Lula e governadores discutem hoje combate a facções criminosas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discute na tarde desta quinta-feira (31) com governadores, no Palácio do Planalto, mudanças nas políticas de segurança pública no país.

A ideia de Lula e de auxiliares é que o governo federal participe mais da formulação e implementação das políticas públicas sobre o tema, em especial no combate ao crime organizado.

Lula também convidou representantes do Congresso Nacional e do Judiciário para o encontro, além de secretários estaduais de segurança.

O presidente quer enviar ao Congresso uma proposta da emenda à Constituição (PEC) para ampliar a atuação da União na área.

Atualmente, a maior parte das atribuições de segurança cabe aos governos estaduais com suas polícias civis e militares.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, trabalhou nos últimos meses no texto da proposta.

A intenção do governo é integrar as polícias, reforçar o Sistema Público de Segurança Pública (SUSP) e aumentar as responsabilidades da União.

Além disso, quer criar uma nova polícia comandada pelo governo federal com mais poderes de policiamento ostensivo a partir da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Atuação do governo federal
Essa proposta muda bastante o sistema de segurança pública no Brasil e define um novo papel para o governo federal, que passa a ter mais poder e mais responsabilidade no combate ao crime, atuando em conjunto com estados e municípios.

Lula planejava há meses a reunião desta quinta para ouvir opiniões dos governadores e identificar alterações na legislação com apoio majoritário.

O presidente entende que é preciso reformular políticas a fim de, por exemplo, reforçar o combate ao crime organizado, que atua em diferentes estados e países.

Em julho, Lula declarou que os “estados não dão conta sozinhos” da segurança pública e defendeu maior participação da Polícia Federal nas operações.

“Eu acho que os estados sozinhos não dão conta. O que nós queremos é fazer uma proposta de aprovar uma PEC que defina o papel de cada um, mas que a gente dê ao povo a certeza de que a gente vai ter mais segurança pública neste país”, disse Lula na ocasião.

A segurança pública é um dos temas que tem pautado debates nas últimas eleições e que preocupa os brasileiros.

Lula tem uma política oposta à do governo de Jair Bolsonaro (2019-2022), que facilitou o acesso da população à armas e munições.

Segundo o anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil teve uma redução de 3,4% nos registros oficiais de mortes violentas intencionais ocorridas ao longo de 2023, em comparação com 2022 — uma queda de 47,9 mil para 46,3 mil vítimas.

Já o número de estupros cresceu e atingiu mais um recorde. Em 2023, foram 83.988 casos registrados, um aumento de 6,5% em relação ao ano anterior.

O número representa um estupro a cada seis minutos no país.

Resistência
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, enviou ontem (30) uma mensagem ao presidente Lula para informar que não participará da reunião em Brasília, e enviará um representante.

Zema explicou que o grupo dos governadores do Sul e do Sudeste (Cosud) fez sugestões de mudança no texto da PEC para o Ministério da Justiça, mas não recebeu resposta ainda (clique aqui para ver as propostas dos governadores).

“Apesar da apresentação das propostas ao Ministério da Justiça, ainda não tivemos uma resposta satisfatória sobre os pontos apresentados. Nem mesmo recebemos quais serão os termos da PEC da Segurança a ser apresentado ao Congresso”, escreveu Zema a Lula.

Além de Zema, Eduardo Leite (RS) e Jorginho Mello (SC) também não participarão do encontro.

Pontos da PEC
Entre os principais pontos, o texto:

  • Coloca na Constituição o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP): O sistema foi criado em 2018 por uma lei ordinária. O governo acredita que, inserido na Constituição, terá mais força.
  • Dá poder à União para definir normas gerais para as forças de segurança: Inclui medidas como o uso de câmeras corporais, além das diretrizes para uma política nacional de segurança pública, que abrange o sistema penitenciário. As políticas serão definidas após consulta a um Conselho Nacional, composto por representantes dos estados, municípios e do governo federal.
  • Amplia as atribuições da Polícia Federal: Especifica de forma mais clara no texto constitucional que é dever da PF combater crimes ambientais, bem como crimes cometidos por organizações criminosas e milícias privadas.
  • Reformula a Polícia Rodoviária Federal: A PRF terá atuação ampliada, incluindo cuidados com hidrovias e ferrovias, com atuação ostensiva no combate ao crime, além das questões rodoviárias.
  • Unifica o Fundo Nacional de Segurança Pública e o Penitenciário: Estabelece a proibição de bloqueio de recursos desses fundos.

Do g1.

A governadora em exercício de Pernambuco, Priscila Krause (Cidadania), se reúne na tarde desta quinta-feira (31) com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no Palácio do Planalto, em Brasília.

Lula reúne os governadores na sede do Governo Federal para discutir a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que garante mais poderes para a Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além de reestruturar a política de segurança no País, com a inclusão do Sistema Único de Segurança Pública na Constituição Federal.

Oposição histórica ao partido do presidente em Pernambuco, Priscila assumiu a missão de discutir a segurança pública com o petista após a governadora Raquel Lyra (PSDB) ir a Portugal para participar de agendas de interesse do Estado. A reunião entre o presidente e os governadores está marcada para as 15h.

Do Blog da Folha.

O novo boletim médico do presidente Luiz Inácio Lula da Silva aponta que seu quadro é de “estabilidade em relação aos exames anteriores”. De acordo com os médicos, Lula deve seguir trabalhando em Brasília.

“No momento, o presidente persiste sem quaisquer sintomas, devendo manter o acompanhamento clínico e realizar novo controle de imagem em três dia”, afirma o boletim. O presidente segue sendo acompanhado pelos médicos Roberto Kalil Filho e Ana Helena Germoglio.

Lula fez novos exames de imagem nesta quinta-feira, 12 dias após a queda sofrida no Palácio da Alvorada. Os exames no Hospital Sírio Libanês, em Brasília estavam previstos e fazem parte da rotina de tratamento após acidentes do tipo.

Na segunda-feira, retirou os cinco pontos na parte de trás da cabeça. O ferimento é resultado de uma queda quando, segundo relatos, cortava a unha do pé no banheiro do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República.

O boletim médico anterior, divulgado em 25 de outubro, apontava que Lula está com uma situação “estável” e “apto para o trabalho”.

Desde que caiu no banheiro do Palácio do Alvorada, Lula cancelou três compromissos internacionais. A ida à Rússia para a Cúpula dos Brics, para a Colômbia, onde Lula participaria da Conferência das Nações Unidas para a Biodiversidade (COP 16) em Cali e para as Conferências das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP) 29 no Azerbaijão. A previsão era de que o presidente ficasse ficasse de 10 a 12 de novembro em Baku. O vice-presidente Geraldo Alckmin irá representar Lula na COP 29.

Do Jornal O Globo.

Em discurso na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o deputado estadual Rodrigo Farias (PSB) criticou a TV Pernambuco, emissora estatal, por não retransmitir a entrevista do prefeito do Recife, João Campos, ao programa Roda Viva, da TV Cultura. Farias destacou que, no horário do programa, a TV Pernambuco optou por exibir o jogo do Sport contra o América-MG.

“Nos últimos trinta anos, qual foi o jogo do Sport que foi televisionado pela TV Pernambuco, de uma competição nacional? Por coincidências da vida, quando a gente estava vendo o nosso grande prefeito, que já é conhecido nacionalmente como a maior jovem liderança progressista, foi dar uma aula no Roda Viva, resolveu a TV Pernambuco passar um jogo do meu time. Foi um ato antidemocrático, foi tirar o direito de todo pernambucano de ver ele se apresentar ao Brasil e falar da gestão que vem fazendo aqui em Recife”, declarou.

Em setembro, Pernambuco voltou a liderar a geração de empregos com carteira assinada no Nordeste, repetindo o resultado de agosto. Pelo segundo mês consecutivo, o Estado obteve o saldo positivo (admissões menos demissões) de 17.851 empregos no período.

Com o resultado, o Estado se mantém como o terceiro maior gerador de empregos do Brasil, atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro. No acumulado do ano, Pernambuco registra 61.699 novas carteiras de trabalho assinadas. Assim, desde o início da atual gestão estadual, 113.062 empregos foram criados até o momento. Os dados são do Novo Caged, divulgados nesta quarta-feira (30) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

“Com quase 18 mil postos de trabalho em setembro, Pernambuco se consolida como o maior gerador de empregos do Nordeste e o terceiro maior do Brasil. Desde janeiro de 2023, mais de 113 mil empregos foram criados no Estado. São números importantes, frutos do investimento que temos feito para ampliar a geração de emprego e renda em Pernambuco, garantindo o aumento do consumo da população”, afirmou a governadora em exercício Priscila Krause.

SALDO DE EMPREGOS MÊS A MÊS
Janeiro – 1.171
Fevereiro – 2.684
Março – 1.437
Abril – (-985)
Maio – 4,724
Junho – 8.078
Julho – 7,784
Agosto – 18.355
Setembro – 17.851

SETORES QUE MAIS EMPREGARAM
Todos os cinco grandes setores produtivos em Pernambuco tiveram saldo de empregos positivo no mês de setembro deste ano. O resultado foi puxado, principalmente, pelos setores de Indústria (6.786), Serviços (4.823) e Agropecuária (3.415).

Em seguida, vieram Comércio (1.528) e Construção (1.300). O setor da Indústria, grande destaque no mês de setembro, teve seus principais resultados motivados pela indústria de transformação, mais especificamente pelas atividades relacionadas à fabricação de produtos alimentícios, que foi responsável por 4.167 novos empregos.

Do JC.

Por Blog da Folha

A senadora Teresa Leitão (PT-PE) propôs, nesta quarta-feira (30), que a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado reúna todos os projetos relativos ao uso medicinal da cannabis em uma discussão unificada. A proposta é de que, com uma análise integrada, o Senado avance na regulamentação do tema ainda neste ano.

“Ainda neste ano, esta Casa precisa se debruçar sobre o uso da cannabis medicinal”, afirmou a senadora, destacando a necessidade de organizar e votar as proposições em tramitação na CAS. Teresa reforçou que estados e municípios, como o Recife, onde a Câmara Municipal aprovou o uso da cannabis medicinal pelo SUS para mães de filhos com condições atípicas, têm avançado nesse debate. “O Senado está um pouco atrasado nisso”, avaliou a parlamentar.

A senadora Teresa Leitão (PT-PE) propôs, nesta quarta-feira (30), que a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado reúna todos os projetos relativos ao uso medicinal da cannabis em uma discussão unificada. A proposta é de que, com uma análise integrada, o Senado avance na regulamentação do tema ainda neste ano.

“Ainda neste ano, esta Casa precisa se debruçar sobre o uso da cannabis medicinal”, afirmou a senadora, destacando a necessidade de organizar e votar as proposições em tramitação na CAS. Teresa reforçou que estados e municípios, como o Recife, onde a Câmara Municipal aprovou o uso da cannabis medicinal pelo SUS para mães de filhos com condições atípicas, têm avançado nesse debate. “O Senado está um pouco atrasado nisso”, avaliou a parlamentar.

A intenção da senadora Teresa Leitão é que, com a discussão conjunta, o Senado possa deliberar sobre o tema e alinhar uma legislação nacional para garantir o acesso seguro e regulamentado aos tratamentos à base de cannabis medicinal.

O ex-sargento da Polícia Militar do Rio de Janeiro Ronnie Lessa, réu pelas mortes da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, ocorridas em 2018, afirmou ontem (30) que recebeu uma oferta para executar o ex-deputado federal Marcelo Freixo.

Perguntado como iniciou a conversa para matar Marielle, o ex-policial respondeu que as tratativas se iniciaram em 2016, que ofertaram para ele “uma coisa para ficar milionário”.

“O assunto começou no final de 2016, surgiu uma oferta com a seguinte palavra, temos uma coisa para ficarmos milionário, para ficarmos ricos. Em janeiro tive com essa pessoa novamente e ela me trouxe um nome que ri e falei se é essa proposta não tem como”, disse Lessa.

Segundo o ex-sargento, ele achou a proposta inviável e achou se tratar de uma loucura porque Freixo era político.

Freixo é um político conhecido no Rio de Janeiro por sua atuação na defesa dos direitos humanos e pelo combate ao crime organizado. Ele é filiado ao Psol, mesmo partido de Marielle, e também era amigo próximo da vereadora.

Freixo ganhou destaque como deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), onde liderou a Comissão de Direitos Humanos e presidiu a CPI das Milícias em 2008. Atualmente é o presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur).

Nesta quarta-feira (30), começou o julgamento que pode condenar Lessa e Élcio de Queiroz pelo assassinato de Marielle e Gomes.

Os dois estão sendo submetidos a júri popular e estão sendo ouvidos por videochamada.

Marielle era pedra no caminho
Segundo Ronnie Lessa, o assassinato de Marielle teria sido motivado pelo temor de que ela atrapalhasse dois loteamentos de terrenos realizados pela milícia no bairro do Tanque, no Rio de Janeiro.

“Na época, o que me foi dito por algumas pessoas é que ela atrapalharia, que ela entraria no caminho. Então, a questão era: dois loteamentos no bairro do Tanque; um loteamento seria para quem matasse Marielle, e o outro seria para os mandantes”, afirmou o ex-policial.

De acordo com o ex-sargento, os mandantes do crime disseram que a vereadora teria se reunido com algumas lideranças comunitárias e solicitado que elas não aceitassem o loteamento feito pelas milícias.

Ainda segundo Lessa, os mandantes do crime usaram a seguinte expressão “Ela virou uma pedra no caminho e vamos dar prosseguimento devido a isso”.

O ex-policial revelou também que os dois loteamentos seriam divididos: um destinado a quem executasse a vereadora e outro para os mandantes do crime.

Convite para Élcio
De acordo com Lessa, o convite a Élcio de Queiroz foi feito durante uma festa de Ano Novo. Segundo o ex-policial, ele aceitou imediatamente a proposta.

Lessa revelou ainda que só informou a Élcio sobre a identidade da vítima no dia do crime, uma medida que visava evitar o vazamento do nome de Marielle.

“No ano novo, quando o chamei, disse apenas que havia um serviço a ser feito, sem revelar de quem se tratava. Minha intenção era que ele não soubesse de quem se tratava”, afirmou Lessa.

Além disso, Lessa comentou que Queiroz sempre lhe pedia oportunidades de trabalho desde que foi expulso da Polícia Militar do Rio de Janeiro, o que motivou o convite para que ele participasse do assassinato de Marielle.

Do CNN Brasil.

Nos dias 29 e 30 de outubro, a parceria entre a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e o Sebrae-PE levou a Caruaru a 2ª edição do curso gratuito “Elaboração de Projetos e Captação de Recursos”, com o objetivo de capacitar servidores públicos, empresários e profissionais de diferentes setores no desenvolvimento de projetos e captação de financiamento. O evento ocorreu no auditório da Uninassau e abordou estratégias práticas e alinhadas às necessidades do mercado e das instituições públicas.

O curso foi conduzido pelo especialista em gestão pública, contabilidade e turismo Luís Otávio Bastos, com participação do gerente do Banco do Nordeste de Caruaru, Ronaldo Braga, e atraiu representantes de várias regiões do Estado, como o Agreste e o Sertão.

Fui convidado pelo site Mais Pajeú, de Afogados da Ingazeira, minha terra natal, para apresentar a tradicional Festa dos Eleitos no pleito municipal deste ano no Sertão do Pajeú e da Paraíba, ao lado dos companheiros Nill Júnior e Juliana Lima, radialistas da região. Será no dia 16 de dezembro, na casa de eventos Kabbana Recepções.

O evento terá a participação de prefeitos e vereadores eleitos na região,,lideranças políticas do Sertão de Pernambuco e Paraíba. Soube que é extremamente bem organizado, com decoração especial, telão, buffet, bar, atrações musicais, live e espaços interativos e “instagramáveis”, para fotos e vídeos. Deputados que atuam na região também estarão presentes.

Aos que ficaram interessados em participar, segue o contato abaixo:

(87) 99991-5089

Rasteira ou acerto para salvar Bolsonaro?

Ninguém sabe ao certo se a decisão do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de cancelar a tramitação do projeto de anistia política na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), ao mesmo tempo em que criou uma comissão especial para analisar a matéria, tem por trás um acordo para beneficiar o ex-presidente Bolsonaro ou se sepulta suas chances de readquirir seus direitos políticos.

Se por um lado a reviravolta agradou opositores da anistia, pela tramitação mais demorada e até com mais chances de ser inviabilizada, nos bastidores ela envolve também outros interesses. Em visita de surpresa ao Senado, Bolsonaro deixou claro que a atitude de Lira foi previamente discutida com ele e com aliados e que traz nas entrelinhas a forte possibilidade de, nessa comissão, ser acrescentada emenda para que se livre de sua inelegibilidade e possa disputar a Presidência da República, em 2026.

“Tem certos acordos, não vou enganar vocês, que a gente faz no tête-à-tête, não tem nada escrito, nem passa para fora. (…) A gente conversa, poxa, na mesa [de negociação] é igual namoro, você conversa tudo, vou casar: vai ter filho, não vai ter filho, vai morar onde, o que você tem, o que você não tem”, disse Bolsonaro ao ser questionado se a sua própria anistia foi colocada à mesa como condição para o apoio do PL a Motta na Câmara e a Davi Alcolumbre (União Brasil) para presidir o Senado.

A medida de Lira foi elogiada também pelos presidentes do PL, Valdemar Costa Neto, e do PP, Ciro Nogueira, ex-articulador e ainda um dos principais aliados de Bolsonaro. O PL fez, ontem, um encontro das suas bancadas na Câmara e no Senado e, segundo Bolsonaro, a tendência é declarar apoio a Hugo Motta (Republicanos (PB), candidato a presidente da Câmara e a Davi Alcolumbre, candidato a presidente do Senado (UB-AP).

IRRITAÇÃO DE LIRA – Antes de anunciar a criação de uma comissão especial para discutir o Projeto de Lei que anistia investigados pelo 8 de Janeiro – e, claro, retirá-lo da pauta da Comissão de Constituição e Justiça –, Arthur Lira (PP-AL) fez questão de reclamar com aliados sobre a associação do tema à sucessão dele à presidência da Câmara. Criticou, inclusive, as declarações de Valdemar Costa Neto, aliado de primeira hora e que apoiará Hugo Motta (Republicanos), candidato de Lira, na sucessão à presidência.

Valdemar quer anistiar o ex-presidente – Na semana passada, Lira conversou com Valdemar. O presidente do PL queria que fosse incluída uma emenda ao projeto que tramitava na CCJ liberando o ex-presidente a participar das próximas eleições e que essa proposta fosse votada até dezembro, ainda na gestão Lira. Mas o presidente da Câmara pediu que Valdemar não fizesse associações a fim de não contaminar a sucessão na Câmara. Lira enfatizou: “O tema deve ser debatido pela Casa, mas não pode jamais, pela sua complexidade, se converter em devido elemento de disputa política, especialmente no contexto das eleições futuras da Mesa Diretora da Câmara”.

O nu no Planalto – A segurança do Palácio do Planalto barrou, ontem, uma mulher que tentava entrar no Palácio do Planalto, sem roupas, para ser ouvida por Lula e Geraldo Alckmin. O movimento se deu enquanto o vice-presidente estava no prédio, prestes a participar de um evento sobre indústrias e sustentabilidade. Em imagens feitas no local, a pessoa aparece vestindo apenas sandálias. A mulher chegou vestida ao balcão da recepção do Planalto, onde costumam ser recebidos os visitantes da sede do Executivo. Despiu-se na sequência. Em vídeos gravados por participantes do evento, apareceu questionando: “Isso é pro Lula fazer isso comigo e com a minha família?”.

Surto de loucura – A Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência da República), informou que o episódio se tratou de um surto psicótico. Pessoas que assistiram às cenas avaliaram que as falas da mulher eram desconexas e pouco objetivas. Depois de contida pela segurança, foi a ala médica que a atendeu. Na sequência, uma ambulância a encaminhou para o Hospital de Base do Distrito Federal.

Nunes quer tirar o MDB de Lula – O prefeito reeleito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), adiantou que irá trabalhar internamente no MDB para que a legenda não apoie o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em uma eventual candidatura à presidência em 2026. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, ele disse ainda que já conversou com o prefeito reeleito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), sobre o movimento, mesmo com o partido ocupando três ministérios no governo petista. Ele ainda revelou ter esperado uma conversa de Simone Tebet em 2022, antes dela anunciar o apoio a Lula, então candidato à Presidência.

CURTAS

SEM AVAL – A Procuradoria-Geral da República (PGR) avalia recorrer da decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que anulou duas condenações impostas pela Lava-Jato ao ex-ministro José Dirceu (PT-SP). A decisão de Gilmar foi tomada na última segunda-feira.

SEGUNDA TURMA – Caso seja apresentado, o eventual recurso será apreciado pela Segunda Turma do STF, colegiado que declarou a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro, autor das sentenças contra Dirceu. Além de Gilmar, a turma hoje conta com os ministros Edson Fachin, Dias Toffoli, André Mendonça e Nunes Marques.

VISÃO DO PROCURADOR – O posicionamento contrário à anulação das condenações impostas a Dirceu já foi externado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, em manifestação no processo. Para o chefe do Ministério Público Federal (MPF), a solicitação de Dirceu não atendeu a requisitos específicos – logo, ele não poderia ser alcançado pela extensão de decisão que beneficiou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também na Lava Jato.

Perguntar não ofende: Com a postergação da anistia de Bolsonaro, o PL lança candidato à Presidência da Câmara?