De bigu com a modernidade

Honda Biz, a namoradinha do Brasil 

Na história da indústria motociclística brasileira, a Honda Biz merece um capítulo especial. Foram 4,7 milhões de unidades produzidas de março de 1998 até julho de 2024 – o que coloca o modelo no 2º lugar entre as motos preferidas no Brasil desde sempre. Porém, não é na frieza do número recorde, inferior apenas ao da campeã Honda CG, mas no papel que ela desempenhou – e ainda desempenha – na popularização do uso da motocicleta no país. Agora, a Honda Biz, linha 2025, chega cheia de novidades. Primeiro, o novo motor – focado na redução do consumo de combustível e das emissões de gases. O novo propulsor monocilíndrico de 123,9 cm³, de duas válvulas, usa a mesma arquitetura do motor usado na Biz 125 anterior, mas com diferença no diâmetro e curso do pistão. Agora medem de 50 x 63,12 mm, respectivamente, enquanto no motor anterior as medidas eram de 52,40 x 57,90 mm. O sistema de injeção eletrônica, segundo a empresa, está ajustado para o uso exclusivo de gasolina – e na Biz 125 EX o sistema se vale da tecnologia que permite o uso de etanol ou gasolina, e os números de potência e torque não se alteram com o uso de um ou outro combustível: 9,53 cv a 7.500 rpm e 1,03 kgfm a 6.000 rpm. 

Uma das principais mudanças na Biz 2025 está na frenagem, com a eliminação do pedal de freio. Agora o modelo tem uma alavanca no punho esquerdo, integrada ao sistema de frenagem Combined Brake System (CBS), enquanto a alavanca no punho da direita comanda exclusivamente o freio dianteiro, que é a disco na Biz 125 EX e a tambor na Biz 125 ES. Preços? Biz 125 EX, R$ 14.970; Biz 125 ES, R$ 12.000. A linha 2025 tem um painel novo, totalmente digital, que varia na aparência e quantidade de informações de acordo com a versão. Na 125 EX o painel é do tipo blackout e, em ambos, além de hodômetro parcial/total, velocímetro e nível do combustível, foi introduzido o indicador de consumo e de marcha engatada. Outra diferença entre as Biz 2025 é o sistema de iluminação, com a 125 EX equipada com luzes de posição frontais em LED.

Ford começa a pré-venda da F-150 – A versão atualizada da picape Ford F-150 (da 14ª geração) já está em pré-venda no Brasil. O modelo ganhou melhorias e ajustes no design, na tecnologia e no pacote de equipamentos, além de ter nova estratégia de preço. A entrega está prevista para outubro e novembro. A F-150 é líder de vendas nos Estados Unidos há 47 anos consecutivos e chega ao Brasil em duas versões, a Lariat e a Lariat Black, ambas com motor V8 e diferentes apenas no estilo de acabamento. A Lariat, de perfil mais clássico e elegante, vem com vários itens cromados. Já a Lariat Black, como diz o nome, traz peças em preto brilhante de apelo esportivo. Elas são iguais também no preço, de R$ 520 mil – o mesmo cobrado no modelo anterior Platinum. A nova F-150 vem de série com o pacote off-road FX4, composto por protetores metálicos e suspensão com tunagem especial para fora-de-estrada, e tanque estendido de 136 litros com autonomia de mais de 1.000 km. Também oferece cinco anos de garantia sem limite de quilometragem. O motor é um V8 5.0 de 405 cv e torque de 56,7 kgfm, que acelera de 0 a 100 km/h em 7,1 segundos e tem a melhor relação peso/potência do mercado, de 5,89 kg/cv. O consumo é de 6,3 km/l na cidade e 8,6 km/l na estrada.

Salvem as peruas – O tão aguardado BMW M5 Touring renovado foi apresentado durante o Monterey Car Week, na Califórnia, nos Estados Unidos. Com visual musculoso e bastante esportivo, o modelo tem, pela primeira vez na história, um conjunto de propulsão híbrido. Chamado de M Hybrid, esse sistema une um motor V8 de 4,4 litros e um motor elétrico integrado à transmissão M Steptronic de oito velocidades. Juntos, esses motores geram uma potência total de 727cv e 1.000 Nm de torque, que levam o novo BMW M5 Touring de 0 a 100 km/h em apenas 3,6 segundos. A velocidade máxima padrão é de 250 km/h, mas pode ser aumentada para 305 km/h caso o modelo esteja equipado com o pacote M Driver opcional. Não há previsão de venda do novo BMW M5 Touring no Brasil.

Novidades no Mercedes-Benz GLB – O modelo GLB 2025 chega ao Brasil com algumas mudanças, sendo a principal delas o motor. Agora, o SUV premium de sete lugares deixa de lado o 1.3 turbo de 163 cv da Renault e ganha o 2.0 turbo híbrido leve (com um alternador de 48V) de 190 cv e 30,6 kgfm de torque. Parte de R$ 369.900. Já o GLA 220 (que substitui o GLA 200) também será vendido em duas versões: Progressive (R$ 369.900) e AMG Line (R$ 399.900), ambas agora trazem tração integral. As duas configurações são equipadas com câmbio automático de oito marchas. Segundo a Mercedes, o GLB com motor 2.0 turbo vai de 0 a 100 km/h em 7,9 segundos e chega a velocidade máxima de 214 km/h. A opção AMG 35, com 306 cv, segue no portfólio por R$ 559.900. O design reestilizado manteve para-choque e grade frontal levemente redesenhados. Além disso, os faróis dianteiros e as lanternas traseiras agora são de LED. Mas, para manter a identidade de cada veículo, as linhas de acabamento são diferentes.

BYD lança Yuan Pro – O novo SUV 100% elétrico da BYD no mercado brasileiro, o Yuan Pro, será apresentado oficialmente neste dia 5/9, em São Paulo, mas já  é possível realizar uma pré-compra com uma super vantagem: 1 ano de seguro grátis da Porto Seguro. Além disso, o comprador vai receber um carregador wallbox de 7kWh de cortesia. O SUV 100% elétrico Yuan Pro é um modelo com perfil jovem que atende os desejos e necessidades de uma geração que é interessada em carros que possuam tecnologia de ponta e design bonito – embora isto seja subjetivo. O preço não foi divulgado. 

O sucesso global da BYD – E por falar na chinesa, um estudo da empresa global de inteligência de mercado ABI Research mostra que a BYD já é a principal montadora de veículos elétricos do mundo, superando a até então imbatível Tesla. O site AutoIndústria conta que, para chegar a essa conclusão, o trabalho partiu de nove critérios de inovação e implementação – que incluem, por exemplo, tecnologia de baterias, desenho da plataforma, cobertura de diferentes segmentos de veículos e participação nas vendas de eletrificação. BYD e Tesla se destacaram como líderes globais de mercado. A montadora chinesa à frente, com vantagem elevada em integração vertical e no número de modelos que oferece em diferentes segmentos. A Tesla, em contrapartida, lidera em autonomia de veículos, inovação de plataforma e capacidades de carregamento rápido. O estudo sublinha também que marcas ainda pouco conhecidas no ocidente, como as chinesas Zeekr, XPeng e GAC Aion, já têm forte desempenho em inovação.

Mais uma chinesa no país – O começo das vendas dos carros da chinesa Zeekr deve acontecer no mês que vem. Aliás, o primeiro lote de seus veículos já desembarcou por aqui. Os modelos são o crossover 001 e o SUV compacto X, que derivam de uma mesma plataforma de outras marcas do grupo Geely, como a Volvo — Lotus, Smart, Lynk & Co. A Zeekr divulgou em nota que eles concorrerão no segmento premium – como os próprios Volvo, como o elétrico EX30. A marca foi criada há apenas três anos em Zhejiang, China, e com centros de desenvolvimento local e na Suécia, e já vendeu 300 mil veículos em três dezenas de mercados. 

Kia EV5 custa R$ 400 mil – O SUV elétrico da marca coreana acaba de chegar ao Brasil, mirando rivais alemães (promete até mais autonomia). Chamada Land, a versão única promete concorrer com o BMW iX1 e o Mercedes-Benz EQA, ambos nessa faixa de preço. 

Hilux SRX de volta ao mercado – A Toyota confirmou na semana passada que a versão SRX voltou ao catálogo da marca, depois de quatro meses de ausência. Custa R$ 324.690. Assim, agora são oito versões no portfólio: Chassi, Cabine Simples, Power Pack, SR, SRV, SRX, SRX Plus e GR-Sport. De acordo com a Toyota, o retorno dessa opção acontece por demandas do mercado e por apelo de seus clientes. O motor é o mesmo do restante da linha: 2.8 turbodiesel com 204 cv e 50,9 kgfm – com tração 4×4, câmbio automático de 6 marchas e bloqueio do diferencial traseiro e controle de descida e subida. 

Stellantis oferece bolsas em Pernambuco – Atenção estudantes de engenharias. Para formar novos profissionais para a indústria automotiva, a Stellantis, o Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e a Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe) vão realizar a terceira rodada do Programa de Residência Tecnológica. As inscrições estarão abertas até o próximo dia 27. São 75 vagas na edição deste ano, sendo 45 com bolsas – ofertadas exclusivamente para os primeiros colocados em cada linha de atuação. As aulas terão início em outubro. O curso de pós-graduação Lato Sensu é gratuito e realizado pela UFPE, sendo destinado aos profissionais formados em engenharia, que tenham inglês em nível avançado ou fluente. A programação conta com três especializações: Engenharia de Sistemas de Controle de Propulsão para a Indústria Automotiva (Controls), Engenharia de Sistemas de Calibração dos Módulos de Propulsão para a Indústria Automotiva (Calibration) e Desenvolvimento de Software para o Setor Automotivo (Software). Cada área contará com 25 vagas e os 15 primeiros colocados receberão uma bolsa no valor total de R$ 24 mil. A formação tecnológica tem duração de seis meses, sendo que os selecionados terão cinco meses de aulas teóricas remotas, com um mês de formação prática que pode ser presencial ou remota.

“O objetivo do programa é formar profissionais com o mais alto nível de conhecimento. É uma oportunidade para pessoas com vontade de aprender e de trabalhar”, afirma o gerente de Engenharia Avançada da Stellantis, Toshizaemom Noce, um dos idealizadores do programa. Segundo ele, as duas primeiras turmas do curso foram um sucesso,  com contratação de 90% dos participantes interessados em trabalhar na empresa: “Neste ano, conseguimos ampliar o número de vagas para a terceira turma e criar mais oportunidades para quem deseja entrar no mercado automotivo”.

Menos CNHs no país – O número de novas carteiras de motorista emitidas caiu 3,5% no Brasil em 2023. Foi a 1ª queda desde a pandemia, que criou uma demanda reprimida pela 1ª habilitação. Antes da Covid-19, no entanto, as emissões já caíam no país, como reflexo de menor interesse pela Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Paulo Guimarães, CEO do Observatório Nacional de Segurança Viária, explicou os fatores para essa redução no país. No ano passado, os Detrans emitiram 2,7 milhões de PPD (Permissão Para Dirigir), nome oficial da 1ª habilitação. Em 2022, foram 2,8 milhões. Os dados são da Senatran (Secretaria Nacional de Trânsito), do Ministério dos Transportes, e foram obtidos pelo portal Poder360 via Lei de Acesso à Informação (LAI). O total de novas carteiras tiradas bateu recorde no Brasil em 2014, com quase 3 milhões de novas CNHs. Desde então, desaba. Em 2019, antes da pandemia, foram 2 milhões de emissões. Em 2020, pelas restrições da Covid, atingiu o menor valor histórico: 1,1 milhão. Se recuperou nos dois anos seguintes, mas agora retomou a tendência de queda.  “A mobilidade é muito dinâmica. Vai se alterando ao longo do tempo. Surgiram novos modais, novas tecnologias que ajudam a ter esse desinteresse pela 1ª habilitação”, afirmou Paulo Guimarães.

Troca de óleo e a perda do prazo – Recente levantamento do Estadão Mobilidade mostra que, entre os problemas mais comuns que afetam carros no Brasil, estão aqueles relacionados a falhas ao superaquecimento, pane elétrica e câmbio. Isso é provocado, no geral, por fatores como a falta de lubrificação dentro dos padrões recomendados pelos fabricantes, principalmente no que diz respeito ao prazo para a renovação do óleo, conhecida popularmente como “troca de óleo”. 

Responsáveis por reduzir atritos, desgastes e ruídos, além de contribuir para o controle de temperatura e para a manutenção da limpeza interna no motor, os lubrificantes são itens essenciais para o funcionamento dos veículos na atualidade, tanto aqueles movidos à combustão, quanto híbridos. Para garantir um bom desempenho, no entanto, é preciso estar atento ao prazo de validade, conforme destaca José Cesário Neto, coordenador de capacitação e suporte técnico dos Lubrificantes Mobil – referência em performance no mercado.

“Para garantir o bom funcionamento dos sistemas que integram o veículo, a troca do lubrificante, seja ele óleo de motor, transmissão ou até mesmo a relubrificação graxa, e fluído de arrefecimento, deve ser realizada com frequência pré-determinada seguindo as recomendações do fabricante automotivo.  A periodicidade correta está descrita no manual do proprietário do veículo, seja em quilômetros ou por tempo”, explica.

Conforme aponta o especialista, a validade dos lubrificantes é determinada pelos fabricantes automotivos e varia de acordo com os fatores “tempo”, de 06 meses a 01 ano, e “quilometragem”, de 5.000 Km a 10.000 Km rodados. Há ainda alguns indicativos que devem ser considerados, como alteração no nível de óleo, mudança na cor e na viscosidade do produto, emissão de fumaça excessiva pelo escapamento e comprometimento de potência.

A perda do prazo para a realização da troca pode ocasionar o desgaste de peças, a deterioração de retentores de borracha e acúmulo de resíduos no motor, o que, em estágios avançados, pode levar a danos catastróficos. Além disso, sem a lubrificação adequada, outros riscos são comuns, como o consumo excessivo de combustível, perda de potência ou rendimento e superaquecimento, causando uma pane ou uma possível parada do motor.

A renovação do óleo dentro do período recomendado pelo fabricante é uma das principais medidas para garantir que a vida útil do motor seja prolongada. Além dela, ganham destaque ações como fazer a troca de filtros com frequência, evitar sobrecarga, realizar manutenção preventiva e utilizar produtos de marcas que prezam pela qualidade. Use, portanto, uma linha de óleos de alto desempenho que contribui o aumento da vida útil de motores e para a proteção contra o desgaste, a formação de borras, oxidação e corrosão do motor em condições críticas de operação, oferecendo viscosidade e fluidez em uma ampla faixa de temperaturas.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.