TCE rejeita pedido de suspensão e mantém contratos emergenciais da Prefeitura de Goiana

O Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) rejeitou a medida cautelar que solicitava a suspensão de seis contratos emergenciais firmados pela Prefeitura de Goiana. A decisão, assinada pelo conselheiro Rodrigo Novaes, garantiu a legalidade dos contratos e a continuidade dos serviços, considerados essenciais para o município, especialmente nas áreas de saúde e educação. A representação que originou o pedido partiu de adversários políticos da atual gestão.

Os advogados da Prefeitura defenderam que a contratação emergencial foi necessária diante das dificuldades herdadas da gestão anterior e do contexto das eleições suplementares. O TCE reconheceu que a suspensão dos contratos poderia gerar prejuízos significativos à população, caracterizando um “dano reverso desproporcional”. Com isso, os serviços prestados por meio dos contratos seguem em funcionamento

A carreira militar do tenente-coronel do Exército Mauro Cid ficará congelada enquanto durar a ação penal a que responde na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Tornado réu após ser acusado por tentativa de golpe de Estado, o delator ficará “sub judice”. Nessa condição, Cid não pode ser promovido e o seu nome é retirado da lista de promoção por antiguidade ou merecimento. Ele ainda responder por crime militar devido aos fatos analisados.

Cid não pode ser transferido para outras localidades, realizar cursos, concorrer a missões no exterior e exercer cargo de comando. Normalmente, militares que viram réus podem cumprir expediente normalmente. Cid, contudo, está afastado do serviço por decisão judicial.

O congelamento das carreiras irá acontecer com todos os militares da ativa, caso se tornem réus nas próximas etapas do julgamento do STF, previstas para abril. As informações são do Jornal O Globo.

Além de Cid e do ex-presidente Jair Bolsonaro, foram transformados em réus na quarta-feira os generais Paulo Sergio Nogueira, ex-ministro da Defesa, Augusto Heleno e ex-comandante da Marinha Almir Garnier. Como estão na reserva, esses militares não são atingidos imediatamente.

Dependendo da condenação, contudo, podem perder posto e patente. Em outro núcleo da investigação, o general Mário Fernandes, que está preso preventivamente, também pode virar réu.

Em caso de absolvição, ao final do processo, Cid e militares podem entrar com pedido de ressarcimento de preterição na Força para recuperar o tempo perdido e ser promovido de forma rápida, acompanhando colegas de turma.

A situação de Cid, porém, é mais complicada, diante do ineditismo: ele é o primeiro militar a fazer uma delação premiada, o que pressupõe a admissão de ter cometido crime, explicou um oficial a par do assunto. A área jurídica do Exército ainda não sabe exatamente como ficará a carreira dele.

Se for condenado pelo STF por mais de dois anos de prisão, haverá perda de patente e de posto. Neste caso, a família recebe a pensão em valor proporcional ao valor que ele contribuiu ao longo dos anos.

Cid e outros militares poderão ainda responder por crime tipicamente militar, como quebra de hierarquia e disciplina e insubordinação. Neste caso, caberá ao Ministério Público Militar acionar o Superior Tribunal Militar (STM) e decidir se o militar é indigno de pertencer ao quadro da respectiva Força, o que resulta na expulsão.

Outros oficiais da ativa do Exército que correm risco de ter a carreira prejudicada são os tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rodrigo Bezerra de Azevedo e Martins de Oliveira. Os três estão presos.

A cúpula do Exército já esperava que Mauro Cid se tornasse réu, mas a situação não deixa de ser constrangedora, disse um oficial. A diferença é que, a partir de agora, ele fica subordinado à Justiça, a quem vai responder com o auxílio do advogado de defesa.

Durante reunião da Câmara Temática de Segurança Hídrica do Consórcio Nordeste, realizada nesta quinta-feira (27) no Recife, a governadora em exercício Priscila Krause apresentou as ações do programa Águas de Pernambuco. O encontro, promovido pelo Banco Mundial em parceria com o Governo de Pernambuco, reuniu representantes de estados nordestinos e instituições federais para debater soluções para a universalização do acesso à água e ao saneamento básico na região.

Lançado em 2024, o Águas de Pernambuco reúne investimentos da ordem de R$ 6,1 bilhões em obras estruturais, como adutoras, sistemas de abastecimento simplificado e redes de esgoto. Entre os exemplos citados estão a adutora do Agreste, a estação de tratamento do Cabanga e ações nas zonas rurais e áreas de morro da Região Metropolitana. Pernambuco lidera o tema de recursos hídricos no Consórcio Nordeste e articula possíveis carteiras de financiamento com o Banco Mundial para projetos nos estados da região.

O seminário também discutiu os desafios do setor diante das metas estabelecidas pelo Marco Legal do Saneamento, que exige, até 2033, a oferta de água potável a 99% da população e a coleta e tratamento de esgoto para 90%. Representantes da Agência Nacional de Águas, Ministério da Integração, Funasa e secretarias estaduais destacaram a importância da cooperação técnica e financeira entre os entes federativos para avançar em infraestrutura hídrica e enfrentar os efeitos das mudanças climáticas.

O governo Lula indicou o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega para o Conselho Fiscal da Eletrobras, apurou o Estadão/Broadcast.

Para o conselho de administração da empresa, foram indicados três nomes que ocuparam cargos em governos do PT: os ex-ministros de Minas e Energia (MME) Silas Rondeau e Nelson Hubner e o diretor-executivo de transição energética e sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim.

Rondeau, que já presidiu a Eletrobras, hoje é presidente da Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar), que tem Hubner no conselho de administração. Tolmasquim foi secretário-executivo e ministro interino do MME e presidente do Empresa de Pesquisa Energética (EPE). As informações são do Estadão.

Os nomes ainda precisam ser aprovados na Assembleia Geral de acionistas da Eletrobras, em 29 de abril.

As indicações foram feitas após a Eletrobras assinar o Termo de Conciliação sobre limitação do poder de voto de acionistas a 10%, que virou objeto de ação judicial em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF). Pelo acordo, o governo federal ficou com direito a três dos dez integrantes do conselho de administração da companhia e um dos cinco representantes do conselho fiscal.

Em contrapartida, a companhia ficou desobrigada de investir em Angra 3, a partir da suspensão do acordo de investimentos celebrado entre 2022. No entanto, a empresa se comprometeu a participar de nova mediação para discutir a viabilidade econômico-financeira do empreendimento e seu financiamento em condições de mercado.

O acordo inclui ainda o Termo de imediata Suspensão e Rescisão Condicionada do acordo de investimentos, celebrado em 22 de abril de 2022, entre a Eletrobras e a Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPAR).

Tentativa frustrada na Vale
Lula já havia tentado emplacar Mantega na Vale, em 2023, mas não conseguiu devido à resistência dos acionistas privados. A ideia original do presidente era que Mantega, que foi ministro da Fazenda nas gestões petistas entre 2006 e 2014, comandasse a mineradora.

Diante da resistência, tentou negociar uma vaga para ele no conselho de administração, mas o intento também não prosperou. Na ocasião, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, chegou a sondar representantes dos acionistas para medir a resistência ao nome de Mantega. Após o caso vir à tona, Silveira negou ter intercedido por Mantega.

O ex-ministro atuou informalmente na campanha de Lula, em 2022, e integrou por uma semana a equipe de transição.

Em 2016, ele foi inabilitado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) a assumir cargos públicos em razão de sua participação nas “pedaladas” fiscais do segundo governo Dilma Rousseff e que levaram a então presidente ao impeachment. Em 2023, porém, a ação foi extinta pelo TRF-1 (Tribunal Regional Federal).

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu nesta quinta-feira (27) ao STF (Supremo Tribunal Federal) o arquivamento de investigações que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no caso que apura a falsificação de certificados de vacinas contra a Covid-19.

De acordo com ele, não há elementos suficientes para justificar a responsabilização do ex-presidente.

A medida do Ministério Público ocorre um dia após Bolsonaro se tornar réu no STF no caso da trama golpista. As informações são da Folha de S. Paulo.

Na petição enviada ao relator do caso no Supremo, ministro Alexandre de Moraes, no entanto, Gonet, também afirma que o caso do cartão de vacina é diferente da investigação acerca da trama golpista de 2022.

“A situação destes autos difere substancialmente da estampada na PET 12100, em que provas convincentes autônomas foram produzidas pela Polícia Federal, em confirmação dos relatos do colaborador”, disse, em referência à colaboração premiada do ex-ajudante de ordens Mauro Cid.

Bolsonaro, Cid, o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ) e outras 14 pessoas foram indiciados pela Polícia Federal há um ano.

Cid foi preso por causa dessa investigação, deflagrada pela PF em maio de 2023. O ex-auxiliar de Bolsonaro passou quatro meses detido à época e deixou a cadeia após firmar um acordo de colaboração premiada.

Cid disse em depoimento que a fraude no cartão de vacinação de Bolsonaro e da filha dele, Laura, foi feita a pedido do próprio mandatário na época e que os certificados foram impressos e entregues “em mãos” ao então presidente.

Gonet afirma, ao STF, que há apenas a delação de Cid como elemento contra Bolsonaro e, portanto, não poderia denunciar Bolsonaro.

“Ocorre — em prejuízo da viabilidade de apresentação de acusação penal — que somente o colaborador afirmou que o Presidente lhe determinara a realização do ato. Essa solicitação é elemento de fato central para que a conduta típica, crime de mão própria, lhe possa ser imputada. O art. 4o, § 16, da Lei n. 12.850/2013, contudo, proíbe o recebimento de denúncia que se fundamente “apenas nas declarações do colaborador”, disse Gonet.

Em março de 2024, a defesa de Bolsonaro criticou o indiciamento e o chamou de precipitado.

À época, os advogados afirmaram que “não há fundada e objetiva suspeita de sua participação ou autoria nos delitos em apuração”.

A investigação apontou a suspeita dos crimes de inserção de dados falsos em sistema público e associação criminosa, e a Polícia Federal afirmou, no indiciamento, que a fraude pode ter sido realizada no escopo da tentativa de aplicar um golpe de Estado no país e impedir a posse de Lula (PT).

Para aumentar a produtividade nos estados, o presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, e a representante do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no Brasil, Annette Kilmer, assinaram uma parceria nesta quinta-feira (27), em Brasília, para disponibilizar uma Linha de Crédito Condicional para Projetos de Investimento (CCLIP), no valor de R$ 11 bilhões.

Com olhar estratégico para a realidade de cada região, a nova linha de crédito tem o potencial de impulsionar a atração de investimentos, a produtividade e a inovação em áreas estratégicas para o desenvolvimento regional, como digitalização, segurança pública, agricultura sustentável, habitação e inclusão social. As informações são do gov.br.

“Estamos à inteira disposição dos secretários de Desenvolvimento aqui no MDIC. Agradeço também a parceria do BID. No ano passado, o PIB do Brasil cresceu 3,4%, e a indústria de transformação cresceu 3,8%. A indústria puxou o PIB, deu um apoio importante”, afirmou Alckmin na abertura da reunião com representantes das secretarias estaduais de Desenvolvimento Econômico.

“Vamos impulsionar a competitividade e a produtividade por meio de projetos de desenvolvimento”, garantiu a representante do BID. De acordo com Kilmer, os trabalhos já começaram no Tocantins, como iniciativa-piloto, com a meta de triplicar o número de empresas exportadoras.

Reunião com os estados

Após destacar os indicadores econômicos, o ministro apresentou aos representantes dos governos estaduais a Nova Indústria Brasil (NIB), reforçando os pilares e as seis missões para impulsionar: (1) agroindústria, (2) complexo industrial da saúde, (3) cidades sustentáveis e infraestrutura, (4) tecnologia da informação e semicondutores, (5) transição ecológica e (6) defesa e aeroespacial. Ele também ressaltou os quatro pilares da NIB: uma indústria mais inovadora, mais verde, mais competitiva e mais exportadora.

“Temos R$ 80 bilhões em crédito para inovação, com juro real zero. Queremos uma indústria inovadora”, destacou o ministro. O estímulo à inovação também passa pela melhoria do ambiente de negócios. Alckmin explicou que o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) vai reduzir de sete para dois anos o tempo de registro de patentes — prazo equivalente ao padrão internacional — e diminuir de 18 meses para 30 dias o tempo de registro de marcas.

Para promover uma indústria mais sustentável, o ministro destacou o programa MOVER, que estimula a inovação, a sustentabilidade e a eficiência energética do setor automotivo e de autopeças. Além disso, ele apresentou o Regime Especial da Indústria Química (REIQ) e a Lei do Combustível do Futuro.

O estímulo à competitividade ganhou força com o programa de renovação de máquinas e equipamentos. “O Brasil teve uma desindustrialização precoce e severa, porque ficou caro e perdeu competitividade. Para estimular a competitividade, um programa está aberto, chamado Depreciação Acelerada. Então, já podem dar entrada nos projetos para renovar o parque fabril”, afirmou.

O presidente em exercício também apresentou ferramentas para estimular a exportação, como o Portal Único e o Acredita Exportação. “Este é um grande estímulo para a pequena empresa exportar. Na hora que ela exportar, o governo devolve imediatamente 3% do valor exportado, para compensar o crédito tributário”, explicou. “No Brasil, a pequena empresa exporta muito pouco. Nós queremos que elas ganhem mercado e que a empresa que exporta mude de patamar”, completou.

Agenda de trabalho

Após os representantes estaduais apresentarem as iniciativas em curso, a secretária executiva da Câmara de Comércio Exterior (Camex), Marcela Carvalho, pediu que os estados enviassem propostas de uma agenda de trabalho em parceria com o governo federal para avançar na atração de investimentos no Brasil. A ideia é realizar uma nova reunião no segundo semestre.

“A Janela Única de Investimentos é o grande projeto da Camex na área de investimentos, também em parceria com o BID. A ideia da Janela Única é reunir todos os anuentes do investimento em um único portal, reduzindo custos, tempo e prazos, e concentrando todos os serviços, incluindo licenças e outros aspectos que interessam ao investidor. Os estados também devem criar suas janelas e integrá-las à federal, para que possamos trabalhar de forma conjunta”, explicou Carvalho.

A Prefeitura do Jaboatão dos Guararapes lançou, nesta quinta-feira (27), o programa Avança Jaboatão: Transformando Futuros, em parceria com o Instituto Ayrton Senna. A iniciativa, apresentada na faculdade UNIFG, em Piedade, tem foco na melhoria do ensino-aprendizagem nas escolas da rede municipal. Entre as ações previstas estão os programas Acelera, voltado à correção da distorção idade-série; Se Liga, para estudantes com dificuldades de leitura e escrita; e o Gestão Nota 10, que busca qualificar a gestão educacional com foco nos resultados de aprendizagem.

O programa também acompanhará os dados de desempenho dos alunos em língua portuguesa e matemática, com o objetivo de traçar estratégias para elevar os índices de desenvolvimento educacional. Durante o lançamento, participaram representantes da Secretaria Municipal de Educação, da gestão municipal e do Instituto Ayrton Senna. A proposta é monitorar o progresso das escolas e aplicar medidas de apoio pedagógico conforme as necessidades identificadas.

Por Anthony Santana
Do Blog da Folha

A deputada estadual Socorro Pimentel (UB), que também é líder do governo Raquel Lyra (PSD) na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), afirmou acreditar que o movimento de trocar o comando de pastas do Executivo de técnicos para políticos pode garantir uma maior governabilidade e inaugura uma nova relação política no Estado.

Em entrevista à Rádio Folha FM 96,7, nesta quinta-feira (27), a parlamentar avaliou a nomeação do deputado Kaio Maniçoba (PP) e do ex-prefeito de Custódia, Emmanuel Fernandes, Manuca (Avante), como secretários como natural o movimento de trocas e que acontece em todos os governos. Socorro considera que um novo momento será inaugurado na gestão estadual.

“Existe um lado político, mas existe o técnico. Isso é importante para aproximar os políticos do governo. Acho que é algo que vem a dar um outro olhar para o meio político. A gente tem muitas sinalizações de que vive uma nova era no estado de Pernambuco”, pontuou a deputada.

Ao falar sobre sua atuação como líder do governo, Socorro garantiu que vai dialogar com as bancadas de oposição e independentes, justificando a necessidade de construção de consensos para avançar com as pautas do governo na Alepe.

“O diálogo já vem acontecendo desde que assumi. A gente dialoga muito com a oposição. Ela tem deputados que a gente tem respeito e admiração. Queremos manter o diálogo para que possamos manter a governabilidade. A gente precisa e sempre precisou da bancada de oposição e da independente”, declarou.

O Podemos em Jaboatão dos Guararapes tem nova liderança. Jorge Júnior foi oficializado como presidente do diretório municipal do partido, com filiação abonada pelo ex-senador Armando Monteiro, pelo presidente estadual da sigla, Marcelo Gouveia, e pelo vice-presidente estadual, Ricardo Teobaldo.

Com a nova função, Jorge Júnior passa a comandar a reestruturação da legenda no município e a articulação para as eleições municipais.