A cidade-luz de encantos mil

Já dei minha corridinha de 8 km hoje. Foi no Parque dos Eucaliptos, em Garanhuns, onde lanço, a partir das 19 horas, a biografia de Marco Maciel, na Câmara de Vereadores. Mais uma vez, estou encantado com a beleza da cidade à espera do Natal. Garanhuns está linda e preparada para receber milhares de turistas.

A decoração faz alusão aos 20 anos de celebrações natalinas na cidade e conta com mais de 20 pontos de luz e brilho. O Encantos do Natal se estende até 7 de janeiro, por determinação do prefeito Sivaldo Albino. Na abertura, houve um show do acendimento das luzes, em frente ao Palácio Celso Galvão, no centro da cidade.

“Este é um evento que completa agora 20 anos e me recordo quando os ex-prefeitos Dr. Silvino e o saudoso Luiz Carlos pensaram em um evento que pudesse trazer beleza, atrair turistas e movimentar o comércio da cidade. Foi aí que surgiu o então ‘Natal dos Sonhos’. Este ano não será diferente, vamos ter um período muito intenso, onde esperamos que Garanhuns receba muitos turistas, o que vai aquecer a economia, gerar emprego e renda no município durante o fim de ano”, diz Sivaldo.

A programação do Encantos do Natal 2023 conta com desfile natalinos, cantata ao vivo da Ave Maria e Pai Nosso, apresentações musicais, contação de histórias e várias outras novidades. Além disso, a cidade terá pontos de decoração temáticos nas praças Tavares Correia, onde fica o Relógio de Flores; Souto Filho, onde fica a Fonte Luminosa, e Dom Moura; onde o público poderá visitar a Floresta Encantada do Noel, a Floresta Nevada e a Floresta dos Contos.

A Praça Dom Moura também recebeu uma decoração especial, que de forma inédita também foi instalada no Centro Cultural Alfredo Leite Cavalcanti.

A oposição ao governo Lula promete uma intensa campanha para tentar barrar a indicação do ministro da Justiça, Flávio Dino, ao posto de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto, os senadores alinhados ao ex-presidente da República Jair Bolsonaro admitem em caráter reservado que dificilmente vão conseguir sucesso na empreitada.

Hoje, estima-se que Dino tenha entre 50 e 55 votos no plenário do Senado. O cenário é um pouco mais conturbado em comparação com a indicação de Cristiano Zanin – o primeiro escolhido de Lula no atual mandato. Zanin teve 58 votos e contou, inclusive, com apoio de parlamentares da oposição. Para ser o próximo integrante da Corte, Dino precisa de 41 votos. As informações são do O Antagonista.

Para tentar barrar a indicação, senadores da oposição vão intensificar as campanhas nas redes sociais para tentar convencer parlamentares a votar contra a mensagem presidencial. O Novo instituiu uma petição contra a indicação de Dino que, até a noite desta segunda-feira, 27, já contava com mais de 100 mil assinaturas.

A indicação para cargos como ministros do STF ou para a Procuradoria-Geral da República ocorre por meio de votação secreta no plenário. E esse fato dificulta o trabalho da oposição. Por essa razão, parlamentares avaliam apresentar uma emenda à indicação, em plenário, para tentar barrar esse expediente. A chance de sucesso, no entanto, é diminuta.

“O Senado Federal tem a obrigação moral de rejeitar o nome do perseguidor de políticos, Dino, para o STF”, disse pelas redes sociais o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente da República.

“Ao escolher um nome tão intrinsecamente ligado a um espectro político ideológico, o governo não apenas desrespeita a essência da imparcialidade judicial, mas também sinaliza um desprezo preocupante pela estabilidade e harmonia nacional. A indicação de Flávio Dino é um espelho do acirramento e da divisão promovida pelo PT no país, uma decisão que politiza e diminui o STF”, acrescentou o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN).

Apesar das declarações públicas, os parlamentares da oposição sabem que, no máximo, vão conseguir 30 votos contra a indicação de Dino. Há hoje alguns senadores do próprio PL, como também de Republicanos e Podemos, que já indicaram serem a favor da indicação para evitar conflitos com o possível futuro ministro do STF.

Tudo que eles pedem de Dino, durante a campanha no Senado – também chamado de ‘beija-mão parlamentar’ – é que o ministro da Justiça atue com humildade.

“Se o Dino descer do salto, pode até ser que eu seja mais simpático a ele”, admitiu um senador oposicionista em caráter reservado a este site.

Com histórico de problemas – como superlotação, mortes e parte dos presos dando ordens aos demais -, o sistema prisional de Pernambuco terá atenção redobrada do programa Juntos pela Segurança, cujas metas e ações serão lançadas nesta segunda-feira (27). A governadora Raquel Lyra entende que a violência só vai cair se os presídios também estiverem sob controle do Estado, o que nunca ocorreu nos últimos 16 anos do Pacto pela Vida.

Uma das principais metas é impedir que líderes que estão presos permaneçam em comunicação com suas facções criminosas, ditando ordens em relação ao tráfico de drogas e aos assassinatos de rivais, como frequentemente a Polícia Civil identifica nas investigações. As informações são do colunista Raphael Guerra, do JC.

Das 2.719 mortes violentas intencionais registradas em Pernambuco entre janeiro e setembro deste ano, 68% das vítimas tinham algum envolvimento com atividades criminais (principalmente o tráfico). 

Nos corredores do Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual, aliados classificam a importância que será dada ao sistema prisional nos próximos anos: “É uma obsessão da governadora resolver o problema”.

A ordem de Raquel Lyra é muito clara: destravar as obras das unidades prisionais para diminuir a superlotação, acabar com a figura dos chaveiros (presos que controlam pavilhões ou alas) e, seguindo o modelo do Maranhão, investir em educação e trabalho nos presídios.

MARANHÃO COMO REFERÊNCIA

Em maio, Raquel Lyra e a ex-secretária estadual de Justiça e Direitos Humanos, Lucinha Mota, visitaram o Complexo Penitenciário São Luís, o antigo Presídio de Pedrinhas, que, na década passada, era dominado por facções criminosas, com assassinatos, denúncias de tortura, estupros de mulheres de presos e conivência de servidores públicos.

Em 2015, na gestão do então governador Flávio Dino, atual ministro da Justiça e Segurança Pública, o programa Gestão Penitenciária (Gespen) foi criado para dar a devida atenção ao sistema prisional maranhense – com acompanhamento de todas as unidades e cobrança mensal por metas de melhorias, a partir de indicadores pré-definidos.

No Maranhão, houve investimentos na construção de novas unidades, com mais tecnologia e segurança. O número de policiais penais também cresceu consideravelmente, com valorização do profissional e salários mais robustos. Pernambuco vive realidade bem distante, com um déficit de profissionais e descontrole nas unidades. Há uma fila de policiais penais aguardando nomeação.

No Maranhão, também houve investimento em atividades para ocupar os reeducandos. Atualmente, 70,71%deles estão inseridos em frentes de trabalho, interno ou externo, no Maranhão – número que faz diferença no processo de ressocialização e na diminuição dos conflitos entre as pessoas que estão privadas de liberdade.

Em Pernambuco, a população carcerária é de quase de 29 mil detentos. Desse total, apenas 2,3 mil trabalham nas 23 unidades.

NOVA SECRETARIA E AUMENTO DE RECURSOS

O governo do Estado aguarda a votação, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), do projeto de lei que cria a Secretaria de Administração Penitenciária. Atualmente, o sistema prisional é uma pasta executiva, ligada à Secretaria de Justiça e Direitos Humanos.

Além dessa mudança, o orçamento para a nova secretaria deve chegar a R$ 105 milhões. Nesse ano, o orçamento elaborado pela gestão Paulo Câmara previa um gasto de R$ 20,3 milhões para o sistema prisional.

OBRAS DESTRAVADAS PARA DIMINUIR SUPERLOTAÇÃO

Apesar de quase 29 mil presos ocuparem os presídios do Estado, só há vagas para 15.386 atualmente. A taxa de ocupação é de 186%. Porta de entrada para os presos do sexo masculino na Região Metropolitana do Recife, o Centro de Observação Criminológica e Triagem (Cotel) conta com 3.899 pessoas. Mas a capacidade é de até 946, ou seja, há um excedente de 2.953.

O Presídio de Igarassu é outro exemplo da superlotação carcerária. Apesar de abrigar 5.106 reeducandos, só tem capacidade para 1.226. São 3.880 pessoas a mais.

Em agosto, a gestão do Estado informou que reiniciou as obras de três unidades masculinas do Complexo Penitenciário de Araçoiaba, que deveria ter sido entregue ainda na década passada. Ao menos 2,7 mil vagas devem ser agregadas ao sistema prisional.

As construções foram iniciadas em 2014 e já foram gastos quase R$ 100 milhões, a partir de recursos dos governos estadual e federal. Agora, estão sendo retomadas as obras das unidades femininas e masculinas.

O saldo devedor é de R$ 38,7 milhões, com nova previsão de entrega dos lotes I e III para julho e setembro de 2024, respectivamente.

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), assumiu nessa segunda-feira (27), pela 15ª vez, a Presidência do país. Na retomada das viagens internacionais de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após cirurgia no quadril, no fim de setembro, Alckmin fica como presidente em exercício até 6 de dezembro.

Como ocorreu nas ocasiões anteriores, não há necessidade de afastamento ou licença do cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), cargo que o vice acumula. Fisicamente, ele despacha de três gabinetes: o de vice-presidente, no anexo do Palácio do Planalto; o de ministro do MDIC, no bloco J da Esplanada dos Ministérios; e o do próprio presidente, na sede do Planalto. As informações são do Metrópoles.

Alckmin terá como desafio ajudar a tocar as negociações da agenda econômica no Congresso, visto que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi convocado por Lula para compor a comitiva e ficará cerca de duas semanas fora de Brasília.

Como mostrado pelo Metrópoles no fim de semana, o afastamento do titular da Fazenda preocupa parlamentares, receosos de um vácuo na interlocução com o governo. O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, deverá centralizar as articulações ao lado do número dois de Haddad, o secretário-executivo Dario Durigan.

Na pauta, há duas medidas em estágio avançado: o projeto de tributação dos fundos fechados e offshores e o da taxação das apostas esportivas (as chamadas bets), que foram aprovadas por comissão do Senado e devem ir a plenário entre terça (28/11) e quarta-feira (29/11).

Antes de embarcar com Lula na aeronave da Força Aérea Brasília (FAB), na tarde de segunda, Haddad encaixou uma reunião com o relator da reforma tributária na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

Medidas em análise pelo Congresso:

  • PEC da Reforma Tributária — Aprovada pelo Senado, a proposta retornou para análise da Câmara. Se deputados aprovarem nova versão do texto, conforme chancelada por senadores, ela vai à promulgação
  • PL dos fundos exclusivos e offshore — Projeto foi aprovado pela Câmara e agora está sob análise do Senado. Foi aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) na última quarta-feira (22/11) e deve ir a plenário entre terça (28/11) e quarta (29/11)
  • PL que regulamenta as Apostas Esportivas — Projeto também foi aprovado pela Câmara e está agora no Senado. A CAE aprovou também na quarta, e ele tem a mesma previsão de votação no Senado que o PL dos fundos
  • MP da Subvenção do ICMS — Uma das medidas com maior potencial arrecadatório (R$ 35 bilhões), a Medida Provisória nº 1.185/2023 deve ser votada na comissão mista até o fim de novembro
  • Fim dos juros sobre capital próprio (JCP) — Mudança foi enviada ao Congresso na forma de projeto de lei, mas tem ganhado força a ideia de inserir o fim dessa remuneração a investidores como emenda na MP nº 1.185.

Pendências no Planalto

Horas antes de embarcar para o Oriente Médio, o presidente Lula concluiu duas pendências abertas desde o fim de setembro, quando passou pela cirurgia no quadril. As indicações para o próximo Procurador-Geral da República (PGR), sucessor de Augusto Aras; e a vaga deixada pela ministra Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF).

O subprocurador Paulo Gonet Branco foi indicado para a chefia na PGR, enquanto Flávio Dino se mostrou o nome escolhido por Lula para o Supremo. Os dois, no entanto, precisam passar por sabatinas no Senado Federal antes de assumirem os respectivos cargos.

Dino e Gonet foram convocados para uma reunião com Lula no Palácio da Alvorada, nesta segunda-feira, fora da agenda oficial do petista. Além deles, participaram do encontro ministros do governo. O vice-presidente Geraldo Alckmin chegou de viagem em São Paulo e os encontrou por volta das 12h na residência oficial da Presidência.

Nesta terça-feira (28), o presidente cumpre a primeira agenda da viagem pelo Oriente Médio, uma agenda bilateral com o príncipe Mohammad bin Salman.

O petista chegou a se encontrar com o herdeiro do trono saudita no início de setembro, durante viagem à Índia. A agenda ocorreu após cancelamento no dia anterior devido a “urgências na comitiva” do país árabe.

Veja todas as viagens internacionais feitas por Lula:

1) Argentina e Uruguai – De 22 a 25 de janeiro;

2) Estados Unidos – De 9 a 11 de fevereiro;

3) China e Emirados Árabes – De 13 a 16 de abril;

4) Portugal e Espanha – De 21 a 26 de abril;

5) Reino Unido – 5 e 6 de maio;

6) Japão – De 18 a 21 de maio;

7) Itália, França e Vaticano – De 19 a 24 de junho;

8) Argentina – 3 e 4 de julho;

9) Colômbia – 8 de julho;

10) Bélgica e Cabo Verde – De 16 a 19 de julho;

11) Paraguai – 14 e 15 de agosto;

12) África do Sul, Angola e São Tomé e Príncipe – De 20 a 27 de agosto;

13) Índia – De 7 a 11 de setembro;

14) Cuba e Estados Unidos – De 15 a 21 de setembro;

15) Arábia Saudita, Catar, Emirados Árabes Unidos e Alemanha – De 27 de novembro a 6 de dezembro.

Neste vídeo, o deputado Alberto Feitosa (PL), que é coronel da reserva dos quadros da PM, diz que a governadora mente quando fala no seu plano de acabar com as faixas salariais dentro da corporação. Veja!

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou na manhã desta terça-feira (28) a Riade, capital da Arábia Saudita, no primeiro estágio de sua visita ao Oriente Médio.

Lula terá um encontro ainda nesta terça-feira com o príncipe herdeiro e primeiro-ministro do país, Mohammed Bin Salman Al-Saud. A reunião está prevista para 12h15 (horário de Brasília). Os dois vão discutir possibilidades de investimentos sauditas no Brasil e um aumento do comércio entre os países, que atingiu o recorde de US$ 8,2 bilhões em 2022. As informações são da CNN Brasil.

Empresas brasileiras também têm planos para diversificar seus investimentos em território saudita. Atrair investimentos para o Brasil, aliás, será uma das principais prioridades do presidente nas visitas à Arábia Saudita e ao Catar – para onde Lula embarca na quarta-feira (29).

Os sauditas já demonstraram interesse em investir nas áreas de energia renovável e proteína animal no Brasil. Mas o governo brasileiro também quer promover oportunidades para investimento nas obras de infraestrutura do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC).

A maior parte dos investimentos no país são feitos através do fundo soberano saudita, o Saudi Arabia Public Investment Fund (PIF). Quase USD 3 bilhões já foram investidos apenas este ano, sendo que US$ 2,6 bilhões foram para a Vale, através de uma empresa controlada pelo PIF.

Lula e MBS, como o príncipe herdeiro saudita é conhecido, também vão conversar sobre a guerra entre Israel e o Hamas e sobre a entrada da Arábia Saudita no grupo dos Brics.

Na quarta-feira (29), o presidente vai participar de dois seminários empresariais em Riade.

O primeiro deles é a Mesa Redonda Brasil-Arábia Saudita, um evento promovido pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) em conjunto com o Ministério de Investimentos da Arábia Saudita.

À tarde, Lula fará o discurso de abertura do Seminário Embraer, um evento promovido pela empresa de aviação brasileira e que poderá levar a anúncios sobre investimentos na área de defesa.

Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro da Justiça Flávio Dino vai herdar a relatoria de uma série de temas de interesse do atual governo, caso seu nome seja aprovado pelo Senado.

Os processos eram de responsabilidade de Rosa Weber, que se aposentou da Corte no final de setembro. A lista inclui desde uma a ação da CPI da Covid sobre Jair Bolsonaro e o último indulto natalino decretado pelo ex-presidente. As informações são do O Globo.

Também estarão sob sua responsabilidade investigações criminais envolvendo o atual ministro das Comunicações, Juscelino Filho, e os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Chico Rodrigues (PSB-RR).

A vaga de Rosa Weber ficou aberta por mais de um mês até que Lula oficializasse a indicação para a Corte. Nesta segunda-feira, o petista anunciou que o ministro Dino foi o escolhido para ocupar a cadeira, na mesma ocasião em que sacramentou o nome do subprocurador-geral da República Paulo Gonet para a Procuradoria-Geral da República (PGR).

O ministro da Justiça era o principal cotado para o cargo, mas os nomes de Jorge Messias (Advocacia-Geral da União) e de Bruno Dantas, presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), também eram cogitados.

Em um dos casos que o futuro ministro assumirá como relator, Rosa Weber proferiu seu voto antes de se aposentar e, por isso, Dino não poderá alterar esse posicionamento, mesmo quando o julgamento for reiniciado. Além disso, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, comprometeu-se a não pautar a ação neste momento.

O acervo que vai passar para as mãos de Flávio Dino, caso seu nome seja aprovado, inclui 217 processos tanto de ações que estavam com a ministra (como a que trata sobre a legalização do aborto), quanto por processos que antes eram relatados por Barroso, mas que não permaneceram com ele a partir de sua ida para a presidência da Corte.

De acordo com as regras internas do tribunal, quando um ministro vira presidente do STF, ele tem a prerrogativa de manter a relatoria de processos que estejam prontos para julgamento. O restante vai para o ministro que deixou a presidência — no caso, Rosa Weber. Como a magistrada se aposentou logo depois de sair da presidência, o novo integrante do Supremo receberá o acumulado dos casos.

Ao assumir o comando da Corte, Barroso preferiu se manter como relator de algumas ações mais sensíveis, como a que discute o reajuste no FGTS e a que debate o piso da enfermagem. Mas abriu mão de todas as ações criminais, incluindo as que diziam respeito a Juscelino Filho, Renan Calheiros e Chico Rodrigues.

Veja processos que devem ser herdados por Dino

Entre as questões constitucionais que sobraram, estão a ação que discute se o regime de recuperação judicial de empresas privadas se aplica às empresas públicas, a ação que questiona o crime de violência institucional e a que pede que a extinção da pena de prisão não seja condicionada ao pagamento da multa.

Também está na lista uma das investigações preliminares instaladas a partir da CPI da Covid. Bolsonaro e aliados, como ex-ministros e parlamentares, são investigados por suposta incitação ao crime. Ainda há pedidos de investigações contra deputados oposicionistas, como Gustavo Gayer (PL-GO) e Zucco (PL-GO).

O futuro ministro ainda decidirá sobre uma ação apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra trecho do último decreto de indulto natalino de Bolsonaro, que beneficiou pessoas condenadas a penas menores de cinco anos. Outro trecho do documento já foi derrubado pelo STF.

Diante da indefinição, enquanto o substituto não é definido, alguns processos ganharam um relator temporário, para decidir sobre questões urgentes. É o caso, por exemplo, de um inquérito que mira o senador Jorge Kajuru (PSB-GO) e foi repassado ao ministro Edson Fachin. Caso a vaga continue aberta por mais tempo, isso pode ocorrer também com outros casos.

Além dos processos que já estão em tramitação no Supremo, o novo ministro, assim que chegar, receberá uma carga maior de ações. Isso porque a distribuição, durante a ausência de um integrante na Corte, acabou sendo dividida apenas entre outros nove ministros, sobrecarregando os demais. Por isso, assim que chegar, o escolhido ou escolhida por Lula também passará a ter um direcionamento na quantidade de casos que vai para o seu acervo.

Prefeito de Lajedo, Erivaldo Chagas, com o presidente da Câmara, Flaviano Quintino, e o vereador Adelson Enfermeiro

Finalmente, a biografia de Marco Maciel será lançada hoje em Garanhuns, cidade luz do Natal. A noite de autógrafos está marcada a partir das 19 horas, na Câmara de Vereadores, com a presença do prefeito Sivaldo Albino (PSB), o presidente da Casa, Luizinho Roldão (PSB), lideranças e formadores de opinião. Ontem, Lajedo também fez um concorrido evento na Câmara Municipal de Vereadores. Confira!

Vereador Adelson Enfermeiro
Vereador Joãozinho CD
Rafael Pastor
Ex-vereador Dennysson da Água

A montanha pariu um rato

Inconsistente, sem resultados imediatos e longe de incutir na população a confiança de que os altos índices de violência no Estado serão reduzidos. Foi assim que especialistas em segurança pública ouvidos pelo blog reagiram ao programa “Juntos pela Segurança”, anunciado ontem pela governadora com 11 meses de atraso.

Sem nenhuma medida prática e eficiente, a governadora planeja reduzir em 30% os números de homicídios, violência contra a mulher, crimes contra o patrimônio e roubo e furto de veículos até 2026. Entre as metas, o plano visa abrir 7.960 novas vagas no sistema penitenciário e ter pelo menos 40% dos detentos estudando ou trabalhando, no mesmo período.

Também foi enfatizada a importância de “territorializar” o plano de ação, que dividiu o Estado em nove regiões, para atender de forma assertiva diferentes demandas por segurança. Foram utilizados como exemplos os crimes contra a vida, que tem predominância no Agreste, e os crimes contra o patrimônio, que se concentram na capital e Região Metropolitana.

Mas isso é uma piada, não leva a nada. Diferente do Pacto pela Vida, criado pelo ex-governador Eduardo Campos, o plano de Raquel não prioriza o incentivo a quem faz policiamento.

Na entrevista, a governadora informou que enviará um projeto à Alepe para mudar as faixas salariais dos policiais, mas não falou em valores e nem quando pretende fazer o envio. Apenas se limitou a dizer que pretende acabar com o fim da faixa salarial até 2026. Enquanto em Goiás um PM já entra com salário de R$ 6 mil, em Pernambuco esse valor é de pouco mais R$ 3 mil. Já o teto, valor final após o PM passar pelas cinco faixas salariais hoje existentes, é de R$5.947.

Redução de violência se faz com inteligência e decisão política. Em Nova Iorque, até então uma das cidades mais violentas do mundo, uma das mudanças que acompanharam a melhora da segurança foi o aumento de pelo menos 35% na quantidade de policiais na cidade entre 1990 e 2000, quando o número ultrapassou o de 53 mil funcionários, além do aumento salarial.

Isoladamente, uma maior quantidade de policiais nas ruas está longe de garantir uma queda nos crimes. Mas, no caso de Nova York, como pode ser em Pernambuco, isso foi acompanhado por uma mudança tecnológica chave. Entraram em jogo os sistemas de computador, para que o chefe de polícia soubesse onde os policiais estavam posicionados, onde os crimes eram cometidos e o impacto do posicionamento dos policiais nas taxas de criminalidade.

Antes dos computadores, não se sabia onde estavam os policiais. Podiam estar comendo rosquinhas o tempo todo. Não há nada, portanto, neste plano de Raquel, que devolva aos pernambucanos a esperança de mais segurança, que passe a certeza de que não haverá mais o risco de se perder a vida na porta de casa, como aconteceu recentemente com um juiz em Piedade.

Quem foi ouvido? – Fontes seguras da Polícia Militar garantem que ninguém foi ouvido sobre o plano mirabolante e sem consistência para reduzir a violência lançado, ontem, pela governadora Raquel Lyra. Quem ela ouviu, então? Certamente, deve estar mais para algo produzido nos laboratórios acadêmicos, sem nenhuma consistência prática.

Kassab flerta Raquel – Numa conversa com o repórter Carlos Nascimento, colaborador da Rede Nordeste de Rádio em Brasília, o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, sinalizou que está em tratativas para a governadora Raquel Lyra se filiar ao partido. “Quem não queria nos seus quadros uma governadora com as qualidades de Raquel? Ela sabe que o partido está à disposição dela”, afirmou.

André perderia controle – Há muito, principalmente após a derrocada do seu partido, o PSDB, a governadora anda se articulando para se filiar a uma nova legenda. A demora se dá porque ela quer o controle absoluto da agremiação partidária. Caso faça a opção pelo PSD, conforme sinaliza Kassab, terá que negociar o comando da legenda com o seu donatário em Pernambuco, o ministro André de Paula (Pesca), afilhado de Kassab.

Campeão em prefeituras – o Partido Social Democrático (PSD) passou a comandar, pela primeira vez desde a sua criação, o maior número de prefeituras brasileiras. São 968 executivos municipais filiados à sigla, 308 a mais do que os 660 alcançados nas eleições de 2020. O crescimento de 47% fora de um período eleitoral se deu pela migração de prefeitos de outros partidos. Isso fez com que a sigla desbancasse o MDB (Movimento Democrático Brasileiro), que há décadas liderava o ranking de domínio de prefeituras.

Retrato da incompetência – No mesmo dia em que a governadora anunciou seu plano retardatário de segurança sem nenhuma eficácia, a mídia nacional – Folha de São e site Uol – expôs a fragilidade da segurança nas praias de Porto de Galinhas. Ali, o governo tucano se apresenta impotente no enfrentamento a uma facção criminosa que domina o tráfico de drogas no balneário. Por ano, o grupo chega a faturar R$ 10 milhões, segundo anotações obtidas pela polícia.

CURTAS

LEI DO SILÊNCIO – A facção impôs uma lei de silêncio entre moradores para conter denúncias à polícia. Quem foge à regra, é torturado e pode até ser morto. Além de cooptar jovens para o crime, a facção abriu um tentáculo para entrar na política, segundo investigação.

TERROR  A polícia já realizou várias operações e prisões contra a facção. Porém, o grupo segue vivo e atormentando a população local. No último sábado, um tiroteio na comunidade Salinas deixou três mortos e alguns feridos durante uma ação policial. A polícia recebeu denúncias de moradores da comunidade que estavam ameaçados pela facção.

Perguntar não ofende: Nem um centavo a mais para quem vai às ruas cuidar da segurança do povo, governadora?