PSOL só definirá majoritária em Olinda durante a convenção

O Diretório Municipal do PSOL em Olinda se reuniu na noite desta terça-feira (30) para discutir o cenário eleitoral da cidade. O nome de Pallomma Melo foi indicado como pré-candidata a prefeita, mas a deliberação oficial ficará para a convenção, que acontecerá no domingo (4).

A oficialização da tática eleitoral do PSOL tem se estendido por não haver consenso entre as lideranças internas do partido.

Em Olinda, a Revolução Solidária, organização de Samuel Herculano, presidente estadual, e Márcia Vieira, presidenta municipal, defendem a unidade das esquerdas com apoio imediato à candidatura de Vinicius Castelo (PT).

No entanto, o Movimento Esquerda Socialista (MES), do secretário de Comunicação do Diretório Estadual, Leandro Recife, e a Primavera Socialista, de João Arnaldo, estão unidos e defendem o lançamento de uma candidatura própria na cidade, indicando o nome de Pallomma Melo. Não houve indicação a vice, que também deve ser apresentada na convenção.

O futuro do partido será decidido durante a convenção da Federação PSOL/Rede, que ocorrerá no domingo (4), às 9h50. O local ainda será definido.

Nesta quarta-feira (31), a governadora Raquel Lyra entregou 11,3 quilômetros de pavimentação da PE-087, localizada no distrito de Mandacaru, em Gravatá, Agreste pernambucano. Na ocasião, também foi assinada ordem de serviço para a requalificação do restante da rodovia, que vai até o distrito de Uruçu-Mirim, com 11 quilômetros de extensão.

Já em Barra de Guabiraba, a chefe do Executivo estadual autorizou o início das obras de restauração de 20 quilômetros da PE-085. As iniciativas, somadas, contam com investimentos de R$ 63,3 milhões, beneficiando cerca de 180 mil pessoas.

Com prazo previsto para conclusão em dez meses, as intervenções na PE-085 contam com recursos de R$ 26 milhões e serão realizadas do entroncamento com a PE-063, em Cortês, até o entroncamento com a PE-103, em Bonito, no segmento que liga o Agreste Central à Mata Sul.

“Essa é uma rodovia importante que está bastante degradada, com muitos buracos. Em breve, entregaremos ela toda restaurada para a população”, afirmou o diretor-presidente do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Rivaldo Melo.

“Estamos com o pé na estrada, garantindo que muitas obras de infraestrutura viária estejam acontecendo em todo o Estado. Essa região tem uma produção agrícola muito forte, sobretudo de inhame e cará, a maior produção da região Nordeste. Em Barra de Guabiraba, por sua vez, há muito escoamento de água mineral. Com essas obras nós estamos garantindo segurança para a população, o direito de ir e vir, e também mais geração de emprego e renda para o nosso povo”, destacou a governadora Raquel Lyra.

Na tarde desta quarta-feira (31), líderes petistas como a senadora Teresa Leitão, o senador Humberto Costa e o deputado federal Carlos Veras se reuniram com o pré-candidato a prefeito de Paulista, na Região Metropolitana do Recife, Francisco Padilha (PDT). 

“Fizemos uma boa conversa com Francisco Padilha, pré-candidato a prefeito de Paulista. Seguimos buscando construir a melhor opção para o município”, compartilhou Leitão. O partido já confirmou que vai apoiar Padilha na disputa municipal e estará na vice do pedetista, com Aron Gomes, uma mulher negra e militante petista.

A Câmara Municipal do Recife retoma os trabalhos legislativos nesta quinta-feira (1º), com o fim do recesso parlamentar, cumprindo o que determina a Lei Orgânica do Recife, no seu artigo 12. Já na próxima segunda-feira (5), às 10h, será realizada a primeira reunião ordinária deste segundo semestre de 2024, que corresponde ao segundo período da atual Sessão Legislativa. Com o término do recesso parlamentar, além das reuniões Ordinárias e Extraordinárias, também serão retomadas as reuniões das comissões permanentes da Casa. No entanto, as reuniões solenes e audiências públicas estão suspensas por conta do período eleitoral, que termina no dia 6 de outubro.

Dentre as matérias previstas para debates e votações neste segundo semestre, estão as duas principais leis orçamentárias municipais: a Lei Orçamentária Anual (LOA), que detalha os projetos e os gastos da gestão municipal para o próximo ano, além do Plano Plurianual (PPA), que especifica as prioridades para os próximos quatro anos.

O diretor do Departamento Legislativo da Câmara Municipal do Recife, Paulo Rogério Nascimento, explicou que a Sessão Legislativa é dividida em dois períodos, o que corresponde aos dois semestres do ano. “A primeira Sessão começou em primeiro de fevereiro e se estendeu até cinco de julho, quando começou o recesso. Retomamos agora para a segunda Sessão, que vai até 22 de dezembro”.

Os distúrbios registrados na Venezuela nos últimos dias incluem queima de estabelecimentos comerciais, de prédios públicos destinados a serviços como saúde e educação e de locais ligados ao partido do governo (PSUV). Há ainda relatos de intimidações e ataques a simpatizantes do governo e líderes comunitários ligados ao chavismo.

Vídeos que registram os ataques e atos de violência têm sido divulgados nos meios de comunicação estatais venezuelanos e nas redes sociais. Desde o anúncio da vitória de Maduro na eleição do último domingo (28), a oposição denuncia fraude e convoca manifestações de protesto. 

Ao comentar a violência nas ruas e mostrar vídeos de ataques a prédios públicos e comerciais, o presidente Nicolás Maduro questionou se os atos são pacíficos e provocou o alto comissário de Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU), Volker Türk, que acusou o governo de fazer uso desproporcional da força contra manifestações pacíficas.

“Este é um protesto, Volker Türk? Isto é protesto legítimo? Isto é democracia, ou é fascismo criminoso? Os Estados Unidos [EUA], seus aliados, a União Europeia e Volker Turull vão dizer que estes são presos políticos”, disse, após mostrar vídeos de atos violentos registrados no país.

O governo tem recebido críticas de meios de comunicação, líderes de outros países e organizações não governamentais por causa das prisões em massa e da violência nas ruas do país.

A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, candidata à Casa Branca, comentou a situação em uma rede social. “A violência, o assédio e as ameaças contra manifestantes pacíficos e intervenientes políticos são inaceitáveis”, disse.

O governo Maduro, por sua vez, sustenta que (os responsáveis) são grupos organizados para cometer violência e que foram registrados casos de assédio e intimidação contra lideranças ligadas ao governo.

“Um dos métodos desses grupos criminosos é intimidar os líderes do CLAP [programa social de alimentação do governo], os líderes de rua, os líderes comunitários, os líderes porta-vozes dos conselhos comunais, que os enfrentaram com dignidade”, afirmou.

Autoridades venezuelanas afirmam que alguns dos cerca de 750 presos nos distúrbios foram pagos para cometer os atos violentos. Vídeos com relatos de supostos manifestantes presos admitindo que receberam dinheiro para atacar alguns locais estão sendo transmitidos nos meios de comunicação oficiais.  

Maduro responsabilizou Edmundo González, seu principal adversário na eleição de domingo, e a opositora María Corina Machado pela violência. “Quem lhes deu a ordem? Que objetivos eles tinham para atacar e queimar a Polícia Nacional, atacar os transeuntes, atacar qualquer um que se pareça com um chavista?”, perguntou.

O presidente da Venezuela prometeu criar um fundo para ressarcir as pessoas que tiveram prejuízos materiais devido aos distúrbios e tomar medidas de proteção às lideranças chavistas ameaçadas.

Oposição

Apesar dos atos violentos, também foram registradas manifestações pacíficas no país, como o ato realizado por Edmundo González e María Corina Machado na terça-feira (30), em Caracas.

Em uma rede social, González manifestou solidariedade ao povo ante sua justificada indignação. O candidato lamentou as informações sobre mortes, feridos e presos durante os distúrbios e pediu que as forças armadas e de segurança “detenham a repressão de manifestações pacíficas. Vocês sabem o que houve no domingo. Cumpram com seu juramento.”

Da Agência Brasil 

De acordo com a pesquisa Genial/Quaest, Michelle Bolsonaro é a preferida da maioria dos eleitores de Jair Bolsonaro (PL) para disputar a corrida presidencial em 2026, caso o ex-presidente, hoje inelegível, não possa ser candidato. Nomes de possíveis sucessores de Bolsonaro, como os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos), Romeu Zema (Novo) e Ratinho Júnior (PSD), foram testados em seis estados, mas a ex-primeira-dama foi preferida por apoiadores em cinco deles. O apoio de uma futura candidatura de Michelle é maior entre eleitores de Bolsonaro em Pernambuco e na Bahia. Em São Paulo, Tarcísio supera a presidente do PL Mulher.

Condenado em duas ações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder, Bolsonaro está inelegível até 2030, mas lideranças políticas ao seu redor têm esperança que a defesa do ex-presidente consiga reverter a situação. No entanto, em um cenário no qual ele permaneça fora da disputa nas urnas, a ex-primeira-dama é vista como a melhor opção para enfrentar Lula em 2026 por 51% de eleitores bolsonaristas em Pernambuco e, por 46% na Bahia. Michelle também é a escolhida pela maioria em Goiás (33%), no Paraná (31%) e em Minas Gerais (29%).

Em São Paulo, entretanto, o cenário muda com a predileção do atual governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) para o posto de sucessor de Bolsonaro. No estado, 50% dos apoiadores do ex-mandatário disseram que Tarcísio seria o melhor nome para enfrentar Lula em 2026 e apenas 30% do público vê Michelle como a melhor opção.

Outros governadores também apresentam melhores avaliações nos estados em que comandam, mas não são superados por Michelle. Ronaldo Caiado (União-GO) seria apoiado por 37% dos bolsonaristas em Goiás, Ratinho Júnior por 37% no Paraná e Romeu Zema por 28% em Minas Gerais.

Do Jornal O Globo.

A craque Marta pode se despedir da seleção brasileira de uma forma melancólica nas Olimpíadas de Paris. Nos minutos finais do primeiro tempo contra Espanha, a atacante foi expulsa após uma dura entrada em Olga Carmona, acertando a cabeça da adversária.

A seis vezes melhor do mundo caiu no gramado assim como a rival, lamentando o incidente. Posteriormente, levantou chorando e deixou o campo em lágrimas.

Com o resultado parcial (empate por 0 a 0), o Brasil vai se garantindo nas quartas de final das Olimpíadas.

No entanto, Marta, de 38 anos, vai ter que cumprir suspensão automática nesse confronto. E ela ainda corre o risco de pegar mais um jogo de gancho devido à violência da falta (embora, aparentemente, não tenha sido intencional). Caso pegue mais uma partida, a Rainha só voltaria a defender o Brasil numa possível final olímpica.

Do Globo Esporte

Por Cláudio Soares*

O papel de Luiz Inácio Lula da Silva dentro do Partido dos Trabalhadores (PT) tem sido uma fonte constante de debate e análise. Desde o início de sua trajetória política, Lula tem exercido uma influência poderosa e significativa sobre as diretrizes e decisões do partido, influenciando seu rumo e orientando suas estratégias eleitorais de acordo com suas conveniências.
Em um cenário recente, esse controle ficou ainda mais evidente, evidenciando a complexidade e as contradições do momento político atual. Lula é amplamente reconhecido por sua capacidade de influenciar decisões dentro do PT. Ele não apenas sugere, mas frequentemente determina candidatos para cargos importantes, como vice-presidentes da república e candidatos a governadores.

Este nível de controle é notável nas decisões sobre alianças e coligações, bem como nas estratégias eleitorais do partido.

Em Recife, por exemplo, a decisão de não indicar um candidato a a prefeito ou vice-prefeito foi uma ordem direta de Lula, demonstrando seu poder sobre as escolhas estratégicas do partido e a subserviência de líderes locais.

No entanto, a situação se torna ainda mais complexa quando se observa a postura de Lula em relação a temas internacionais. Recentemente, o PT, sob orientação de Lula, reconheceu as eleições na Venezuela como democráticas, uma posição que contrasta fortemente com as críticas de opositores que descrevem o sistema político venezuelano como corrupto e autoritário.

Lula, ao optar por não criticar abertamente o regime de Nicolás Maduro, levanta questões sobre a coerência entre sua postura internacional e as realidades políticas denunciadas por organismos de direitos humanos e observadores internacionais.

Esse panorama cria uma dicotomia entre o papel de Lula como líder do PT e sua abordagem em questões globais. A habilidade de Lula em comandar o partido é indiscutível, mas sua relutância em confrontar diretamente as falhas do sistema político venezuelano demonstra um embate entre interesses políticos e ideológicos.

A questão central é até que ponto a influência de Lula sobre o PT reflete uma estratégia política coerente ou se revela uma tática para manter a unidade interna e atender a interesses externos.

Em resumo, a dinâmica de poder entre Lula e o PT ilustra um exemplo claro de como a liderança pode influenciar não apenas as decisões internas de um partido, mas também suas posturas em relação a temas internacionais controversos.

Essa influência levanta questões sobre a transparência e a integridade das posições políticas adotadas pelo partido, refletindo as complexidades de um cenário político em constante evolução.

Advogado e jornalista*

O governo Lula negocia trocar parte das ações que tem na Eletrobras para assumir o controle total da Eletronuclear. A permuta é parte dos termos que estão sendo discutidos no acordo para que o governo aumente a sua representação no comando da Eletrobras. Procurados, governo e empresas ainda não se manifestaram oficialmente.

A estimativa é que a União transfira para a Eletrobras entre 2,5% e 3% de sua participação na empresa e assuma 100% da Eletronuclear, que controla as usinas nucleares de Angra 1 e 2 e tem a obrigação de construir Angra 3.

Atualmente, o governo tem 43% do capital social da Eletrobras. A venda de parte dessa fatia, na visão dos negociadores da União, manteria a posição majoritária do governo e, em troca, resolveria o impasse em torno da participação que a União deseja ter no conselho de administração da empresa. O governo pleiteia três cadeiras em um total de dez no conselho de administração da Eletrobras e ainda indicar um membro para o conselho fiscal da companhia.

Nessa permuta de ações, o governo negocia um deságio no preço em favor da União, ou seja, que essa troca não seja feita pelo valor cheio das ações da Eletrobras segundo preço de negociação na B3. Em outras palavras, o governo deseja usar menos ações da Eletrobras para pagar pela participação na Eletronuclear. Esse deságio foi negociado nesta terça-feira, 30, em reunião entre o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o presidente da Eletrobras, Ivan Monteiro. Silveira também debateu os termos do acordo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A expectativa do governo é que essa troca produza um “lucro” estimado em R$ 2 bilhões para o governo federal. Um negociador, que preferiu não se identificar, disse que quem quer vender não pode naturalmente vender pelo preço que quer.

A Eletrobras detém cerca de 35% das ações da Eletronuclear, uma herança do período em que a empresa ainda era estatal. Na privatização, em 2022, para evitar entregar o controle de ativos de geração nuclear e de Itaipu Binacional à gestão privada, o governo criou a ENBPar, estatal que detém os outros 65% da Eletronuclear.

A Eletrobras e a AGU discutem para chegar a um acordo até amanhã, quando recomeçam os trabalhos no Supremo Tribunal Federal (STF), mas há dúvidas entre os negociadores sobre a possibilidade de se concluir um documento até lá, uma vez que há a necessidade de cumprir ritos de governança dentro da empresa – como a aprovação pelo conselho de administração, por exemplo.

Além do número de conselheiros, a União deseja que a Eletrobrás antecipe parte dos R$ 32 bilhões que deverão ser pagos pela empresa ao longo de 25 anos a título de outorga.

Do Estadão.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou ontem que pode ser candidato nas eleições presidenciais de 2026, quando estará com 81 anos. O petista admitiu que o debate sobre uma eventual reeleição é “complicado”, mas não descartou o desejo de participar da corrida eleitoral novamente, ”se estiver com saúde”. Seria a sétima eleição presidencial de Lula — ele se elegeu deputado federal em 1986 e disputou os pleitos gerais de 1989, 1994, 1998, 2002, 2006 e 2022.

Ao ser questionado sobre eventual disputa por um quarto mandato, o presidente afirmou não saber ainda a resposta. “A reeleição é uma coisa mais complicada, porque uma pessoa pode mentir para todo mundo, mas não pode mentir para si mesmo. A única possibilidade que eu tenho dito de voltar a concorrer a uma eleição é se ficar claro que a extrema-direita pode querer voltar neste país. E aí, sinceramente, se eu tiver com saúde, eu não vou deixar”, declarou, em entrevista à TV Centro América.

Não foi a primeira vez que Lula expressou a vontade de se reeleger. Em junho, em entrevista a uma rádio, o petista afirmou que pode se candidatar à reeleição em 2026 para não permitir que o Brasil seja governado por um “fascista” ou um “negacionista”.

“Se for necessário ser candidato para evitar que os trogloditas que governaram esse país voltem a governar, pode ficar certo que meus 80 anos virarão 40, e virarei candidato”, comentou à época, ao acrescentar que a possibilidade não é “a primeira hipótese”. “Vamos ter que pensar muito. Eu sei que vou estar com 80 anos, vou ter que medir meu estado de saúde, qual minha resistência física, porque quero ter responsabilidade com o Brasil. Tem muita gente boa para ser candidato, eu não preciso ser candidato”, completou.

Do Portal R7.