Partido Novo filia Deltan em evento com ‘PowerPoint do Lula’, críticas ao STF e Zema ovacionado

O Partido Novo filiou o ex-procurador e ex-deputado federal Deltan Dallagnol, cujo mandato foi cassado em maio com base na Lei da Ficha Limpa. O ato foi feito durante o sétimo Encontro Nacional do partido neste sábado, em São Paulo.

Dallagnol, eleito para o Congresso Nacional pelo Podemos do Paraná, foi condenado após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entender que sua exoneração do Ministério Público Federal, ainda em 2021, ocorreu para escapar de punições internas. À época, o então procurador era alvo de 15 procedimentos que investigavam sua situação na Operação Lava-Jato. De O Globo.

Apesar do anúncio feito no evento, o próprio estatuto do Novo proíbe a filiação de ingressantes com ficha suja ou que não estejam no pleno gozo de seus direitos políticos, o que é o caso de Dallagnol. Há dois artigos no documento, aprovado em 2018, que vão contra a situação jurídica do ex-procurador.

Em seu discurso ao lado do presidente nacional Eduardo Ribeiro, o governador mineiro Romeu Zema e lideranças como Marcel Van Hattem e Adriana Ventura, Dallagnol criticou a decisão que tirou seus direitos políticos, citou trechos bíblicos e afirmou que a volta de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência representa um “retrocesso”.

No meio de sua fala, o telão exibiu o PowerPoint que o próprio Dallagnol apresentou à imprensa em 2016 durante a Lava-Jato, atribuindo a Lula o esquema de corrupção na Petrobras. Enquanto isso, o público gritava “Lula ladrão, seu lugar é na prisão”.

“Não queria decepcionar tantos de vocês que pediram, que gostam dos meus PowerPoints. Solta o PowerPoint!” disse o ex-deputado.

O slide de Dallagnol gerou críticas à sua atuação e levou o Superior Tribunal de Justiça a condená-lo em 2022 a indenizar Lula. Os ministros entenderam que Dallagnol usou “expressões desabonadoras da honra e imagem” do petista, quando não havia condenações contra ele.

O evento contou com críticas à atuação do Supremo Tribunal Federal (STF), Zema recebido com ovação, e o lançamento do que a sigla chamou de “nova fase da fundação”. Está previsto o anúncio de mudanças no estatuto para extinguir a separação entre mandatários e dirigentes. Hoje o partido veta que filiados com mandatos eletivos ocupem cargos na direção.

A ofensiva contra o Supremo partiu de nomes como a economista Maria Helena Santos, ex-diretora de Desestatização do Ministério da Economia de Paulo Guedes, durante o governo Bolsonaro, e o deputado federal Marcel Van Hattem (RS).

Enquanto a economista palestrava, o telão do congresso exibia uma frase de Van Hattem: “É uma vergonha, o Supremo Tribunal Federal foi quem liberou não apenas esse bandido que está presidindo a nação, mas tantos outros bandidos que deveriam estar cumprindo pena”. O ex-deputado federal Alexis Fonteyne (SP) publicou outra declaração atribuída ao colega, durante seu discurso: “ou o STF volta para o seu quadrado ou o Congresso o enquadra”.

Em sua palestra, Zema defendeu que o partido mantenha foco nas eleições municipais do ano que vem em vez de especular sobre uma eventual candidatura à Presidência em 2026. Para ele, o Novo só vai conseguir “pavimentar planos maiores” caso consiga eleger uma grande bancada de vereadores e prefeitos.

“Esqueçam, por favor, o ano de 2026. Vamos focar em 2024”, declarou.

Afastado do cargo por mais de 60 dias após a depredação das sedes dos três Poderes, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), tem escapado das duas CPIs que investigam os ataques golpistas e não é sequer citado nas investigações políticas em curso no Congresso e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.

Desde o dia 8 de janeiro, Ibaneis viu a cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal ser presa, e seu ex-secretário de Segurança Pública Anderson Torres entrar no foco das investigações sobre a ameaça de golpe e de interferência no segundo turno das eleições. As informações são da Folha de São Paulo.

Autoridades federais e do Distrito Federal apontam diferentes motivos para a blindagem do governador, a começar por sua influência no Judiciário.

Reservadamente, políticos também afirmam que uma eventual briga com Ibaneis pode melindrar a relação com o MDB, legenda que integra a base do governo.

Outros apontam ainda o papel da vice-governadora do DF, Celina Leão (PP) — aliada do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidente do Progressistas.

A proteção ao governador na CPI da Câmara Legislativa já era esperada desde o início, já que o relator, Hermeto (MDB), foi líder do governo. No Legislativo local, 17 dos 24 dos deputados distritais se declaram base.

Mas nem mesmo na CPI do Congresso Nacional Ibaneis Rocha tem sido lembrado.

Deputados distritais, federais e senadores argumentam que não têm poder para convocar o governador. Eles reconhecem que Ibaneis sempre passou longe da fritura política.

Enquanto na CPI da Câmara Legislativa um convite ao governador não teria apoio da maioria, na comissão do Congresso os requerimentos apresentados (dois convites e quatro pedidos de convocação) nunca entraram em pauta.

Uma das dúvidas que ainda pairam no ar é sobre a abertura da Esplanada dos Ministérios no dia 8. Na véspera, o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), pediu para que o governo do Distrito Federal barrasse o acesso de manifestantes à área.

Na data dos ataques, no entanto, os golpistas não só tiveram a entrada liberada, como deixaram o acampamento montado em frente ao quartel-general do Exército e se aproximaram das sedes dos Poderes escoltados pela Polícia Militar do DF.

Após mais de oito meses de investigações, a CPI da Câmara Legislativa ainda não conseguiu responder quem deu a palavra final sobre o assunto. No dia 7 de janeiro, o governador disse ao site Metrópoles que as manifestações no local estavam liberadas, desde que fossem pacíficas.

Integrante da CPI da Câmara Legislativa, o deputado distrital Fábio Félix (PSOL) disse que seria importante a presença espontânea do governador na comissão.

“Já está claro que não teve apagão na inteligência porque existiam informações suficientes para que a operação fosse montada. Por que essa operação não foi bem montada? Ele acompanhou esse processo? Foi ele quem decidiu que a Esplanada não seria fechada [no] dia 8?”, questionou.

“E óbvio que tem uma pergunta política anterior do porquê o governador escolheu Anderson Torres para ser o secretário de Segurança Pública, dado o nível de tensionamento social que existia no Brasil. Ele era um homem de [Jair] Bolsonaro no Ministério da Justiça.”

Após a derrota de Bolsonaro (PL), ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e integrantes do governo Lula (PT) pediram que Ibaneis não levasse Anderson Torres de volta para a Secretária de Segurança do DF — sem sucesso.

No Congresso, a senadora do Distrito Federal Damares Alves (Republicanos) saiu em defesa do emedebista. A ex-ministra disse que não existe “nenhum indício” contra Ibaneis e que, mesmo tendo pouca relação com ele, sabe que é um “homem de paz”.

“O governador Ibaneis não tem nada a ver com os atos de 8 de janeiro. Eu e minha equipe estamos lendo tudo que chega na CPMI e não encontramos nenhum apontamento contra ele”, afirmou Damares.

“O afastamento do Ibaneis do governo foi tempo suficiente para se investigar a possível participação dele e naquele momento também nada foi encontrado. Assim, tenho a certeza que a CPMI entregará o relatório sem envolvê-lo.”

Procurado pela Folha, o governador não quis se manifestar. “Não trato desse assunto. Estou ainda pendente de julgamento do inquérito junto ao STF”, afirmou por mensagem.

O governador é investigado no inquérito do Supremo, que apura a responsabilidade de autoridades na destruição das sedes dos três Poderes. Torres e Fernando de Sousa Oliveira, ex-número dois da Secretaria de Segurança, também são alvo da apuração.

O Brasil assume neste domingo (1º) a presidência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). O mandato vai até dezembro e, segundo o Ministério das Relações Exteriores (MRE), a paz e a igualdade de gênero estão entre os temas que serão pautados pelo Brasil.

“É um evento que está na agenda para chamar a atenção para o papel que as mulheres podem exercer nos processos de prevenção e resolução de conflitos e presença nas operações de paz”, afirmou o secretário de Assuntos Multilaterais Políticos do MRE, embaixador Carlos Márcio Cozendey. As informações são do G1.

O Conselho de Segurança da ONU é composto por 15 países – cinco com cadeiras fixas (China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia) e 10 posições rotativas. A presidência é revezada por todos os integrantes.

Segundo Cozendey, o Brasil é o país em desenvolvimento que mais foi eleito para ocupar uma vaga rotativa no conselho: 11 vezes. A última eleição foi vencida em 2021, após um intervalo de 10 anos. O mandato teve início no ano passado e acaba em dezembro deste ano.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reivindica, desde o primeiro mandato, um assento permanente para o país no grupo. No entanto, a discussão não avançou.

Recentemente, o Brasil condicionou seu apoio à ampliação do Brics ao apoio, por parte dos países que já integram o grupo, à proposta brasileira de reforma do Conselho de Segurança da ONU, com vagas fixas também para África do Sul e Índia.

Em discurso na Assembleia Geral da ONU, em 19 de setembro, Lula disse que o Conselho de Segurança da ONU “vem perdendo progressivamente sua credibilidade”, devido à falta de reformas.

Ao ser questionado se o Brasil pretende usar a presidência do conselho para avançar no tema, o embaixador Carlos Márcio Cozendey disse que ainda não há indicação nesse sentido.

O que é o Conselho de Segurança da ONU?

Reunido pela primeira vez em janeiro de 1946, logo depois do fim da Segunda Guerra Mundial, o Conselho de Segurança da ONU é o organismo que, de acordo com a Carta das Nações Unidas, tem quatro missões:

  • manter a paz e a segurança internacional
  • desenvolver relações amistosas entre as nações
  • cooperar em resolver problemas internacionais e em promover o respeito aos direitos humanos
  • ser um centro para harmonizar as ações das nações

Diante de crises, os integrantes do conselho podem estabelecer diretrizes para que os países em conflito cheguem a acordo, enviar missões e iniciar investigações, por exemplo.

Quando há hostilidades mais graves, com conflito ou risco iminente de confrontos, o colegiado pode ajudar a formar um cessar-fogo ou mesmo enviar forças de paz. Em casos extremos, sanções ou até ações militares coletivas podem ser aplicadas.

Quais países integram o grupo?

No total, são 15, mas só cinco são membros permanentes:

  • China
  • Estados Unidos
  • França
  • Reino Unido
  • Rússia

Esses cinco países têm poder de veto — ou seja, um desses integrantes pode vetar propostas de resoluções do conselho. Isso ocorre por razões relacionadas aos interesses nacionais locais, incluindo proximidade política de nações com outras.

Os outros dez assentos são ocupados por países de forma rotativa. Os atuais são:

  • Brasil
  • Gabão
  • Gana
  • Emirados Árabes Unidos
  • Albânia
  • Equador
  • Japão
  • Malta
  • Moçambique
  • Suíça

A presidência do grupo é rotativa e, antes do Brasil, era exercida pelos Emirados Árabes.

*Por Ângelo Castelo Branco

Há polêmicas constantes sobre as definições técnicas do momento político brasileiro a partir do episódio de 1964. Há quem o denomine de revolução e há quem prefira o termo golpe de estado. 

Quanto ao modelo político-administrativo derivado do evento, há quem o defina como governo militar, outros de ditadura. Nessa safra de jabuticabas institucionais, foram cinco os generais indicados presidente em mandatos sucessivos. O que embaralha ainda mais os conceitos clássicos de ditadura. A “monocrática” de Getúlio Vargas havia se prolongado por 15 anos (1930/1945). A supressão do estado de direito divorcia 1964 da democracia. 

Enfim, o Brasil atravessou aquelas fases, mas segue confuso sem conseguir firmar um ambiente de civilidade e de respeito nas relações institucionais entre os grupos ideológicos ativos. Com um detalhe: o temido Partido Comunista foi resgatado, porém perdeu completamente a aura de influência e de temores que chegou a impactar a sociedade brasileira dos anos 30 até os anos 80 no contexto da guerra fria entre Marx e Tio Sam. 

Os ciclos da história são muito interessantes. Atualmente o Supremo Tribunal Federal é a bola da vez. É o que manda no Brasil. 

As decisões relevantes tomadas no Congresso Nacional têm sido judicializadas por correntes ideológicas inconformadas com os resultados do plenário democrático,  e geralmente são reformuladas pelos 11 juízes  da Suprema Corte. A presidência da República se vale da mesma estratégia para neutralizar adversários. 

Se por um lado o Congresso Nacional perdeu fôlego em sua autonomia política, por outro lado a jabuticaba o fez avançar no controle do orçamento da União, item este que transformou o presidente da República numa espécie de refém com reduzido espaço de independência na aplicação de recursos públicos. 

São fatos como estes que estão sendo incorporados aos atuais capítulos da história brasileira. Desnecessário relembrar que a jabuticaba só existe nas terras do Brasil onde, segundo Cabral, em se plantando tudo dá.

*Jornalista

A Prefeitura de Garanhuns inaugurou, na última quinta-feira (28), o mais novo Centro Esportivo Laércio Peixoto, com direito a dois campos de futebol, playground, academia de musculação, alambrados, arquibancadas, iluminação, estacionamento e áreas de convivência. 

Logo na estreia, jogos amistosos entre as equipes tradicionais Guarani de Biu, Novo Heliopólis, Sport de Moura e Associação Eldorado que duelaram nos novos campos de várzea, São Cristóvão e Eldorado, que receberam os nomes de Ivan Holanda e José Paulino.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é conhecido por seu perfil centralizador e, num governo com dificuldades de relacionamento com um Congresso hostil, a figura do chefe do Executivo se tornou ainda mais relevante para fazer a gestão andar. Como Lula vai passar ao menos três semanas isolado no Palácio da Alvorada enquanto se recupera da cirurgia que fez na sexta (29), a tendência é que o governo federal enfrente impasses no decorrer do período.

O poder ficará pulverizado entre vários personagens, e as decisões mais importantes terão de esperar pela recuperação do presidente. As informações são do Metrópoles.

Lula não passou o cargo para seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), e segue como presidente formal, mas ficará impossibilitado de atuar diretamente, sobretudo nesta primeira semana. No período, a “cara” do governo deverá ser dividida por setores, e há boas chances de atritos na equipe do presidente.

A reforma ministerial que oficializou a entrada de PP e Republicanos na Esplanada não garantiu base parlamentar sólida, como já era esperado, e o Centrão continua cobrando Lula por mais espaços em troca de deixar a pauta do governo andar na Câmara e no Senado.

Para além das indicações ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à Procuradoria-Geral da República (PGR), cujos nomes a serem escolhidos são de total interesse do Legislativo, Lula não decidiu antes da cirurgia se vai entregar o comando da Caixa ao PP de Arthur Lira, presidente da Câmara, e em que termos.

Com isso, mesmo antes da convalescença do presidente, o grupo político de Lira já começou a impor dificuldades para o governo no Legislativo e nada do interesse dos lulistas avançou na última semana.

Articulação mais frouxa

Agora, sem Lula para assegurar o cumprimento de acordos e cobrar seus ministros para liberarem logo emendas prometidas, fica mais difícil o trabalho dos articuladores do governo: o ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, e os líderes na Câmara, José Guimarães (PT-CE), e no Senado, Jaques Wagner (PT-BA).

Tem sido comum a reclamação, mesmo de parlamentares da base, de que áreas do governo, como os ministérios da Saúde e o do Esporte antes da troca de Ana Moser por André Fufuca, demoram demais para liberar verbas de emendas. E apenas ordens diretas de Lula parecem resolver essas questões na velocidade que os congressistas esperam.

Além disso, esses articuladores oficiais não conseguem atuar em todas as frentes. Num tema fundamental para o governo, que são as pautas econômicas, só o ministro Fernando Haddad, da Fazenda, tem conseguido destravar algumas conversas. E há uma batalha pela frente.

Insatisfeito com a demora na resposta a algumas de suas demandas, o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que preside a importantíssima Comissão de Constituição e Justiça do Senado, está criando dificuldades para pautar a Reforma Tributária e pode frustrar os planos do governo de vê-la aprovada até outubro.

Existe o risco de Alcolumbre “sentar em cima” também da sabatina de quem Lula indicar para STF e PGR.

Papel de Janja na ausência de Lula

Na convalescença de Lula, a primeira-dama do país, Janja da Silva, deverá atuar como uma espécie de porta-voz do presidente, como já aconteceu na viagem ao Rio Grande do Sul, na última semana, quando ela liderou uma comitiva de ministros.

Essa situação preocupa líderes de bancadas e até alguns integrantes do governo, pois a primeira-dama tem a fama de “não dar moral” a quem não está no seu seleto grupo de favoritos. O aumento do poder de Janja traz para esses desconfiados o medo de que ela não permita acesso a Lula, durante o isolamento no Alvorada, mesmo quando ele já estiver melhor.

Rui Costa segurando as pontas

Se Janja vai atuar como porta-voz de Lula, caberá ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, o papel de manter a máquina governamental funcionando na ausência do presidente. Costa, que é muito próximo de Lula, terá a tarefa de cobrar ministros e outros auxiliares, de dar aos articuladores os posicionamentos do governo a cada tema e de tentar impedir atritos.

Tudo isso enquanto coordena o principal programa de investimentos do governo, o PAC.

O Diário Oficial da União (DOU) publicou, nesta sexta-feira (29), o decreto de aposentadoria da ministra Rosa Weber, com efeito a partir de hoje (30), assinado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. A ministra completa 75 anos na segunda-feira (2) e atinge a idade constitucional limite para integrar a Corte.

Da Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou nesta sexta-feira (29) maioria de votos para determinar ao Congresso a aprovação de uma lei para garantir a implementação da licença-paternidade.

Pela decisão, os parlamentares terão prazo de 18 meses para criar as regras do benefício. Caso não seja aprovado, a licença-paternidade deverá seguir as regras da licença-maternidade, que é de 120 dias.

Por 7 a 1, a maioria dos ministros votou para declarar a omissão do Congresso na regulamentação da licença para os pais, que foi garantida na Constituição, mas desde a promulgação não foi regulamentada.

A decisão da Corte foi tomada a partir de uma ação protocolada em 2012 pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS). O julgamento ocorre no plenário virtual e vai até 6 de outubro.

Pela modalidade virtual, os ministros inserem os votos no sistema eletrônico e não há deliberação presencial. O julgamento é aberto com o voto do relator. Em seguida, os demais ministros passam a votar até o horário limite estabelecido pelo sistema.

O prefeito de Olinda, Professor Lupércio, passou a compor o quadro do Partido Social Democrático (PSD). A solenidade de filiação foi realizada, nesta sexta-feira (29), no diretório sede da legenda no estado, localizado no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul da capital pernambucana. A agenda política reuniu parlamentares, gestores públicos e diversos representantes da sociedade.

O gestor da Marim dos Caetés ressaltou a manutenção dos seus princípios e valores, compromissos assumidos com toda a população. “Chego ao partido de coração aberto, com o sorriso nos lábios e a mesma garra pelo trabalho que sempre marcou a minha vida pública. Só tenho a agradecer a Deus e a todos que pavimentaram essa caminhada até aqui, seguindo de mãos dadas conosco rumo ao futuro“ afirmou Lupércio.

O presidente do PSD-PE e atual Ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, destacou a importância do ato. “Lupércio tem o cheiro do povo e é o nome mais popular do partido em Pernambuco. É com muita honra que o PSD filia, hoje, o Professor Lupércio”, destacou.

A secretária de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Tecnologia, Mirella Almeida, provável nome indicado por Lupércio  para a sucessão, prestigiou o ato. “Toda a nossa cidade ganha com este fortalecimento, seguindo na missão de fazer mais e melhor pelas pessoas. Estamos felizes de poder construir esse momento e hoje podemos celebrar”, disse.

Outros secretários de Olinda também estiveram presentes,  como a titular de Gestão de Pessoas e Administração, Maria do Carmo Batista; Desenvolvimento Social e Direitos Humanos de Olinda, Andréa de Paula; da Assessoria Especial, Bruno Lisboa; e de Comunicação, Severino Júnior.

A base do prefeito na Câmara Municipal foi representada pelos vereadores Felipe Nascimento, Saulo Holanda, Tonny Magalhães e Flávio Nascimento, que também é filiado ao PSD.

A governadora Raquel Lyra recebeu, nesta sexta-feira (29), no Palácio do Campo das Princesas, a visita do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. Durante o encontro, foi formalizado um grupo de trabalho com as equipes técnicas dos governos federal e estadual para discutir ações para o Estado de maneira integrada. 

“Foi uma reunião com as equipes técnicas do ministro e a nossa, já para criar um grupo de trabalho para permitir que os assuntos que tratam do seu ministério. Vamos nos encontrar semanalmente para poder tocar essas pautas. A boa notícia é que tem uma equipe que está afinada – Ministério e Governo de Pernambuco – e a gente tem grandes oportunidades, quer pela decisão política do presidente Lula e pela sinergia com o Ministério, como também pelos nossos esforços”, afirmou a governadora Raquel Lyra.

Durante a reunião, foram discutidas as possibilidades de investimentos em Pernambuco divididas em três eixos: aeroportos regionais, Porto do Recife e Porto de Suape. Este último, tratado como prioridade.

“A gente espera que nesses próximos quatro anos a gente possa apresentar uma cartela de projetos para o Estado com recursos do governo federal e do Governo do Estado na ordem de quase R$ 1 bilhão em investimentos”, explicou o ministro Silvio Costa Filho. 

“Vamos fazer investimentos no Porto de Suape desde novos terminais, como também dragagem para poder ampliar o escoamento da produção do Estado. No caso do Porto do Recife, a governadora quer potencializar para integrar o turismo. Em relação aos aeroportos, também temos algumas prioridades. A primeira é trabalhar para a Aena entregar, no fim do ano, o Aeroporto do Recife requalificado e ampliado. Além disso, a gente quer avançar nesses aeroportos regionais para fazer com que a gente tenha uma visão macro do Estado de Pernambuco”, continuou.

Estiveram presentes o secretário nacional da Aviação Civil, Juliano Noman, o diretor de programas do Mpor, Pablo Brandão, a secretária nacional de Portos, Mariana Pescatori, o chefe de gabinete do MPor, Thairyne Oliveira, além dos secretários estaduais Guilherme Cavalcanti (Desenvolvimento Econômico) e Diogo Bezerra (Mobilidade e Infraestrutura).