos atender a maioria'”, citou.

Cobrança pública a Motta em ato bolsonarista
No último domingo (6), durante protesto com presença de Bolsonaro e aliados em São Paulo, o pastor Silas Malafaia cobrou que Motta paute a proposta. Chegou a declarar que o congressista “está envergonhando o honrado povo da Paraíba”.

Na segunda (7), o presidente da Câmara voltou a pregar cautela em relação ao projeto de anistia. “Não é desequilibrando, não é aumentando a crise que nós vamos resolver o problema. Não é distanciando as instituições que nós vamos encontrar a saída para esse momento delicado e difícil que o Brasil enfrenta”, comentou Motta.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou nesta quarta-feira (9) o deputado Pedro Lucas Fernandes (União Brasil-MA) — líder do partido na Câmara — como novo titular do Ministério das Comunicações.

Pedro Lucas vai substituir Juscelino Filho, que pediu demissão após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por desvio de emendas parlamentares. A nomeação dele, contudo, ainda não foi publicada no Diário Oficial da União (DOU).

O anúncio foi feito pela ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. As informações são do g1.

A ministra afirmou que o novo ministro pediu para assumir o cargo apenas depois da Páscoa para encaminhar questões da liderança do União Brasil e também questões pessoais. O ex-ministro Juscelino Filho também participou da conversa.

Após a reunião com a participação do novo ministro, Lula também recebeu o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Mas Gleisi Hoffmann disse que não Lula não tratou de uma reforma ministerial ampla durante o encontro.

“O presidente não falou nada hoje sobre reforma, sobre ministérios. Apenas está conversando com as forças, mas não tem nada nesse sentido. Ainda vai decidir se vai ou não fazer e quando vai fazer, conversar. André Fufuca veio despachar sobre as questões da pasta do Esporte. Quando eu cheguei aqui ele já estava. O presidente despachou com ministros e com outras lideranças. Eu não participei da conversa do presidente com o ex-presidente Arthur Lira, mas eu acho que é uma conversa sobre política, não sei qual foi o objetivo. Não teve nenhuma discussão sobre espaços do PP não”, afirmou.

Questionada sobre a relação do governo com o União Brasil, Hoffmann disse que a maioria do partido vota com o governo no Congresso Nacional e disse que o governo não vai participar de conversas sobre quem assumirá a liderança do partido na Câmara e que isso é uma questão interna da sigla.

“Pode ter tido dificuldades [na relação com o União Brasil], mas também teve facilidades. É real que o União Brasil, uma parte significativa da sua bancada, tem dado os votos para a governabilidade. Isso para nós é muito importante. Presidente não falou nada.

Nesta quarta — quando ainda estava em Honduras — Lula adiantou a mudança. E afirmou que conversaria com dirigentes do União Brasil e com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, um dos principais nomes da legenda. Esse encontro ocorreu nesta tarde.

“Da mesma forma que o União Brasil tem o direito de me indicar um sucessor para Juscelino, que é do União Brasil. Eu já tenho o nome, eu conheço o Pedro Lucas, eu vou voltar para o Brasil e amanhã [quinta-feira] de manhã vou conversar com o União Brasil e, se for o caso, já discuto a nomeação dele”, disse o presidente Lula na ocasião.

Encontro com Lula
A indicação de Pedro Lucas foi adiantada pelo blog do Valdo Cruz nesta terça (8). Após a demissão de Juscelino, a secretária-executiva do Ministério das Comunicações, Sônia Faustino, ocupou o cargo como ministra interina.

De acordo com auxiliares do Planalto, Lula conheceu Pedro Lucas na viagem oficial à Ásia, no fim do mês passado. O presidente teria “simpatizado” com o líder do União Brasil.

A articulação para Lucas se tornar ministro avançou antes mesmo de Juscelino ser demitido, após ser denunciado pela PGR.

Juscelino Filho nega irregularidades. Lula, no entanto, teria orientado que ele pedisse demissão para se concentrar na defesa.

Nome é da ‘ala governista’ do União
Lucas é da ala mais governista do União Brasil. Era aliado do então governador Flávio Dino no Maranhão e chegou a fazer campanha junto a apoiadores de Lula em 2022.

O pai do líder, Pedro Fernandes, é prefeito da cidade de Arame e foi do grupo político de Jackson Lago, também de esquerda.

Como um político clássico do centrão, Lucas tem boa relação com figuras menos governistas, como Antônio Rueda e ACM Neto. No Maranhão, ele também é visto com bom trânsito na família Sarney.

A ida do deputado para o governo vai ajudar o Planalto a segurar o apoio de ao menos parte do União Brasil, dono de uma das maiores bancadas da Câmara.

A decisão contraria a ala mais à direita da sigla que defende o desembarque do governo e a construção da pré-candidatura do governador de Goiás, Ronaldo Caiado.

Pesquisa Real Time/Big Data divulgada nesta quinta-feira (10) pela TV Guararapes/Record mostra João Campos (PSB) isolado na liderança das intenções de voto para o Governo de Pernambuco. O prefeito do Recife aparece com 67% no cenário estimulado, o que representa o triplo dos 22% contabilizados pela governadora Raquel Lyra (PSD). Gilson Machado Filho (PL) ficou na terceira posição, com 5%. Nulos e brancos foram 2%, e não souberam ou não responderam, 4%.

A pesquisa também revelou que a reprovação ao atual governo é maior que as avaliações positivas. Raquel Lyra é desaprovada por 49% do eleitorado e tem 46% de aprovação. Não sabem ou não responderam, 5%. Já João Campos tem 77% de aprovação à frente da Prefeitura do Recife e 19% de desaprovação. Ao todo, 4% não souberam ou não responderam.

O levantamento ouviu 1.500 pessoas entre os dias 8 e 9 de abril. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais, para mais ou para menos. A margem de confiança da pesquisa chega a 95%.

A Comissão de Constituição, Legislação e Justiça da Assembleia Legislativa de Pernambuco aprovou o Projeto de Lei que institui o Cadastro Estadual de Agricultores Familiares e o Banco de Dados de Agricultura Familiar. A proposta, de autoria do presidente da Alepe, deputado Álvaro Porto, tem como objetivo centralizar informações, fomentar políticas públicas e impulsionar o desenvolvimento sustentável no campo. Os dois instrumentos permitirão mapear a realidade socioeconômica, produtiva e ambiental dos agricultores familiares, facilitando o acesso a crédito, assistência técnica e programas governamentais.

Segundo o parlamentar, a agricultura familiar é fundamental para a economia e a segurança alimentar do estado. “O cadastro e o banco de dados são mecanismos indispensáveis para orientar políticas públicas, garantir inclusão e promover o desenvolvimento rural de forma eficiente”, afirmou Álvaro Porto. As informações serão utilizadas como base para ações como financiamento com condições diferenciadas, capacitações, incentivos à sustentabilidade e benefícios sociais. A proposta segue agora para análise em outras comissões antes de ser votada em plenário.

Além disso, o deputado apresentou recentemente outro projeto voltado ao fortalecimento do setor rural: a Política Estadual de Incentivo aos Consórcios Intermunicipais Agropecuários. A iniciativa busca promover a cooperação entre municípios na gestão de políticas públicas agropecuárias, otimizando recursos e promovendo desenvolvimento regional. “Com os consórcios, queremos fortalecer a economia local, gerar empregos e adotar práticas sustentáveis que respeitem o meio ambiente e garantam a conservação dos recursos naturais”, destacou o parlamentar.

O deputado federal Renildo Calheiros (PCdoB) criticou a decisão do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, que aprovou, por 13 votos a 5, a cassação do mandato do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ). Em publicação nas redes sociais, Calheiros afirmou que a medida é desproporcional e injustificada. “Não há justificativa para essa pena. Glauber é um parlamentar combativo, que defende suas posições com firmeza — e isso não pode ser motivo para cassação”, declarou o líder do PCdoB. Em vídeo, Renildo reforçou que o mandato popular deve ser respeitado e que o episódio envolvendo Glauber e um membro do MBL poderia ser punido com advertência ou suspensão, mas não com a perda do mandato. O processo agora segue para votação no plenário da Câmara, onde parlamentares tentarão reverter a decisão. Assista:

A Prefeitura de Surubim divulgou, nesta quinta-feira (10), a revista “Surubim de Cara Nova”, que reúne as principais ações dos 100 primeiros dias da gestão do prefeito Cléber Chaparral. A publicação será disponibilizada no site oficial da prefeitura e detalha investimentos nas áreas de infraestrutura, saúde, educação e assistência social. A iniciativa busca prestar contas à população e reforçar o compromisso com a transparência na administração municipal.

“Nosso compromisso com o povo é manter a transparência. Às vezes fico pela madrugada nas ruas, fazendo marcação de calçada e recapeamento. Esses são os pilares da nossa gestão: compromisso, transparência e trabalho duro”, afirmou o prefeito. Além da revista, um vídeo institucional foi lançado para reforçar a proposta de aproximar a gestão da população. Assista:

Nesta quinta-feira (10), uma mulher denunciou nas redes sociais a presença de escorpiões e baratas no 4º andar do Hospital da Restauração, no Recife, onde sua filha estava internada. Segundo o relato, mais de 30 baratas e dois escorpiões saíram de dentro de uma porta de madeira, situação que ela classificou como “cena de filme”. No vídeo, é possível ver um escorpião no chão da enfermaria, com pacientes ao redor. Assista:

O prefeito de São José do Egito, Fredson Brito, fez um balanço dos primeiros 100 dias de gestão durante participação no podcast institucional da Prefeitura, transmitido também pela Rádio Cultura FM. Na entrevista, o gestor destacou ações como o pagamento em dia de salários, a retomada do Programa Água para Todos no povoado do Muquém, a ampliação do programa social Bom Prato e o investimento em saúde, com aquisição de ônibus para TFD e uma nova Casa de Apoio.

Outras frentes lembradas pelo prefeito foram a retirada de mais de 300 toneladas de lixo, a preparação de 700 hectares de terras para agricultores familiares, a entrega de fardamento e kits escolares, além da revitalização de espaços como o Estádio Francisco Pereira, o Ginásio Wandelson Barbosa e o Beco de Laura. Fredson anunciou ainda que um evento com prestação de contas das ações será realizado neste sábado (12), às 17h, na Escola Naná Patriota.

Bolsonaro diz temer ser assassinado caso seja preso: “Querem me eliminar”

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou na quarta-feira (9) que teme ser assassinado caso seja preso, afirmando que há um plano para “eliminá-lo”. Em entrevista ao podcast Direto de Brasília, o ex-mandatário sugeriu que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tem “algo pessoal” contra ele. Bolsonaro é réu por tentativa de golpe de Estado em 2022.

“Na verdade, eles querem me matar. Querem dar um fim em mim. Coloca na cadeia e é fácil eliminar alguém sem deixar provas. Eu sou um paralelepípedo no sapato deles. Eu não fui para o outro lado”, disse Bolsonaro.

O ex-presidente voltou a negar qualquer envolvimento nos ataques de 8 de Janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas por apoiadores radicais. Na época, ele estava nos Estados Unidos.

“Esse processo sobre golpe não deveria existir”, afirmou. “Estava fora do país. Não participei de nada.”

“Não devo nada”, diz Bolsonaro
Ao ser questionado se enxerga em Alexandre de Moraes um papel semelhante ao exercido pelo ex-juiz Sérgio Moro no caso de Lula, Bolsonaro disse que sim, e voltou a alegar inocência:

“Eu não devo nada. Não tem crime nenhum da minha parte. Mas comigo parece que é algo pessoal do Alexandre de Moraes. Não consigo entender outra coisa”, afirmou.

O ex-presidente é alvo de múltiplas investigações no STF, incluindo uma denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por tentativa de golpe, incluindo plano de assassinato de autoridades, como Lula, Geraldo Alckmin e o próprio Moraes; além de apurações sobre uso da máquina pública para disseminação de notícias falsas e desinformação contra o processo eleitoral.