Pós-cirúrgico de Lula pulveriza poder e emperra articulação do governo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é conhecido por seu perfil centralizador e, num governo com dificuldades de relacionamento com um Congresso hostil, a figura do chefe do Executivo se tornou ainda mais relevante para fazer a gestão andar. Como Lula vai passar ao menos três semanas isolado no Palácio da Alvorada enquanto se recupera da cirurgia que fez na sexta (29), a tendência é que o governo federal enfrente impasses no decorrer do período.

O poder ficará pulverizado entre vários personagens, e as decisões mais importantes terão de esperar pela recuperação do presidente. As informações são do Metrópoles.

Lula não passou o cargo para seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), e segue como presidente formal, mas ficará impossibilitado de atuar diretamente, sobretudo nesta primeira semana. No período, a “cara” do governo deverá ser dividida por setores, e há boas chances de atritos na equipe do presidente.

A reforma ministerial que oficializou a entrada de PP e Republicanos na Esplanada não garantiu base parlamentar sólida, como já era esperado, e o Centrão continua cobrando Lula por mais espaços em troca de deixar a pauta do governo andar na Câmara e no Senado.

Para além das indicações ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à Procuradoria-Geral da República (PGR), cujos nomes a serem escolhidos são de total interesse do Legislativo, Lula não decidiu antes da cirurgia se vai entregar o comando da Caixa ao PP de Arthur Lira, presidente da Câmara, e em que termos.

Com isso, mesmo antes da convalescença do presidente, o grupo político de Lira já começou a impor dificuldades para o governo no Legislativo e nada do interesse dos lulistas avançou na última semana.

Articulação mais frouxa

Agora, sem Lula para assegurar o cumprimento de acordos e cobrar seus ministros para liberarem logo emendas prometidas, fica mais difícil o trabalho dos articuladores do governo: o ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, e os líderes na Câmara, José Guimarães (PT-CE), e no Senado, Jaques Wagner (PT-BA).

Tem sido comum a reclamação, mesmo de parlamentares da base, de que áreas do governo, como os ministérios da Saúde e o do Esporte antes da troca de Ana Moser por André Fufuca, demoram demais para liberar verbas de emendas. E apenas ordens diretas de Lula parecem resolver essas questões na velocidade que os congressistas esperam.

Além disso, esses articuladores oficiais não conseguem atuar em todas as frentes. Num tema fundamental para o governo, que são as pautas econômicas, só o ministro Fernando Haddad, da Fazenda, tem conseguido destravar algumas conversas. E há uma batalha pela frente.

Insatisfeito com a demora na resposta a algumas de suas demandas, o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que preside a importantíssima Comissão de Constituição e Justiça do Senado, está criando dificuldades para pautar a Reforma Tributária e pode frustrar os planos do governo de vê-la aprovada até outubro.

Existe o risco de Alcolumbre “sentar em cima” também da sabatina de quem Lula indicar para STF e PGR.

Papel de Janja na ausência de Lula

Na convalescença de Lula, a primeira-dama do país, Janja da Silva, deverá atuar como uma espécie de porta-voz do presidente, como já aconteceu na viagem ao Rio Grande do Sul, na última semana, quando ela liderou uma comitiva de ministros.

Essa situação preocupa líderes de bancadas e até alguns integrantes do governo, pois a primeira-dama tem a fama de “não dar moral” a quem não está no seu seleto grupo de favoritos. O aumento do poder de Janja traz para esses desconfiados o medo de que ela não permita acesso a Lula, durante o isolamento no Alvorada, mesmo quando ele já estiver melhor.

Rui Costa segurando as pontas

Se Janja vai atuar como porta-voz de Lula, caberá ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, o papel de manter a máquina governamental funcionando na ausência do presidente. Costa, que é muito próximo de Lula, terá a tarefa de cobrar ministros e outros auxiliares, de dar aos articuladores os posicionamentos do governo a cada tema e de tentar impedir atritos.

Tudo isso enquanto coordena o principal programa de investimentos do governo, o PAC.

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O prefeito de Caruaru, Rodrigo Pinheiro, foi recebido pelo superintendente da Polícia Federal (PF), Antônio de Pádua, na sede do órgão, no Recife. Na ocasião, Pádua entregou uma placa em homenagem ao prefeito pela parceria entre Caruaru e a Polícia Federal.

A gestão de Rodrigo Pinheiro é responsável por concretizar a doação do terreno onde está sendo construída a nova sede da Polícia Federal na Capital do Agreste. O novo espaço será instalado na recentemente requalificada Avenida Brasil, que também recebeu a praça Vereador José Pinheiro dos Santos Filho, considerada a maior de Pernambuco. Além disso, a área conta com um posto avançado da guarda municipal que funciona 24 horas.

“Fazemos um trabalho sempre em parceria com a Polícia Federal, seja no programa Juntos pela Segurança, seja na doação do terreno ou na infraestrutura do entorno da nova sede do órgão que está sendo construída em Caruaru. Muito grato a Antônio de Pádua e a todos da PF pela homenagem”, declarou Pinheiro.

Jaboatão - Espaço vida marinha

O atual prefeito de Carpina, Manuel Botafogo, foi condenado pela Justiça Eleitoral a pagar uma multa de R$ 5 mil por ter proferido um discurso considerado preconceituoso e misógino contra a pré-candidata à Prefeitura da cidade pelo Podemos, Eduarda Gouveia. O episódio ocorreu durante a cerimônia de inauguração da Creche Maria Izidoro de Araújo, no bairro de Santo Antônio. Na ocasião, Manuel afirmou que Eduarda “é vendedora de coisa, de boteco lá em Recife, de boteco”.

Essa declaração foi interpretada pelo juiz eleitoral como uma forma de discriminação e propaganda eleitoral negativa. A Justiça Eleitoral fundamentou sua decisão nos dispositivos legais do art. 243, inc. X, do Código Eleitoral, e nos arts. 2°, 3°-A e 22, incs. I e XII, da Resolução do Tribunal Superior Eleitoral nº 23.610/2019.

A representação eleitoral foi apresentada pelo Podemos de Carpina/PE, alegando que o discurso de Botafogo foi agressivo e incentivou violência política contra as mulheres. A sentença destaca um importante precedente no combate à propaganda eleitoral negativa e à violência política contra as mulheres, reforçando a importância do respeito e da igualdade de gênero no cenário político.

Paulista - Prêmio Sebrae

A cidade de Araripina é a sede da 31ª edição dos Jogos Escolares Regionais Sertão do Araripe. A cerimônia de abertura aconteceu ontem, na quadra do Sesc Ler e a competição tem início hoje e vai até o sábado, dia 1º de junho. Após 12 anos, os jogos retornam para Araripina devido ao apoio e estrutura oferecidos pela Prefeitura de Araripina para a realização da principal competição esportiva regional.

Serão disputadas as modalidades coletivas de futsal, vôlei, handebol e basquete para as idades de 12 a 14 e 15 a 17 anos das categorias feminino e masculino. Dos mil alunos e alunas das escolas municipais dos dez municípios que compõem a região do Araripe estão na cidade e disputam os jogos com o objetivo de seguirem para a etapa estadual onde concorrerão com atletas das outras 16 GREs.

Organizado pela Gerência Regional de Educação Sertão do Araripe, os Jogos Escolares contam com o apoio da Prefeitura de Araripina, através das secretarias de Educação, Esportes, Saúde e da AEDA que estão dando suporte para os atletas durante os três dias de competições.

Estão participando os atletas das cidades de Araripina, Bodocó, Exu, Ouricuri, Trindade, Ipubi, Granito, Santa Cruz, Santa Filomena e Moreilândia. As partidas acontecem nas quadras do SESC Ler, da AEDA e da escola municipal Eduardo de Sousa Carvalho.

A cerimônia de abertura dos Jogos Escolares Regionais Sertão do Araripe teve a presença da gestora da GRE, Rosa Maria Oliveira, dos prefeitos de Ouricuri (Ricardo Ramos) e de Exu (Raimundo Saraiva), do presidente da Câmara de Vereadores de Araripina, Roseilton Oliveira, dos secretários de Araripina, Ana Paula Ramos (Educação) e Bringel Filho (Esportes), do diretor-presidente da AEDA, George Modesto, do gerente do Sesc Ler, Richard Santiago além de secretários e secretários municipais.

Petrolina - Viva a nossa arte

Do G1

Os senadores e deputados de partidos que têm ministérios na gestão Lula (PT) deram, em conjunto, mais votos contra do que a favor ao posicionamento do governo em 3 das 4 votações nominais ocorridas no Congresso Nacional nesta terça-feira (28). Ao todo, 12 partidos têm representantes em ministérios.

Veja os números:

  • Derrubada do veto de Lula à lei que proíbe as saidinhas de presos: os partidos com ministério deram 173 votos contra o governo, e 123 a favor;
  • Manutenção do veto de Bolsonaro à criminalização das fake news eleitorais: 197 votos contra o governo Lula (manutenção do veto), e 125 a favor;
  • Derrubada do veto de Lula a trecho da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que tenta restringir gastos do governo que poderiam ofender valores conservadores: 124 votos a favor e 242 contra;
  • Manutenção do veto de Lula ao trecho da LDO que impunha um calendário para pagamento de emendas parlamentares: 220 votos a favor e 79 contra, em única vitória do governo nas votações nominais.

Total por partido

Os 12 partidos que comandam ministérios somaram o seguinte placar de votos contrários ao governo nas quatro votações nominais:

  • PP: 151
  • PSD: 143
  • UNIÃO: 139
  • Republicanos: 121
  • MDB: 85
  • PDT: 27
  • PRD: 16
  • PSB: 7
  • PT: 2
  • PCdoB: 0
  • PSOL: 0
  • Rede: 0

O PP foi o partido que mais deu votos contrários na maioria das votações: 151. Já o PSOL e o PCdoB foram os únicos a dar todos os votos a favor nas quatro votações.

Mesmo o PT, partido de Lula, teve dois votos contrários ao governo.

Votações simbólicas

Além das três derrotas em votações nominais no Congresso, o governo federal também perdeu outras duas votações simbólicas na Câmara. Nas votações simbólicas, não são computados os votos individuais.

  • A Câmara aprovou um projeto que suspende trechos de decreto de Lula sobre armas e permite clubes de tiro a menos de 1 km de escolas;
  • Os deputados também aprovaram um projeto de lei que taxa em 20% compras de até US$ 50 em sites internacionais – Lula era contra, mas disse que aceitava negociar.
Ipojuca - Minha rua top
Caruaru - Geracao de emprego

Por Magno Martins – exclusivo para a Folha de Pernambuco

Nas votações dos vetos em sessão do Congresso, na última terça-feira, o Governo Lula provou do fel da oposição, reforçada até por petistas. A inexistência do governo ficou muito clara: até integrantes de partidos da suposta base foram contra o Palácio do Planalto. E não foram poucos. Lula queria criminalizar a divulgação de fake news eleitorais. Foi derrotado por 317 a 139 na Câmara.

Lula queria manter a saidinha de presos no regime semiaberto. Foi derrotado por 314 a 126 na Câmara. No Senado, por 52 a 11. Sinal de que Lula também não já vai aonde o povo está: a petistíssima deputada Maria do Rosário votou com a maioria contra a saidinha, porque quer ser prefeita de Porto Alegre. Tabata Amaral, da esquerda descolada, igualmente votou contra. Quer ser prefeita de São Paulo.

Os dois fracassos não foram menos do que acachapantes. Reafirmam que o único parlamento no qual o governo tem força é o plenário do STF. Na falta de apoio político, chantageado pelo Congresso, Lula faz mais do mesmo: paga para que deputados e senadores votem a favor de projetos do Palácio do Planalto.

Só que, à diferença do que ocorreu nos mandatos petistas anteriores, hoje os partidos e o Congresso contam com uma bolada própria muito maior – o dinheiro do fundo partidário e do fundo eleitoral e as emendas disso e daquilo, respectivamente.

No início deste mês, por exemplo, os parlamentares rejeitaram vetos presidenciais e restabeleceram o pagamento de R$ 4,25 bilhões relativos a emendas apresentadas pelas comissões permanentes. Para não ficar muito feio para Lula, acataram o veto para o restante que completava a soma total de R$ 6 bilhões. Deram de lambuja.

Outro exemplo de que o governo não existe é a tratativa com os planos de saúde. As operadoras estão se entendendo diretamente com Arthur Lira para trocar o cancelamento de planos por uma legislação que as beneficie. Se não há governo, quem precisa de intermediários?

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Risco de impeachment 

A sessão do Congresso da última terça-feira, na qual o Governo Lula sofreu uma acachapante derrota, na discussão e votação de 20 vetos, não ligou apenas um sinal amarelo para o presidente, que vem derretendo sua popularidade mês a mês, conforme pesquisa do PoderData de ontem, que mostrou que a desaprovação já é maior que a aprovação.

O placar de 317 deputados favoráveis à manutenção de um veto do ex-presidente Jair Bolsonaro evidenciou o risco de impeachment, que se faz com apoio de 342 parlamentares. Faltam apenas 25, o que tira o resto do pouco sono que Lula ainda se reserva. Logicamente, que ainda haverá um longo caminho a ser travado no Congresso para avançar uma medida tão radical.

Também há mecanismos – que ainda não foram utilizados – para evitar uma debandada de aliados. Só resta ao Governo cooptar parlamentares de centro, aqueles que decidem para onde sopra a biruta. Mas não deixa de ser constrangedor assistir a um presidente de terceiro mandato definhar tanto assim.

O PT terá que ter apoio redobrado com aliados, sobretudo aqueles que já o traíram. No segmento da esquerda, o PSB foi um dos apoiadores do impeachment de Dilma Rousseff em 2016, e que jamais foi perdoado pela militância petista por isso. Hoje, a sigla tem 14 deputados, quatro ministérios e ainda se acha subvalorizada.

Siglas como PDT, MDB e União Brasil também não inspiram confiança, e possuem sua pomposa fatia de espaços na esfera federal. Mas uma onda popular crescente certamente os demoveria, como já ocorreu na década passada. Já chegou a hora de Lula perceber que o dito “museu de grandes novidades”, no qual apostou, não tem mais gás. É uma fadiga de material que beira a hibernação. Se perder um deputado aliado por dia, não comerá nem o milho junino.

Pedidos engavetados – Lula não corre nem de longe o risco de um impeachment, primeiro porque não há um motivo forte e aparente, e segundo porque ele conta com um aliado de peso no Congresso, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que, aliás, já engavetou vários pedidos de bolsonaristas mais radicais nessa direção. O que o petista precisa cuidar, urgentemente, é de rearrumar a sua equipe de Articulação no Congresso, trocando de imediato o ministro Alexandre Padilha.

Salvo por Severino – No seu primeiro mandato, Lula enfrentou uma das maiores crises de gestão com o estouro do escândalo do Mensalão em maio de 2005, a compra de votos na Câmara com o pagamento de uma mesada para deputados votarem a favor de projetos de interesse do Governo, cujo mentor foi o ex-ministro José Dirceu. Aberta a CPI e comprovado o esquema, o petista só não sofreu impeachment graças ao pernambucano Severino Cavalcanti. Então presidente da Câmara, Severino engavetou dezenas de pedidos de abertura de impeachment.

Traição na base – O governo Lula só existe nos comícios que o presidente da República faz com dinheiro público. Ele não tem base parlamentar que lhe dê sustentação. Se o petista fosse primeiro-ministro, ele já teria caído faz tempo. Nas votações dos vetos, a inexistência do governo ficou muito clara: até integrantes de partidos da suposta base foram contra o Palácio do Planalto. E não foram poucos.

Até petista votou contra – Lula queria criminalizar a divulgação de fake news eleitorais. Foi derrotado por 317 a 139 na Câmara. Lula queria manter a saidinha de presos no regime semiaberto. Foi derrotado por 314 a 126 na Câmara. No Senado, por 52 a 11. Sinal de que Lula também não vai aonde o povo está: a petistíssima deputada Maria do Rosário votou com a maioria contra a saidinha. Et pour cause: quer ser prefeita de Porto Alegre. Tabata Amaral, da esquerda descolada, igualmente votou contra. Quer ser prefeita de São Paulo.

Lado, herança do pai – Antes de receber, ontem, o apoio formal do União Brasil para reforçar seu palanque de reeleição, o prefeito João Campos (PSB) teve uma longa conversa, lá atrás, com o presidente do diretório municipal da legenda, Mendonça Filho. Tentou o seu apoio, mas não conseguiu. Como o pai, o velho Mendonção, que só teve um partido em 40 anos de vida pública, Mendoncinha, como é conhecido, mostrou que tem lado: o campo da centro-direita.

CURTAS

LONGE DO PT – O que dificultou a transferência de Mendonça Filho para o palanque de João, conforme ele próprio deixou claro na conversa com o prefeito, foi a presença do PT na coligação com o socialista. Na Câmara, Mendonça é um dos mais combatentes adversários do Governo Lula.

BANCADA BBB – No Congresso, o segmento parlamentar que se opõe ao Governo e que impôs, na terça-feira passada, uma humilhante derrota ao presidente Lula, passou a ser conhecida como a bancada BBB – da Bíblia (os evangélicos), da Bala (defensores de armamento) e do Boi (agronegócio).

ROMPIMENTO – Na nota de ontem sobre a unidade das oposições em Cabrobó, informei que o nome consensual seria um médico com relevantes serviços prestados ao município, mas não citei seu nome. Trata-se de Doutor Lucas Novaes, atual vice-prefeito, que rompeu com o prefeito Galego de Nanai (Avante).

Perguntar não ofende: Até quando Lula vai bater cabeça insistindo com Alexandre Padilha na Articulação Política?

Belo Jardim - Vivenciando Histórias

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, concedeu liberdade provisória aos dois últimos policiais militares do Distrito Federal presos no inquérito dos atos golpistas de 8 de janeiro. Agora, o tenente Rafael Pereira Martins e o major Flávio Silvestre de Alencar terão que seguir medidas cautelares como usar tornozeleiras eletrônicas, não deixar o País e nem acessar as redes sociais.

Os dois permanecem na ativa da Polícia Militar do DF (PMDF). A decisão de Moraes atendeu a uma recomendação da Procuradoria Geral da República (PGR), que argumenta que as prisões preventivas não fazem mais sentido dado o estágio avançado das investigações. As informações são do portal Estadão.

“O encerramento da fase instrutória, na presente hipótese, configura importante situação superveniente que altera o cenário fático até então vigente, evidenciando que não mais se justifica a segregação cautelar. Seja para a garantia da ordem pública, seja para conveniência da instrução criminal, pois não está presente a possibilidade atual de reiteração do crime e inexistente o risco de interferência na produção probatória”, disse o ministro.

Outros cinco réus do caso já haviam sido liberados por Moraes quando foram levados à reserva. Os sete integrantes da cúpula da PMDF foram presos no ano passado pela Polícia Federal (PF) no bojo da Operação Lesa Pátria, acusados de omissão durante a invasão das sedes dos Três Poderes.

A operação investiga supostos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

Acusação de orientar desmonte de bloqueio

Alencar, alvo da 5ª fase da operação deflagrada em fevereiro, foi preso pela segunda vez em maio de 2023, na 12ª etapa da ofensiva da PF. O major é suspeito de ter orientado o desmonte do bloqueio tático posicionado próximo ao Congresso Nacional, que servia para impedir a invasão dos golpistas à praça dos Três Poderes. O recuo dos policiais militares facilitou o acesso de extremistas ao edifício sede do STF.

No mesmo ano, em agosto, Alencar foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) também por omissão frente ao ataque antidemocrático. De acordo com o órgão, as investigações demonstraram que “havia profunda contaminação ideológica de parte dos oficiais da Polícia Militar do DF, que se mostrou adepta de teorias conspiratórias sobre fraudes eleitorais e de teorias golpistas”.

Neste sentido, o major, de acordo com a denúncia, “apresentava postura subversiva” e instigava “que seus pares deixassem de agir, em perspectiva de movimentos golpistas”. Apesar de estar ciente da posição que ocupava, menciona a PGR, Alencar permaneceu “inerte” e não confrontou os extremistas que atacaram o Congresso.

Alvo da mesma acusação, Martins, que já havia sido preso por ordem de Moraes em fevereiro, também foi preso preventivamente uma segunda vez após o ministro receber a denúncia. De acordo com a PGR, o oficial, que na data dos atos golpistas era responsável pelo comando do 1º pelotão da tropa de choque da PM, se omitiu ao ver, “diante de seus olhos”, “o risco de depredação e invasão à sede do Supremo Tribunal Federal”.

“Vendo o início dos atentados ao Poder Judiciário, tomou conhecimento da necessidade de salvamento, mas aguardou a concretização dos danos”, destacou o órgão denunciante em relação à atuação do tenente, que deixou de “atuar na contenção dos insurgentes, deixando a Polícia Judicial à própria sorte”.

Serra Talhada - Saúde

A eleição para escolha da nova presidência do tradicional Instituto de Advogados de Pernambuco – IAP teve um resultado inovador. Sai o advogado Gustavo Ventura, da área de Direito Tributário Internacional, e entra Érika Ferraz, especialista em Direito Comercial e Civil, sua vice desde o pleito de 2020.

Erika Ferraz ocupará o cargo como a primeira mulher a comandar o IAP. Ela é graduada em Direito, pela UFPE (1996), e pós-graduada em Direito Empresarial, pela Escola Superior de Magistratura de Pernambuco. Tem mestrado em Direito Comercial pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo e integra o escritório Ferraz & Friedheim. Na presidência, Ferraz terá como vice Eric Castro em Silva, advogado tributarista, com mais de 15 anos de experiência.

Vitória Reconstrução da Praça

A vice-presidente nacional do Solidariedade, Marília Arraes, desembarca no próximo sábado, na cidade de Serra Talhada, para selar o apoio à Márcia Conrado (PT), candidata à reeleição nas próximas eleições, negando, de uma vez por todas, as pretensões do deputado estadual Luciano Duque, de usar a legenda do partido para ser o candidato de oposição a prefeita.

Marília Arraes, segundo pesquisas para consumo interno, é a segunda liderança fora do município com maior influência junto ao eleitorado local. Só perdendo para o presidente Lula. Por isso, sua decisão de se aliar a Márcia Conrado, com o aval da direção nacional do Solidariedade, será o principal movimento do palanque da prefeita neste período de pré-campanha.

A presença de Marília, em função do ambiente envolvendo o próprio Duque, ex-aliado, é o assunto que domina as conversas políticas e partidárias no município, e a expectativa é um cenário de grande festa para recepcioná-la, assim como aconteceu em Jaboatão dos Guararapes, em apoio a Elias Gomes, também do PT.

Após as eleições, com a derrota de Marília para a atual governadora, Raquel Lyra, Luciano Duque  evou a bancada do partido (a exceção de Lula Cabral) para a base da governadora, à revelia  das direções estadual e nacional. Vice-presidente nacional da legenda, Marília Arraes aguentou resiliente à traição e, ao contrário do que muitos esperavam, não pediu a expulsão dos parlamentares. Agiu é se comportou sem ansiedades, observando a massaranduba do tempo, como dizia e recomendava nestas situações, o ex-governador Joaquim Francisco.

Na política, a pressa não é uma boa companheira. E não se deve ignorar e nem subestimar a capacidade de reação dos outros. O resultado desse processo é exemplo ilustrativo. Sábado próximo, Luciano Duque colherá uma lição muito comum na linguagem e ambiente popular: “vingança é um prato igual a papa. Se come frio e pelas beiradas”.

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou, hoje, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu uma melhora na “organização” das conversas de articulação política do Palácio do Planalto com o Congresso, após deputados e senadores derrubarem uma série de vetos do petista.

Em sessão conjunta nesta terça-feira, 28, Câmara e Senado decidiram rejeitar os vetos presidenciais à chamada “saidinha” de presos do regime semiaberto para ver familiares e à proibição de uso de recursos públicos para promover, por exemplo, ações contra a chamada “família tradicional”, uma pauta cara ao bolsonarismo.

Mesmo assim, Wagner considera que o governo saiu vitorioso ao conseguir manter o veto ao calendário de pagamento de emendas impositivas (obrigatórias) que tornaria o Orçamento da União ainda mais engessado. O Executivo conseguiu fechar um acordo com os parlamentares após acelerar a liberação desses recursos, cruciais para irrigar bases eleitorais de deputados e senadores em ano de disputa por prefeituras.

“Acabei de sair da sala dele (Lula). Ele está absolutamente tranquilo. Ele tem 78 (anos), já apanhou, já comemorou, já chorou, já riu. Então, não assusta isso”, afirmou o líder do governo, a jornalistas. “O balanço é de que a gente precisa melhorar a nossa organização nesse processo de governo e Legislativo”, emendou.

De acordo com Jaques Wagner, melhorar a organização do governo envolverá uma “sistemática de acompanhamento mais próxima” do Congresso. Quando houver uma sessão de vetos, os articuladores do governo terão de se reunir uma semana antes e debater os acordos, exemplificou. “É preciso um afinamento melhor para que o que aconteceu aqui (Congresso) seja totalmente absorvido lá (Planalto)”.

Como mostrou a Coluna do Estadão, o líder do governo Lula no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), entrou na mira do PT, que atribuiu ao senador a culpa pela derrota na sessão de vetos. Líderes da Câmara costumam reclamar que Randolfe não os procura para negociar as pautas prioritárias de Lula.

A manutenção do veto à “saidinha”, por exemplo, chegou a ser tratada como “questão de honra” no governo, mas a articulação não funcionou, mesmo com apelos à bancada evangélica e envolvimento do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, na tentativa de convencimento dos parlamentares.

“Todos sabemos que matéria econômica tramita de um jeito e matéria que eu vou chamar, genericamente, de costumes, tramita de outro. Qual é a base? Depende do tema”, minimizou Jaques Wagner.

“Estamos em um período em que a política não é mais a política que a gente conhecia, de oito, dez anos atrás. A política está totalmente bipolarizada, fanatizada e alguns já estão em campanha eleitoral para 2026, seja no Senado, seja para a Presidência da República”, emendou o líder do governo.

Jaques Wagner disse que a defesa que Lula fez da “saidinha” para os presos verem os familiares tem relação com o tempo em que o presidente ficou detido em Curitiba, entre 2018 e 2019, após condenações da Operação Lava Jato que foram posteriormente anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

“O próprio presidente, é bom lembrar – e ele é ser humano, não é feito de aço -, já na sua vida recente, passou por algo semelhante, quando lhe foi vetada a hipótese de ele ir ao enterro do irmão. E, depois, foi no enterro do neto parecendo um terrorista de alta periculosidade. Achar que esse ser humano não tem sensibilidade para isso é pedir, na minha opinião, um pouco demais”, disse o líder.

“Ele fez consciente o veto. A derrubada do veto, ok, não é uma questão programática para a gente, como a questão da Lei de Segurança Nacional não é programática para a gente, era uma questão mais partidária. O que era essencial para nós, foi mantido, as questões orçamentárias”, acrescentou Wagner.

Representantes das executivas nacional, estadual e municipal da Rede Sustentabilidade emitiram nota de repúdio à movimentação isolada encampada por três pré-candidatos a vereador no Jaboatão dos Guararapes que estiveram reunidos, ontem, com o prefeito Mano Medeiros (PL). Ao classificar como “covarde” a atitude de Avatar do Povo, Paulo Rafael e Capitã Verônica, o partido reafirmou não possuir “nenhum alinhamento programático, partidário ou ideológico” com o PL de Mano Medeiros e Anderson Ferreira.

“É com indignação que vemos os pré-candidatos a vereador Avatar do Povo, Paulo Rafael e Capitã Verônica, vinculados ao deputado federal Túlio Gadelha, declararem apoio ao bolsonarista e atual prefeito do Jaboatão dos Guararapes, Mano Medeiros, do PL, sigla de extrema-direita. Esta aliança não só é alheia aos nossos valores como também vai de encontro ao nosso compromisso com um Jaboatão, um Pernambuco e um Brasil progressistas, com uma agenda que prioriza os mais necessitados em nosso orçamento”, disse a Rede.

A Rede Sustentabilidade ressaltou a aliança com a federação Brasil da Esperança (PT/PV/PCdoB), representada, no Jaboatão dos Guararapes, pelo ex-prefeito Elias Gomes (PT), e destacou que o alinhamento se dá em acordo com a diretriz emitida pela resolução nacional da federação Rede/Psol.

O partido disse ainda que vai levar o caso às instâncias cabíveis e “exigir a imediata expulsão dos responsáveis por este ato isolado”. “É imperativo reafirmar que esta ação não representa a Rede Sustentabilidade, um partido de esquerda e comprometido com a justiça social, a sustentabilidade e o progressismo”, conclui a nota.