A Prefeitura de Vitória de Santo Antão firmou parceria com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) para viabilizar a ampliação do Centro Acadêmico Vitória (CAV-UFPE). Um terreno localizado no Alto do Reservatório foi doado pela gestão municipal para a construção de novos espaços voltados à saúde e à formação acadêmica. O contrato de doação foi assinado ontem (25) pelo prefeito Paulo Roberto e pelo reitor da UFPE, Alfredo Gomes.
O projeto prevê a criação de uma clínica de saúde, clínica escola multidisciplinar, unidade de farmácia viva, espaço para práticas integrativas e um restaurante escola. A proposta busca ampliar a presença da universidade na cidade e oferecer atendimento à população.
Um grupo de servidores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) acusa a coordenação-geral do Centro de Documentação e Disseminação de Informações (CDDI) de retaliação e assédio moral, após críticas feitas à direção nos últimos meses. Em carta, 11 servidores que fazem parte das gerências de Sistematização de Conteúdos Informacionais (Gecoi) e de Editoração (Gedi) afirmam que foram transferidos de unidade por causa de “represália em virtude de posicionamentos técnicos”.
Os trabalhadores foram transferidos da unidade no IBGE na Tijuca, bairro da zona norte do Rio, para outra em Parada de Lucas, que fica também na zona norte, mas ao lado de comunidades dominadas pelo tráfico de drogas, como Parada de Lucas e Vigário Geral. Segundo os servidores, a transferência foi justificada pelo “insólito argumento de que precisamos nos situar junto aos serviços gráficos ali concentrados”. As informações são do Valor Econômico.
Crise interna no IBGE O caso é parte de uma crise interna no IBGE, entre a direção, os servidores e o sindicato de trabalhadores (ASSIBGE). Em janeiro, a presidência do IBGE, a cargo de Marcio Pochmann, publicou comunicado em que acusava servidores de divulgar mentiras e sinalizava com ida à Justiça.
Procurado sobre a denúncia dos servidores desta quinta-feira (27), o IBGE não respondeu até o momento.
“Considerando o personalismo instaurado no IBGE e que já motivou, inclusive, pedidos de exoneração dos titulares da diretoria de Pesquisas e da diretoria de Geociências, e de seus respectivos substitutos, concluímos que ambas as unidades se tornaram objetos de retaliação e assédio moral”, diz o texto da carta, com o título de “Retaliação e assédio
Na carta, os servidores explicam que os trabalhadores do CDDI que já trabalham no complexo do IBGE em Parada de Lucas atuam, essencialmente, como profissionais gráficos, e não há compartilhamento de procedimentos que justificassem ou exigissem a proximidade física desses trabalhadores que agora foram transferidos.
A carta cita diversas ocasiões, desde 2024, em que o grupo fez críticas à direção do IBGE e defende que foram esses posicionamentos o ponto de partida da decisão atual de transferência. Uma delas foi o alerta sobre o risco de quebra do princípio da impessoalidade e da perda de autonomia técnica no trabalho, pela inclusão de prefácio da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, na publicação “Brasil em Números 2024”, com “conotação política”.
“Considerando o exposto, reiteramos o entendimento de que a Gecoi e a Gedi estão sob represália em virtude de nossos posicionamentos técnicos. Tal mudança, além de não objetivar o aprimoramento dos fluxos de trabalho, arrisca expor os servidores dessas gerências a situações cotidianas de inquestionável periculosidade”, afirma o texto.
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou por unanimidade a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), tornando réu o ex-presidente Jair Bolsonaro por cinco crimes, entre eles dano qualificado ao patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado. Embora sejam tipificações de menor gravidade, criminalistas ouvidos pelo Estadão apontam que esses delitos cumprem uma função estrutural e estratégica na peça acusatória apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet: reforçam a responsabilização de Bolsonaro pelos atos de 8 de janeiro e ajudam a sustentar os crimes mais graves, como tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito, pelos quais ele também responde.
Os crimes de dano qualificado ao patrimônio da União — que consiste em causar prejuízo a bens públicos — e de deterioração de patrimônio tombado — que se refere à destruição ou danificação de bens protegidos por seu valor histórico ou cultural — não foram incluídos pela Polícia Federal no relatório que embasou a denúncia de Gonet. Em novembro do ano passado, a corporação imputou ao ex-presidente os crimes de tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. As informações são do Estadão.
Para o criminalista e coordenador da graduação em Direito da ESPM-SP, Marcelo Crespo, o fato de Gonet incluir esses dois tipos penais na denúncia faz parte de uma estratégia para vincular Bolsonaro aos eventos de 8 de janeiro, mesmo ele estando nos Estados Unidos à época e sem participação direta nos atos de destruição.
O jurista explica que o principal desafio da acusação é estabelecer um nexo entre os discursos do ex-presidente e a mobilização que culminaram nos atos. O enquadramento nesses crimes, em sua avaliação, serve justamente para suprir esse elo e dar sustentação jurídica à tese de que Bolsonaro incentivou e ajudou a criar o ambiente que levou à violência contra as sedes dos Três Poderes.
“Esses crimes podem ter passado despercebidos por serem menos graves em comparação com os demais, mas ambos desempenham um papel muito importante no andamento da ação penal e na responsabilização de Bolsonaro. São fundamentais para a construção lógica da acusação para conectá-lo aos atos de 8 de janeiro”, explica.
Na peça acusatória, Gonet afirma que o episódio do 8 de janeiro foi fomentado e facilitado por uma suposta organização criminosa da qual Bolsonaro faria parte. Para o procurador-geral da República, o grupo deve ser responsabilizado “por promover atos atentatórios à ordem democrática, com vistas a romper a ordem constitucional, impedir o funcionamento dos Poderes, em rebeldia contra o Estado de Direito Democrático.”
Ao utilizar esses dois tipos penais, explica Crespo, a PGR também consegue estabelecer, de forma objetiva, o elemento da violência e da grave ameaça, requisitos fundamentais para a configuração dos crimes de tentativa de golpe e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
“Para enquadrar Bolsonaro nesses crimes mais graves, a PGR precisa demonstrar a presença real e material da violência. Nesse sentido, os crimes de dano ao patrimônio público e deterioração são importantes, porque reforçam a existência efetiva de violência contra o Estado. Sem eles, a denúncia poderia enfrentar dificuldades técnicas para comprovar o nexo causal entre a conduta do ex-presidente e os atos. Por isso, a estratégia adotada me parece inteligente e tecnicamente bem construída”, avalia.
O criminalista David Metzker concorda e afirma que esses crimes funcionam como uma base de sustentação na estratégia da PGR, reforçando a responsabilização de diferentes envolvidos, mesmo daqueles que, como Bolsonaro, não participaram diretamente dos atos de destruição.
“São provas visuais, laudos e registros públicos, o que contribui para formar uma base fática robusta. Esses delitos ajudam a estabelecer um elemento central para a configuração de crimes mais graves, como tentativa de golpe de Estado ou abolição violenta do Estado de Direito, que exigem a presença de violência ou grave ameaça”, completa.
Na mesma linha, o criminalista Renato Vieira avalia que tanto a decisão da PGR de incluir os crimes de dano qualificado ao patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado, quanto o recebimento dessas acusações pelo Supremo, revelam uma estratégia clara.
“Mesmo não sendo os crimes mais graves pelos quais Bolsonaro responde, eles são fundamentais para o desfecho da ação penal”, afirma. Vieira acrescenta que as provas reunidas na denúncia apresentada por Paulo Gonet são bem fundamentadas e tecnicamente consistentes, o que limita as possibilidades de contestação por parte da defesa de Bolsonaro e dos demais réus.
Além desses crimes, cuja pena somada pode chegar a seis anos de prisão, Bolsonaro também responderá por tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. Juntas, essas três tipificações podem levar a até 22 anos de prisão, totalizando uma pena máxima de 28 anos.
Aceita a denúncia e tornado réus o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu quartel-general, agora é que realmente começa a ação penal no Supremo Tribunal Federal (STF). A Procuradoria-Geral da República (PGR) terá que mostrar a solidez das provas apresentadas na peça acusatória. Por outro lado, os advogados farão a contraprova, terão que ter direito ao contraditório, terão acesso a todos os documentos e o amplo direito de defesa.
Ao contrário do que aconteceu no Mensalão, quando os advogados precisavam ir ao Tribunal para ter acesso aos documentos físicos, todas as provas estão disponíveis em meio eletrônico, como me explicou o professor Ademar Borges, do IDP. Ou seja, é mais fácil acessar essas provas e todos os documentos necessários.
Nessa etapa, serão feitas diligências, os réus serão interrogados, serão apresentadas testemunhas, que vão prestar depoimentos. Então, é agora que toda a história começa.
É assim no devido processo legal que acontece na democracia. Nas ditaduras não há nada do que se possa chamar de devido processo legal. E esses réus são acusados de atentar contra a democracia.
Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso trabalharam, quarta-feira (26), para impulsionar a versão de que ele é um perseguido político pelo Supremo Tribunal Federal (STF) — tese que deve ser reempacotada e utilizada ao longo dos próximos meses ao longo do julgamento pela Corte.
Apesar disso, admitem que Bolsonaro saiu fragilizado do julgamento que o tornou réu por tentativa de golpe de Estado e avaliam que ele precisa considerar a construção de um nome que represente a continuidade de seu legado para concorrer à Presidência da República em 2026. As informações são do Valor Econômico.
Fontes ouvidas pelo Valor acreditam que, diante da repercussão do julgamento e dos holofotes concentrados, Bolsonaro “deve fazer o que sabe fazer de melhor: aparecer”. A aposta é que ele tente, a partir de agora, pautar o noticiário para que a sua versão como perseguido político, ainda que não vingue, alcance cada vez mais pessoas.
“Vai ser clima de campanha. Se o lado de lá tem uma teoria, nós temos a nossa. E é o Bolsonaro quem deve conduzir a defesa da nossa narrativa. Por isso, ele deve estar cada vez mais presente. Não deve ficar no casulo”, defendeu um importante aliado do ex-presidente.
Lideranças do núcleo bolsonarista reconhecem, porém, que ainda que considerassem o julgamento da Corte “um jogo de cartas marcadas”, o revés foi um baque e configurou uma derrota, porque não se conseguiu emplacar nenhuma das teses da defesa, como a busca para que o julgamento fosse para o plenário ou para que a delação de Mauro Cid fosse invalidada
Apesar de Bolsonaro estar disposto a construir esse ambiente de campanha antecipada, aliados avaliam que, paralelo a isso, ele deverá iniciar o processo de seleção de quem será o responsável por representá-lo e defender seu legado nas eleições de 2026.
Tarcísio de Freitas O nome do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é considerado o favorito na bolsa de apostas de nomes mais próximos de Bolsonaro.
O movimento, porém, deve ser feito “da forma mais discreta possível” para não ser visto como “um jogar a toalha precipitado”, o que poderia, de uma certa forma, desmobilizar o eleitorado do ex-presidente, avaliam interlocutores.
O prefeito do Recife, João Campos (PSB), está em Santiago, capital do Chile, para participar da 65ª Reunião Anual do Conselho de Governadores do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) que aocntece nesta quinta-feira (27). O gestor recifense vai participar de um painel que debate soluções para gestões mais sustentáveis.
Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o prefeito lembrou que foi a parceria com o BID que garantiu à Prefeitura do Recife o crédito de R$ 2 bilhões, investidos em obras de morros, urbanização de comunidades e macrodrenagem do Rio Tejipió.
“É importante participar deste momento porque o BID é um grande parceiro da cidade. É muito importante a gente vir para cá participar como painelista, representando prefeitos de mais de 48 países que vão estar participando, falando de como preparar nossas cidades para a resiliência climática”, disse Campos.
O prefeito fica na capital chilena até esta sexta-feira (28), e deve voltar ao Recife no início da tarde.
Confira o vídeo divulgado por João Campos no Instagram:
“Parecia um tsunami”. É assim que José Luiz da Silva, 70 anos, define a tragédia socioambiental causada pelo embarreiramento de um trecho do rio Tejipió no bairro do Curado por conta das obras de alargamento do viaduto e da construção de uma ciclofaixa na BR-232. As quase 80 famílias que moram no local viram as fortes chuvas do último dia 5 fevereiro se transformarem num mar de barro que invadiu as casas.
A comunidade nunca tinha visto o nível da água atingir 1,5 metro quando chove, nem mesmo na temporada de inverno. A correnteza foi tão forte que alguns moradores que vivem mais próximos ao rio ficaram com medo de serem arrastados pela água.
Aposentado com deficiência, Seu Luiz é uma das pessoas que vivem há décadas no loteamento Parque São João, na comunidade conhecida popularmente como Goodyear, no Km 14 da BR, divisa entre o Recife e Jaboatão dos Guararapes, perto da linha férrea.
Sem apoio nem retorno do Departamento de Estradas de Rodagem de Pernambuco (DER-PE), responsável pelas obras, que fazem parte do projeto de triplicação da BR-232, muita gente está sendo forçada a deixar suas casas e uma história de vida para trás.
Parte da comunidade Goodyear se reuniu para dar entrevista à Marco Zero Crédito: Arnaldo Sete/Marco Zero
Como forma de protesto e consequência do desespero, a comunidade espalhou placas nos portões , com frases como “Tô indo embora”, “Mais de 50 anos que moro aqui, o barro tá entupindo o rio. A cheia tá aumentando, vou embora” e “Somos seres humanos, merecemos respeito. Paciência tem limite, se não tirar o barro do rio, a comunidade vai parar a obra. Urgente”.
Famílias do Loteamento Parque São João espalham placas com pedidos de ajuda Crédito: Arnaldo Sete/Marco Zero
Para dar passagem a caminhões e tratores das obras do viaduto e da ciclofaixa, o curso do rio Tejipió, já assoreado, foi interrompido por uma barreira temporária. As manilhas colocadas dentro d’água, relatam os moradores, não foram suficientes para dar conta da vazão fluvial, sobretudo com as chuvas. Resultado: sem ter para onde escoar, quando a precipitação chegou forte o rio mudou seu curso e invadiu as moradias arrastando muito barro.
“Sempre tivemos cheia aqui, mas era uma cheia que dava para aguentar. Mas, depois dessa obra aí, a cheia foi maior. Nunca deram duas cheias no verão. E foi uma cheia grande, parecia um tsunami. Deixou a rua cheia de lama, derrubou muro, derrubou portão”, detalha Seu Luiz. “Qualquer chuvinha a água chega aqui nas casas agora. Essa obra criou um banco de areia dentro do rio”, denuncia José Luiz da Silva.
Parte da comunidade observa o estreitamento do rio Tejipió após a retirada da barreira Crédito: Arnaldo Sete/Marco Zero
A comunidade relata que a última vez que esse trecho do Tejipió passou por limpeza foi na gestão do prefeito João Paulo (PT). Hoje deputado estadual, ele é coordenador da Frente Parlamentar do Rio Tejipió, instalada na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) no ano passado. Com 20 quilômetros de extensão, o rio nasce no município de São Lourenço da Mata e seu curso corta os municípios do Recife e de Jaboatão.
“Agora temos medo também da chuva do verão” “Colocaram manilhas de boca pequena para sustentar um rio. Não sustenta”, diz Maria Aparecida Lira, 73 anos. A dona de casa conta que agora tem medo também das chuvas do verão. “Nós não somos contra o progresso. Essa obra vai favorecer a nossa comunidade. Só que nós temos que pensar em nós também, porque tem um monte de casa vazia aqui que o pessoal está se mudando sem condições de pagar aluguel”, expõe.
A aposentada Aparecida mostra o batente alto que já não basta para conter a água Crédito: Arnaldo Sete/Marco Zero
Parte da família de dona Aparecida está indo embora do Parque São João. Vendeu um carro e comprou uma casa em outro lugar. A neta dela de 21 anos é cadeirante e não tem mais condições de conviver com a situação. “Como ela vai ficar aqui? Como é que eu vou tirar uma menina que pesa quase 70 quilos quando estiver tudo cheio d’água?”, questiona, apelando por ajuda e fiscalização.
A nora de Aparecida, Fábia Adriana de Azevedo, 38 anos, relata que, quando a água começa a subir, ela precisa pedir ajuda para colocar a filha na casa de algum vizinho que seja mais alta. “Quando eu vejo que a água está passando da roda da cadeira de rodas, tenho que pedir ajuda de algum vizinho para colocar ela em alguma casa em cima”, conta. “Nessa cheia que teve agora, eu cheguei ao ponto que nem tinha dado comida para ela. Não que eu não tenha como comprar, mas eu não tive como dar. Um vizinho foi quem me cedeu o almoço”, detalha a mãe.
Dona de um mercadinho Fábia está indo embora com a família e a filha cadeirante
Fábia é dona de um mercadinho na comunidade: “Toda chuva quando começa agora, eu sou obrigada a colocar as coisas lá em cima para não perder os produtos. É uma perda muito grande a gente sair do nosso estabelecimento, de uma casa própria, para procurar outra coisa”, lamenta.
“Tivemos aquela cheia três anos atrás, quando todo mundo que está aqui perdeu tudo. E foi muito difícil para todos nós comprar as coisas novamente. Teve pessoas que nem conseguiram. E agora, novamente. Nessa chuva de fevereiro, perdi, por exemplo, guarda-roupa e escrivaninha”, relembra Fábia, falando também do medo de contaminação com a água que invade as residências e alaga as ruas.
DER não se posiciona
Parte da obra da BR 232 na entrada da Comunidade Goodyear Crédito: Arnaldo Sete/Marco Zero
A Marco Zero fez diversos contatos com o DER por meio da sua assessoria de imprensa, desde a última segunda-feira, 17 de março, porém não obteve qualquer posicionamento do órgão estadual, seja em forma de entrevista ou nota oficial. O espaço segue aberto.
O trecho de triplicação da BR-232 vai do viaduto sobre a BR-101 até a BR-408, com extensão de 6,8 quilômetro e investimento de R$ 157 milhões. As obras deveriam ter sido concluídas neste mês de março.
A reportagem também procurou as prefeituras do Recife e de Jaboatão para saber de ações de limpeza e manutenção do rio Tejipió na área da Comunidade Goodyear. A primeira não se posicionou alegando que o trecho pertence em sua totalidade ao município vizinho. Já a gestão de Jaboatão informou que irá fazer uma limpeza no entorno ainda nesta semana.
O deputado estadual Henrique Queiroz Filho (PP) foi escolhido, por unanimidade, nesta quarta-feira (26), como líder da bancada do Partido Progressista (PP) na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). A decisão posiciona Henrique à frente da maior bancada da base governista, composta por oito parlamentares.
Henrique tem a missão de fortalecer a atuação do PP no cenário legislativo e alinhar as demandas do partido aos objetivos da gestão estadual, colaborando de forma estratégica para o desenvolvimento de Pernambuco.
“Minha missão como líder é representar e articular as demandas do nosso partido, garantindo que nossas propostas sejam ouvidas e respeitadas. A liderança também envolve coordenar as ações da bancada, promover a união entre os parlamentares e trabalhar em sintonia com o governo, sempre em busca do bem de Pernambuco “, destaca o parlamentar.
“Agradeço ao presidente estadual do PP, Eduardo da Fonte, e ao vice-presidente Lula da Fonte, pela confiança em meu trabalho. Com o apoio de todos, tenho certeza de que o PP continuará cumprindo o seu papel de maneira firme e resolutiva, acrescenta Henrique Filho.
O Cidadania, partido político que é federado ao PSDB, exibe nesta semana propagandas feitas inteiramente com inteligência artificial (IA). A inserção exibe pessoas pedindo trabalho digno, educação e saúde de qualidade e um País mais justo, mas nenhuma delas existe de verdade.
A peça foi ao ar em cadeia nacional de televisão aberta na noite de terça-feira, 25. Uma vinheta dedicada à pauta das mulheres na política será transmitida na noite desta quinta-feira, 27.
O partido informa que a criação do vídeo utilizou diversas ferramentas de IA, sendo as principais o Midjourney, o Runway, o HeyGen, o Suno e o ElevenLabs. As informações são do Estadão.
A peça apresenta erros de sincronização entre os movimentos dos lábios e as falas dos personagens. Além disso, um dos trechos mostra uma enfermeira andando para trás, como se a reprodução estivesse no modo reverso.
O presidente da legenda, Comte Bittencourt, afirmou que o partido quis “abrir o debate” sobre o uso de IA nas eleições gerais de 2026. O dirigente reconhece os avanços da regulamentação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para as eleições de 2024, mas defende mais normas para o uso da tecnologia em campanhas políticas.
“É um tema que precisa ser regulamentado, ser discutido pelas instâncias que decidem a matéria. Não é cerceamento, mas é o devido cuidado”, disse o ex-deputado estadual do Rio de Janeiro. “Estamos chamando a atenção para algo que precisamos aprofundar”. A iniciativa, segundo ele, partiu de uma ala do diretório nacional.
Segundo as normas do TSE, o uso de inteligência artificial deve estar explicitado nas campanhas políticas. É vedado o uso de IA para a criação de conteúdo falso, os chamados deep fakes.
O Cidadania é o antigo Partido Popular Socialista (PPS). A mudança de nome ocorreu em 2019. A legenda decidiu romper a federação com o PSDB, mas precisa seguir federado aos tucanos até maio de 2026, segundo a legislação vigente. Como mostrou a Coluna do Estadão, a legenda está em aproximação com outras siglas, como o PSB.
A disputa judicial envolvendo a Transnordestina ganhou novo capítulo com a entrada de um recurso especial e de uma medida cautelar no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Antônio Campos, advogado e autor da ação popular, pede a suspensão do aditivo que retirou Pernambuco do projeto ou, alternativamente, a retirada da cláusula de indenização, considerada excessivamente onerosa para o estado e para a União. A causa envolve um valor estimado em R$ 4 bilhões. O advogado deve despachar pessoalmente o caso no STJ no início da próxima semana.
Segundo Antônio Campos, a decisão do Tribunal Regional Federal da 5ª Região representou apenas uma vitória parcial. Ele criticou a disparidade de tratamento entre os estados beneficiados pela obra. “Enquanto o Ceará recebe mais um aporte bilionário, Pernambuco vive de promessas”, afirmou, cobrando maior atuação da classe política. O trecho da ferrovia entre Salgueiro e Suape segue como principal reivindicação do Estado no projeto.