Hotel em área montanhosa une beleza e história em Pesqueira

Por Mateus Cavalcanti*

Um café da manhã repleto de histórias da grandiosa Fábrica Peixe e muito conteúdo de pesquisa histórica na nossa Pesqueira. A Pousada Arawi, que significa “Serrinha” na linguagem Xukuru, é uma pousada ecológica que guarda um espaço aconchegante com direito a trilhas e locais de meditação.

Uma observação importante é que no seu espaço contém um “Centro Judaizante”, com achados de Mezuzá, que é um fragmento da Torá, e de uma Mekvé, que era utilizada em ritual de purificação no judaísmo.

Esse centro histórico é inclusive cadastrado pelo IPHAN. Saulo, pense em um lugar incrível, obrigado pelo convite!

*Vereador de Pesqueira

Sem reajuste proposto para 2024, servidores do Executivo federal seguem pressionando o governo por uma mudança de posição. Além de paralisações já iniciadas por algumas categorias, greves — incluindo um movimento grevista geral — estão no radar. A insatisfação também envolve a entrega de cargos de chefia e coordenação e até mesmo um pedido de revisão do Concurso Nacional Unificado (CNU).

Greves já acontecem em carreiras como agentes de órgãos ambientais, funcionários do Banco Central (BC), auditores-fiscais da Receita Federal e agentes de fiscalização sanitária. As universidades também avaliam um movimento grevista no primeiro semestre letivo de 2024. As informações são do Metrópoles.

No caso dos servidores de órgãos ambientais, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) agendou para o dia 1º de fevereiro reunião da mesa de negociação com a categoria.

“Não há nenhum aceno, até agora, sobre qual vai ser a proposta que o governo vai apresentar em relação às reivindicações”, disse Cleberson Zavaski, presidente da Associação Nacional dos Servidores de Carreira de Especialista em Meio Ambiente (Ascema Nacional). Na centralidade da discussão, está a reestruturação da carreira, a fim de conter a evasão. Segundo a Ascema, mais de 600 servidores pediram demissão nos últimos anos por falta de atratividade da carreira.

Já na última sexta-feira (19), os coordenadores de Aprendizagem do Ministério do Trabalho e Emprego de 23 estados entregaram cargos de chefia e coordenação.

Caso não haja devolutivas por parte do governo aos pleitos dos auditores-fiscais do Trabalho, o movimento de entrega de cargos tende a evoluir para um paralisação completa das atividades, comprometendo as fiscalizações em curso. As coordenações são responsáveis por articular toda a política pública de qualificação profissional e atenção aos grupos prioritários no Brasil.

No caso dos auditores-fiscais da Receita, em greve desde novembro, há a promessa de uma paralisação em portos e aeroportos de São Paulo e da Bahia na próxima semana. Os fiscais anunciaram que não realizarão o desembaraço de cargas entre os dias 22 e 26 de janeiro, no Aeroporto de Viracopos, no Porto de Santos, na Alfândega de Salvador (a partir do dia 23) e no Aeroporto de Guarulhos. Durante o período, haverá nos locais somente as liberações de cargas perecíveis, vivas, perigosas, medicamentos e alimentos.

“Toda greve, infelizmente, produz externalidades negativas e procuramos reduzi-las priorizando os serviços essenciais. Produtos perecíveis, medicamentos e alimentos não serão prejudicados. Por outro lado, é importante lembrarmos que há uma lei pendente de implementação há sete anos, e os auditores-fiscais não poderiam continuar esperando sua aplicação indefinidamente”, afirmou Isac Falcão, presidente do Sindicato dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional).

Houve insatisfação dos servidores com a proposta oficial, que chegaram a classificá-la de “etarista”, visto que aposentados e pensionistas não recebem auxílio-alimentação nem auxílio-creche.

Em resposta, no dia 10 de janeiro, o Fórum Nacional das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) enviou ofício ao Ministério da Gestão propondo a recomposição salarial em três parcelas (a primeira a ser paga já neste ano): a primeira de 9%, a segunda de 7,5% e a terceira também de 7,5%, a serem implementadas, respectivamente, nos meses de maio de 2024, 2025 e 2026.

Segundo apurado pela reportagem, ainda não houve resposta do governo à contraproposta. As reivindicações dos servidores são analisadas em reuniões periódicas da Mesa Nacional de Negociação Permanente, retomada no ano passado. O governo ainda não definiu a data de realização da primeira reunião da Mesa deste ano, mas a expectativa é que ela ocorra apenas após o feriado do Carnaval, isto é, na segunda quinzena de fevereiro.

“2024 se inicia com o maior dos desafios para servidores públicos. Um embate direto com o governo para que alcancemos a recomposição inflacionária pela qual lutamos há tanto tempo. A proposta do governo até o momento não demonstra respeito a todas as perdas já tão sentidas, além de não oferecer nenhuma parcela neste ano”, disse Ivana Vilela, presidente do Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores (Sinditamaraty) e representante na Mesa de Negociação da Nova Central Sindical dos Trabalhadores.

Da ASSERPE

A ASSERPE (Associação das Empresas de Rádio e Televisão de Pernambuco) lamenta as declarações do presidente da Associação Pernambucana de Futebol (FPF),  Evandro Carvalho,  que em artigo ao “O Poder” trata como “histórica” a decisão de vetar a atividade de repórteres das emissoras de rádio, do legítimo acesso ao estádio para transmissão de jogos de futebol. 

A construção da história e tradição do futebol pernambucano deve muito ao papel das emissoras ao longo dos mais de cem anos,  levando à população em todas as regiões as informações desse esporte. É essa construção que, por exemplo, evita a inserção midiática e influência de outros centros,  ajudando o torcedor a se identificar com suas camisas em solo pernambucano.

Além disso, busca dar voz à uma arbitrariedade, cuja decisão já foi derrubada no Paraná, de cobrar das emissoras de rádio pela transmissão de jogos. Cabe lembrar que a Lei Geral do Esporte fixou que apenas a difusão de imagens captadas em eventos esportivos é passível de exploração comercial pelos clubes, definindo os parâmetros desse trecho da Lei Pelé.

A fala assinada transparece na verdade uma dificuldade em lidar com questionamentos dos veículos à entidade, sempre com o amplo direito ao contraditório.  É sabido que recentes decisões da FPF foram questionadas por profissionais de veículos, gerando a decisão de proibir repórteres. Prova disso é que a vedação pegou a todos de surpresa em meio à terceira rodada.

A ASSERPE informa já estar em alerta com a ABERT para combater juridicamente a ameaça explícita à atividade dos veículos, dando à entidade o status de primeira no país a tentar vedar a atividade das emissoras. Também conclama os clubes pernambucanos a não apoiarem qualquer arbitrariedade contra a presença das emissoras na cobertura da competição. 

Essa posição também tem o apoio de entidades como a Associação dos Cronistas Desportivos do Estado (ACDP).

Ao contrário do que busca destacar o presidente, com sua decisão o futebol pernambucano não avança com isso. Ao contrário, retrocede. 

Por José Nivaldo Júnior*

Os principais  blogs de Pernambuco noticiaram uma bomba desde a madrugada deste domingo: Antônio Campos manifestou apoio incondicional à reeleição do sobrinho, João Campos, no Recife. Um gesto expressivo que pode ser o começo do fim de uma desavença sem maior fundamento. 

Políticas mal conduzidas por alguns então integrantes da cúpula do PSB, movidas por interesses menores, afastaram Antônio Campos da legenda do seu irmão, o ex-governador Eduardo Campos. A ação direta de espoletas políticos e mais  gestores das fartas finanças eleitorais do partido, puxaram o tapete de Antônio na eleição de Olinda, em 2016. A grana solta do PSB nos bastidores garantiu a vitória do “Professor Lupércio”, uma invenção que se provou desastrosa para a cidade. No seu estilo guerreiro, Antônio Campos reagiu e atirou. As relações políticas e familiares foram reduzidas à temperatura do gelo.

Na verdade, Tonca, como Antônio Campos é tratado pelos mais próximos, nunca ficou confortável com a briga. Admirador leal e maior defensor do nome, da memória e do legado do irmão, sempre cultivou a esperança de recompor, se não os laços políticos, pelo menos as relações familiares. Agora, a oportunidade chegou. Campos é novamente pré-candidato em Olinda, João concorre à reeleição no Recife. O apoio incondicional revela muita coisa. Ainda mais quando se revela que o gesto foi precedido de iniciativas de embaixadores da paz, bem recebidas pelos dois lados. Ou seja, houve sinal verde mútuo para prosseguir. Antônio tomou a iniciativa pública. 

Tem mais explicações 

O PL seria, em tese, um potencial aliado de Antônio. Esta semana, manifestou apoio à pré-candidata Izabel Urquiza. A governadora Raquel Lyra, por sua vez, mantém boas relações pessoais com Antônio, mas até agora não fez qualquer aceno político. Carregar o ônus de defender Raquel sem contrapartida de um apoio efetivo não parece ser algo muito inteligente. Somando tudo, a reconciliação familiar e política com o sobrinho, desejo acalentado há tempos, foi o caminho que prevaleceu. 

A nota

Feita a análise dos bastidores para não deixar qualquer dúvida, vamos à nota emitida por Antônio Campos e já divulgada: “se votasse no Recife, meu domicílio é Olinda, votaria em João Campos pelo seu trabalho na Prefeitura. Tem mudado Recife. Meu gesto também é uma homenagem a Eduardo Campos, seu pai e meu irmão, um grande líder, que sempre esteve junto e foi um grande amigo meu e um grande político. 

Esse gesto meu é um reconhecimento, sem esperar reciprocidades. Da minha parte ele ( João Campos) tem um gesto amigo”, sintetiza Antônio Campos.

Repercussão 

Como diriam os personagens  Conselheiro Acácio, de Eça de Queirós, e Almirante, de José Nivaldo Junior, que só falavam o óbvio, as consequências virão depois.

*Jornal O Poder

Da Folha de S. Paulo

A volta de Marta Suplicy ao PT foi, como todas as movimentações políticas da ex-prefeita nos últimos anos, uma decisão tomada em conjunto com seu marido e principal conselheiro político, o empresário Márcio Toledo (posicionado no canto direito da foto acima, ao lado de Marta).

Articulador da ex-prefeita, Toledo estava com ela e o presidente Lula (PT) na foto do encontro em que Marta disse sim ao convite para retornar à sigla e ser vice de Guilherme Boulos (PSOL) na corrida à prefeitura. Ele também a acompanhou na reunião para a demissão dela do cargo de secretária de Relações Internacionais da gestão Ricardo Nunes (MDB), principal rival de Boulos na eleição.

Toledo, 63, e Marta, 78, começaram a namorar em 2009 e se casaram em 2013. Ex-presidente do Jockey Club de São Paulo e desde a juventude ligado à política, o empresário logo se tornou a figura que, nos bastidores, ajuda a tornar realidade as aspirações da esposa.

Relatos colhidos pela Folha com aliados, adversários e pessoas do entorno, a maioria falando sob a condição de anonimato, descrevem Toledo como um negociador habilidoso, cordial e sagaz. A impressão geral é a de que os rumos da ex-prefeita são fruto de decisões compartilhadas entre os dois — mas que a palavra final é dela. Procurados, eles não deram entrevistas.

“Qualquer especulação sobre tutela ou dependência é fruto do machismo estrutural que envergonha a nossa sociedade”, diz o advogado petista Marco Aurélio de Carvalho, amigo íntimo do casal. Marta já considerou a possibilidade de ser vice do advogado numa campanha à prefeitura.

“Ela é uma figura forte, com liderança, luz própria e legado. É natural que confie no marido, alguém com uma visão sofisticada e que vive a política tanto quanto ela”, segue o coordenador do grupo Prerrogativas.

Toledo fez a ponte entre Marta e interlocutores em todas as campanhas desde 2010, num papel de operador político, arrecadador de recursos e consultor em questões de estratégia e comunicação.

Desta vez, participou de todas as etapas da reviravolta que levou à saída de Marta da prefeitura para retornar ao PT — superando mágoas de parte a parte, como a causada pelo voto da então senadora pelo MDB no impeachment de Dilma Rousseff (PT).

Toledo estava presente, por exemplo, em conversas da ex-prefeita com o deputado federal Rui Falcão (PT-SP), incumbido por Lula de acertar a volta dela ao partido para uma dobradinha com Boulos, ideia antecipada pela Folha em novembro. No último dia 13, Marta e o marido receberam Falcão e Boulos com as respectivas esposas para um almoço no apartamento deles, nos Jardins, região nobre da capital.

Toledo é considerado um anfitrião invejável, do tipo que serve boa comida e bebida. Ele promove encontros para discussões informais, em casa e no escritório, com políticos de diferentes campos. A formação da chapa Lula-Geraldo Alckmin e o apoio de Simone Tebet (MDB) ao petista passaram por sua sala de jantar.

Sempre circunscrito ao campo da centro-esquerda, construiu como marcas o ecumenismo e a defesa de frentes amplas, seguindo uma linha pragmática sob o argumento de preservação da democracia.

A discrição e o jeito polido podem às vezes dar lugar a um estilo mais duro, segundo um amigo que elogia o tom incisivo do empresário para defender suas posições. Interferências de Toledo em campanhas de Marta já provocaram rusgas com partidos, como noticiou a Folha em 2010 e em 2016.

Uma ex-dirigente partidária que negociou com o casal na época da eleição de 2020 diz que os dois se complementam, cabendo ao marido abrir conversas, esperar respostas e guiar a parte prática.

Naquele pleito, a ex-prefeita flertou com uma candidatura à prefeitura e entrou no Solidariedade. Na reta final, se desfiliou e decidiu apoiar Bruno Covas (PSDB), que venceu Boulos e levou Marta para o governo.

Uma cena daquela campanha ilustra o que amigos veem como carinho e companheirismo de Toledo em relação a ela. Em meio à pandemia de Covid, na espécie de papamóvel construído para a ex-prefeita percorrer a cidade, ela acenava animada em pé —e o marido ia sentado ao lado.

Principal dirigente do Solidariedade, o deputado federal Paulinho da Força (SP), diz que se distanciou de Marta e Toledo após a saída dela da sigla. “Eles fizeram um acordo, nas costas do partido, com o Bruno Covas. Na verdade, nos traíram ali”, afirma à reportagem.

“Eu não quero mais ter nenhuma relação nem com ele nem com a Marta”, continua. “Essa passagem da Marta pelo Solidariedade foi muito ruim para nós, é um episódio que é bom esquecer.”

O rompimento com Nunes também foi traumático, como atesta o aborrecimento do prefeito pelo fato de Marta ter negociado com o PT enquanto ainda tinha cargo na prefeitura. Nas palavras de um agente político próximo do empresário, a articulação da vez não teve a marca Márcio Toledo —teria faltado a elegância e a transparência adotadas em outros momentos.

Uma crítica de Toledo a Boulos na campanha de 2020, chamando-o de “picareta”, passou a ser relembrada. Num grupo de WhatsApp, o empresário insinuou que o psolista fingiu ter Covid para faltar a um debate em que seria “trucidado e desmascarado”.

Filho de um prefeito de Indaiatuba (SP) cassado pela ditadura militar, Toledo deve sua formação política à militância no Partido Comunista Brasileiro (PCB), o Partidão, à atuação na UNE (União Nacional dos Estudantes) e na juventude do MDB. Ele se desfiliou do partido somente em 2018, acompanhando Marta.

Formado em direito pela PUC e jornalismo pela USP, o empresário não priorizou a busca de cargos eletivos ou públicos, mas chegou a ser pré-candidato a prefeito pelo MDB em 2008 e cotado para vice em 2012.

A dedicação maior é à atividade empresarial —sua holding atua no ramo de telecomunicações e investe, entre outros setores, em energias renováveis.

Fontes ouvidas pela reportagem dizem que é uma ilação e má-fé supor que decisões políticas de Toledo tenham ligação com interesses econômicos, mas reconhecem que, como articulador ou empresário, ele mantém um círculo variado de interlocutores e trânsito privilegiado, o que qualquer homem de negócios almeja.

No fim de 2023, Toledo fundou a Associação Brasileira de Armazenamento de Energia (Armazene) e reuniu em um jantar o ex-governador João Doria (ex-PSDB), a pré-candidata Tabata Amaral (PSB), o ex-ministro Moreira Franco (MDB) e o deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), que preside o conselho consultivo da entidade.

O site da Armazene registra que Toledo e outros diretores viajaram a Brasília para um seminário do setor e foram recebidos em 27 de novembro no Palácio do Planalto pelo ministro petista Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais). A agenda dele não registra esse encontro, e a pasta não comentou o assunto.

A Folha apurou que Toledo também esteve com Marco Aurélio Ribeiro, conhecido como Marcola, chefe de gabinete de Lula —fato que, ao ser descoberto por Nunes, fez o prefeito perceber que a costura de Marta com o presidente estava perto de ser concluída.

Por Eliane Cantanhêde – para o Estadão

O presidente Lula, que gosta de brincar com fogo, já queimou a largada em 2024 ao trazer de volta às manchetes a refinaria Abreu e Lima, que carrega dois fantasmas e uma advertência: o maior escândalo de corrupção da história, as ligações perigosas de Lula e do PT no contexto externo e o risco de andar na contramão, quando o mundo todo e o Brasil em particular caminham em direção à energia verde. Energia verde com refinaria?

Não satisfeito, Lula sobrepôs um erro ao outro: a aposta na Abreu e Lima e a implicância com os EUA. Segundo ele, seus governos fizeram tudo certinho e a Lava Jato foi culpa da “mancomunação” do Departamento de Justiça americano com “juízes e procuradores”, porque os EUA nunca aceitaram que o Brasil tivesse uma Petrobras. Delírio? Autoengano? Ou me engana que eu gosto?

A Abreu e Lima entrou para a história como símbolo da Lava Jato e de falta de planejamento, apostas equivocadas, desperdício de dinheiro público e corrupção. Já começou errada. Lula interveio no plano de investimento da Petrobras, e assim surgiu o projeto, em 2005, com previsão de US$ 2,5 bilhões. Dez anos depois, quando a obra foi abandonada pela metade, os custos atingiam US$ 20 bilhões.

A Abreu e Lima, idealizada em parceria com a PDVSA venezuelana, também traz de volta as imagens e “mancomunações” de Lula com Hugo Chávez, mentor intelectual e primeiro executor do desmanche da Venezuela rumo a uma ditadura. Depois de receber Nicolás Maduro com honras e salamaleques em 2023, Lula puxa o fantasma de Chávez para a cena logo no comecinho de 2024.

E o anúncio de que a Petrobras vai injetar R$ 8 bilhões na conclusão da obra veio exatamente quando Marina Silva, do Meio Ambiente, se esgoelava em Davos para convencer o mundo de que o Brasil, anfitrião da COP-30, em 2025, lidera a transição da energia fóssil para a energia verde. Investir em refinaria de diesel enquanto, no mundo todo, caminhões e ônibus movidos a combustão estão num caminho sem volta?

A Petrobras, epicentro da Lava Jato, embolou seus dirigentes com empreiteiras, partidos aliados ao PT e Planalto, mas a corrupção é só uma parte, e a menor, da sua tragédia naqueles tempos. Os maiores prejuízos foram com a má gestão e a ingerência política – e populista – nos preços dos combustíveis. Pagar mais caro e vender mais barato não dá certo.

Em seu primeiro giro interno de 2024, Lula acertou com gestos, programas e reaproximação das Forças Armadas, que estão em fase de, digamos, saneamento. Mas o que fica pairando são os fantasmas da Abreu e Lima, os elogios à China e os ataques aos EUA. O que o Brasil e o próprio Lula ganham com isso?

A deputada federal e pré-candidata à Prefeitura de São Paulo Tabata Amaral (PSB-SP) disse que teve uma “conversa muito inspiradora” com a também deputada Luiza Erundina (Psol-SP), que concorreu como vice de Guilherme Boulos (Psol-SP) nas eleições para a capital paulista em 2020.

“É sempre uma alegria aprender com mulheres tão experientes”, disse Tabata em seu perfil no X (ex-Twitter) na quinta-feira (18). A congressista afirmou que a ex-prefeita de São Paulo “tem uma trajetória muito bonita na vida pública”. Segundo Tabata, elas conversaram sobre a “luta por uma educação de qualidade”, além do “trabalho pelos direitos das mulheres”. As informações são do Poder360.

Erundina também assinou o livro “Um Governo de Esquerda para Todos”, de Paul Singer, que conta as suas experiências na Prefeitura de São Paulo. Em 1988, ela foi a 1ª mulher a assumir o cargo na capital paulista. Ficou no cargo de 1989 a 1993.

Morreu, no sábado (20), o fundador do Movimento Pró-Criança, Sebastião de Araújo Barreto Campello. O empreendedor social tinha 94 anos e sofreu um infarto agudo do miocárdio, no final da tarde, durante internação no Real Hospital Português, no Recife.

Sebastião Barreto Campello iniciou há três décadas o Movimento Pró-Criança, entidade sem fins lucrativos que promove direitos e oportunidades para crianças em situação de vulnerabilidade na Região Metropolitana do Recife. As informações são da Folha de Pernambuco.

“Ele dedicou  sua vida às causas sociais, deixando um impacto significativo. Seu legado perdurará nas vidas transformadas por sua incansável dedicação”, lamentou o Pró-Criança, por meio de nota oficial.

O velório do corpo de Sebastião Barreto Campello começou às 8h deste domingo (21), no Cemitério de Santo Amaro, na área central do Recife. O enterro, marcado para 12h, será no mesmo local. 

Por Fredson Brito*

Resgatar a esperança do povo de São José do Egito é o maior desafio que temos diante de nós. A esperança em tudo o que é possível ser feito para conquistarmos novos investimentos, atrairmos empresas, animarmos e fortalecermos o comércio, darmos força aos serviços, à agricultura familiar e à agroindústria, qualificarmos os jovens e os adultos, tudo isso para gerar emprego e renda. Precisamos recuperar a nossa capacidade de sonhar grande, de ir à luta, de enfrentar as dificuldades e construir oportunidades para as pessoas. Portanto, meu caro Cláudio Soares, não foi o apito do prefeito que se perdeu pelo caminho, como você disse em seu artigo. (clique aqui e confira)

O que está em jogo na nossa amada São José não é um projeto de poder ou o rumo de um grupo político. O essencial é o futuro das pessoas da nossa terra, é um projeto de cidade, de uma cidade que pode muito mais do que tem sido feito nesses anos todos sob o comando do mesmo grupo político. O que está em jogo não é a família do prefeito. São as famílias de quem trabalha e produz para fazer de São José do Egito a força econômica que todos nós sabemos que ela pode ter.

O que importa de verdade é garantir uma formação e uma qualificação profissional aos jovens. É permitir que os filhos da população possam estudar em escolas de qualidade, em escolas que não sejam apenas prédios. É garantir atendimento de saúde humanizado, com medicamentos, com insumos básicos e sem tantas filas, garantir cirurgias e TFD em veículos adequados. É reduzir a carga de impostos para que o comércio cresça, é apoiar as 66 associações de produtores rurais, estimular os esportes, atrair indústria e tornar realidade um grande sonho que tenho que é transformar nossa cidade em um poderoso pólo de pequenas, médias e grandes produtoras de confecções. Ao mesmo tempo, garantir segurança alimentar às famílias que têm fome e moradias dignas a quem vive em condições precárias.

São José do Egito pode e merece ter uma administração eficiente, baseada em um modelo de gestão com objetivos e metas claras, com monitoramento e empenho para conquistar resultados. Uma gestão que assuma uma atitude técnica, focada em construir as oportunidades, porque estas não caem do céu. Tem que ir à Brasília, ir ao Recife, percorrer o Brasil, lutar por financiamentos e investimentos nacionais e no exterior. Chegou a hora de deixar de lado a política com “p” minúsculo e as disputas de poder pelo poder. São José espera mais.

*Empresário e pré-candidato a prefeito

O ex-ministro do Turismo e Cultura do Governo Bolsonaro, pré-candidato a prefeito do Recife, Gilson Machado, comentou a passagem de Lula por Pernambuco e destacou que o ex-presidente Jair Bolsonaro já havia colocado a duplicação da refinaria no plano estratégico da Petrobras, e anunciado que a Escola de Sargentos seria em Pernambuco. 

Segundo Gilson, Lula anunciou medidas já  programadas e provocou o presidente petista: “o que todos esperam é que essa duplicação da obra da refinaria também não se transforme em novos escândalos de corrupção, como no passado recente“.

Gilson ainda registrou que é estarrecedor ver o prefeito do Recife disputando a atenção de Lula com a governadora Raquel Lyra, e lembrou: “para esse povo, política pode tudo mesmo. Há pouco tempo, na última eleição para prefeito, o jovem não poupou críticas ao PT no campo da honestidade, assim como seu partido votou fechado pela cassação de Dilma. Hoje, parece estar tudo bem e acordado. O partido dele, o PSB e dos seus vassalos, segundo o Ministério Público, investigações da PF e a justiça, está longe de possuir o monopólio da honestidade“, disse.

O ex-ministro aponta que o povo do Recife vai conhecer a cidade que João Campos esconde “com alto índice de violência, trânsito caótico, moradores de rua e uma periferia esquecida. Não à toa que o chamam ‘O Príncipe’, título do livro de Maquiavel”.

E complementa: “será uma eleição esclarecedora, pois vamos mostrar a verdade. João Campos é filho de Eduardo, mas politicamente é cria de Lula e da esquerda pernambucana e brasileira. É um jovem velho – cara de novo, mas com as velhas práticas do PSB de sempre”, finalizou Gilson Machado.