Padilha se junta a Haddad em defesa de manutenção da meta fiscal

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, se juntou ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na defesa da manutenção da meta fiscal. Os dois tiveram uma reunião no Ministério da Fazenda, ontem. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, e setores do PT ainda defendem uma flexibilização da meta.

Responsável pela articulação política do governo, Padilha avalia que não há motivos para mudar a meta agora, na discussão do orçamento de 2024. A posição da Secretaria de Relações Institucionais é manter a meta de zerar o déficit público no ano que vem e, se for o caso, revisá-la em março do ano que vem, por meio de um PLN (Projeto de Lei do Congresso Nacional), uma prerrogativa do Executivo para fazer mudanças orçamentárias. As informações são do G1.

Enquanto isso, o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) apresentou duas emendas ao relatório preliminar da LDO (Lei das Diretrizes Orçamentárias) com propostas de modificar a meta fiscal para um déficit de 0,75% ou 1%. A apresentação da emenda para flexibilizar o resultado primário de 2024 era uma das possibilidades em discussão no Palácio do Planalto, mas a proposta de Lindbergh não foi endossada pelo governo.

A leitura da Fazenda e da articulação política é que mexer na meta agora pode dificultar a aprovação da MP de Subvenção do ICMS, medida que aumentaria a arrecadação em R$ 35 bilhões a partir do ano que vem. A matéria é prioridade absoluta da equipe econômica neste final de ano, mas enfrenta muitas resistências no Congresso e entre o empresariado.

A flexibilização da meta daria uma folga orçamentária para o governo no ano que vem, reduzindo a pressão para a aprovação da MP da Subvenção.

O ministro da Justiça Flávio Dino se tornou alvo de um grupo de 45 deputados da oposição que irão protocolar, na Câmara Federal, mais um pedido de impeachment. A reação ocorre após duas visitas da “dama do tráfico amazonense” em sua pasta. Luciane Barbosa Farias é esposa do Clemilson dos Santos Farias, líder do Comando Vermelho mais conhecido como Tio Patinhas. O caso foi inicialmente divulgado pelo jornal “O Estado de S. Paulo”.

Entre os parlamentares, há 12 filiados a partidos da base do governo Lula (PT): União Brasil (5), PSD (1), Republicanos (3), PP (1) e MDB (2) que, juntos, lideram dez ministérios. Apesar de serem de siglas da base do governo, este grupo se identifica com a oposição e raramente vota com o Planalto. As informações são do O Globo.

Os deputados afirmam que a visita de pessoas associadas ao crime e ao tráfico em um órgão do governo federal é inadmissível. Luciane Barbosa de Farias chegou a ser condenada a dez anos de prisão por ter desempenhado, de acordo com o Ministério Público, um papel essencial na ocultação de valores do tráfico. Enquanto o marido coordenava as negociações do crime, Luciane é acusada de ter tido o papel de acobertar, o que fazia adquirindo veículos de luxo, imóveis e registrando empresas laranjas.

Entre elas, a Associação Liberdade do Amazonas, que foi fundada no ano passado com o intuito de defender os direitos dos presos. Contudo, um inquérito sigiloso da Polícia Civil do Amazonas alega que a ONG teria sido criada pelos criminosos para atender suas próprias necessidades e que o papel real seria “perpetuar a existência da facção criminosa e obter capital político para negociações com o Estado”.

Além de parlamentares de partidos adversários ao governo, assinaram o documento: Sargento Fahur (PSD-PR), Professor Paulo Fernando (Republicanos-DF), Alfredo Gaspar (União-AL), Rosangela Moro (União-SP), Zucco (Republicanos-RS), Messias Donato (Republicanos-ES), Zacharias Calil (União-GO), Coronel Telhada (PP-SP), Coronel Assis (UNIÃO-MT), Delegado Palumbo (MDB-SC), Rodrigo Valadares (UNIÃO-SE) e Pezenti (MDB-SC).

Os deputados em questão pertencem a partidos com cargos no primeiro escalão do Planalto. No caso do União Brasil, Celso Sabino (Turismo) e Juscelino Filho (Comunicações) lideram ministérios. Já o PSD tem três pastas comandadas por Carlos Fávaro (Agricultura), Pesca (André de Paula) e Minas e Energia (Alexandre Silveira). O Republicanos e o PP possuem um ministério cada — Portos e Aeroportos, sob o comando de Silvio Costa Filho e Esportes, com André Fufuca, respectivamente.

Por sua vez, o MDB tem Renan Filho (Transportes), Simone Tebet (Planejamento) e Jader Filho (Cidades) no primeiro escalão.

Entre os 33 deputados que integram a oposição, a maior parte (28) é do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Novo (2), Patriota (2) e Podemos (1) também tem integrantes entre os signatários.

Clique aqui para ler a matéria na íntegra.

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Pedro Lupion (PP-PR), afirmou que entrou com uma representação na Justiça contra o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira. Segundo o parlamentar, Teixeira estaria incentivando as ações do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST).

“Entrei há pouco com representação contra o ministro do MDA, Paulo Teixeira, por incitação e por apologia ao crime, @jairbolsonaro. Um ministro de Estado, responsável pela implementação da política pública, da reforma agrária não pode incentivar o cometimento de atos criminosos”, escreveu o líder da bancada ruralista no X (antigo Twitter), em resposta a uma postagem do ex-presidente Jair Bolsonaro. As informações são do Correio Braziliense.

Bolsonaro publicou nas redes sociais uma série de críticas a uma entrevista do ministro, concedida ao jornal O Globo, em que ele afirma que as invasões do MST são “instrumentos legítimos de pressão”. “Sua conduta é penalmente típica, em especial diante da fragilização constante que se tem observado ao direito de propriedade”, prosseguiu Lupion.

Para condenar as falas de Teixeira, o presidente da FPA ressaltou a expressividade da bancada, que tem em sua composição 303 deputados e 50 senadores. Em um vídeo publicado junto ao texto, Lupion enfatizou que o ministro “incita a violência, incita o cometimento de crimes, a invasão de propriedades”.

“(O ministro) Diz que invasão de propriedade privada por movimentos como o MST é um instrumento legítimo de protesto e que fez o governo ouvi-los. Ou seja, ele está justificando o esbulho possessório, a invasão de propriedades, para que o governo possa atender os anseios desses movimentos criminosos. Isso é tipificado pela legislação penal. Estamos entrando com uma notícia-crime contra o ministro Paulo Teixeira no Ministério Público Federal, em nome da Frente Parlamentar Agropecuária e aguardamos providências”, finalizou Lupion.

Em nome da família, falei, há pouco, na missa em memória do meu pai Gastão Cerquinha, que Deus chamou há exatamente um ano. A celebração ocorre na catedral de Afogados da Ingazeira, a 398 km do Recife. Meu pai foi longevo, graças a Deus. Morreu aos 100 anos e sete meses no dia 15 de novembro do ano passado, por falência múltipla dos órgãos.

Recife ganha um novo espaço para eventos, shows e confraternizações. O Mirante do Paço, localizado no rooftop do edifício garagem do Paço Alfândega, resgata um dos mais tradicionais pontos de encontro da sociedade pernambucana.

Sob a liderança do empresário Álvaro Jucá, em parceria com Ronald Menezes, o Mirante do Paço tem 4 mil metros quadrados de área e capacidade para receber até 2.500 pessoas. O investimento na reforma e revitalização arquitetônica foi de R$ 7 milhões. A inauguração oficial será nesta quinta (16), para convidados, e o primeiro evento aberto ao público será na sexta (17), com o show do cantor José Augusto.

O espaço ganhou um novo paisagismo, modernização da infraestrutura e acessos, valorizando o projeto original, dos renomados arquitetos Paulo Mendes da Rocha e Milton Braga. O projeto arquitetônico da reforma interna é assinado pelo escritório Porto Neves Arquitetura, das sócias Luciana Neves e Adriana Porto.

O grande diferencial do Mirante do Paço será o terraço, com uma visão 360 graus do Recife. A área ao ar livre ganhou um guarda-corpo de vidro com dois metros de altura, o que proporciona segurança e conforto, sem interferir na vista, uma das mais bonitas da capital pernambucana.

Para a área externa, foi instalada uma cobertura projetada por Nelson Fidler, engenheiro pioneiro no mercado brasileiro, em parceria com o arquiteto Milton Braga. Fidler é considerado sinônimo de coberturas tensionadas em todo o mundo. A cobertura garante proteção do sol e chuva e a circulação de ar, usando uma das mais modernas tecnologias, com projeto elaborado em sistema cad-cam-fea e analisado em túnel de vento eletrônico (ansys), mesmo software utilizado para o desenvolvimento de foguetes e usinas nucleares.

O novo desenho arquitetônico interno do Mirante do Paço permite a realização de eventos seguidos e maior alternância de agendas de locação da área interna e do terraço. Isso também garante mais agilidade na montagem e desmontagem das estruturas de produção, multiplicando a funcionalidade do espaço e diminuindo a necessidade de vacância. “No mirante do Paço é possível fazer eventos corporativos, sociais, shows e festas em geral. Aqui, os clientes poderão optar por usar um dos ambientes da casa ou a casa inteira, com infinitas possibilidades de formação”, explica Álvaro Jucá.

Um dos diferenciais do espaço de eventos é a comodidade de ter 620 vagas de estacionamento rotativo. Para garantir ainda mais conforto e segurança aos visitantes, foi viabilizada a instalação de um ponto da Teletáxi dentro do edifício garagem nos dias de eventos, evitando que as pessoas tenham que sair do prédio para buscar transporte.

“Buscamos resgatar um local que colabora com a vida do Bairro do Recife, com uma infraestrutura mais moderna e compatível com o conforto para todos os visitantes”, explica Ronald Menezes. Antes dessas adaptações, o terraço, que é um dos locais com o visual mais bonito do Recife, era muito subutilizado. Agora a cidade ganha um novo local charmoso de eventos, totalmente alinhando com o novo momento efervescente do Centro.

Arquitetura diferenciada

O edifício-garagem foi concluído em 2005 e nasceu para dar suporte ao Paço Alfândega, mall instalado em um prédio histórico do século 18. O grande desafio foi verticalizar as garagens, respeitando seu alinhamento e escala, sem abrir mão do diálogo harmonioso com o entorno, onde se destacam o Rio Capibaribe, o cais do porto e a Ponte Maurício de Nassau. “Tínhamos uma limitação de gabarito e necessidade de estacionamento. Quando vi a nova Pinacoteca de São Paulo, não tive dúvidas: o arquiteto Paulo Mendes da Rocha seria o nome ideal para apresentar a solução arquitetônica à altura do projeto”, lembra Álvaro Jucá.

Mendes da Rocha e Milton Braga apresentaram uma proposta de projeto arrojado, com dois blocos em edificações de uso misto, trabalhando especialmente térreo e cobertura, as duas cotas de maior importância no ambiente urbano, e reservando os quatro andares intermediários para garagens. Os dois volumes são interligados por pontes de concreto que passam sobre a via pública na altura do segundo, do terceiro e do quarto pavimentos. Um dos blocos apresenta no térreo um conjunto de lojas totalmente ocupado pela Livraria Jaqueira.

No outro, o pavimento foi planejado para abrigar auditório e salão de exposições. Mas este é o próximo capítulo dessa história. No cronograma dos investidores, está a conclusão da próxima etapa do projeto, com o uso da cobertura do segundo bloco, com agradável vista para o porto e para a foz do rio, com restaurantes, espaços de artes e do Memorial Paulo Mendes da Rocha, uma homenagem ao arquiteto modernista, falecido em 2021. “Sou completamente encantado por esse projeto, onde empenho meu trabalho desde o ano 2000. Hoje, vejo que foi preciso o tempo passar para conseguirmos, finalmente, juntar forças de investidores e do poder público, para termos novamente um Centro do Recife revitalizado, atraente e economicamente viável”, finaliza Álvaro Jucá.

A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) ficou sem energia na manhã desta terça-feira, na sessão para depoimento de Max Xavier Lins, diretor-presidente da Enel São Paulo. O depoimento é parte da investigação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a atuação da companhia, inclusive por falhas no fornecimento de energia.

O colegiado foi instalado em maio, para apurar “possíveis irregularidades e práticas abusivas” cometidas pela companhia, em especial “quedas de energia, a cobrança de valores, a atuação operacional, o suporte aos consumidores e prefeituras, a execução da tarifa social, os contratos assinados, a execução dos investimentos e das obras previstas, bem como o estado de conservação da rede de infraestrutura e de distribuição energética”. As informações são do Estadão.

A motivação da abertura da CPI foi a privatização da companhia em 2018. A antiga Eletropaulo foi vendida para a Enel, uma empresa italiana de fornecimento de energia. Agora, o colegiado também está investigando o apagão que atingiu a capital paulista e a Região Metropolitana entre os dias 3 e 7 de novembro.

Uma forte chuva provocou quedas de árvores e a degradação de estruturas públicas, atingindo o fornecimento de energia elétrica para mais de 2 milhões de usuários do serviço. A Prefeitura de São Paulo prometeu o reabastecimento da energia até o dia 7, terça-feira passada, mas houve imóveis que ficaram até uma semana sem o serviço.

A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) validou trechos da Lei de Organizações Criminosas, de 2013, que é usada no combate ao crime organizado no país. Os ministros analisam, no plenário virtual, uma ação apresentada em 2016 pelo Partido Social Liberal (PSL), atual União Brasil, que questiona quatro pontos da norma.

O caso começou a ser analisado em junho de 2020, mas foi adiado com o pedido de vista (mais tempo de análise) do ministro Gilmar Mendes. Em junho deste ano, um pedido de vista do ministro Dias Toffoli voltou a interromper o julgamento. A deliberação foi retomada na última sexta-feira (10) com o voto do magistrado. As informações são do G1.

O PSL questionou os seguintes pontos da legislação:

  • o que determina que também responde pelo crime de integrar organização criminosa quem impede ou obstrui as investigações sobre o delito. Segundo o PSL, a conduta foi descrita em termos “vagos, abstratos, fluidos, abertos e desproporcionais”.
  • o que estabelece que, quando há condenação definitiva contra funcionário público, este fica proibido de exercer funções e cargos públicos no prazo de 8 anos, que são contados depois do cumprimento da pena. De acordo com a sigla, a previsão não é razoável e fere a Constituição.
  • o que prevê que o Ministério Público acompanhe casos em que há participação de policiais nos crimes de organização criminosa. Para o partido, há retirada de competências da Corregedoria das polícias para atuar nos casos.
  • o que estabelece que quem colabora com a investigação renuncia ao direito ao silêncio e deve assumir o compromisso de dizer a verdade. No entendimento da legenda, isso fere o princípio da ampla defesa.
  • O julgamento, no plenário virtual, está previsto para terminar no dia 20 de novembro. No virtual, os ministros apresentam seus votos de forma eletrônica, sem a necessidade de sessão presencial.

Voto do relator

No julgamento, prevaleceu a posição do relator, o ministro Alexandre de Moraes.

Em relação à punição por obstruir a investigação de organizações criminosas, o relator concluiu que a redação do trecho está de acordo com a Constituição.

Para Moraes, o uso de termos mais abertos pelo legislador não foi por acaso, mas um mecanismo necessário para “amoldar condutas penalmente relevantes às alterações sociais cada vez mais rápidas”.

“Não se pode argumentar, tampouco afirmar, que o tipo penal em análise seja ‘vago’, ‘abstrato’, ‘aberto’ ou mesmo ‘desproporcional’, sob o argumento de que agindo assim estaria a tipificar um sem-número de condutas. A escolha pelas duas condutas, no meu sentir, foi adequada para punir aquele agente que pretende obstruir investigações envolvendo organizações criminosas (não há na norma penal incriminadora qualquer violação ao princípio da legalidade)”, afirmou.

O ministro também rebateu o argumento de que seria “desproporcional” a previsão de manter fora do serviço público por 8 anos o funcionário que foi condenado por envolvimento em organizações criminosas.

“A previsão normativa mostra-se plenamente justificável, em razão da notável reprovabilidade da conduta daqueles (agentes públicos) que se envolvem com organizações criminosas”, ponderou.

Quanto ao acompanhamento do inquérito policial pelo integrante do MP, o relator ressaltou que não há violação da competência da Corregedoria das polícias.

“Não pode ser afastado o poder investigatório criminal dos promotores e procuradores, para que, nos casos que entenderem necessário, produzam as provas necessárias para combater, principalmente, a criminalidade organizada e a corrupção, não parecendo razoável o engessamento do órgão titular da ação penal”, salientou.

Moraes também votou para fixar uma orientação da aplicação do trecho da lei que trata do direito ao silêncio de colaboradores, também chamado de delatores.

Para o ministro, embora a lei use o termo “renúncia” para tratar do direito ao silêncio, o colaborador não abdica de seu direito de não produzir provas contra si, já que é um direito fundamental e não pode ser rejeitado.

“Os benefícios legais oriundos da colaboração premiada servem como estímulo para o acusado fazer uso do exercício de não mais permanecer em silêncio. Na verdade, o que o acusado faz é uma opção: em troca dos benefícios que a Lei n. 12.850/13 oferece, ele escolhe abrir mão, voluntariamente, do direito de permanecer em silêncio”, escreveu.

Outros ministros

Acompanham a posição de Moraes os ministros Luiz Fux, Gilmar Mendes, Luiz Edson Fachin, Rosa Weber (aposentada), Marco Aurélio Mello (aposentado).

Em seu voto, o ministro Marco Aurélio Mello fez uma observação de como deve ser a atuação do integrante do MP nos casos em que há suspeita de participação de policiais no delito.

“O Ministério Público, como destinatário das investigações, deve acompanhar o desenrolar dos inquéritos policiais, requisitando diligências, acessando os boletins de ocorrências e exercendo o controle externo. O que se mostra inconcebível é membro do Ministério Público colocar uma estrela no peito, armar-se e investigar”, declarou.

O ministro Gilmar Mendes afirmou que, em relação ao trecho que determina que responde pelo crime de organização criminosa quem obstrui ou dificulta a investigação, é preciso deixar claro que isso não inclui quem usa do direito ao silêncio para não produzir prova contra si.

O decano também ressaltou que o direito à não-incriminação é preservado e pode ser exercido a qualquer tempo por quem firma acordo de colaboração premiada.

O ministro Dias Toffoli também acompanhou o relator Moraes, mas acrescentou em seu voto as ponderações sobre o direito ao silêncio de colaboradores estabelecidas pelo ministro Gilmar Mendes.

Representantes de vários setores da economia do município de Belém de São Francisco foram recebidos, hoje, pelo deputado Alberto Feitosa (PL). No encontro, apontaram os impactos negativos que a economia local tem sofrido diante da demora na conclusão que compreende 43 km da PE-460. A Rodovia estadual liga Belém do São Francisco a Salgueiro e é a principal rota de escoamento da produção local, inclusive, para estados vizinhos de Pernambuco.

Com 43 km de rodovia em condições precárias, uma viagem de transporte de mercadoria representa 1.200 km a mais percorridos no mês. “Em boas condições, seria uma economia de tempo, preservando a qualidade das mercadorias transportadas, ressaltou Manoel Nogueira, profissional autônomo da região, conhecida pela produção de goiabas, uvas e tomates.

“Toda área de produção precisa de uma via de escoamento adequada. Hoje, parte dos tomates que produzimos chegam estragados pela má condição da rodovia que não é asfaltada e isso baixa o valor da nossa produção, além de elevar o frete que cobra alto pela deterioração do veículo”, relatou o produtor Francisco Nogueira durante o encontro com Alberto Feitosa.

Atento às demandas dos produtores e moradores presentes no momento, o deputado se comprometeu a destinar R$ 20 milhões em emendas para ajudar na conclusão da obra. Ele também enviou um ofício ao Departamento de Estradas e Rodagem (DER) pedindo informações sobre a obra. “É preciso unir esforços e mostrar a importância dessa obra para região. O impacto na educação também é importante com o transporte dos estudantes para a universidade de Salgueiro, por exemplo”, disse Feitosa.

Do Painel da Folha de S. Paulo

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), indicou nesta segunda-feira (13) que pretende disputar a Presidência da República em 2026. Ele foi homenageado em um jantar do Grupo Voto, em um hotel de São Paulo. Na plateia, havia cerca de 200 empresários e representantes do mercado financeiro.

“Obviamente a gente recebe um troféu como esse como um sintoma de que estamos no caminho correto, e principalmente com a responsabilidade de corresponder às expectativas que as pessoas colocam sobre a gente. Enquanto o povo gaúcho, ou quem sabe eventualmente, o povo brasileiro entender que é o meu papel dar a minha contribuição, podem contar comigo”, declarou Leite.

O tucano tentou uma candidatura presidencial no ano passado, mas perdeu uma prévia partidária para o então governador de São Paulo, João Doria, que acabaria desistindo de concorrer ao Palácio do Planalto.

Depois, ensaiou concorrer pelo PSD, mas recuou e disputou novo mandato como governador. Desde fevereiro, ele também preside o PSDB, mas deve deixar o posto no final deste mês.

Responsável por agendar audiências no Ministério da Justiça e Segurança Pública que contaram com a participação da mulher do líder do Comando Vermelho no Amazonas, a advogada e ex-deputada estadual pelo PSOL no Rio de Janeiro, Janira Rocha, recebeu pagamentos da facção criminosa. A informação foi revelada pelo Estadão, hoje.

O jornal destaca que esse fato contraria a versão do Ministério da Justiça sobre as reuniões como Luciane Barbosa Farias (foto, ao centro), mais conhecida como a “dama do tráfico amazonense”. Segundo a reportagem, o encontro foi solicitado por Janira, segundo o próprio secretário de Flávio Dino e os registros na agenda oficial. Em nota assinada por [Elias] Vaz, o Ministério da Justiça alegou que não tinha como saber de antemão dos pagamentos do Comando Vermelho à ex-deputada. A Polícia Civil do Amazonas sabia. As informações são do O Antagonista.

Recibos apreendidos pela polícia no celular de uma integrante da facção expõem três transferências de quem seria o “contador” do Comando Vermelho para a conta de Janira, no total R$ 23.654,00. Os pagamentos foram feitos dias antes da primeira reunião de Luciane Barbosa Farias com o secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, Elias Vaz, em março.

Segundo o Estadão, os pagamentos foram feitos por Alexsandro B. Fonseca, que é mais conhecido como “Brutinho” ou “Brutus”. A Polícia do Amazonas o considera uma “espécie de contador da facção criminosa, responsável pela contabilidade da ‘caixinha’ [contribuição dos membros da fação]”. Foram três os pagamentos a Janira, cujos nome completo e CPI aparecem em comprovantes, de 3 mil reais, 5.645 reais e 15 mil reais.

A polícia também identificou pagamentos do Comando Vermelho para a ONG Liberdade do Amazonas, criada sob a alegação de defender os direitos humanos de detentos e presidida por Luciane, mulher de Clemilson dos Santos Farias, conhecido como Tio Patinhas. Ele é um dos líderes do Comando Vermelho no Amazonas e está preso em Tefé (AM).

Esse episódio arrefeceu ainda mais o ímpeto do presidente Lula em indicar Flávio Dino para uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF), afirmaram fontes ligadas ao PT ouvidas por O Antagonista.