Conhecida como a ‘Capital Nacional da Seresta’, Recife será palco da 28ª edição do tradicional Festival Nacional da Seresta. O encontro de românticos e seresteiros, que se realiza no bairro do Recife Antigo, sempre culmina na semana do Dia das Mães. Na verdade, já é conhecido como um acontecimento dedicado a elas, um presente para as mães.
O Festival da Seresta é um evento que gera renda diretamente para cerca de 200 pessoas durante os quatro dias de realização: cantores, músicos, produtores, auxiliares de produção, seguranças, carregadores (palco), técnicos de som, vigilantes, pessoal do abastecimento (camarim, gelo, água, lanche), técnicos da mídia (fotografia, áudio, vídeo) e, principalmente, as centenas de barraqueiros e ambulantes que vendem seus produtos para milhares de pessoas que prestigiam o evento, a maioria desde a primeira edição.
O bairro turístico do Recife ganha som, luz e vida com o Festival da Seresta, que, além de tudo, dá uma oportunidade ímpar de lazer e diversão ao público acima dos 50 anos de idade, justamente aquele mais carente de diversão quando se trata de evento público. O evento é consolidado por lei no calendário festivo-cultural de Pernambuco.
Na manhã de hoje, o prefeito de Caruaru, Rodrigo Pinheiro, foi recebido pelo prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, na sede da prefeitura paulistana. No encontro, Pinheiro entregou a Nunes o convite para o São João de Caruaru.
O encontro também foi marcado por uma conversa sobre a rica cultura nordestina presente na capital paulista. Durante a reunião, ambos os prefeitos destacaram a importância da comunidade nordestina em São Paulo e reafirmaram o compromisso de promover e preservar suas tradições culturais e os artistas que, hoje, moram em São Paulo, como o artista e produtor cultural, Zé da Lua, que esteve presente na conversa.
Pinheiro agradeceu a recepção e ressaltou a importância de fortalecer os laços entre Caruaru e São Paulo. “É uma honra poder compartilhar um pouco da nossa cultura e tradição com os paulistanos. Esperamos todos que fazem a prefeitura de São Paulo no maior e melhor São João do mundo”, disse o prefeito de Caruaru.
A avaliação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oscilou negativamente dentro da margem de erro, segundo pesquisa Genial/Quaest, divulgada hoje. O levantamento mostra que a população está dividida: 33% dos entrevistados consideram a administração petista positiva, enquanto 33% avaliam o trabalho como negativo. Na última rodada da pesquisa, em fevereiro, os índices eram de 35% e 34%, respectivamente.
Os que julgam a gestão como regular eram 28% há dois meses e, agora, são 31%. Foram realizadas 2.045 entrevistas presenciais, em 120 municípios, entre os dias 2 e 6 de maio. A margem de erro é 2,2 pontos percentuais (p.p) e o nível de confiança, 95%.
É a terceira pesquisa de avaliação de governo divulgada nesta semana. A CNT/MDA apontou que a avaliação positiva do governo caiu 5,3 pontos percentuais na comparação com janeiro, última vez que o levantamento havia sido feito, enquanto o instituto AtlasIntel mostra que a avaliação melhorou 5 p.p. em relação ao mês de março. As pesquisas não são diretamente comparáveis pois tem métodos distintos e períodos diferentes.
Na Quaest, aprovação do governo Lula também oscilou para baixo e chegou a 50%, enquanto a desaprovação foi a 47%. Em fevereiro, os que aprovavam a gestão federal eram 51% e os que desaprovavam, 46%. Não souberam ou não responderam 3%.
Ao mesmo tempo, a Quaest afirma que o humor do eleitorado piorou. Pela primeira vez desde que a pergunta começou a ser feita em junho do ano passado e após um crescimento de 6 p.p., a maior parte da população, 49% consideram que o Brasil está na direção errada. Enquanto isso, 41% afirmam que o rumo do país está correto, ante 45% há dois meses.
O percentual dos que consideram que Lula não tem conseguido cumprir o que prometeu na campanha aumentou de 56% para 63%, enquanto a parcela que pensa o contrário caiu de 38% para 32%. Para os entrevistados, os principais problemas do Brasil atualmente são economia (23%), saúde (19%), violência (17%), questões sociais (14%), corrupção (9%) e educação (8%).
A Quaest também pediu exemplos de notícias positivas e negativas sobre o governo Lula. No primeiro caso, o Bolsa Família de R$ 600 com R$ 150 adicionais por cada criança (7%), a ajuda ao Rio Grande do Sul que sofre com as chuvas (4%) e a melhora na economia (4%) foram os mais citados. Já entre as principais menções negativas estão a avaliação que o governo Lula não faz o que promete ou é corrupto (9%), a postura negativa do presidente (8%) e o aumento dos preços e da inflação (6%).
A primeira-dama Janja da Silva vai, hoje, ao Rio Grande do Sul, acompanhar a entrega de donativos e visitar abrigos. Ao todo, ela vai passar por quatro cidades, Canoas, São Leopoldo, Guaíba e Porto Alegre.
Ela já esteve no estado ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e volta agora, quando estará na presença dos ministros Paulo Pimenta (Comunicação Social), Simone Tebet (Planejamento) e Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional).
Lula definiu como prioridade socorrer o Rio Grande do Sul, devastado pelas chuvas e enchentes nas últimas semanas, gerando um cenário de guerra e destruição no estado.
Nesta quarta, o presidente deve anunciar novas medidas de socorro ao RS na área econômica, como suspensão do pagamento da dívida estadual e socorro para empresas e empreendedores.
O governo já enviou, e o Congresso aprovou, um decreto legislativo decretando calamidade pública no estado, permitindo gastos extras fora da meta fiscal deste ano.
Em breve, será editada uma medida provisória abrindo crédito extraordinário para socorrer o Rio Grande do Sul. O valor ainda está sendo calculado pelo governo. Só na recuperação de rodovias federais o gasto deve ser, segundo o ministro Renan Filho (Transportes), acima de R$ 1 bilhão.
A princípio, para quem não acompanha de perto o processo político no Estado, a aprovação do projeto versando sobre o fim das faixas salariais pode ter sido uma bela vitória da governadora Raquel Lyra (PSDB). Mas não foi. A votação final por 41 votos se deu com a colaboração dos 16 deputados que se curvaram à realidade depois das emendas ao projeto serem rejeitadas por 26 votos a 16.
Elas mudavam o reescalonamento do fim das faixas previstas em 2026, para os anos de 2024 e 2025. Se o Governo precisava de 25 votos e obteve 26 na derrubada das emendas, na verdade a vitória foi representada por apenas um voto. Traduzindo, Raquel Mandacaru (não dá sombra nem encosto para ninguém) teve uma vitória de Pirro.
Trata-se de uma expressão utilizada para justificar uma batalha ganha a alto custo, potencialmente acarretadora de prejuízos irreparáveis. Prejuízos, diga-se de passagem, para a gestora e os policiais. Para a governadora, porque, em consequência do projeto aprovado, ganhará a fama de malvada entre os militares.
Pernambuco continuará sendo o Estado a pagar o pior salário ao PM e ao bombeiro no País. E isso é desalentador. Em termos de aumento salarial à categoria, o projeto que passou ontem na Alepe concede 3,5% de reajuste este ano e iguais percentuais nos dois anos seguintes – 25 e 26.
Entre os militares, a correção da inflação fará com que os terceiros-sargentos, que são maioria da tropa de rua, sofram uma defasagem dos seus salários em torno de 6,5%, enquanto o soldado perderá 3,5% e o coronel 5,9%. Com salários tão baixos, a tropa continuará desestimulada para ajudar o Governo em qualquer cruzada pela redução da violência no Estado.
Sendo assim, dificilmente a governadora irá encontrar os meios adequados e satisfatórios para evitar que o Estado volte a repetir o abril mais triste e sangrento da sua história, registrando 324 assassinatos. Esse número choca e preocupa. Representa uma guerra civil não declarada e silenciosa.
Sem maioria – A governadora sai desgastada também por outros motivos. Nunca um projeto enviado à Alepe em caráter de urgência, que pelo regimento só pode durar 45 dias, demorou tanto em tramitar: 63 dias. Entre as quatro comissões técnicas em que passou, foi reprovado em três, inclusive na de Justiça, colégio que a governadora já perdeu a maioria e pode se complicar em outras matérias polêmicas, como projetos que versem sobre aumento para profissionais da área de saúde e professores.
O jogo de João Paulo – Sob a orientação do deputado João Paulo, o mais governista da bancada de Raquel na Alepe, a bancada do PT votou fechada pelo projeto que acaba as faixas salariais entre os policiais militares e bombeiros. O que se ouve nos bastidores da Casa é que João sonha acordado em ser candidato a prefeito do Recife com o apoio de Raquel, mesmo em nível nacional o PSDB, partido da governadora, fazer oposição ao Governo Lula. João também aposta na possibilidade de Daniel Coelho, nome apoiado pela governadora, não decolar. E ele surgir como tábua de salvação para Raquel Mandacaru no enfrentamento a João Campos.
Não pagou nem a metade – João Paulo, o roxo governista, já vinha votando favorável ao Governo em comissões estratégicas e no plenário, contrariando a orientação do seu partido. Virou assíduo frequentador do Palácio das Princesas e diz que o cafezinho que se serve por lá é uma maravilha. A surpresa ficou por conta da radical Rosa Amorim, que, recentemente, saiu do Palácio elogiando a Raquel Mandacaru depois de ser recebida com um grupo do MST. Rosa está bem afinada com o vice-líder do Governo na Alepe, Joãozinho Tenório (PRD). Os tempos mudam. Quem era o PT, hein?
Cronograma até 2026 – Pelo texto original do governo aprovado, ontem, o cronograma para a extinção das faixas salariais será o seguinte: 1º de junho de 2024: todos os ocupantes da faixa A passam a se enquadrar na faixa B do seu respectivo posto ou graduação; 1º de junho de 2025: os ocupantes da faixa B passam para a faixa C; 1º de junho de 2026: os policiais que se encontram nas faixas C e D serão enquadrados na faixa E, que passará a ser a faixa única de soldo.
Governo lento e desastroso – Dois anos após a tragédia que matou mais de 130 pessoas em Pernambuco, em decorrência das chuvas, a governadora Mandacaru sequer finalizou a licitação que deve recuperar o local mais afetado pelo desastre natural em 2022, que é o bairro de Jardim Monte Verde, limite entre o Recife e Jaboatão dos Guararapes. Integrantes do governo se reuniram, ontem, com representantes de 44 municípios para tratar da Operação Inverno, que reúne ações de prevenção e redução de riscos causados pela chuva.
CURTAS
RESGATADA – A deputada federal gaúcha Franciane Bayer, do Republicanos, e familiares dela foram resgatados de barco na casa da parlamentar, na última segunda-feira, em Porto Alegre. Moradora de Canoas, na Região Metropolitana da capital gaúcha, Franciane havia se refugiado na casa da mãe depois de ter deixado a sua na sexta-feira passada quando a Defesa Civil emitiu um alerta de risco de inundação.
IMPEDIDO – O ministro Cristiano Zanin, do STF, declarou, ontem, seu impedimento para julgar o recurso do ex-presidente Jair Bolsonaro contra sua inelegibilidade, declarada pelo Tribunal Superior Eleitoral em 2023. A decisão de Zanin atende a um pedido da defesa de Bolsonaro.
TRAPALHÃO – Sem votos sequer para se eleger vereador em Ingazeira, sua terra natal, Mário Viana Filho ganhou uma boquinha do Governo Raquel e se apresenta na região do Pajeú como gerente de articulação do Governo. E foi, ontem, para a rádio Pajeú xingar o pré-candidato a prefeito de Afogados da Ingazeira apoiado pela governadora, Danilo Simões, herdeiro político da ex-prefeita Giza Simões.
Perguntar não ofende: Por que João Paulo não assume logo a liderança do Governo Mandacaru na Alepe?