O Renascimento do Savoy

Por Antônio Campos*

“’No Recife, os belos sonhos se esquecem de morrer”.

A Avenida Guararapes é um dos símbolos dessa cidade. O poeta J. Gonçalves de Oliveira diz em versos:

Entre o rio e o sol aberta,

A avenida Guararapes

Tem no seu nome de guerra

Analogias enfáticas.

Primeiro, inscreve as batalhas

Da Restauração brasílica,

Onde se inicia o plasma

Da Pátria, seu verbo cívico.

Depois, semeia a história 

Do futuro em seu crescente, 

Nos anonimados prólogos

De heroísmos urgentes.

O Recife só será grande no presente e no futuro se valorizar e respeitar o seu passado. A Avenida Guararapes e o Savoy são símbolos importantes dessa cidade. O poeta do Savoy Carlos Pena Filho é chamado de “O Poeta do Recife”. 

A mesa de um bar pode ser comparada às páginas de um livro, onde se pode contar e conhecer estórias, desejos e frustrações, esperanças e lamentos, sonhos e revoluções. Pode-se contemplar o mundo – a estética da libido, as sensações, os lugares, as viagens. É também o palco das apresentações acaloradas. Por isso, o bar é mais do que um lugar onde as pessoas bebem, se reúnem para descontrair e encontrar amigos. 

O bar está presente na história da humanidade, em todo tempo, por todos os cantos, na formação das civilizações, nos processos dialéticos, associado à liberdade de expressão, à criação, desconstrução, aos movimentos, à cultura, arte, música, poesia e em todas as outras manifestações possíveis.

No Recife, lugar de cultura ímpar e de tantas revoluções, existiu o Bar Savoy. Reduto de intelectuais, poetas, artistas, políticos e de todos que queriam apenas momentos de descontração. É o mais antológico e famoso bar da história de Pernambuco. Assim, como o Restaurante Leite é um símbolo de Pernambuco.  

Localizado na Avenida Guararapes, em seu auge, no centro do comércio da cidade, foi fundado em 1944 e teve na década de 60 o seu tempo de maior efervescência. Ponto de encontro, foi frequentado por Gilberto Freyre, Carlos Pena Filho, Renato Carneiro Campos, Capiba, Osman Lins, Vicente Rego Monteiro, Ascenso Ferreira, Mauro Mota, dentre tantos outros nomes. 

Edilberto Coutinho no livro Bar Savoy, que registrou os cinqüentas anos do Savoy,  em 1994, anota: 

“Por outro lado, não podemos esquecer: grandes personalidades, de passagem pela capital pernambucana, foram tomar o seu chope na calçada famosa. Formam um rol dos mais ilustres, que inclui nomes do porte de Roberto Rosselini e Alberto Cavalcanti, Jorge Amado e Aldous Huxley, Roberto Burle Marx e Paulo Mendes Campos, Antônio Callado, Heitor Villa-Lobos e Paschoal Carlos Magno. Passaram pelo Savoy Simone de Beauvoir e Jean-Paul Satre, ciceroneados por Otávio de Freitas Júnior durante congresso de escritores em 1960. O mesmo Otávio que um ano antes, como presidente da Sociedade dos Amigos de Cuba, hospedara em sua casa da Praça Chora Menino a senhora Célia Guevara, mãe do Che. Leva a ilustre dama, numa tarde de intenso calor do Recife, a refrescar-se com uma paradinha no Savoy. Oferece-lhe guaraná e pede um chope. A mãe do Che Guevara recusa o refrigerante: “Quiero lo mismo que toma usted”. E prova o produto mais célebre do bar, deliciada. Garante, não tomara de uma cerveza tão deliciosa em Cuba nem na Argentina”.

Fechado em 1992, acompanhou o processo natural das movimentações urbanas das grandes cidades. Com o centro econômico e cultural sendo deslocado para outras áreas do Recife, o Bar Savoy ainda resistiu em manter-se fisicamente no seu lugar de origem, mas não conseguiu e fechou as portas. Porém, na memória de várias gerações de boêmios, o Savoy nunca desapareceu.

Este patrimônio cultural dos pernambucanos irá renascer, em breve.

Estamos aguardando a requalificação da Avenida Guararapes e do entorno do espaço do Antigo Bar Savoy. Será a brasileirinha de Recife, homenageando Carlos Pena Filho, assim como a Brasileira, no Chiado, Lisboa, homenageia Fernando Pessoa.

O Savoy será reaberto como um espaço cultural contendo memorial e cafeteria, no mesmo lugar. Um esforço do Instituto Maximiano Campos, liderado por Antônio Campos, UNINASSAU e SER Educacional, liderado pelo empreendedor Janguiê Diniz. Estamos procurando parceiros para consolidar o espaço.

Carlos Pena Filho, que fez dele o seu quartel-general, falecido prematuramente aos 31 anos de idade, imortalizou-o em versos no Guia Prático da Cidade do Recife: 

Nas mesas do Bar Savoy 

O refrão tem sido assim: 

são trinta copos de chopp, 

são trinta homens sentados, 

trezentos desejos presos,

trinta mil sonhos frustrados. 

Ah mas se agente pudesse 

fazer o que tem vontade 

espiar o banho de uma 

a outra, amar pela metade 

se daquela que é mais linda 

quebrar a rija vaidade. 

Mas como a gente não pode 

fazer o que tem vontade, 

o jeito é mudar a vida, 

num diabólico festim.

Por isso no Bar Savoy 

o refrão é sempre assim:

são trinta copos de chopp,

são trinta homens sentados, 

trezentos desejos presos, 

trinta mil sonhos frustrados. 

O poeta Mauro Mota quando da morte de Carlos Pena fez os seguintes versos que viraram placa, fixada no Savoy  em 20.12.1960, e que consta no acervo do Savoy guardado pelo IMC, ora exposto: 

São agora vinte e nove 

Os homens do bar Savoy.

Vinte e nove que se contam.

Falta um para onde foi?

Vinte e nove homens tristes

Dentro deles, como dói

A ausência do poeta Carlos

Na mesa do bar Savoy. 

O renascimento do Savoy, num esforço de revitalização do centro do Recife, reafirma a letra da composição do hino dos 50 anos do Savoy, em 1994:

No Recife, os belos sonhos se esquecem de morrer.  

*Advogado e escritor

Do blog do Roberto Almeida

Marília Arraes desde bem jovem defende os ideais do presidente Lula. Na campanha de 2022, a ex-deputada federal foi quem mais defendeu a volta do petista à presidência. Na prática, sacrificou a própria eleição por conta da “causa maior”.

O “amor” de Marília, porém, parece não ser correspondido. Apesar da defesa ardorosa do líder da esquerda, de ter sido a mais votada para governadora de Pernambuco no primeiro turno – tendo perdido a disputa para Raquel Lyra no segundo turno -, Marília foi descartada na gestão do presidente.

Ela disputou a indicação da Superintendência da Sudene e foi preterida por Danilo Cabral, que ficou em quarto lugar na disputa pelo Governo de Pernambuco. Setores da imprensa sinalizam que a neta de Arraes tem inimigos poderosos dentro do PT, que impedem que ela seja nomeada para algum cargo na gestão federal.

Entre os desafetos estaria o senador Humberto Costa. Este já deixou claro em conversa com prefeitos e deputados pernambucanos que se depender dele, Marília não chega a canto nenhum.

Atualmente a senadora Teresa Leitão, que já defendeu o nome da ex-deputada, parece próxima das posições de Humberto. A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann, também não ajuda a ex-companheira de partido.

Neste caso, a bronca está relacionada com a eleição da Mesa da Câmara, quando Marília, enquanto deputada, desafiou o partido e se elegeu para um cargo relevante, derrotando um “companheiro”. Até hoje os petistas não digeriram essa história.

Assim, Marília Arraes foi preterida por Danilo Cabral e André de Paula, que foi candidato ao senado na sua chapa, tendo tido uma votação decepcionante, virou ministro.

Só tem um jeito, caso a ex-deputada ainda tenha pretensão de cargo no Governo Federal: se aliar ao Centrão.

No poderoso grupo da Câmara dos Deputados, o perigoso Arthur Lira tem mais força que Humberto e outros petistas.

A entrevista que concedi ao jornalista Joberto Sant’Anna, no seu canal no YouTube, gravada nos seus estúdios em Brasília, vai ao ar hoje em Pernambuco pela TV Nova, do meu amigo Pedro Paulo, às 21h20. 

O programa História da Foto tem duração de 15 minutos. A foto escolhida pela produção está no livro “O Estilo Marco Maciel” e retrata um momento histórico: Maciel anunciando a criação da Frente Liberal em apoio à candidatura de Tancredo Neves, em eleição indireta pelo Colégio Eleitoral, em 1985.

Na Região Metropolitana do Recife, a TV Nova pode ser sintonizada no canal 22.1 – menos em Ipojuca, onde a Nova é transmitida pelo 46.1. Em Caruaru e região, os telespectadores podem sintonizar o canal 31.1, Arcoverde, Limoeiro e Vitória de Santo Antão no 22.1 e  Garanhuns através do 25.1. Na TV fechada, a TV Nova é transmitida pelo canal 15 da Claro/Net.

Por Marcelo Tognozzi*

3 de junho de 1982. Era o governo do general João Figueiredo quando o caça inglês Vulcan entrou no espaço aéreo brasileiro, depois de uma pane no seu sistema hidráulico impedir seu reabastecimento em voo. O caça bombardeiro fora enviado para combater na Guerra das Malvinas e, ao pousar na base aérea do Galeão, quase vira incidente diplomático. Mas o chanceler Saraiva Guerreiro, que dava nó em pingo d’água, acalmou os ânimos.

Aquela guerra era uma louca tentativa do general Leopoldo Galtieri, então presidente da Argentina, de se manter no poder apostando num conflito internacional que, teoricamente, resgataria a autoestima dos argentinos. O país vivia um dos seus piores momentos, com perseguição aos opositores do regime e uma política externa desastrosa, a qual incluía ajuda aos sandinistas para combater os contras na Nicarágua, então bancados pelos EUA.

Essas guerras oportunistas são sempre um desastre anunciado.

Nesta semana, o clima beligerante voltou a rondar a América do Sul depois que o presidente da Venezuela Nicolás Maduro anunciou um plebiscito para 3 de dezembro, pelo qual as venezuelanos decidirão se querem, ou não, anexar a região do Essequibo, equivalente a 70% da área da Guiana, que faz fronteira com Roraima. Ou seja: se vão ou não à luta pelos 160 mil km² de riquezas amazônicas, a maior delas o petróleo.

Podemos ter uma guerra de conquista em pleno santuário da Amazônia? Diante do que estamos vendo na Europa e Oriente, o melhor a fazer é não negligenciar o risco.

A Guiana foi governada pelos britânicos até 1970, quando se tornou independente. Como outras ex-colônias e protetorados britânicos, faz parte da Commonwealth, comunidade de 56 países de língua inglesa espalhados pelos 4 cantos do planeta. Tem na Inglaterra seu principal aliado. Durante 21 anos, foi governada com mão de ferro pelo político Forbes Burnham, seguidor fiel do manual de Downing Street, independente do primeiro-ministro de plantão.

Hoje, a Guiana é governada pelo muçulmano Mohamed Irfaan Ali, 43 anos, cria do partido de Burnham, o Partido Popular Progressista. Por coincidência, nascido no Essequibo, numa cidadezinha chamada Leonora, ele vem de uma família de origem indiana.

A diplomacia inglesa já trabalha, uma vez que a cobiça da Venezuela sobre o Essequibo não é uma novidade. Remonta a uma disputa de 1824. A região foi entregue aos britânicos depois de uma mediação internacional em 1899. Caracas protestou, mas acabou engolindo o resultado.

Agora, 124 anos depois, Maduro quer buscar o Essequibo de volta. A seu favor pesa o apoio da China, Rússia e do atual governo brasileiro à Venezuela, além das frentes de guerra na Ucrânia e no Oriente Médio, enfraquecendo, em teoria, a capacidade de pronta resposta da Inglaterra e seus aliados.

Ao mesmo tempo, a China ensaia uma invasão a Taiwan, depois de acusar os EUA de provocar riscos à segurança no mar da China. Entre defender Israel e Taiwan, a China aposta na preferência dos norte-americanos pelo primeiro.

A China hoje domina a África, outro território estratégico, sendo o maior investidor no continente com US$ 34 bilhões na última década. O maior fornecedor de bens de consumo baratos é o e-commerce chinês, o qual derrubou a hegemonia dos EUA e da União Europeia. Se aqui no Brasil eles nadam de braçada, imagine na África.

A percepção é a de que a 3ª Guerra está em curso, com várias frentes de conflito sendo abertas a fim de criar o caos, atordoar o inimigo minando sua capacidade de dissuasão e resposta eficiente.

Há uma guerra real, territorial, como na Ucrânia e no Oriente Médio, e outra virtual. Todas seguem a doutrina Gerasimov, conceito aplicado à guerra híbrida concebido pelo atual chefe do Estado Maior do Exército russo, Valery Gerasimov, cuja cabeça foi colocada a prêmio pelos ucranianos e pela Otan. Tudo isso, num contexto de pós-pandemia com inflação e desequilíbrio econômico nos 2 blocos mais ricos do Ocidente.

A guerra de Gerasimov é uma guerra complexa. Ela envolve redes sociais, meios de comunicação, desinformação em larga escala (caso do bombardeio ao hospital de Gaza), ações de guerra psicológica e outras modalidades descritas no livro “El Dominio Mental” do coronel espanhol Pedro Baños, respeitado especialista em geopolítica. Não é por acaso que a guerra no Oriente Médio tem um forte aspecto cultural e de costumes.

Um brasileiro médio não aguentaria 5 minutos de islamismo. O melhor exemplo ocorreu na Copa do Qatar em 2022, quando muitos sofreram diante das leis do álcool zero, homossexualidade zero e proibição de os casais héteros trocarem afagos em público.

Israel é um pedaço da cultura ocidental cravada no meio do Islã, considerado uma afronta aos costumes. A nova guerra fez com que a mídia ocidental esquecesse da outra, a da Ucrânia. Mas no fundo é uma guerra só.

No início das guerras, cada um tenta tirar mais vantagens. Foi assim na 2ª Guerra até a Inglaterra entender que tentar conviver com Hitler era alimentar um crocodilo, como dizia Churchill. Getúlio flertou com Hitler para, em seguida, se abraçar com os norte-americanos e arrancar de Franklin Roosevelt a Siderúrgica Nacional e mais um monte de vantagens.

Uma guerra como essa que vivemos hoje não será vencida nas redes sociais, como imaginam idiotas e inocentes úteis manipulados para disseminar narrativas cujos fundamentos são incapazes de entender. É uma guerra que passa por territorialidade, domínio cultural e de costumes.

Como nas guerras santas, onde se mata em nome de Deus, agora poderão matar em nome da democracia, do combate ao fascismo ou ao comunismo, da defesa de minorias ou de um modo de vida considerado inadequado. Um pecado diplomático. E um tremendo retrocesso civilizatório.

Naquela guerra entre britânicos e argentinos há 40 anos, as tensões políticas andavam à flor da pele. No Brasil, a oposição fora alvo de bombas e um atentado frustrado poderia ter tirado a vida de dezenas de jovens durante um show no Riocentro em 1º de maio de 1981. Bancas de jornais foram incendiadas e bombardeadas.

O Vulcan da Real Força Aérea Britânica foi autorizado a voltar à sua base 7 dias depois de pousar na Base Aérea do Galeão. Na saída, quebrou a barreira do som sobre a baía da Guanabara. O estrondo assustou. Logo tocou o telefone. Do outro lado da linha, meu amigo-irmão Ronaldo Lapa: “Cara, isso foi tiro de canhão? Será que estão botando as tropas na rua?”. “Que nada”, respondi. “É aquele avião inglês quebrando a barreira do som”.

Poucos dias depois, a Argentina seria derrotada e humilhada. Galtieri perdeu a guerra, o poder e a dignidade. Em 1986, foi preso e condenado. Em 1989, saiu da cadeia anistiado pelo presidente Carlos Menem, um dos seus perseguidos. Preso novamente em julho de 2002, morreu 6 meses depois, dessa vez sem perdão.

*Jornalista

A dois meses do fim do ano, a equipe econômica corre contra o tempo para limpar a fila de medidas que precisam ser aprovadas para iniciar 2024 com as contas públicas organizadas. Além de desajustes que prosseguem na articulação política, dois feriados em novembro (nos dias 2 e 15/11) contribuem para atravancar as votações.

Paralelamente, um episódio nesta sexta-feira (27), causou impactos negativos para a ala econômica como um todo. Em café da manhã com jornalistas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) admitiu que talvez não seja possível cumprir a meta de déficit zero em 2024, conforme vinha sendo vendido pelo próprio governo. As informações são do Metrópoles.

“Tudo que a gente puder fazer para cumprir a meta fiscal a gente vai fazer. O que eu posso dizer é que ela não precisa ser zero”, disse o presidente. Ato contínuo, a Bolsa de Valores reagiu mal e caiu, já o dólar registrou alta.

De volta aos caminhos a serem percorridos ainda este ano, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, tem enfrentado impasses na votação do Orçamento de 2024, o primeiro totalmente elaborado pelo terceiro governo Lula (PT).

Tradicionalmente, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do ano seguinte é aprovada até meados do ano. No entanto, este ano a norma que baliza o Orçamento sequer foi aprovada até outubro.

Na última quinta-feira (26), o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), disse que a posição do governo é para votação da LDO e da LOA ainda este ano. “Existe a concordância do presidente (Rodrigo) Pacheco de fazer quantas sessões forem necessárias até o fim do ano, para a votação da LDO e da LOA”, disse ele à imprensa.

No entanto, alas do governo já trabalham com a possibilidade de ter apenas a LDO de 2024 aprovada, enquanto a Lei Orçamentária Anual (LOA), que é o Orçamento em si, pode ficar para o ano que vem.

Medidas arrecadatórias

A vida do titular da Fazenda, Fernando Haddad, também não está fácil. Ele precisa aprovar uma série de projetos que aumentam a arrecadação e que são necessários para zerar o déficit no ano que vem, promessa da qual o ministro não abre mão, apesar de dúvidas recentes lançadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Para zerar o déficit primário no próximo ano, o governo precisa de R$ 168 bilhões de receitas brutas adicionais, muitas das quais ainda dependem da aprovação de projetos pelo Congresso Nacional.

Depois de adiamentos sucessivos, o governo conseguiu firmar acordo com a Câmara e aprovou, na noite de quarta-feira (25), o projeto de lei que prevê a taxação dos fundos exclusivos e offshore, os chamados “super-ricos”.

A votação foi concluída após o governo federal agradar o Centrão com uma troca no comando da Caixa Econômica Federal, com a nomeação de um nome indicado pelo presidente Arthur Lira (PP-AL).

A taxação de rendimentos de ativos em outros países poderá gerar mais de R$ 20 bilhões de arrecadação para os cofres públicos entre 2024 e 2026. O projeto ainda precisa ser votado no Senado.

Outra matéria que tem potencial arrecadatório elevado (em torno de R$ 35 bilhões) é a que regulamenta a cobrança de impostos federais (IRPJ e na CSLL) sobre as subvenções para custeio de empresas. Essas subvenções são benefícios fiscais concedidos por estados.

A medida foi inicialmente enviada ao Congresso via medida provisória (MP), mas o governo teve de substituí-la por um projeto de lei em razão de divergências entre Câmara e Senado sobre o rito de tramitação das MPs.

Após leitura do parecer, CCJ do Senado pede vista à PEC da tributária

No Senado, a atenção está voltada para a reforma tributária. O governo mira sua aprovação até a primeira quinzena de novembro. Como deverá ser alterado, o texto terá de retornar para análise dos deputados.

O governo ainda precisa do aval do Congresso para o projeto de lei que regulamenta o mercado de apostas esportivas no país, que pode render algo na casa dos R$ 5 bilhões. Há risco de as propostas serem desidratadas no Legislativo, o que pode levar a reduções nas projeções de arrecadação.

Do blog do Ney Lopes

Desde 4 de outubro realiza-se em Roma a 16ª edição da Assembleia do Sínodo dos bispos convocada pelo Papa Francisco para debater o futuro da Igreja Católica, após uma consulta que buscou ouvir fiéis do mundo todo ao longo de quase dois anos.

O sínodo é uma assembleia de bispos da Igreja Católica do mundo inteiro reunida com o Papa ou bispo de Roma.

A finalidade de um sínodo é refletir de maneira conjunta sobre temas relevantes para o bem da igreja e da humanidade. Esta etapa é a última e mais delicada do processo. Caberá à assembleia discutir e sintetizar as mudanças na Igreja Católica.

Na abertura, o Papa Francisco foi enfático: “sínodo não é uma reunião parlamentar, nem um plano de reformas”. Deixou clara a defesa de uma igreja que não desanime, não ceda a soluções cômodas ou à agenda do mundo.

Cabe registrar a firmeza dos jesuítas ao longo da história.

A Companhia de Jesus, a ordem dos jesuítas à qual pertence Francisco, foi fundada em 1540 pelo espanhol Inácio de Loyola, que lançou suas bases na capela de Montmartre, em Paris, a partir de 1534, com seis outros companheiros, entre eles São Francisco Xavier.

250 anos atrás, a congregação fundada por Santo Inácio de Loyola estava prestes a desaparecer da Terra, por decisão do Papa Clemente 14 (21 de julho de 1773), que assinou um documento intitulado Dominus ac Redemptor, por meio do qual eliminou os jesuítas da estrutura da Igreja e retirou todos os bens deles.

A recusa de Catarina, “a Grande”, em endossar a decisão do papa Clemente 14 de suprimir a Companhia, permitiu que a ordem sobrevivesse no Império Russo.

Os reis tinham direitos sobre a Igreja e indicavam os bispos ao papa. Isso não acontecia com os jesuítas. Essa falta de controle não agradava aos reis e seus conselheiros.

Os jesuítas acreditam que a salvação não se consegue no convento, mas na medida em que tentamos transformar a realidade. Portanto, se o monarca ou governante pode mudar a realidade, então porque não tentar influenciá-lo? defendem eles.

Nem sempre foi compreendido o modo como os seguidores de Santo Inácio realizam seu trabalho, nem dentro, nem fora da Igreja.

Com essa formação de jesuíta, o Papa Francisco é considerado progressista, sendo alvo de oposição interna, devido a seus recorrentes sinais de abertura a homossexuais e divorciados e já foi acusado até de “heresia” por parte de membros ultraconservadores do clero.

De forma corajosa, o Papa não se intimidou e colocou em debate no Sínodo temas controvertidos, tais como, a maior participação de mulheres, inclusive na tomada de decisões; a possibilidade delas serem ordenadas diaconisas, podendo, então, celebrar batizados e casamentos (mas não eucaristia, nem confissão); ordenação de homens casados como padres; aproximação a grupos marginalizados pela Igreja, como divorciados em segundo casamento, pessoas LGBTQIA+, abusos sexuais e de poder dentro da instituição.

Há muita resistência ao Sínodo entre os bispos e por parte daqueles que pensam erroneamente que o Papa está tentando levar a Igreja Católica à uma direção errônea. Acusam-no até de comunista, o que é um absurdo.

Tais pessoas são totalmente ignorantes porque, do primeiro milênio até as reformas gregorianas no século XI, todas as igrejas, mesmo antes do grande cisma (1054), realizaram Sínodos como forma de consulta para decisões e mudanças.

Vê-se que a posição de Francisco não é algo novo sendo injetado. É, antes, um retorno às fontes originais da Igreja. Espera-se que do atual Sínodo surjam novos rumos para a ação evangélica da Igreja Católica,

O Papa Francisco age corretamente e não foge ao Evangelho. Trata-se apenas de reação ao gesso do conservadorismo, da intolerância, do radicalismo gritante que buscam impedir qualquer transformação progressista, moderna ou atualizada.

Deus proteja e ilumine sempre o nosso Pontífice!

Por Renato Riella

Otimista, cheio de fé e sempre esperançoso, acordei hoje desiludido. Daqui a pouco vou correr/caminhar 6 km e melhoro. Isto é: volto ao normal.

O certo é que, refletindo sozinho, na madrugada, percebi que o Brasil não tem hoje ninguém que a gente consiga admirar – muito menos possa confiar.

Só tem merda no Brasil atual. Desculpe, mas preciso engrossar para ser ouvido. Nas pedras de Marte deve haver mais líder do que nas terras cheias de vida do Brasil.

O brasileiro tem fama de ser gente boa.

Refleti profundamente, antes do café da manhã, mas só distingui duas personalidades vivas plenamente confiáveis neste Brasil continental: Zeca Pagodinho e Zico. Ambos estão fora do PIB – vivendo da fama construída em décadas. 

Esses dois craques, já quase velhos, são unanimidade. Grandes profissionais, amigos e cidadãos. Exemplos para os mais novos.

Na política, não existe ninguém com nome consolidado. E na Justiça, não sobra ninguém.

Incrível: o Brasil não tem um economista que a gente possa confiar. Aliás, há algum economista famoso vivo?

E somos um deserto de juristas injustos, manipuladores dos seus próprios interesses (coitado de Ruy Barbosa, lá em cima).

Não há ninguém acima de suspeita na Academia Brasileira de Letras – nem nas igrejas. Sim, nenhum padre ou pastor é exemplo de nada (talvez Padre Marcelo Rossi!). 

E não há nenhum escritor admirável ainda vivo. Não compro livro de ninguém.  

Somos um país que não possui sequer um médico famoso admirável. Pergunto: temos algum cientista vivo? Alguém registrou patente que preste nos últimos anos? E por que nada repercute, nunca?

No futebol milionário do Brasil, só sobra o craque Ganso – elegante no campo e na vida, sem ser ídolo.

E tivemos o desafio da pandemia, que passou sem deixar lembrança de nenhum líder. Nenhum ser inteligente conseguiu aparecer para nos salvar. 

As horrorosas infectologistas ficaram famosas. Apareciam dizendo barbaridades sobre a Covid na TV. Depois, com tantos erros, se transformaram em bruxas. Andam circulando por aí voando nas suas vassouras (e a gente torcendo para que despenquem). 

No fim de 2022, convivi com o então ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que está longe de ser unanimidade – mas teve o mérito de pacificar o ambiente da pandemia. Pode ser que a história reconheça isso.

Incrível que, na minha Bahia, não sobrou ninguém classificado como “gente boa”. Quanta saudade do querido Caymmi. Não vale Irmã Dulce, que já morreu e está em outra categoria, santa que é.

Admiro Divaldo Franco, mas sei que muita gente contesta ele. Carlinhos Brown, se não fosse tão barulhento, seria um Zeca Pagodinho baiano – mas não desperta confiança, na sua poluição verbal.

Entre artistas de TV com fama nacional, não se salva ninguém, nas suas picaretagens da Lei Roubanet (talvez possamos confiar em Toni Ramos). Há algum influencer de valor no Brasil, com os seus milhões de fãs? 

Há algum jornalista famoso que mereça esse título de “jornalista”? Não conheço nenhum. Quase todos protegem descaradamente os grandes criminosos do País. Ou exageram no direitismo! Jornalismo sem isenção é vergonha.

O Brasil precisa passar o rodo.

Pode ser que, por milagre, surja na juventude alguém que preste, dentro de alguns anos. Mas, quase certamente, levaremos mais 100 anos sem sonhar com um Prêmio Nobel – nem com a sexta Copa do Mundo.    

Depois de duas semanas sem lançamentos, em razão do estoque zerado e da minha agenda em Brasília, volto a cumprir maratonas de noites de autógrafos do livro “O Estilo Marco Maciel” a partir do próximo dia 6, por Juazeiro, na Bahia, cidade-irmã de Petrolina.

Primeira cidade baiana contemplada, o evento está marcado para o plenário da Câmara de Vereadores, a partir das 18 horas, iniciativa da prefeita Suzana Ramos (PSDB) e do presidente da Casa, Berg da Carnaíba (PDT). No dia seguinte, às 19 horas, a noite de autógrafos acontece em Petrolina.

Ali, a família Coelho fará uma grande homenagem a Marco Maciel na Fundação Nilo Coelho, ex-governador e ex-senador da República. Em nome da família, falará o ex-prefeito Augusto Coelho, irmão de Nilo, que dirige o hospital Dom Tomás, unidade de alta complexidade em Oncologia. Também usarão da palavra o ex-senador Fernando Bezerra Coelho, o prefeito Simão Durando e o ex-prefeito Miguel Coelho.

Várias lideranças de outras correntes políticas confirmaram presença, como o ex-prefeito Júlio Lóssio, que tem um tio que trabalhou com Marco Maciel por mais de 30 anos e que também fez questão de estar presente. Na quarta-feira (8), a agenda prossegue por Santa Maria da Boa Vista, também no Vale do São Francisco, a 109 km de Petrolina.

O prefeito George Duarte (PP) marcou a noite de autógrafos na Câmara de Vereadores e entregou a coordenação do evento ao ex-prefeito Leandro Duarte, seu aliado, que conviveu com o biografado na época em que governou o município. No dia seguinte, na quinta (9), o lançamento será em Araripina, já no Sertão do Araripe, a 240 km de Santa Maria.

Ali, o prefeito Raimundo Pimentel (UB) optou como cenário para a noite de autógrafos a Praça Dom Campelo. Pimentel tem uma grande admiração pelo “Marco de Pernambuco”. Quando deputado, propôs e coordenou uma homenagem ao ex-vice-presidente da República no plenário da Casa. Está mobilizando todos os segmentos da sociedade para que o lançamento também se traduza numa homenagem ao biografado.

Na sexta-feira (11), será a vez de Belém do São Francisco, iniciativa do prefeito Gustavo Caribé (MDB). A noite de autógrafos, por sugestão dele, ocorrerá no Memorial Zé Pereira e Vitalina, às 19 horas, um lugar belíssimo, berço dos bonecos gigantes que se apresentam no Carnaval de Olinda.

No sábado, dia 11, a biografia de Marco Maciel será lançada em Salgueiro, na edição da Exposal, feira de negócios, arte e cultura, que atrai uma multidão de todos os municípios do Alto Sertão. O evento está marcado para às 19 horas no auditório principal da exposição.

Semana Seguinte

Na outra semana, a maratona de lançamentos prossegue. Na segunda-feira, 13, será na Câmara de Vereadores de Paulista, às 19 horas, com apoio do prefeito Yves Ribeiro (MDB) e do presidente da Casa, Edson Araújo, o Edinho (PL). Na mesma semana, no dia 16, após o Feriado da Proclamação da República, a noite de autógrafos está marcada para Surubim, a capital da Vaquejada, a partir das 19 horas, na Câmara de Vereadores, iniciativa da prefeita Ana Célia (PSB).

Na sexta-feira, 17, acontece em João Alfredo, sob a coordenação do prefeito Zé Martins (PSB), tendo como cenário a Câmara de Vereadores, às 19 horas. Na segunda-feira, dia 20, será a vez de São Lourenço da Mata, na Câmara de Vereadores, às 19 horas, com o apoio do prefeito Vinícius Labanca (PSB) e do presidente da Câmara, Leonardo Barbosa.

No dia 21, o lançamento ocorrerá em Olinda, no auditório da Prefeitura Municipal, por sugestão do prefeito Lupércio. Outros lançamentos já confirmados, desta feita em outros Estados, são o de João Pessoa, capital da Paraíba, no dia 5 de dezembro; Natal, capital do Rio Grande do Norte, no dia 6, e Fortaleza, capital do Ceará, no dia 7. Todos no plenário da Assembleia Legislativa. 

Cadê a paz, governadora?

Por Juliana Albuquerque – repórter do Blog

Em março deste ano, quando saiu o ranking da violência nos Estados, levando Pernambuco, mais uma vez, ao topo nacional, com 3.470 assassinatos em 2022, alta de 1,5% em relação a 2021, a governadora Raquel Lyra (PSDB) prometeu “devolver a paz ao povo pernambucano”.

Prestes a completar 11 meses de gestão, focada em uma agenda alheia à violência crescente no Estado, a tucana sequer consegue divulgar o seu mirabolante plano de segurança pública, batizado de “Juntos pela Segurança”.

Lançado com pompas no fim de julho, num evento que deixou envergonhada a plateia que lotou o Teatro Guararapes, decorridos 90 dias o Estado continua à espera de medidas para frear a violência. A promessa, na ocasião, era divulgar de fato o plano no dia 28 de setembro, o que não ocorreu. A justificativa dada por ela é que estariam sendo consolidadas as informações obtidas na escuta popular colhidas durante o ‘Ouvir para Mudar’.

Em meados deste mês, após duras cobranças da bancada da oposição ao Governo do Estado na Alepe, uma nova promessa foi feita – até o fim deste mês a governadora Raquel, finalmente, pode divulgar a sua versão do Pacto pela Vida, plano de segurança pública criado pela gestão PSB em Pernambuco.

“É lamentável toda sociedade estar cobrando de uma governadora, que assumiu há praticamente 11 meses, uma atitude para frear a escalada crescente da violência. Pernambuco está entre os três piores em segurança pública de acordo com o Ranking de Competitividade dos Estados. Só fica atrás de Rondônia e Amapá”, diz o deputado Alberto Feitosa (PL).

Segundo o parlamentar, que serviu por mais de 25 anos no serviço operacional da Polícia Militar de Pernambuco, no Governo de Raquel todos os meses são registradas pioras nos índices de violência em relação ao ano passado. Só em setembro, esse crescimento foi de 42,7% em relação ao mesmo mês de 2022.

Despreparo – Para Alberto Feitosa, a demora na apresentação do ‘Juntos pela Segurança’ só demonstra a falta de preparo da tucana para mostrar ações concretas em uma área tão importante quanto a Segurança Pública. “Isso só mostra que a governadora está totalmente perdida na questão da segurança pública. O cidadão está com medo, a polícia está se sentindo desamparada e a bandidagem confiante para agir a qualquer hora do dia e da noite nas cidades pernambucanas”, completa.

Pode piorar – Se a situação da Segurança Pública já está difícil, tende a ficar ainda pior caso o Governo Raquel Lyra insista em não dialogar com as categorias que integram o Fórum dos Servidores da Segurança Pública. Na última quinta, em ato conjunto de cobrança por investimentos na estrutura das polícias, valorização salarial e contratação de pessoal, foi definida a realização de uma Assembleia Geral Conjunta, no dia 7 de novembro. Se até lá o Governo insistir na política do silêncio, pode ser deflagrada uma operação padrão em toda a segurança pública de Pernambuco.

Operação padrão – Se deflagrada a operação padrão, as forças policiais do Estado farão exclusivamente o que é legalmente estipulado como atribuições da categoria. Isso implicar dizer que na Polícia Civil, por exemplo, a prioridade nas investigações se dará por ordem cronológica. Ou seja, diferente do que ocorre normalmente, os crimes deste ano só serão investigados após a conclusão dos que aconteceram no ano passado.

Finalmente – Depois de muita pressão por parte dos aprovados do concurso da Polícia Penal, a secretária estadual de Administração, Ana Maraíza, finalmente publicou, no Diário Oficial do Estado, na quinta-feira, a listagem com a classificação dos nomes aprovados no curso de formação. Concluído em junho deste ano por todos os 1.354 aprovados no certame do ano passado, apenas os 350 colocados, dos quais, apenas 338 foram nomeados, sabiam a sua classificação. A resistência em divulgar a listagem completa, seria o receio de ampliar ainda mais a cobrança por novas nomeações, visto a vacância de mais de 2 mil cargos no setor.

Balística – Sem qualquer menção à realização de concurso no Juntos pela Segurança, a Polícia Científica do Estado está sem mão de obra qualificada para operar o Banco Nacional de Perfis Balísticos em Caruaru. Pronto para funcionar desde maio deste ano, o setor de balística forense de Caruaru é um dos três implantados em Pernambuco com recursos que somam mais de R$11 milhões do Governo Federal. “Hoje a gente tem situações de investimentos do Governo Federal, como o nosso banco balístico, por exemplo, sem pessoal para operar, sem a capacidade de ajudar a resolver e a diminuir o número de homicídios no nosso Estado”, revela a presidente da Associação de Polícia Científica de Pernambuco (APOC-PE), Camila Reis Baleeiro.

CURTAS

ANTIRRACISTA – No mês da Consciência Negra, a Assembleia Legislativa de Pernambuco promove, entre 6 e 10 de novembro, sua 1ª Jornada Alepe Antirracista. Além de uma exposição em homenagem à dançarina e cantora Lia de Itamaracá, a jornada será marcada por um grande ciclo de palestras sobre o tema, que encerra com a participação da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, durante Conferência Magna.

FPM – A sanção de Lula, na última terça-feira, ao Projeto de Lei Complementar 136/2023, que estabelece a recomposição do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) referente às quedas ocorridas de julho a setembro de 2023, foi recebida com muita satisfação em Pernambuco.  “A atuação conjunta da Amupe com a CNM, e dos gestores e gestoras municipais foi essencial para garantir que nossos Municípios recebessem o apoio necessário no momento”, comemorou a prefeita de Serra Talhada e presidente da Amupe, Márcia Conrado.

Perguntar não ofende: Será que O Governo do Estado vai insistir no silêncio e deixar as polícias deflagrarem operação padrão?