Raquel Lyra se reúne com ministro Rui Costa e vistoria as obras do Canal do Fragoso

Nesta quarta-feira (27), a governadora Raquel Lyra irá cumprir agendas ao lado do ministro da Casa Civil, Rui Costa. Os gestores vão acompanhar o andamento de empreendimentos que compõem a carteira de obras do Novo PAC no Estado.

Pela manhã, haverá uma reunião no Palácio do Campo das Princesas com a presença de outros ministros de Estado. Ao final do encontro, a governadora Raquel Lyra e o ministro Rui Costa atendem a imprensa. Em seguida, os gestores irão vistoriar as obras do Canal do Fragoso, em Olinda, intervenção realizada para melhorar a mobilidade da área e mitigar os alagamentos. No início tarde, a chefe do Executivo estadual visita a obra do Hospital da Criança do Recife.

Por Delmiro Campos*

Como presidente da comissão eleitoral que formou a lista sêxtupla da OAB-PE para o envio ao Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), em decorrência da vaga do Quinto Constitucional, é difícil me afastar dos debates polêmicos sobre um processo tão claro em sua essência. Contudo, diante da insistência de discursos inflamados, é necessário trazer contrapontos firmes e objetivos.  

Hoje, recordo alguns pontos fundamentais que ajudam a compreender os desdobramentos das eleições do Quinto Constitucional do TJPE na OAB/PE, especialmente no que diz respeito à paridade, cotas de gênero e racial, e às decisões institucionais envolvidas.  

Quem milita na política da Ordem sabe que a paridade foi uma reivindicação legítima das mulheres advogadas, que buscavam um reflexo fiel da composição da advocacia, composta majoritariamente por mulheres (cerca de 52%). A regra eleitoral, estabelecida previamente no edital, garantiu que as chapas respeitassem essa paridade.

Importante destacar que o formato de escolha e definição da lista sêxtupla foi amplamente discutido, tendo sido alvo de impugnação e novamente alvo de enfrentamentos colegiados, de debates fundamentados, diga-se de passagem, restando estabelecido a representação equitativa, ainda que a proposta de garantia da metade das vagas para as mulheres aliada com ampla concorrência nas demais seja legítima como política afirmativa.

A votação ocorreu dentro dessas regras, com candidatos homens votando e pedindo votos para mulheres, inclusive. Alterar esse cenário pós-eleição demandaria a repetição do pleito, o que não encontra respaldo jurídico ou fático. A legitimidade das regras de paridade, concebidas para fortalecer a representatividade, não deve ser questionada.  

A aplicação da cota racial na OAB/PE, conforme o §1º do art. 3º da Lei 12.990, segue uma lógica clara: garantir que as cotas beneficiem aqueles que delas necessitam, sem substituir as vagas obtidas por mérito. Embora a norma trate de concursos, a ausência de regulamentação específica justifica sua aplicação por analogia. Nesse contexto, a inclusão de uma participação mínima para cotistas é uma conquista que não pode ser desvirtuada. Qualquer tentativa de enfraquecer essa garantia é um retrocesso e um desrespeito aos negros e negras que historicamente enfrentam barreiras significativas.  

O caso da candidata Diana Câmara traz lições importantes. Inicialmente, sua autodeclaração como negra não foi reconhecida pela Comissão de Heteroidentificação da UFPE. Após instâncias de análise, Diana obteve uma liminar no CFOAB que foi posteriormente revogada, pois, já tendo garantido uma vaga na ampla concorrência, não havia mais o risco de prejuízo que sustentava a tutela. Com a revogação, a vaga destinada à cota racial foi preenchida por Ana Paula Azevêdo, garantindo o equilíbrio esperado pela paridade e pela cota. Esse desfecho reafirma o compromisso da OAB/PE com a inclusão.  

O cenário descrito é de compreensão simples e reforça a legalidade e a justiça do processo eleitoral. As discussões inflamadas nas redes sociais e na mídia não podem obscurecer os avanços promovidos por meio da paridade e das cotas raciais. É fundamental reconhecer o esforço coletivo que resultou em uma eleição democrática e inclusiva, um marco importante na luta por igualdade dentro da advocacia.

*Advogado

Por Osvaldo Matos Junior*

Nos últimos anos, algumas unidades da federação tomaram a controversa decisão de reduzir o tempo de formação dos oficiais da Polícia Militar de três anos para apenas um. Além disso, impuseram como requisito obrigatório para o ingresso no oficialato o diploma em Direito, excluindo profissionais de outras áreas do conhecimento. Essas medidas, longe de contribuírem para o aprimoramento da segurança pública, representam um retrocesso que pode trazer sérios prejuízos à qualidade da gestão e comando das corporações policiais.

A formação de um oficial da Polícia Militar não é uma tarefa simples. Ao longo de três anos, os alunos oficiais passam por um intenso programa que combina disciplinas teóricas, práticas e operacionais. O objetivo não é apenas formar um gestor, mas um líder capaz de tomar decisões críticas em cenários de alta complexidade, desde operações táticas até a gestão de crises.

A redução desse período para apenas um ano compromete gravemente a maturidade técnica e psicológica dos futuros oficiais. Em 12 meses, é impossível garantir a profundidade necessária para disciplinas como gestão de pessoas, técnicas de comando, inteligência policial e abordagem comunitária. Esse encurtamento pode levar a formações superficiais, aumentando o risco de decisões equivocadas em situações que demandam preparo excepcional.

Outro grave equívoco é a exigência exclusiva do curso de Direito como requisito para ingresso no oficialato. Embora o Direito seja fundamental para o cumprimento das funções policiais, a atuação de um oficial militar vai muito além do conhecimento jurídico. É preciso compreender estratégias de segurança, gestão de conflitos, sociologia, psicologia, administração pública e até tecnologia, marketing, relações públicas, etnoecologia, psicologia e áreas que outros cursos superiores poderiam suprir com excelência.

Por que excluir administradores, psicólogos, engenheiros, cientistas sociais e especialistas em tecnologia? Cada uma dessas formações poderia trazer uma contribuição valiosa à corporação, diversificando perspectivas e promovendo soluções inovadoras para os desafios contemporâneos da segurança pública.

Mais preocupante ainda é o motivo que parece sustentar essa exigência: a tentativa de equiparar a carreira dos oficiais militares à dos delegados da Polícia Civil, especialmente em termos salariais. Essa comparação, contudo, desconsidera as diferenças fundamentais entre as funções e competências de cada profissão.

Os delegados da Polícia Civil, de fato, necessitam de amplo conhecimento jurídico. Eles atuam diretamente na esfera investigativa e processual, sendo responsáveis por conduzir inquéritos policiais, formalizar denúncias e garantir a aplicação das leis dentro dos parâmetros legais. O Direito, nesse caso, é a base indispensável para o exercício de suas atribuições.

Já os oficiais da Polícia Militar têm um espectro de responsabilidades muito mais amplo e diversificado, que vai muito além do campo jurídico. Eles precisam ser gestores de pessoas e recursos, líderes em situações de crise, estrategistas em segurança pública e operadores em uma vasta gama de cenários. Entre as competências exigidas estão:

• Gestão de tropas: Liderar equipes em operações de grande escala, mantendo a disciplina, a organização e o desempenho operacional.

• Controle de distúrbios civis: Planejar e executar intervenções em manifestações e tumultos

Seria importante a governadora Raquel Lyra analisar tecnicamente esse equívoco e se inspirar nas polícias militares de São Paulo, Santa Catarina e no conceito de Gendarmaria como a Guarda Civil Espanhola, Carabineiros do Chile, Gendarmerie da França, Polícia de Finanças da Itália, Marechalato da Holanda, Carabinieri da Itália, Polícia Nacional da Colômbia, Gendarmeria  Argentina, Guarda Costeira Americana, Guarda Nacional Republicana, Polícias Estaduais Americanas e as mais de 100 polícias militarizadas em todo mundo.

*Ex-PM, publicitário, cientista político e social, especialista em gestão pública e privada, Comex, inteligência competitiva, planejamento estratégico e marketing

A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) foi palco de boas notícias para Lagoa do Carro. A convite da deputada Simone Santana, ontem (25) foi anunciada a destinação de duas emendas  que totalizam R$ 600 mil para o município.

Dentre os investimentos, R$ 450 mil forma emenda pix que serão aplicados em melhorias gerais no município e R$ 150 mil serão destinados especificamente para reforçar o setor de saúde. As emendas entram em vigor no início do mandato do prefeito eleito Zé Luiz, a partir de janeiro de 2025.

A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) instalou, nesta terça-feira (26), a Comissão Parlamentar Especial (CPE) para celebração do Bicentenário da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE), que será comemorado no dia 11 de junho de 2025. A iniciativa surgiu de uma proposta apresentada à Casa pelo deputado Antônio Moraes, que foi escolhido hoje como presidente do colegiado, cujo objetivo é atuar em conjunto com representantes do Governo do Estado, da Secretaria de Defesa Social e da própria PMPE, além de organismos da sociedade civil, na realização de debates, audiências públicas e solenidades comemorativas em homenagem aos 200 anos de existência da instituição.

“Esta comissão parlamentar visa enaltecer a importância da Polícia Militar, agregando ao colegiado os deputados ligados de alguma forma à área de segurança pública. Na próxima reunião do colegiado, vamos estabelecer uma agenda de trabalho até junho de 2025, com o objetivo principal de ressaltar a relevância dos serviços prestados ao povo pernambucano pela Polícia Militar ao longo de dois séculos de existência”, explicou o presidente da comissão, Antônio Moraes.

Segundo o parlamentar, a ideia é promover, ao longo dos próximos meses, debates, audiências públicas, sessões solenes e eventos com alunos da rede pública que estimulem estudos e redações sobre a história da PMPE. Ele acrescentou que também está nos planos da comissão especial a edição de um livro sobre a trajetória da instituição, bem como a reedição de algum material já publicado.

O prefeito eleito de Buenos Aires, Henrique Queiroz, foi recebido nesta terça-feira (26), no Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) para discutir projetos que beneficiarão diretamente os agricultores do município. Durante a reunião, foram debatidas ações como barragens, perfuração de poços e a implantação de tecnologias que garantam mais produtividade e sustentabilidade para o campo. “O agricultor é a força que move nossa economia. Com o apoio do IPA, vamos transformar a realidade da zona rural de Buenos Aires”, destacou Henrique Queiroz.

Ellen Viégas, presidente do IPA, ressaltou a visão e a experiência de Henrique Queiroz como fatores determinantes para o fortalecimento da agricultura no município. “Com um prefeito comprometido como Henrique, Buenos Aires terá um governo que olhará para a agricultura de uma forma mais especial, promovendo o desenvolvimento sustentável e a valorização dos agricultores familiares”, afirmou.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) analisou o recurso especial interposto por Marcelo da Silva, acusado de homicídio triplamente qualificado no caso Beatriz, ocorrido em Petrolina. O recurso se baseou em alegações de nulidades processuais, incluindo a custódia, as perícias, as provas testemunhais, além de alegações de impronúncia e pedido de exclusão das qualificadoras da denúncia.

Apesar dos pedidos da defesa, o STJ manteve a decisão da Justiça de Pernambuco, que rejeitou todas as preliminares de nulidade. A corte também destacou que o julgamento de Marcelo da Silva ocorrerá no Tribunal do Júri, ressaltando que o processo está respaldado por um conjunto probatório consistente, que inclui provas periciais, documentais e testemunhais. Dessa forma, caberá aos jurados decidir sobre a culpabilidade de Marcelo da Silva e, em caso de condenação, sobre a aplicação da pena. O julgamento está previsto para fevereiro de 2025.

Relembre o caso de Beatriz

O assassinato da menina Beatriz aconteceu durante a formatura de sua irmã, Samira, no Colégio Maria Auxiliadora, no dia 10 de dezembro de 2015. Aproximadamente 2.500 pessoas estavam presentes no evento, incluindo familiares de formandos, alunos e funcionários.

Na ocasião, Beatriz, de 7 anos, estava acompanhada dos pais, Lucia e Sandro, e outros familiares. Por volta das 22h, a menina pediu à mãe para ir até um bebedouro localizado na parte inferior da arquibancada do ginásio, onde o evento estava acontecendo.

Cerca de uma hora depois, o corpo de Beatriz foi encontrado em um depósito de material esportivo desativado, ao lado do ginásio onde acontecia a formatura, com 51 golpes de faca.

Do Portal de Prefeitura

Nesta terça (26) foi protocolada uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) na 58ª Zona Eleitoral de Pedra/PE, denunciando fraudes às cotas de gênero no registro de candidaturas do Partido Social Democrático (PSD). A ação foi movida por José Osório Galvão de Oliveira Filho, sob a alegação de irregularidades relacionadas às candidaturas femininas do partido.

A denúncia aponta que duas candidatas apresentadas pela legenda, Giovana e Ellen, participaram do pleito municipal de 2024 apenas para cumprir formalmente os 30% exigidos pela lei para candidaturas de gênero. Ambas obtiveram votações inexpressivas, sendo 8 votos (Giovana) e 2 votos (Ellen), além disso não realizaram movimentações financeiras ou atos efetivos de campanha. Segundo o autor da ação, essas práticas configuram candidaturas fictícias, conhecidas como “candidaturas laranjas”, violando as normas eleitorais.

O processo destaca que a ausência de uma participação genuína nas campanhas dessas candidatas reflete o descumprimento das regras estabelecidas pelo artigo 10, § 3º, da Lei 9.504/97. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já reforçou, inclusive com edição recente de súmula, que fraudes desse tipo podem acarretar a cassação do Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários (DRAP) do partido e dos diplomas dos eleitos.

Caso a Justiça Eleitoral acate os argumentos, o PSD poderá ter anulados os votos atribuídos a todos os seus candidatos a vereador, com consequências que incluem a recontagem dos quocientes eleitoral e partidário. Além disso, os envolvidos diretamente na suposta fraude podem ser declarados inelegíveis por oito anos.

O processo agora segue para apreciação do juiz eleitoral competente e para manifestação do Ministério Público Eleitoral. 

Por Larissa Rodrigues

Repórter do blog

A Polícia Federal em Pernambuco, por meio da assessoria de imprensa, informou ao blog que não houve operação na Prefeitura de São José do Egito, no Sertão do Pajeú, conforme chegou a ser noticiado. 

De acordo com a PF, não procedem as informações de que os policiais teriam ido até a cidade investigar possíveis irregularidades em obras públicas do município, na última segunda-feira (25).

A Prefeitura de São José do Egito também se pronunciou. Em nota enviada ao blog, a instituição informa que nenhum agente federal apareceu nas sedes da administração municipal.

Por Cláudio Soares* 

As recentes declarações da cantora Jojo Todynho, que revelou ter recebido uma proposta de R$ 1,5 milhão para apoiar a candidatura de Lula nas eleições de 2022, levantam questões sérias e urgentes sobre a integridade do processo eleitoral brasileiro.  

A cantora afirmou que outros artistas e influenciadores também foram abordados com ofertas financeiras substanciais, o que sugere uma prática de abuso de poder econômico e possíveis crimes eleitorais, como caixa dois, corrupção e lavagem de dinheiro.

Essas alegações não podem ser ignoradas. O suposto uso de recursos públicos e gastos milionários à margem da contabilidade oficial para manter uma rede de apoio formada por celebridades e páginas virtuais tem o potencial de influenciar a opinião pública de milhões de eleitores.     

Tal situação pode ter desequilibrado a disputa eleitoral, comprometendo a legitimidade do processo democrático.

Diante da gravidade das denúncias, é imprescindível que as autoridades competentes, especialmente a Procuradoria Geral da República (PGR), tomem providências imediatas.            

A PGR deve abrir investigações rigorosas para apurar as alegações de Jojo e ouvir todos os artistas que declararam apoio a Lula. A transparência e a responsabilidade são fundamentais para restaurar a confiança do eleitorado nas instituições democráticas.

As declarações explosivas da cantora Jojo Todynho, revelando propostas milionárias recebidas em troca de apoio à candidatura de Lula, não são apenas um mero escândalo, mas um alerta vermelho sobre a corrupção que está enraizada no coração do nosso sistema político.        

Essa prática não apenas fere os princípios da democracia, mas também revela um potencial uso de dinheiro público e a manipulação da opinião pública por meio de uma rede de influenciadores pagos para distorcer a realidade.    

É inaceitável que, em um país que já enfrenta tantos desafios políticos e sociais, as autoridades permaneçam em silêncio diante de tão sérias acusações.              

A Procuradoria Geral da República deve agir com urgência e determinação, desvendando essa rede de corrupção que ameaça a integridade das eleições e a confiança da população em suas instituições. A inércia diante de tais denúncias é uma afronta à justiça e um convite à impunidade

A sociedade brasileira merece respostas. A apuração dos fatos é essencial não apenas para esclarecer a veracidade das acusações, mas também para garantir que a justiça prevaleça.              

A proteção da moralidade pública e a integridade do sistema eleitoral devem ser prioridades para todos os órgãos responsáveis. As autoridades não podem se calar diante de tais denúncias; é hora de agir e garantir que a democracia brasileira se mantenha forte e íntegra.

*Advogado e jornalista