Malafaia chama Ciro Nogueira de “lixo da política”

Nos últimos tempos, a figura do senador Ciro Nogueira tem emergido como foco de críticas por parte de líderes evangélicos, gerando discussões intensas dentro do cenário político brasileiro. As críticas ganharam destaque após uma série de acusações do pastor Silas Malafaia, que questionou a atuação do senador em pautas que considera cruciais para a comunidade evangélica e a direita política do país.

As críticas direcionadas ao senador centram-se em três principais pontos de discórdia. Primeiramente, Malafaia destacou o papel de Ciro Nogueira na não indicação de André Mendonça para o Supremo Tribunal Federal (STF), uma nomeação esperada por parte de setores evangélicos e do então presidente Jair Bolsonaro. De acordo com o pastor, o senador, enquanto chefe da Casa Civil, teria trabalhado para dificultar a aprovação de Mendonça.

Outra preocupação levantada por Malafaia refere-se à postura do senador em relação ao pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes. O pastor afirmou que Nogueira, juntamente com outros três parlamentares, não assinou o pedido, fato que foi visto como uma contrariedade aos interesses da ala política que o pastor representa.

A legalização de jogos de azar no Brasil é um tema controverso que também esteve no centro das críticas. Segundo Malafaia, Ciro Nogueira foi descrito como o “maior lobista” em prol da legalização, supostamente influenciando votos no Senado para apoiar a proposta. Esta questão ressoa de forma acentuada entre comunidades religiosas, que muitas vezes se opõem à legalização por razões morais e sociais.

O posicionamento de Silas Malafaia

Silas Malafaia defende que sua crítica a Ciro Nogueira não se estende ao presidente Bolsonaro, com quem ele mantém um relacionamento de respeito e amizade. O pastor justifica suas críticas com base no que considera omissões em campanhas importantes, mas reforça que sua relação com o ex-presidente não foi abalada. Malafaia afirma que possui “moral” para criticar quando necessário, destacando a integridade de seu posicionamento.

Ciro Nogueira é reconhecido por sua habilidade política e, ao longo de sua carreira, formou alianças com diferentes lados do espectro político. No passado, já manifestou apoio a figuras políticas diversas, incluindo Lula e Bolsonaro. Esta flexibilidade política é frequentemente abordada por críticos como uma questão de oportunismo, embora Nogueira se defenda como pragmático, buscando o melhor para o país em diferentes cenários.

As críticas de líderes religiosos como Malafaia e a reação do público ilustram não apenas um embate pessoal, mas um cenário mais amplo em que a política e a religião frequentemente se cruzam no Brasil. Conforme o país avança em discussões legislativas significativas, como as mencionadas, o papel dos líderes políticos e religiosos na moldagem da sociedade continua a ser um tópico de relevante discussão pública.

Do Terra

Após a aprovação do pacote de propostas que atingem os poderes do Supremo Tribunal Federal (STF), deputados governistas temem uma nova derrota na votação do projeto de lei que anistia pessoas com envolvimento no ato de 8 de Janeiro do ano passado.

A avaliação é que o PL da Anistia pode ser aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, onde a oposição tem conseguido se impor.

O projeto perdoa quem participou, fez doações ou apoiou por meio de redes sociais os ataques do 8 de janeiro, por exemplo.

Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dizem que o texto poderia beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de alguma forma, o que os apoiadores do ex-mandatário negam.

“Vamos buscar convencer os parlamentares de que não é razoável a CCJ votar uma matéria como essa, flagrantemente inconstitucional”, declarou o deputado Helder Salomão (PT-ES).

“Se abrirmos esse precedente, nós vamos rasgar a Constituição e dar o seguinte sinal para a população brasileira: você pode praticar crimes, pode invadir a sede dos Poderes, defender o fechamento do Congresso e intervenção militar, e está tudo bem. Pode tentar explodir o aeroporto de Brasília e, olha, você vai ser anistiado”, destaca Helder.

Pausa

Na semana passada, a votação do projeto da anistia foi adiada após um pedido de vista – mais tempo para análise do assunto. No entanto, o movimento por parte dos governistas já era esperado e tem base regimental. Portanto, não chegou a causar surpresa.

Para retornar à pauta da CCJ, é necessário que sejam realizadas duas sessões deliberativas do plenário.

Integrante da base governista, o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) avalia que a oposição tem maioria na CCJ e, por isso, o projeto não deve encontrar dificuldades para ser aprovado. No entanto, o congressista diz esperar que o governo “se interesse e mobilize sua base” para tentar barrar o avanço do texto.

“Essa é uma ‘anistia fake’. Na verdade, um salvo conduto para novos atentados ao nosso já frágil Estado Democrático de Direito”, disse Alencar à CNN.

Próximos passos

A presidente da CCJ, Caroline De Toni (PL-SC), integrante da oposição, aguarda a definição das próximas reuniões do plenário para definir a pauta da comissão. Cabe ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), convocar as sessões.

O projeto tem como relator o deputado Rodrigo Valadares (União-SE). O congressista projetava a votação do texto já na próxima semana, mas, desde terça-feira (8), o plenário não contou com deliberações.

Para pautar o texto, De Toni também pondera a influência da sucessão à presidência da Câmara no caso. Para ela, o debate do projeto foi contaminado pela disputa sobre quem será o novo sucessor de Lira. Isso porque o avanço da proposta foi colocado por alguns deputados como uma condição para apoiar candidatos.

Se for aprovado na CCJ, o texto seguirá para a análise no plenário, onde é necessária a maioria simples dos votos para ser aprovado.

Da CNN

Por Elcio Braga*

Apesar de ser apenas um bebê quando viveu no bando de Virgolino Ferreira da Silva, o Lampião, o pernambucano Inácio Carvalho Oliveira, de 86 anos, carregou por grande parte da vida o peso de ser filho do cangaço. Para fugir de constrangimentos e das zombarias, deixou Tacaratu, pequena cidade no interior de Pernambuco, para viver no Rio de Janeiro, onde o passado entre os cangaceiros seria omitido. Curiosamente, aproveitou a oportunidade para se tornar um homem da lei. Fez carreira na Polícia Militar, onde foi reformado. Atualmente, entre todos que estiveram no bando de Lampião, apenas ele e a própria filha do rei do cangaço, Expedita Ferreira, de 92 anos, estão vivos.

Inácio é casado e mora com Maria Odete Moraes Carvalho, com quem teve um casal de filhos, em Vista Alegre, na Zona Norte do Rio. Lúcido e saudável, costuma passear pela cidade e manter uma rotina com boas caminhadas.

“Hoje, Inacinho e Expedita Ferreira, filha de Lampião e Maria Bonita, são as duas últimas pessoas que estiveram ‘dentro’ do cangaço e com Lampião ainda em plena atividade, se assim podemos dizer. Embora Expedita tenha permanecido alguns dias com os pais, ela não nasceu no cangaço. Maria se ausentou para o parto. Ficou em um ‘coito’ (esconderijo) até a criança nascer”, explica Geraldo Antônio de Souza Júnior, pesquisador do cangaço e responsável pelo canal Cangaçologia, no YouTube.

O último dos cangaceiros foi José Alves de Matos, o Vinte e Cinco, natural de Paripiranga (BA). Ele morreu aos 97 anos em 2014, em Maceió (AL). Lampião, Maria Bonita e mais nove integrantes do bando não resistiram ao ataque da volante (força de segurança) na Grota do Angico, em Sergipe, em 1938.

Lembranças turvas

O filho do cangaço não sabia quase nada sobre suas origens. Tudo o que conhecia até os 67 anos era que os pais, os cangaceiros Moreno e Durvinha, expoentes do bando de Lampião, o haviam deixado com o padre Frederico Araújo, pároco da pequena Tacaratu, no interior de Pernambuco. Uma carta acompanhava a criança: trazia o nome dos avós. Os pais alegaram que o bebê, ao chorar, vinha chamando a atenção das volantes que os perseguiam.

Depois da morte de Lampião, os pais tiveram de abandonar o cangaço às pressas. A perseguição aos cangaceiros remanescentes era intensa. Na fuga, Moreno e Durvinha cruzaram a pé por 60 dias o interior do Nordeste até Minas Gerais, onde passaram a residir escondidos. Durvinha ainda levou uma picada de cobra no caminho e quase morreu.

“Moreno, cujo nome verdadeiro era Antônio Ignácio da Silva, passou a se chamar José Antônio Souto, impossibilitando dessa forma ser descoberto pela Justiça e por antigos rivais. Durvalina adotou o nome de Jovina”, conta Geraldo.

Em 2005, aos 67 anos, Inácio estava sem esperanças de ter notícia dos pais. Mas a curiosidade da irmã mais velha Neli “Lili” Maria da Conceição daria fim ao segredo. Pressionada, Durvinha contou a ela que deixara um filho com um padre em Tacaratu antes de se mudar para Minas. O menino nascera debaixo de uma quixabeira, árvore espinhosa típica da caatinga, possivelmente em território alagoano (embora tenha sido registrado em Pernambuco). Neli ligou para a pequena cidade e deixou o contato para o suposto irmão retornar. Inácio, que morava no Rio, ligou de volta:

“Como é o nome da sua mãe?” Neli respondeu: “Jovina Maria da Conceição”. Aquilo foi um balde de água gelada, porque eu sabia que o nome da minha mãe era Durvalina”, relata Inácio, lembrando a frustração.

Mesmo assim, o PM reformado resolveu esticar a conversa e pedir para falar com a tal Jovina. Ele se emociona ao recordar.

“A senhora tinha um apelido? Era chamada de Durvinha? A senhora era do arrasta-pé?”, perguntou Inácio, citando detalhes que só a mãe biológica poderia saber.

“Como você sabe disso?”, respondeu Durvinha, dando a entender que sabia do que se tratava.

“Achei minha mãe”, concluiu Inácio, vibrando com a realização de um sonho que acalentou por toda a vida.

A ansiedade com a descoberta foi tão grande que Inácio viajou imediatamente do Rio para Belo Horizonte. Não queria perder tempo para encontrar a mãe, o pai e seus cinco irmãos que nem sequer sabiam da história do cangaço. Dois dias depois, ele chegou à casa da nova família, saudado com fogos e festa. Conforme combinado previamente, abraçou ao mesmo tempo o pai, a mãe e a irmã mais velha. Foi a melhor solução para o impasse: todos queriam abraçá-lo primeiro.

Só a partir daí Inácio saberia detalhes da vida dos pais no bando do rei do cangaço.

“Meu pai foi chefe de grupo do bando. Era como um quartel. Tinha um comando geral que era do Lampião. E eles espalhavam a companhia para um lado e para o outro. Senão a polícia atacava e matava todo mundo”, explica.

Moreno era reservado e pouco comentava sobre os tempos do cangaço.

“Meu pai precisava confiar muito na pessoa para falar alguma coisa. Ele contava as bravuras. Um dia, ele me disse: ‘Meu filho, tenho certeza que matei 22 pessoas. Só que foram mais. Só não contabilizei porque não fui lá conferir”, relata.

Durvinha se destacou no período do cangaço. Inicialmente, foi casada com Virgínio Fortunato da Silva Neto, o Moderno, morto em ação. Logo depois, ela se relacionou com outro integrante do bando, com o qual viveria o resto da vida. É ela que aparece num filme do caixeiro viajante sírio-libanês Benjamin Abrahão Calil Botto. Ela abre um sorriso e aponta a arma para a câmera. O filme que retrata em 14 minutos Lampião e seu bando no Sertão, entre 1935 e 1936, chegou a ser proibido na ditadura do Estado Novo. No entanto, os rolos empoeirados da película foram redescobertos em arquivo público em 1955.

Visão tolerante

Apesar de ter conhecido a mãe com idade muito avançada, Inácio guarda boas recordações da curta relação em visitas regulares ao longo de três anos.

“A minha mãe era uma doçura. Me colocava no colo e ficava fazendo carinho na minha cabeça”, recorda o PM reformado. “Me sinto feliz. Conheci meu pai, minha mãe. Foram casados de fato e de direito”, conta ele, que se abatia ao ler a expressão “pai desconhecido” em sua certidão de nascimento.

O reencontro com o filho possibilitou que os ex-cangaceiros voltassem a ter contato com os parentes deixados para trás, com a fuga da polícia e posterior troca de identidade. Após quase 70 anos, a família toda voltou a se reunir no Nordeste. Durvinha morreu aos 92 anos em 2008, e o marido, aos 100, em 2010.

Apesar de ter ficado ao lado da lei por ser PM, Inácio tem hoje uma visão mais tolerante sobre o cangaço.

“Várias pessoas já me perguntaram como classifico o cangaço. Se falarem que os cangaceiros são ladrões, é verdade: roubavam. Eles matavam e furtavam, mas com uma diferença. Eles roubavam o cabrito, o boi e outros animais para se alimentar e não para comprar drogas. O furto deles era para dar a quem tinha menos. Se o fazendeiro tinha muitas posses e era ruim, ele pedia dinheiro para dar aos mais pobres. Meu pai e minha mãe diziam que Lampião não era ruim. Era mau só quando faziam algo contra ele”, comenta Inácio.

Para o pesquisador Geraldo Júnior, Lampião é um mito que merece muitas reflexões sobre a História do Sertão. Mesmo 86 anos após sua morte, o rei do cangaço é motivo de debate acalorado entre admiradores e críticos.

“Há os que definem os atos de Lampião como heroicos, possivelmente por desconhecer a sua verdadeira biografia, enquanto outros o enxergam apenas como um bandido frio, cruel e sanguinário. Herói ou bandido? Uma resposta que jamais será unânime, mas que continuará ecoando através do tempo e atraindo curiosos e estudiosos”, opina.

Jornalista do O GLOBO

A corrida pela presidência da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Pernambuco (OAB-PE), segue a todo vapor. O pré-candidato da oposição, Almir Reis, compartilhou nas redes sociais as suas andanças visando o fortalecimento de sua pré-campanha.

“Domingo quase terminando e estou aqui relembrando alguns dos momentos mais especiais que vivemos na semana passada. Nesta fase final de pré-campanha, o que mais me enche de entusiasmo é ver cada advogado e advogada colocando os interesses da classe à frente dos interesses pessoais, pensando na coletividade e no futuro da nossa advocacia”, destacou.

Confira o vídeo:

Por Gabriela Castello*

Na tarde deste domingo (13), um incêndio atingiu uma loja comercial na Rua das Calçadas, bairro de São José, no Centro do Recife.  O local atingido fica ao lado da Praça Dom Vital e da Basílica de Nossa Senhora da Penha, em frente ao Mercado São José. 

Segundo a equipe do Corpo de Bombeiros, as chamas  se concentraram apenas em uma loja de artigos infantis. O incêndio atingiu a loja de artigos infantis. De acordo com a gerente, Jaciara Maria do Nascimento, esse é o primeiro incidente da loja em 80 anos de existência. 

“Eu estava em casa e o diretor mandou uma foto saindo fogo pela janela que dá para a Rua Direita. Aí peguei uma moto e vim correndo. Só que eu não imaginava que o estrago estava tão grande”, relatou Jaciara. 

A família da empresária Jô Marsarol, proprietária da unidade Romanel que fica ao lado da loja atingida, ajudou no combate abrindo as portas do prédio onde funciona a loja para que os bombeiros pudessem atuar na ocorrência. 

“Estávamos almoçando quando o meu marido foi avisado que havia um incêndio na loja vizinha a nossa. Então, nós viemos correndo, veio toda a família aqui pra acompanhar e contribuir com os bombeiros porque eles precisaram entrar na nossa loja para poder apagar o fogo. Meu marido esteve presente com os bombeiros, abriu a loja, as janelas da sacada, fizemos tudo que foi preciso para ajudar a combater o fogo da outra loja.  Nossa loja, graças a Deus, nada foi atingido”, relatou a empresária. 

Força tarefa 

Na tentativa de reduzir os danos, proprietários e funcionários se uniram em uma força tarefa para resgatar a mercadoria que não foi atingida pelo fogo. O material era levado para um caminhão de mudanças, que foi deslocado pelos proprietários para a Rua das Calçadas para fazer o translado da mercadoria resgatada para um local seguro.

As chamas foram controladas por volta das 16h da tarde deste domingo (13).

Por meio de nota, a Defesa Civil do Recife se manifestou sobre o incêndio ocorrido neste domingo (13): “A Defesa Civil do Recife informa que enviou equipe para realizar o primeiro atendimento no local na tarde deste domingo (13). A vistoria deve ser realizada na segunda-feira, após liberação da área pelo Corpo de Bombeiros. A Defesa Civil do Recife deve ser acionada pelo telefone 0800.081.3400, que é gratuito e funciona 24h por dia”.

Jornalista da Folha de Pernambuco

A pesquisa Genial/Quaest divulgada neste domingo (13), mostra que para 58% dos entrevistados o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não deveria se candidatar à reeleição em 2026, ante 40% que avaliam que o petista deveria tentar se reeleger na próxima disputa presidencial. O levantamento mostra ainda que 49% não sabem quem seria um candidato forte contra Lula em 2026 caso o ex-presidente Jair Bolsonaro não participe da disputa.

Para 15%, o coach Pablo Marçal seria o nome mais forte, enquanto 13% dizem que seria o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e 12% acreditam que seria Michelle Bolsonaro. O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União) aparecem com 4%, e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), 3%. A pesquisa revela ainda que se a eleição fosse hoje e se os candidatos fossem Lula, Marçal e Tarcísio, 32% votariam no atual presidente, 18% em Marçal e 15% no governador de SP. Neste cenário, 18% dos entrevistados se consideraram indecisos. Votos brancos, nulos e aqueles que não votariam somam 18%.

No levantamento, foram entrevistadas 2 mil pessoas acima de 16 anos de 25 a 29 de setembro. A margem de erro é de dois pontos porcentuais e o nível de confiança é de 95%.

Do Jornal do Commercio

O apresentador e candidato pelo PSDB José Luiz Datena declarou, em um vídeo, que irá apoiar Guilherme Boulos (PSOL) para o segundo turno da eleição à Prefeitura de São Paulo. Segundo ele, trata-se de um voto “contra a infiltração do crime organizado no poder público”.

“Contra a infiltração do crime organizado em São Paulo, contra a infiltração do crime organizado no poder público, eu apoio o Boulos”, disse o apresentador, que ficou em quinto lugar na disputa, com apenas 1,84% dos votos válidos, o pior resultado do PSDB na capital desde 1988.

No vídeo, obtido pela Folha de S. Paulo, Datena acrescenta que irá votar em Boulos para “parar com essa criminalidade” que torna a cidade, o Estado e o País “reféns do narcotráfico”. No segundo turno, Boulos disputa a Prefeitura com o prefeito e candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB).

“Nós não queremos isso (ficar refém do narcotráfico). Por isso eu apoio o Boulos para o segundo turno de São Paulo. Vote com ele. Vote contra o crime”, reforçou Datena.

Na primeira pesquisa Datafolha após o fim do primeiro turno, Ricardo Nunes aparece com 55% das intenções de voto, enquanto Boulos tem 33%. Outros 10% declaram a intenção de votar em branco ou nulo, e 2% se dizem indecisos.

No levantamento anterior, divulgado na véspera do primeiro turno, a simulação do Datafolha indicava o placar de 52% a 37% favorável a Nunes.

Além de Datena, o deputado federal já havia recebido o apoio de Tabata Amaral (PSD), que ficou em quarto lugar na disputa, com 9,91% dos votos válidos. Marina Helena, candidata derrotada do Novo, declarou apoio a Nunes. Em sexto lugar no primeiro turno, ela teve 1,38% dos votos.

O terceiro mais bem colocado na disputa, o empresário Pablo Marçal (PRTB) recusou apoiar Nunes. Na semana passada, ele disse que “liberou” os seus eleitores a votarem de acordo com as suas “convicções, princípios e ideologias”.

Do O GLOBO

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse neste sábado (12) que a proposta que estabelece a revisão de decisões do Supremo Tribunal Federal pelo Congresso, PEC 28/24, pode ser inconstitucional. O congressista deu a entender que não dará andamento à proposta caso seja aprovada no plenário da Câmara dos Deputados e siga para o Senado Federal.

“A palavra final sobre a constitucionalidade ou inconstitucionalidade de uma lei num país democrático de Estado de Direito é do Supremo. Isso nós não discutimos e não questionamos, pelo menos de minha parte”, disse o senador para jornalistas depois de participar do fórum internacional do grupo Esfera, realizado em Roma.

A declaração do congressista ocorre após a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ) aprovar PEC por 38 votos a 12. O texto pretende alterar a Constituição para permitir que o Congresso suspenda decisões do STF, mediante aprovação de dois terços dos membros de ambas as casas legislativas: 342 votos na Câmara e 54 no Senado.

Por outro lado, Pacheco defendeu a PEC 08/21, que limita as decisões monocráticas de ministro do Supremo, alegando que o projeto não é um meio de confrontar a Corte. A proposta, que passou pelo Senado, também foi aprovada pela CCJ da Câmara.

“Ela está longe de ser qualquer tipo de revanchismo, de retaliação ou de afronta ao Supremo Tribunal Federal ou ao Poder Judiciário. Eu não me permitiria isso, eu tenho plena noção da importância do Poder Judiciário, da importância do Supremo Tribunal Federal, inclusive na consolidação da nossa democracia”, disse

E ele acrescentou alegando que a constitucionalidade de uma lei que passa pelo Congresso e é sancionada pela presidência da República não pode ser definida por um único ministro em uma decisão monocrática.

“A força do Supremo Tribunal Federal está na sua colegialidade e não na sua individualidade”, pontuou.

Ao comentar sobre a proposta que trata do impeachment de um ministro do Supremo (PL 4754/2016), Pacheco classificou a proposta como “capenga”. O texto considera crime de responsabilidade dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) a usurpação de competência do Poder Legislativo.

“Definitivamente, nós não podemos cuidar do Brasil de sermos casuistas. Ou seja, fazer um projeto de lei para resolver um problema específico de impeachment de ministro do Supremo Penal Federal é algo capenga. É algo isolado, que não estabelece uma conjuntura mais ampla. O que nós queremos é uma lei moderna que sirva para ministro do Supremo Penal Federal, mas sirva também para ministros de Estado, sirva também para o presidente da República. Uma lei geral e não casuista”, disse o presidente do Senado.

Da Gazeta do Povo

Antônio Campos divulgou em suas redes sociais um vídeo confirmando o seu apoio à candidatura de Vinícius Castello (PT), para prefeito de Olinda. Campos saiu das urnas neste ano com 3.124 votos, o que representa 1,51% dos votos válidos. 

No segundo turno, o petista disputa o comando da Prefeitura de Olinda contra Mirella Almeida (PSD), que conseguiu expressivos 62.289 votos, ou 30,02% dos votos válidos, ficando em segundo lugar – enquanto Vinicius abocanhou 80.422 mil votos, o que representa 38,75% dos votos.

Confira o vídeo:

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi vaiado quando se levantou para discursar no 23º Congresso Brasileiro dos Corretores de Seguros, cuja abertura foi realizada na noite da última quinta-feira (10). Após as manifestações, o mediador do evento pediu uma salva de palmas para os críticos do ministro, afirmando que era uma honra ter Haddad no evento.

O momento em que Haddad é vaiado está sendo compartilhado por políticos que integram a oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Um deles foi o vereador de São Paulo, Rubinho Nunes (União). 

O presidente da Fenacor, Armando Vergílio, interrompeu o discurso e pediu “uma salva de palmas” para os críticos. Segundo o presidente da entidade, que é uma das organizadoras do evento que foi realizado no Rio de Janeiro até este sábado (12), o episódio representou “a democracia se manifestando”.

“Eu queria, em primeiro lugar, pedir uma salva de palmas para aqueles que vaiaram o ministro. É a democracia se manifestando, isso é bonito. O mais bonito ainda é nós termos, em um evento do setor de seguros e dos corretores de seguros, o ministro de Estado da Fazenda”, afirmou

Após a manifestação da plateia, Haddad rebateu os autores das vaias e disse que a contribuição dele como professor universitário “supera muitas pessoas” que eles admiram. Ao longo do discurso, o ministro da Fazenda detalhou a sua relação com o setor de seguros e destacou a contribuição dele para a criação da tabela Fipe.

“Não sei quantos políticos trabalharam para o setor de seguros, mas eu tenho certeza que a contribuição que dei como professor universitário supera muitas pessoas que vocês admiram e que talvez não tenham entregado absolutamente nada durante a sua vida pública”, afirmou Haddad.

Do Estadão