Lula prega PAC repaginado para conclusão de obras paradas

Com foco no aquecimento da economia, em reunião com ministros do setor e da infraestrutura na última sexta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pregou a recriação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Segundo o chefe do Executivo, a medida foi “o momento mais rico de investimento” no Brasil.

“O sucesso do PAC é porque a gente começou ouvindo os governadores de cada estado, milhares de prefeitos, e construímos um arcabouço de propostas de políticas de infraestrutura que foi fácil de executar. Foi o momento mais rico de investimento de infraestrutura em nosso país, porque envolvia o governo federal, estadual e municipal.”

O programa foi lançado pelo governo petista em 2007. No entanto, mais de 45% das obras estão paralisadas. As informações são do Correio Braziliense.

Lula ainda pediu a ministros a apresentação de repaginação para o programa, incluindo um “novo nome”. “O PAC foi muito importante, produziu muita coisa, mas se a gente puder criar um novo programa é importante. Mostra que estamos renovando, inovando, que temos criatividade para fazer outras coisas”, disse ao destacar 14 mil obras paradas no país.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, explicou que o novo plano será anunciado até o fim de abril e reunirá investimentos federais diretos, concessões e Parcerias Público-Privadas (PPP).

Apesar de conceitos similares aos do antigo PAC, Costa explicou que o programa será renomeado e contará tanto com novas obras, quanto com a conclusão de obras paradas.

“O plano será não só de projetos novos, mas de conclusão de um número enorme de obras. Só na área de habitação temos quase 180 mil unidades não entregues, quase a totalidade contratada ainda no final do governo Dilma Rousseff (PT), em 2014, 2015, 2016”, relatou. “Um dos elementos que inibem a retomada dessas obras é a desatualização do valor contratado na época e o valor atual das coisas. Houve inclusive a pandemia, que acentuou uma inflação mais destacada nos preços da construção civil, o que defasou muito os preços”, afirmou.

O ministro criticou a taxa de juros e apontou que o Brasil “está ansioso” pela diminuição da taxa hoje a 13,75%. E acrescentou que a alta porcentagem “inviabiliza” parcerias público-privadas (PPPs) e concessões.

“Um encaminhamento que todos queremos ver acontecer o mais rápido possível, para viabilizar ainda mais rapidamente a volta do emprego e da renda, é a queda da taxa de juros porque, a 13,75%, não é fácil botar um projeto de PPP e de concessão de pé a essa taxa de juros. É preciso um Brasil que precisa de emprego, o Brasil que precisa trabalhar, que precisa produzir na indústria, que precisa vender no comércio está ansioso na expectativa de ver a taxa de juros reduzir para que isso possa viabilizar e colocar de pé projetos.”

E completou: “É difícil imaginar uma taxa interna de retorno que consiga ficar de pé com quase 14% de juros. É o maior juro real do mundo, não existe país no mundo que pague maior juro do que o Brasil. Então, só o que falta para a gente ter uma alavancagem maior nos investimentos é a gente ver a sinalização e a materialização da queda das taxas de juros para que o Brasil volte fortemente a gerar empregos e acelerar a sua economia”.

Na mesma esteira, Lula bradou que não se pode comprar o discurso de que a economia não vai para frente. “A gente não pode aceitar a ideia que o PIB não vai crescer porque alguém disse que o PIB não vai crescer. Nós vamos dizer que o PIB vai crescer porque vamos fazer o PIB crescer, gerar emprego e vamos gerar emprego com as pequenas coisas”, prometeu.

A Orla de Boa Viagem está de cara nova com a entrega, neste domingo (11), dos últimos quatro quiosques de um total de 60 que foram totalmente requalificados em 12 meses. Nessa primeira fase do projeto, o investimento foi de R$9,7 milhões.

“Hoje a gente entrega, na completude, todos os 60 quiosques da orla requalificados. A gente sabe do diálogo que teve, não foi uma tarefa fácil, mas demos a palavra que iríamos fazer, que colocaríamos o recurso e que confiassem na gente. Tínhamos o interesse em comum de cuidar do Recife e organizar esse que é o espaço mais querido e mais utilizado da cidade”, afirmou o prefeito do Recife, João Campos.

A segunda fase do Projeto Orla vai contar com a reforma dos 11 banheiros existentes e a construção do dobro de novos equipamentos ao longo da extensão que vai de Brasília Teimosa a Setúbal. Esta nova fase do projeto terá investimento de R$ 5,5 milhões. Além dos novos banheiros, a proposta ainda contempla iluminação, calçamento e outras melhorias.

Após Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vencer o segundo turno da eleição presidencial de 2022, as indicações do chamado “orçamento secreto” dispararam 2.272%. Essa variação leva em conta a soma das solicitações feitas em novembro, em comparação com o total registrado em outubro. O levantamento foi realizado pelo Metrópoles, com base nos dados disponíveis sobre os cadastros para emendas de relator em 2022.

O valor solicitado pelos congressistas, por meio das chamadas emendas de relator, atingiu o pico em abril do ano passado, quando chegou a R$ 53 bilhões. Em maio, encolheu 60%, ficando em R$ 22 bilhões. O montante seguiu em queda nos meses de junho (R$ 12 bilhões), julho (R$ 3,6 bilhões), agosto (R$ 2,4 bilhões), setembro (R$ 1,7 milhões) e outubro (RS 1,6 bilhão).

Após o segundo turno das eleições, realizado no dia 30/10 do ano passado, houve uma explosão de pedidos. Alguns deles feitos por parlamentares que até então não haviam recorrido às emendas do relator.

Em novembro, as solicitações dispararam e chegaram a R$ 38 bilhões. No mês seguinte, no apagar das luzes das emendas de relator, foram R$ 16 bilhões. O levantamento considera somente os pedidos ativos até o fim do ano, e não leva em conta os cancelados pelos próprios autores. Pouco antes da posse de Lula, o governo Bolsonaro burlou o fim do orçamento secreto e liberou R$ 6 bilhões em pagamentos.

Esse movimento contrasta com a virada de forças nos Três Poderes sobre o orçamento secreto: com o novo governo, o Executivo e o Judiciário aliaram forças contra as emendas de relator, e deixou o Legislativo isolado na defesa do que chamava de “orçamento municipalista”.

Levando em conta as indicações feitas por parlamentares após o primeiro turno, alguns casos se destacam. Um deles é o do deputado federal Rui Falcão (PT-SP), indicado pelo partido ao comando da Comissão de Constituição e Justiça, a mais importante da Câmara. Em dezembro, pouco antes da posse de Lula, o parlamentar solicitou R$ 5 milhões do orçamento secreto. Antes, o petista não tinha solicitações ativas.

As emendas de relator foram alvo de duras críticas de Lula durante a campanha eleitoral. O então candidato à Presidência chegou a classificar esses pagamentos como a “maior vergonha deste país”. Por meio desse mecanismo, não fica claro o quanto do valor indicado será realmente empenhado (ou seja, pago de fato), mesmo sob o governo do petista.

Também chamam atenção as indicações de Denis Bezerra, presidente do PSB-CE, partido do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin. O parlamentar não conseguiu se reeleger e, logo após o primeiro turno, solicitou R$ 8 milhões em emendas. Em junho, a quatro meses da eleição, ele indicou R$ 1,8 milhão para Várzea Grande, Campos Sales e Santa Quitéria. Bezerra, no entanto, cancelou os pedidos.

Nesses municípios, Denis recebeu baixa votação. As únicas cidades que permaneceram com indicações de emendas feitas por Denis, além da capital Fortaleza, foram Santa Quitéria e Ipu. Em ambas, ele foi o candidato a deputado federal mais votado. Não fica claro quando as indicações foram canceladas.

Dentre as indicações canceladas, está uma de R$ 387 mil destinada à compra de um ônibus escolar para a prefeitura municipal de Campos Sales. O objeto da solicitação foi protagonista de um escândalo envolvendo a distribuição desses veículos para atender aliados do “centrão” ligado ao governo de Jair Bolsonaro (PL).

Outro petista que solicitou emendas foi paulista Nilto Tatto (SP), coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista. O parlamentar pediu R$ 2 milhões em emendas, cadastradas após o segundo turno. A senadora Zenaide Maia (PSD-RN), vice-líder de Lula no Congresso, também fez solicitações do orçamento secreto somente após a eleição do petista. Suas indicações ativas somam R$ 2,4 milhões.

Rodrigo Agostinho (PSB-SP), ex-deputado indicado à presidência do Ibama, tem R$ 3 milhões em indicações do orçamento secreto. Ele fez três solicitações em 2022, todas após a eleição, as quais foram destinadas a cidades onde figura entre os candidatos mais votados.

Entre os congressistas da oposição, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) só solicitou emendas após a derrota do pai. Ele pediu R$ 17,5 milhões em emendas.

Na avaliação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar, a base de apoio consistente a Lula conta com deputados do PT. PDT. PSB, PSol, PCdoB, Avante, PV, Solidariedade, Pros e Rede. Essas legendas não figuram entre as que mais solicitaram emendas de relator. Juntas, porém, somam indicações que ultrapassam R$ 87 milhões entre outubro e dezembro.

Levando-se em conta que deputados de PSD e MDB fazem parte da base de apoio do governo Lula, a soma dos valores indicados por aliados do petista é de R$ 636 milhões após o primeiro turno.

Quando são considerados os valores totais solicitados entre outubro e dezembro, porém, a oposição a Lula segue com as maiores somas em indicações: o senador Wellington Fagundes (PL-MT) solicitou R$ 190 milhões; o deputado Junior Lourenco (PL-MA) indicou R$ 162 milhões; e Marx Beltrão PP-AL cadastrou R$ 127 milhões em emendas de código RP9.

Entenda o orçamento secreto

Defendidas por parlamentares do chamado Centrão como “orçamento municipalista”, as emendas de relator foram criadas em 2019, a partir de projeto de iniciativa do Executivo (PLN nº 51) para alterar a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2020 (nº 13.898, de 2019).

O encaminhamento da proposta continha mensagem assinada pelo general Luiz Eduardo Ramos, então ministro-chefe da Secretaria de Governo da gestão de Jair Bolsonaro (PL). Elas foram consideradas inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em dezembro do ano passado.

Na ocasião, prevaleceu a tese de Rosa Weber, relatora das ações. A ministra considerou que as emendas do relator-geral devem ser utilizadas “exclusivamente à correção de erros e omissões, vedada a sua utilização indevida para o fim de criação de novas despesas ou de ampliação das programações previstas no projeto de lei orçamentária anual”.

O dispositivo foi criticado pela falta transparência, pois não eram divulgadas informações sobre quem libera os recursos, para quais fins e sob quais critérios. Além disso, o bloco de oposição acusava o governo Bolsonaro de usar as emendas de relator para cooptar parlamentares. O ex-presidente chegou a reservar R$ 19,4 bilhões para o orçamento secreto no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2023.

Após a decisão do Supremo, a PEC de Transição alterou a verba prevista para o orçamento secreto, de forma a permitir que o relator-geral apresente até R$ 9,85 bilhões em emendas para políticas públicas. A outra parte foi direcionada para emendas individuais, que passam de R$ 11,7 bilhões para cerca de R$ 21 bilhões em 2023.

Por Alyson Fonseca*

Os estudantes da Rede Estadual de Ensino de Pernambuco não são prioridades para o Governo Raquel Lyra. É que por incompetência da sua gestão ou maldade mesmo, falta boa alimentação nos pratos dos estudantes, que até pouco tempo atrás, na gestão anterior tão criticada por Lyra, contavam com um cardápio variado com lombo suíno, peixe e afins, cuidadosamente planejado pela nutricionista Mariêta Pinho Barros, então superintendente de Alimentação Escolar no Governo Paulo Câmara.

A Segurança Alimentar sempre foi a preocupação de qualquer gestor público, uma vez que qualquer político, por mais atabalhoado que ele seja, sabe que a maioria absoluta dos estudantes das escolas públicas vivem em situação de vulnerabilidade social e, muitas vezes, encontram nas escolas o único lugar onde os mesmos podem fazer as suas refeições.

Sem merenda escolar, as Unidades de Ensino não podem funcionar em seu expediente normal, o que acarreta prejuízos no processo Ensino-Aprendizagem e fere a legislação que determina que, no mínimo, os estudantes precisam cumprir 800 horas-aulas distribuídas em 200 dias letivos de efetivo exercício pedagógico em cada ano letivo.

Com tanto tumulto como falta de pagamento dos servidores terceirizados (merendeiras e auxiliares de serviços gerais), falta de professores em sala de aula e sem alimentação, o ano letivo 2023 ainda não começou pra valer e é preciso que as autoridades competentes e os órgãos de controle tomem as devidas providências, afinal, educação é coisa séria e um Direito Fundamental previsto na Constituição Cidadã de 1988 . Chega de olhar pelo retrovisor, já passou da hora de Raquel Lyra mostrar ao que veio ou esse será o seu modelo de Gestão? Os estudantes não vão aguentar!

*Ativista educacional

A propósito da crônica que postei, há pouco, sobre os amores e sofrimentos que Recife me proporcionou, o advogado Roberto Morais, da República do Pajeú, me enviou um texto emocionante:

“Caro Magno,

Grande e emocionante texto de sua autoria acabei de ler no seu blog. Bem que você poderia emprestá-lo. Afinal, vivi o mesmo, só que bem antes de você. Por aqui aportei vindo de Tabira, de onde você é cidadão honorário. Portanto, filho também.

Em 1967, bem antes da sua saga, morei em quase todas as pensões da Boa Vista, na Casa do Estudante e no Colégio Ginásio Pernambucano. Provavelmente, para mim, tenha sido muito pior, pois antes do AI-5 era oficial de gabinete do deputado Francisco Perazzo, também do Pajeú. E morava em Boa Viagem, na casa de um tio. De repente, tudo isso acabou e fui viver a via crucis de todo matuto pobre.

Mas também tenho saudade dos meus lugares. Quem merece que alguém conte sua gloriosa história, a história da Casa de Pernambuco, é você.

Sem ela, muitos hoje, famosos advogados, desembargadores, prefeitos, médicos, não teriam se formado. Alguns andaram criando uma associação de ex-xepeiros, mas não foi para frente.

Você bem que poderia escrever um livro sobre a história da Casa de Pernambuco, que sobrevive aos trancos e barrancos no velho e romântico bairro do Derby.”

Roberto Morais
Advogado

O Governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, ganhou uma declaração de amor do marido, na sexta (10), pelo seu aniversário de 38 anos. O médico capixaba Thalis Bolzan compartilhou nas redes sociais algumas fotos românticas dos dois junto com um texto.

“Hoje é dia de celebrar a sua vida. Dia de agradecer por ter alguém tão especial ao meu lado. Agradecer pela sua amizade, seu companheirismo, dedicação, zelo e todo seu amor. Hoje é dia de agradecer por ter você todos os dias. Feliz vida, amo você!”, escreveu.

A possível indicação de Cristiano Zanin, advogado e amigo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para o STF (Supremo Tribunal Federal) pode violar o princípio da impessoalidade e comprometer a legitimidade do tribunal perante a sociedade, avaliam representantes do mundo jurídico ouvidos pela Folha de S. Paulo.

Zanin atuou nos processos em que Lula foi réu no contexto da Operação Lava Jato, inclusive no que resultou na prisão do petista por 580 dias em Curitiba. As ações foram posteriormente anuladas pelo STF.

Recentemente, Lula se referiu ao advogado como seu amigo e afirmou que ninguém estranharia se ele o indicasse à corte.

“Hoje, se eu indicasse o Zanin, todo mundo compreenderia que ele merecia ser indicado. Tecnicamente cresceu de forma extraordinária, é meu amigo, é meu companheiro, como outros são meus companheiros, mas nunca indiquei por conta disso”, afirmou em entrevista ao jornalista Reinaldo Azevedo na BandNews.

A declaração contrariou falas do próprio petista ao longo da campanha eleitoral de 2022. Em entrevista à bancada do Jornal Nacional, no primeiro turno, Lula afirmou: “Eu não quero amigo em nenhuma instituição”. Declaração semelhante foi feita no debate Folha/UOL/Band/TV Cultura, no segundo turno.

“Não é prudente, não é democrático um presidente da República querer ter os ministros da Suprema Corte como amigos. Eu acho que a Suprema Corte tem que ser escolhida por competência, por currículo, e não por amizade”, disse.

A próxima vaga no STF será aberta com a aposentadoria do ministro Ricardo Lewandowski, que completará 75 anos em maio deste ano.

A proximidade de Zanin com o presidente é citada como preocupação entre especialistas ouvidos pela Folha. “Acredito que não é impossível existir isenção quando nós temos ideologia e uma tendência de alinhamento pessoal muito grande envolvidas. Desvirtua o preceito da magistratura de impessoalidade, que é um princípio constitucional”, afirma Luciana Berardi, integrante da comissão de direito constitucional da OAB-SP e professora da Escola Paulista de Direito.

Rubens Glezer, professor da FGV Direito São Paulo e coordenador do grupo de pesquisa Supremo em Pauta, diz que a fala de Lula sobre Zanin é problemática e ambígua. “O presidente trata uma instituição pública como um presente. Outra interpretação é: ‘vou colocar ali porque é alguém com quem estou absolutamente alinhado e é isso que o faz merecedor do cargo’. Isso é muito parecido com o Bolsonaro, que queria alguém terrivelmente evangélico, que pensasse como ele.”

Outra preocupação manifestada pelos professores é em relação à imagem do tribunal, no momento em que o Judiciário é alvo de desconfiança e após ataques da direita bolsonarista.

“A corte é extremamente relevante e tem que passar a imagem de que é a garantidora da Constituição, não importa quem nomeou e por onde vão as decisões”, diz a cientista política Maria Tereza Sadek, professora sênior da USP. “O regime democrático presidencialista envolve a ideia de um Judiciário independente e que atua de acordo com a lei.”

Professora da Faculdade de Direito da Universidade de Pernambuco, Flávia Santiago Lima diz que o poder do Supremo de derrubar leis aprovadas pelo Congresso torna a questão ainda mais delicada. “O tribunal precisa se mostrar impessoal e neutro, porque é isso que o legitima a eventualmente até invalidar a vontade popular.”

Oscar Vilhena, professor da FGV Direito SP e colunista da Folha, reforça que o Supremo tem uma atuação crucial para a defesa da democracia, mas traz a questão da diversidade. “Seria fundamental a ampliação do número de mulheres e de pessoas negras na corte. Lula deveria usar a sua prerrogativa para ampliar a representatividade da sociedade brasileira no tribunal”, afirma.

Nos últimos dias, entidades jurídicas, ministros do governo Lula e o ministro do STF Edson Fachin se manifestaram publicamente a favor da indicação de uma magistrada negra à corte. A indicação de um ministro com ligações próximas ao presidente da República não é novidade, mas, se confirmada, a de Zanin seria o único caso na atual composição em que esse elo é estritamente pessoal.

Os demais casos são os de André Mendonça, ex-advogado-geral da União na gestão Jair Bolsonaro (PL); Alexandre de Moraes, ex-ministro da Justiça de Michel Temer (MDB); Dias Toffoli, também ex-AGU de Lula; e Gilmar Mendes, que ocupou o mesmo posto no governo FHC.

Presidente da AMB (Associação dos Magistrados do Brasil) na época da indicação de Gilmar Mendes, Cláudio Baldino Maciel avalia que a situação atual tem diferenças em relação à do indicado por FHC. Ele lembra que o maior incômodo da classe com Gilmar era o uso de expressões de confronto, como “manicômio judiciário”. Já em relação a Zanin, também em sua visão pesa a questão da impessoalidade.

“Ele foi advogado do presidente Lula em um momento muito dramático, é de se perguntar se não há uma relação de pessoalidade muito próxima”, diz ele, acrescentando que o Senado deveria ser mais rigoroso na análise dos indicados.

A Constituição estabelece poucos critérios para alguém ocupar a corte: ter mais de 35 anos, reputação ilibada e notório saber jurídico. Não há definição legal de quais quesitos devem ser considerados para saber se tais requisitos foram preenchidos.

Para cumprir o rito, a indicação precisa então passar pelo crivo do Senado, com sabatinas e votações na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e plenário, onde a aprovação ocorre por maioria absoluta, ao menos 41 votos dos 81 senadores, o que tem acontecido sempre.

Não há certeza sobre qual seria a atuação de Zanin nos processos em que Lula ou o governo são parte.

Os códigos de Processo Civil e Processo Penal estabelecem que há suspeição do juiz (ou seja, ele não deve participar do julgamento) quando ele for “amigo íntimo” ou inimigo de alguma das partes. Outros critérios são ter recebido presentes ou ter aconselhado alguma das partes.

Para Berardi, haveria um conflito ético na indicação de Zanin, a exemplo do que aconteceu com a indicação de Toffoli e Mendonça.

“Cada vez mais os requisitos constitucionais estão sendo deixados de lado e as indicações estão se pautando essencialmente em termos políticos, como um afago. Isso podemos ver também nas indicações de 12 esposas para os TCUs (Tribunais de Contas da União) dos estados.”

Para Glezer (FGV), as regras constitucionais são minimalistas. “O que mais impressiona é que a cada indicação não se faz um debate imprescindível: quais são as qualidades que queremos dos candidatos e candidatas? Eles precisam ter que tipo de carreira, que tipo de perfil e trajetória?”, diz.

Sadek (USP) afirma que, entre os aspectos que precisam ser melhor debatidos, está o tempo de permanência na corte, uma vez que há ministros indicados ainda jovens para o cargo e que podem permanecer por décadas no Supremo.

Procurado pela reportagem, Zanin não quis se manifestar. Em conversas reservadas, o advogado tem dito que não frequenta a casa de Lula nem o petista a sua, que é um defensor do sistema de Justiça e que quem criou a desconfiança em relação ao Judiciário foi a Lava Jato.

Recife tem encantos mil, diz uma canção de Reginaldo Rossi. Jornalista, poeta e compositor, Antônio Maria também foi paixão ardente pelo Recife, mas viveu a plenitude profissional e artística no Rio, onde cantou a saudade do Recife. Aos cariocas, dizia que era do Recife com orgulho e com saudade.

Na canção Frevo número 1, na qual revela sua vontade de chorar de saudade, diz: mas que adianta se Recife está longe, e a saudade é tão grande, que até me embaraço.

Eu também tenho saudade do Recife, aniversariante do dia, junto com sua cidade irmã Olinda. Saudade é a lembrança de se haver gozado em tempos passados que não voltam mais.

Foi no Recife, tangido pela seca, que aportei de mala e cuia. Fui xepeiro na Casa do Estudante, morei em pensões e repúblicas. República é um casarão de culturas universais: gente pobre, sem parentes no Recife, vinda de todos os rincōes do Sertão, do Ceará, do Rio Grande do Norte, da Paraíba e do Maranhão.

Fui aceito numa república de cearenses: Roberto e Lobo, os manda-chuvas, eram graúdos funcionários do Banco do Brasil. Eu, coitado, sobrevivente de uma pensão mensal do meu pai, que só dava para pagar a taxa de moradia.

Vivi praticamente de arrego na comida da república. Lobo e Roberto eram benevolentes. Hoje, de vez em quando, tenho notícias deles. Continuam prósperos, formaram filhos em Medicina. Que orgulho!

É possível ter saudade de um tempo tão sofrido? Sim. Mário Quintana disse que saudade é o que faz as coisas pararem no tempo. Tive um tempo de sofrimento no Recife. Tempo que saia da faculdade para casa a pé, porque não tinha dinheiro para passagem. Tempo que escolhia entre o almoço e o jantar, porque não tinha grana para as duas refeições. Matava a fome num bandeijão da Federal que havia nas proximidades da Conde da Boa Vista.

Mas, como Antônio Maria, eu tenho saudade dos tempos bons que vivi também no Recife. Do bar Savoy, na Avenida Guararapes, reduto da boêmia e de jornalistas. Nas mesas do Bar Savoy, o refrão tem sido assim:
São trinta copos de chopp, são trinta homens sentados, trezentos desejos presos, trinta mil sonhos frustrados”, poetizou Carlos Pena Filho.

Saudade do Mustang, na Conde da Boa Vista, o melhor chop da cidade, o melhor lugar para paquerar, point de todas as tribos. Saudade da Cantina Star, o melhor filé mignon da cidade, frequentado por jornalistas, escritores, intelectuais, políticos e artistas. Funcionava até o último cliente.

Podia ter vivido mais o Recife, mas saí cedo em busca de um eldorado. E encontrei: Brasília. Cheguei por lá na efervescência das Diretas Já. Trabalhei nos jornais locais, Correio Braziliense e Jornal de Brasília, num tempo de muita saudade também. Há quem não goste da capital federal.

Mas tenho por Brasília o mesmo sentimento pelo Recife. E quando estou em Brasília, sinto saudade do Recife. No Recife, sinto saudade de Brasília. Para mim, são cidades entrelaçadas e irmãs, como Recife e Olinda. Recife completa hoje 486 anos de fundação, Olinda 488 anos. É bom olhar a cidade com o olhar dos seus poetas.

João Cabral de Melo Neto, que batizou o Rio Capibaribe de Cão sem plumas, via Recife como uma montanha regular redonda de azul, mais alta que seus arrecifes.

Carlos Pena Filho dizia que Olinda é só para os olhos. Não se apalpa, é só desejo. Ninguém diz: é lá que eu moro. Diz somente: é lá que eu vejo.

Ano novo, carro novo (ou usado)

Sete em cada dez usuários participantes de um levantamento feito pela OLX pretendem comprar um carro no primeiro semestre deste ano. O estudo da maior plataforma de compra e venda online de veículos no país aponta que 92% dentre os futuros compradores desejam adquirir carros usados (52%) e seminovos (40%). E, na hora de escolher um modelo, os critérios mais relevantes apontados são a quilometragem (31%), o custo de manutenção (24%), o consumo de combustível do carro (23%), e o valor do IPVA (10%).

“Com um cenário econômico desafiador, o aumento do valor dos automóveis e o alto custo para manter um veículo nos últimos anos, a compra de um carro com valor mais baixo como os modelos usados e seminovos, por exemplo, acaba sendo a solução para a maioria das pessoas que precisam adquirir um veículo e não podem investir no zero km neste momento”, destaca Flávio Passos, vice-presidente de Autos e Comercial da OLX.

O levantamento da OLX mostra que 30% dos usuários de todo o país afirmaram já possuir um automóvel, mas pretendem realizar a troca ou compra em 2023. Outros 24% não possuem carro, mas têm a intenção de adquirir este ano. 

A quitação à vista e o financiamento parcial foram as opções de pagamento na compra do veículo mais citadas pelos participantes. No recorte por regiões, 44% dos respondentes da Região Nordeste preferem o pagamento por financiamento parcial, enquanto 40% dos usuários das regiões Sul e Sudeste consideram comprar um carro à vista.   

A maioria dos participantes da pesquisa da OLX são da Região Sudeste e Nordeste (59%). Do total, 75% têm entre 25 e 54 anos. O estudo contou com a participação de 13.471 pessoas entre 9 e 11 de janeiro de 2023.

Venda de usados – Fevereiro de 2023 registrou um total de 990.899 veículos seminovos e usados comercializados, segundo relatório divulgado pela Fenauto, a federação dos revendedores. Com isso, o total acumulado nesses dois meses de 2023 alcançou 2.052.550 de unidades, registrando um aumento de 22,2% em relação ao mesmo período de 2022. Na mesma linha, as vendas em fevereiro de 2023 subiram 18,2% quando comparadas ao mesmo mês do ano passado.

A instituição considerou o resultado geral bom, apesar do volume de vendas mensal de fevereiro (990.899) ter sido menor do que o de janeiro em 6,7% (1.061.651), fato explicado por fevereiro ter tido menos dias úteis. “Normalmente todo começo de ano começa mais fraco para o comércio em geral, por conta dos vários compromissos que os consumidores têm com IPTU, IPVA, despesas escolares etc. Mas, neste ano, percebemos uma atenuação dessa questão”, avalia o presidente da Fenauto, Enilson Sales. Em Pernambuco, o comércio de usados cresceu 28%. No Piauí, o crescimento foi de incríveis 50,6%. Os revendedores de carros seminovos e usados da Paraíba tiveram o pior desempenho da região.

Preços da Strada caem – A chegada da nova Chevrolet Montana já começa a surtir efeito no mercado das picapes. A Fiat, para garantir (ou ganhar) mercado, reduziu os preços de todas as versões do carro mais vendido do país. As reduções chegam a R$ 5 mil. Além disso, foram feitas adequações de conteúdo, com alterações nos pacotes de opcionais. Por exemplo: quem adquirir a Endurance, pode deixar a picape mais completa com vidros e travas elétricos, brake light, comando elétrico na tampa do combustível, fechadura elétrica da caçamba e alarme,  A versão Volcano, com redução de R$ 5 mil tanto manual como automática, passam a custar R$ 111 mil e R$ 118 mil, respectivamente.

Versões e preços

  • Strada Endurance 1.4 CS: R$ 97.990
  • Strada Freedom 1.3 CS: R$ 103.990
  • Strada Freedom 1.3 CD: R$ 108.990
  • Strada Volcano 1.3 CD:R$ 110.990
  • Strada Volcano 1.3 AT CD: R$ 117.990
  • Strada Ranch 1.3 AT CD: R$ 125.990

Já a Montana – A picape Montana, por sua vez, parte de R$ 117 mil – preço válido para a versão de entrada, a Turbo 1.2 com transmissão manual de seis marchas. Ela vem de série com seis airbags, o conjunto de segurança  e concierge Onstar, sistema de entretenimento Mylink 3 e protetor de caçamba.

Preços e versões

  • Turbo 1.2 manual de seis marchas – R$ 116.890
  • LT 1.2 manual de seis marchas – R$ 121.990
  • LTZ 1.2 automática de seis marchas – R$ 134.490
  • Premier 1.2 automática de seis marchas – R$ 140.490

Ram cresce 417% em um ano – As picapes Ram são caras. Mas a marca agora vinculada à Stellantis vendeu 668 unidades em fevereiro, resultado ainda melhor do que o de janeiro, mesmo sendo um mês com menos dias úteis. Com isso, já são 1.261 novas picapes registradas, o que representa um crescimento de 417% sobre os números do primeiro bimestre de 2022. Os dados são do levantamento da Fenabrave. Analisando o mercado premium do mês passado, a Ram foi a segunda marca mais emplacada, com todos os quatro produtos à venda no país dentro do top 10 de modelos. O maior destaque continua sendo a Ram 3500 na vice-liderança, com 239 unidades. Além da topo-de-linha, também se destacaram a Classic (5º), a 2500 (6º) e a 1500 (8º). No acumulado do ano, a Ram ocupa a terceira colocação entre as marcas premium com maior número de emplacamentos, com a Ram 3500 também em terceiro na lista de veículos desse nicho de prestígio.

Os preços do GWM Haval H6 – Os primeiros modelos da chinesa GWM (neste caso, SUVs) chegaram ao Brasil em versões híbrida tradicional, híbrida plug-in e a GT, híbrida plug-in com vocação esportiva. Vejam os preços: O Haval H6 Premium HEV partirá de R$ 209 mil. Em seguida, vem o H6 Premium PHEV, plug-in, custando R$ 270 mil. O H6 GT, esportivo, custa R$ 300 mil. A versão ‘normal’ tem um motor elétrico trabalhando com um 1.5 turbo a combustão. Juntos, geram 243cv e 54kgfm de torque. A versão acelera de 0 a 100 km/h em 7,9 segundos. Dados do Inmetro mostram que ele faz 12,3 km/litro na cidade e 13,6 km/litro na estrada (gasolina). Na versão plug-in, adiciona-se mais um motor elétrico e a entrega é de 393 cv de potência e 77,7 kgfm de torque, com a adição de mais um motor elétrico. Faz de 0 a 100 em 4,9 segundos.

Eletrificados chegam a 3,6% do mercado – O tradicional boletim mensal da Anfavea, a associação dos fabricantes, mostra que as vendas gerais de automóveis cresceram 5,4% no bimestre em relação ao mesmo período do ano passado. Já os eletrificados (híbridos e elétricos), levando-se em conta o mesmo período, cresceu 45%. Só para reforçar; agora em fevereiro foram emplacados 4,3 mil eletrificados, num crescimento de 23,7% em relação ao mesmo mês de 2022, quando foram vendidas 3,5 mil unidades. Em suma: no ano passado, foram emplacados 49,3 mil automóveis e comerciais leves eletrificados; para este ano, a previsão é de 70,5 mil.

Minimoto 50 TS chega ao Brasil – Se é brincando que a criança desvenda o seu mundo – como grandes cientistas que exploravam o céu noturno com lunetas feitas de papel -, eis uma chance de tornar a sua (ou suas) expoentes do motociclismo. A montadora paranaense MXF Motors acaba de lançar a nova MXF 50 TS, minimoto direcionada à garotada. Ela é arrojada e potente, ao mesmo tempo que diverte, estimula o mundo das competições. “Ela atende o ‘pilotinho’, que consegue acompanhar o pai neste universo duas rodas, por exemplo, e já ambiciona o início nas competições, e o público que escolhe a moto como recreação”, diz o diretor técnico da MXF, Luiz Fontes. A equipe técnica ressalta ainda que é nas categorias de base — justamente onde está o público que vai utilizar a MXF 50 TS — que, de fato, grandes atletas são descobertos e se desenvolvem. Preço?  R$ 8.625.

Ficha técnica

Tipo de motor: 50 cc – 2 tempos, gasolina, monocilíndro refrigerado a ar

Potência máxima: 10.5 cv /11.500 rpm

Transmissão: automática (não possui marchas)

Pneus: tipo cross

Capacidade do tanque: 3,5 litros

Capacidade de carga: 70 kg

Velocidade máxima: 50 km/h

Renda nordestina e combustíveis – Dadosda edição de fevereiro do Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade, que acaba de ser divulgada, identificam que, para os nordestinos, o valor da gasolina representa em torno dos 10% da renda média familiar. Isso é quase o dobro da nacional de 5,9%. Os números são do último trimestre de 2022. O Indicador de Poder de Compra de Combustíveis integra o Panorama Veloe, produzido em parceria pelo hub de mobilidade e logística e a Fipe. O percentual nacional de fevereiro representa uma queda de 0,9 pontos percentuais em comparação ao terceiro trimestre, quando o valor foi de 6,8%. A região Norte fica em segundo lugar, com o equivalente a 7,8%. As cidades da região Centro-Oeste, com 4,8%, e Sudeste, 4,9%, são as que pagam a menor porcentagem da renda mensal com um tanque de gasolina comum. Ainda sobre o indicador, os estados onde o tanque de combustível representava maior oneração da renda familiar no período foram Maranhão e Bahia, ambos com índice de 11,2%. Já o Distrito Federal foi o de menor valor percentual, com 3,1%. O estado é seguido por São Paulo, onde o tanque de gasolina comum equivale a 4,4% da renda domiciliar.

Monitor de combustíveis – Outro indicador do Panorama Veloe é o Monitor de Preços de Combustíveis. Na edição mais recente, de fevereiro, o monitoramento identificou que a média nacional de preço por litro de gasolina comum foi de R$ 5,153. O estado com a gasolina comum mais cara foi o Ceará, onde a média do custo por litro foi de R$ 5,777. Já o estado com o menor preço médio foi o Amapá, com média de R$ 4,793 por litro.

O mesmo cenário diz respeito à gasolina aditivada. A média mais cara é no Ceará, onde o litro do combustível fica em R$ 5,888. No Amapá, menor preço médio, o valor é de R$ 4,977. Já em relação ao etanol hidratado, Roraima é o estado com maior média, R$ 4,914. O Mato Grosso foi o estado que registrou a menor média em fevereiro, com R$ 3,523.

Em relação ao diesel, o maior preço médio foi registrado no Acre, com R$ 7,279. O menor valor médio ficou com Tocantins, R$ 5,870. O panorama não muda em relação ao diesel S-10, que teve média de preços de R$ 7,286 no Acre, enquanto Tocantins apresentou média de R$ 5,912.

O levantamento ainda apontou que em dois estados o etanol hidratado é mais vantajoso do que a gasolina na hora de encher o tanque. No Amazonas e Mato Grosso,o preço do etanol ficou abaixo dos 70% da gasolina, o que indica um custo-benefício maior de um combustível em relação ao outro.

Quem quer comprar carro? – E por falar nisso, a Ipsos divulgou uma pesquisa onde aponta os impactos que o custo dos combustíveis tem sobre os motoristas. O levantamento Ipsos Drivers feito no fim de 2022 com 1,2 mil pessoas mostra que o alto valor cobrado pela gasolina e diesel é a terceira maior barreira para a compra de um carro. Em seguida, vem as absurdas taxas de juros cobradas no país.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.