Raquel busca driblar insatisfações de deputados no início do governo

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), busca a consolidação de uma base aliada na Assembleia Legislativa em meio a episódios polêmicos de início de governo. Além de embates com o PSB, que deixou o poder após 16 anos, exonerações provocaram reações de aliados e adversários.

Com a oposição minoritária na Assembleia Legislativa, o desafio do governo é atrair deputados de partidos que se colocam em posição de independência. Em troca, os parlamentares esperam acenos do governo com cargos na máquina pública.

Com três deputados eleitos, o PSDB conseguiu emplacar o novo presidente da Casa, deputado estadual Álvaro Porto. Ele está no terceiro mandato e é conhecido pela interlocução aberta com diferentes quadros da Casa. Foi eleito pela unanimidade dos 49 parlamentares. As informações são da Folha de S. Paulo.

O governo avalia que o novo presidente da Alepe poderá ajudar na formação da base aliada de Raquel, ainda que a eleição de Álvaro Porto tenha sido fruto de um movimento dele, sem interferências do Palácio do Campo das Princesas.

Por outro lado, Porto disse a deputados que não quer uma Assembleia subserviente ao governo e que, se for necessário defender o Poder Legislativo, terá embates com o Executivo.

Além do PSDB, a outra bancada que está fechada com Raquel é a do PP. Juntos, os dois partidos possuem 11 deputados. Há sinalizações em partes de outras bancadas sobre a possibilidade de aderir ao governo, principalmente com a demanda dos parlamentares para levar recursos aos redutos eleitorais.

A bancada do PL, bolsonarista, está no bloco independente da Casa. Integrantes do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) argumentaram, em reuniões internas, que a posição deixaria o partido livre para se posicionar conforme a pauta em votação. Avaliam que Raquel não seria totalmente alinhada à pauta bolsonarista, mas também não é tida como uma adversária.

O governo contabiliza ainda ao menos seis votos na bancada do PSB, derrotado nas urnas em 2022. São esperados na base aliada deputados que apoiaram Raquel no segundo turno, após Danilo Cabral perder no primeiro turno.

O Solidariedade, liderado no estado pela ex-deputada federal Marília Arraes, ficará independente. Uma ala do partido não quer fazer oposição a Raquel e está insatisfeita com a ex-candidata a governadora derrotada no segundo turno pela forma de condução da legenda durante a campanha eleitoral, na distribuição de recursos.

Com 7 deputados, a federação PT, PC do B e PV terá posição de independência ao governo.

Na oposição, além do PSOL, deverá ficar praticamente metade da bancada do PSB. A expectativa do núcleo duro do partido é que ao menos 6 dos 13 deputados da bancada estejam na oposição.

Na União Brasil, o grupo ligado ao ex-prefeito de Petrolina Miguel Coelho, que apoiou Raquel no segundo turno após ter sido derrotado na disputa pelo governo, e a ala vinculada ao deputado federal Luciano Bivar, presidente do partido, ficarão independentes.

A governadora chegou a pedir a Miguel Coelho indicação para uma secretaria de médio porte no governo, mas o grupo político do ex-prefeito não viu expressividade nas pastas sugeridas e optou por não fazer indicação.

Além de rachas internos nos partidos, Raquel Lyra terá de superar insatisfações dos deputados estaduais para a consolidação da base aliada.

A governadora optou por nomes técnicos na montagem do secretariado, sem consulta aos deputados estaduais. Dos 27 escolhidos, 14 são homens e 13 são mulheres.

Quanto ao perfil, seis dos titulares de pastas já tiveram passagens em funções na Prefeitura de Caruaru, cidade que Raquel governou entre janeiro de 2017 e março de 2022. Outros três tiveram participações em governos anteriores do PSB.

As bancadas do PSDB, do PP e de deputados aliados ao governo de outros partidos esperam agora espaços no segundo escalão, que não foi preenchido completamente pelo governo.

A exceção no secretariado é o ex-deputado Daniel Coelho (Cidadania), agora secretário de Turismo. Ele não conseguiu se reeleger para a Câmara em 2022 e tenta fazer da nova pasta uma vitrine para disputar a Prefeitura do Recife no próximo ano.

Aliados de Daniel Coelho dizem que a escolha pela pasta foi estratégia, pois no Turismo ele pode entregar ações a curto prazo que possam ajudá-lo em um eventual embate com o prefeito da capital, João Campos (PSB), que vai tentar a reeleição.

O nome de Daniel Coelho, no entanto, não é fato consumado no grupo de Raquel Lyra. Outro nome cotado é o da vice-governadora Priscila Krause (Cidadania). Havia a expectativa de que Priscila pudesse acumular o cargo com uma secretaria, o que não aconteceu.

A primeira polêmica do governo também teve relação com cargos. Na primeira semana do mandato, Raquel Lyra exonerou servidores estaduais em cargo comissionado ou função gratificada e revogou trabalho remoto e licenças, exceto para serviços essenciais de saúde e educação. Em seguida, houve recuo, e a governadora deixou no cargo gerentes de escolas, em razão da proximidade da volta às aulas.

Na reforma administrativa, o novo governo aumentou o quadro de servidores comissionados em 2,1%, provocando um impacto de R$ 25 milhões nos cofres públicos. Segundo a gestão estadual, o custo será absorvido pelo plano de contenção de gastos prometido, de R$ 150 milhões, em 2023.

“Dessa forma, a matéria não representa impacto fiscal. O incremento é de apenas 0,07% da arrecadação estadual”, alegou o governo, em nota, à época.

Eleita com críticas a supostas práticas familiares pelo PSB, Raquel nomeou primos para a Procuradoria-Geral do Estado e para uma secretaria-executiva na Secretaria de Desenvolvimento Econômico, conforme mostrou a Folha.

Na esfera financeira, a administração tucana tem realçado o discurso de que encontrou o estado com as contas prejudicadas por ações do governo anterior. Já a antiga gestão de Paulo Câmara, que deixou o PSB após quase nove anos como filiado, se defende e diz que os dados têm sido analisados de forma descontextualizada.

Golpe do IPVA: saiba como se proteger

Só duas coisas são inevitáveis na nossa existência aqui na terra: a morte e o pagamento de impostos. Pois bem: milhões de brasileiros donos de veículos começam a pagar o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), tributo anual calculado sobre o valor de mercado dos automóveis. Procure a secretaria de Fazenda do seu estado, planeje, poupe e se prepare.

Anotadas as datas, fiquem atentos: mesmo que o IPVA possa ser quitado online, tornando a transação bem mais prática, a bandidagem cibernética criou muitos esquemas de fraudes digitais, como os golpes do phishing e do boleto falso. Márcio D’avila, consultor técnico e especialista em segurança digital da CertiSign, e Victor Mahon, CBO e sócio da Zapay, ajudaram a coluna De bigu com a modernidade a criar um plano de proteção, digamos assim.

1. Phishing

Neste golpe, as vítimas recebem um e-mail, SMS ou mensagem de WhatsApp fingindo serem do Detran ou algum órgão regulador. Ao clicar no link, a vítima é direcionada a um site falso, mas muito parecido com o original. E aí ao inserir os dados, as informações são roubadas ou ainda a vítima pode ser induzida a realizar o pagamento ali mesmo por meio de QRCodes ou boletos fraudulentos. “Esse golpe é muito comum, mas fácil de ser evitado. Antes de acessar algum link, é sempre importante verificar se na mensagem há erros de digitação, pontuação e se o domínio do e-mail é realmente da instituição ou empresa. Também é importante antes de navegar e inserir dados em um site confirmar se ele é autêntico e se está seguro com um certificado SSL/TLS. Essa confirmação é feita com um clique no cadeado no navegador, onde é possível ver as informações sobre o site em questão”, explica.

2. Boleto falso

Os fraudadores podem enviar boletos falsos pelos Correios ou por e-mail informando sobre uma nova via de pagamento ou, ainda, de um erro na transação. Nestes casos, a fatura costuma ser bem parecida com a original, mas possui os dados da conta bancária de quem está aplicando o golpe. “Então, a dica sobre isso é: faça sempre o pagamento diretamente nos sites dos órgãos oficiais e autorizados, como bancos credenciados”, complementa.

3. Redes sociais e ligações

Também é preciso ter muito cuidado nas redes sociais e ao telefone. Criminosos também criam perfis falsos em nome de órgãos oficiais e realizam ligações para tentar capturar dados e estimular o pagamento de boletos falsos. A isca, muitas vezes, são descontos para a quitação de multas e regularização do veículo. A comunicação tem sempre um tom de urgência, com uma vantagem muito boa para a vítima-alvo. “A orientação é nunca fornecer o seu número de cartão de crédito, senha de conta bancária e informações pessoais ou financeiras a alguém que entre em contato com você, a menos que você esteja absolutamente certo de que essa pessoa é legítima”, reforça Victor Mahon, CBO e sócio da Zapay.

City Cargo: o minielétrico de carga – O mercado de carros de passeio 100% elétricos no Brasil emplacou 7.230 unidades em 2022. A JAC foi vice-líder, com 894 unidades (12,4% de participação). Agora, a marca chinesa administrada por Sergio Habib traz um novo (e diferente) modelo: o JAC E-JS1 City Cargo, capaz de transportar até 1.200 litros de volume (ou 400 kg). O alvo? Laboratórios, frota de serviços para empresas que prestam atendimento públicos como telefonia e energia, além de entregas de encomendas e outras aplicações urbanas. Habib, presidente do Grupo SHC e da JAC Motors Brasil, diz que ele vale para laboratórios de exames clínicos que realizam as coletas no domicílio, por exemplo, ou frotas contratadas para atendimento de serviços públicos, como empresas de energia elétrica – você só necessita de um técnico e mais algumas poucas ferramentas –, bem como de telefonia ou saneamento. E isso sem contar o aclamado “last mile” (última milha, em tradução literal, que é aquele nicho de veículos que retiram mercadorias dos centros de distribuição e as entregam nas casas/nos comércio dos clientes). Essa versão “furgoneta” é, segundo a JAC, especialmente e imediatamente vantajosa no custo por km rodado para rotas diárias a partir de 120 km. A família E-JS1 agora é composta por três versões: JAC E-JS1, modelo 100% elétrico mais acessível do Brasil, JAC E-JS1 EXT, que é a versão aventureira, e JAC E-JS1 City Cargo.

Versões e preços
JAC E-JS1, automóvel 100% elétrico mais barato do Brasil: R$ 146 mil;
JAC E-JS1 City Cargo: R$ 160 mil;
JAC E-JS1 EXT, versão aventureira do E-JS1: R$ 165 mil

Com esse lançamento, a família 100% elétrica da JAC Motors passa a contar com 16 modelos. São 4 automóveis de passeio, 1 picape, 5 vans e 6 caminhões.

Elétricos: chegamos aos 100 mil – E por falar em carro eletrificado, ambientalmente sustentável, vale registrar: o mercado brasileiro, que registrou crescimento de 41% em 2022 na venda destes veículos, acaba de quebrar a marca dos 100 mil (híbridos e elétricos) circulando nas ruas e estradas, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétricos (ABVE), o mercado nacional já conta com mais de 100 mil veículos eletrificados (híbridos e elétricos). Apenas no ano passado, esse mercado registrou um total de 49.245 unidades comercializadas, 41% a mais do que em 2021.

Primeira picape elétrica da Ram – A marca norte-americana Ram, pertencente a Stellantis, acaba de confirmar que sua primeira picape elétrica a bateria será conhecida como Ram 1500 REV. “Começamos uma revolução no ano passado, quando convidamos os consumidores para o início de nossa jornada de eletrificação, reunindo seus comentários sobre exatamente o que eles estão procurando em uma picape elétrica”, disse Mike Koval Jr., CEO da Ram. A produção da nova Ram 1500 REV começará no próximo ano. O veículo será formalmente revelado ao público nos próximos meses.

Lexus NX 350h: mais segurança – A linha 2023 do SUV da marca de luxo japonesa pertencente à Toyota chega disponível em três versões (Dynamic, Luxury e F-Sport). Essa última ganha iluminação ambiente com novas cores e sistema de som Mark Levinson de 7.1 canais, com 23 caixas de som distribuídas por 16 locais em toda a cabine (incluindo dois alto-falantes de 40mm instalados no teto), que geram o equivalente a 2.400 watts de potência. Também vem com um novo retrovisor digital, que auxilia o motorista, principalmente no período noturno, e proporciona mais segurança e comodidade. As versões Dynamic e Luxury ganham novos itens de suporte para estacionamento. A linha 2023 do modelo, precursor entre os utilitários esportivos premium no mundo, já está disponível na rede de concessionárias da marca, com preços a partir de R$ 364.790 (a Dynamic). A Luxury custa R$ 400.290; a F-Sport, R$ 437.090.

Lembram dos trólebus? E se voltassem? – O Recife já teve um sistema de transporte público elétrico muito interessante, eficiente, invejado: eram os trólebus que saíam da Caxangá ou da Macaxeira, por exemplo, e iam até a Dantas Barretos. Inaugurado em 1960, o programa tinha inicialmente 65 veículos Marmon Herrington, importados dos Estados Unidos. O lobby do diesel desgraçadamente venceu – e temos o que temos.

Pois bem: e que tal se o transporte público voltasse a ter a eletricidade como motor? Em várias partes do mundo a eletrificação veicular já é uma realidade. Afinal, as aplicações vão muito além do transporte individual. Euclides Lourenço Chuma, membro sênior do Instituto dos Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE), organização profissional técnica dedicada ao avanço da tecnologia para a humanidade e pesquisador do CNPq na Universidade de Linköping, na Suécia, avalia as possibilidades para o cenário brasileiro. Ele defende que os veículos elétricos são uma boa opção para o transporte público.

“Mesmo em grandes extensões urbanas, como a região metropolitana de São Paulo, é possível implementar um sistema de ônibus movidos a eletricidade com a tecnologia atual”, reforça ele. “Isso traria diversos benefícios para a população”. Como exemplo, cita a redução nas emissões de CO2 e a melhoria da qualidade do ar da cidade, que contribuiriam para evitar a formação das chamadas bolhas de calor. “Sem falar na diminuição significativa da poluição sonora, já que motores elétricos são totalmente silenciosos”, afirma Chuma.

Os 70 anos do Jeep CJ-3B – Lançado nos Estados Unidos em janeiro de 1953, o Jeep CJ-3B acaba de completar 70 anos. O modelo foi também o primeiro Jeep a ser fabricado pela Willys-Overland do Brasil, já a partir de 1954. Algumas unidades de versões anteriores já haviam chegado ao país como CKD (peças para montagem) antes disso, mas coube ao CJ-3B integrar as primeiras peças nacionais ao longo dos seus anos de produção aqui no Brasil. O CJ-3B – CJ de “Civilian Jeep” (Jeep civil) – foi uma evolução dos modelos já produzidos até então para clientes civis e não militares. Nascida em 1945 com o CJ-2A, a família CJ foi composta por veículos para uso em qualquer terreno de carroceria compacta, produzidos e vendidos pela Jeep até a década de 1980. O CJ-3B começou a ser vendido no Brasil em 1954. Montado em São Bernardo do Campo (SP) pela Willys-Overland do Brasil, ele trouxe como diferenciais das gerações anteriores a grade frontal e o capô mais elevados para poder acomodar o novo motor de quatro cilindros Hurricane, da Willys, gerando o apelido “cara de cavalo”.

Dentre as muitas aventuras proporcionadas pelo CJ-3B ao longo dos seus 70 anos, vale lembrar uma realizada por três escoteiros em 1955, com a Operação Abacaxi. Eles saíram de São Paulo com destino ao Canadá para participar do Jamboree, encontro mundial de Escotismo. Uma viagem incrível, que acabou sendo ampliada até o Alasca a bordo do CJ-3B. Entre a ida e a volta, os três aventureiros rodaram cerca de 73 mil quilômetros em pouco mais de um ano, passando por 19 países e vivendo histórias incríveis. Os nomes desses aventureiros: Hugo Vidal, Charles Downey e Jan Stekly. O CJ-3B, que também teve uma versão militar, o M606, foi produzido nos Estados Unidos até 1968, com cerca de 155 mil unidades fabricadas. Além disso, o CJ-3B foi um pioneiro “carro mundial”, fabricado sob licença em países como Japão, Índia, França, Espanha e Turquia.

Nova Tiger Sport 660 Touring – A fabricante britânica Triumph acaba de apresentar a linha 2023 da motocicleta Tiger Sport 660 Touring para os consumidores brasileiros, focando em acessórios que, em outros mercados, costumam ser opcionais. Por exemplo: ela traz top box traseiro da marca Givi com capacidade para transportar até 47 litros de carga (cabem dois capacetes). O preço sugerido é de exatos R$ 62.873,73, com opções de duas cores (vermelha e azul) e um importante auxílio de condução: o quickshifter é acessório que permite as trocas de marcha sem a necessidade de acionar o manete da embreagem. O modelo traz de série freios ABS, controle de tração e painel de instrumentos digital com tela TFT. O motor é um tricilíndrico de 660cm³ de 81cv de potência e 6,5kgfm de torque, com câmbio de seis marchas.

Carnaval e carro na praia: fique ligado – Todo mundo aqui no Nordeste conhece alguém que vai pegar o carro e se mandar para uma praia, certo? Por isso, durante e depois de pegar a estrada, o motorista deve tomar algumas precauções fundamentais com o veículo. A NGK, multinacional japonesa especialista em sistema de ignição, listou a pedido do Bigu cinco importantes recomendações:

1) Fazer uma boa lavagem no veículo logo ao retornar do litoral, incluindo a parte inferior do carro;

2) Não aplicar óleo ou vaselina na parte inferior do automóvel: além de agredir as borrachas, os produtos permitem que a sujeira e partículas grudem no veículo;

3) Evitar a utilização de querosene, óleo em spray e óleo diesel no motor, pois se trata de uma área muito quente do carro e, como são produtos inflamáveis, podem provocar um acidente;

4) Fugir de combustível com preço muito baixo e solicitar sempre a nota fiscal de abastecimento;

5) No retorno da viagem, observar se o veículo apresenta falhas ou aumento do consumo de combustível e, em caso positivo, pedir ao mecânico de confiança para realizar uma avaliação do carro.

Segundo Hiromori Mori, consultor de assistência técnica da NGK do Brasil, antes de pegar estrada, o condutor precisa verificar o funcionamento dos itens de segurança, como pneus (estado e pressão), além da iluminação e da documentação do motorista e do veículo. “Durante a viagem, é fundamental examinar as lâmpadas de alerta que, na maioria dos veículos, têm duas cores: amarelas ou âmbar, que indicam ser necessária uma verificação, mas não impedem o funcionamento do automóvel; e vermelhas, que ordenam interromper imediatamente o passeio para checagem”, descreve Mori. “Após a viagem, é a hora de identificar se há falhas ou ruídos anormais no carro.”

Como o ambiente com maresia é mais agressivo ao veículo, a manutenção preventiva deve ser ainda mais criteriosa. “Os principais componentes prejudicados pela maresia são os metálicos, uma vez que não possuem uma camada de proteção, como suportes, parafusos e peças de alumínio, e a borracha, que sofre agressão química e ressecamento”, aponta Mori. “Já os cabos de ignição merecem uma atenção especial e devem ser verificados e substituídos quando necessário, porque o sal contido na maresia facilita a condutividade elétrica.”

Para moradores de regiões litorâneas, Mori recomenda providenciar uma inspeção anual de itens da carroceria e estruturais com um profissional qualificado. “Ao notar problemas de pontos de corrosão, eles devem ser tratados para não afetar as peças estruturais e, consequentemente, a segurança do veículo.”

Fazer manutenção ou alugar? – E por falar em carro e carnaval, confira um interessante e curioso levantamento da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA), feito com apoio da Mundo Automotivo – DMS Automotive: cinco diárias de locação de um veículo popular ficam, via de regra, mais em conta do que a soma dos gastos de manutenção necessários para pegar a estrada. Claro, veja que o trabalho tem ‘um lado’ mais interessado, mas analise: a economia a favor de quem vai viajar com carro alugado no Carnaval, ou demais feriados prolongados ao longo do ano, pode chegar a 20%, mesmo sem incluir trocas de pneus e/ou de bateria. Os preços médios levados em conta no levantamento foram: troca de óleo (R$ 100 a R$ 170); filtros de óleo, de combustível e de ar (R$ 75 a R$ 115); fluido de freio (R$ 65 a R$ 135); pastilhas (R$ 90 a R$ 130); palhetas (R$ 115 a R$ 180); lâmpadas de farol (R$ 30 a R$ 70, cada uma); alinhamento e balanceamento (R$ 170 a R$ 180) – serviço que inclui rodízio dos pneus.

A maioria desses itens implica na segurança da viagem e, se negligenciados, fazem crescer os riscos de acidentes e de prejuízos. “O certo é que a preparação de um veículo para pegar a estrada certamente envolverá algum gasto extra que o proprietário precisa levar em consideração”, diz o presidente da ABLA, Marco Aurélio Nazaré. “Já no caso da locação, os carros são entregues 100% revisados, num ótimo custo-benefício”.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.