Bolsonaristas não devem atrapalhar indicações de Lula para o STF

Uma eventual resistência às indicações de Lula para o Supremo Tribunal Federal (STF) não está na lista de prioridades dos bolsonaristas no Senado.

Flávio Bolsonaro, senador e filho do ex-presidente, tem dito a interlocutores que está aberto a dialogar com qualquer nome indicado pelo governo. As informações são do colunista Guilherme Amado, do Metrópoles.

Neste ano, provavelmente, Lula irá indicar nomes para duas vagas. As indicações passam pelo Senado, mas a Casa não rejeitou nenhum nome nos últimos 100 anos.

Até Cristiano Zanin, advogado de Lula que desponta até agora como favorito à primeira vaga, deve ser recebido por Flávio e pelos demais senadores do PL com tranquilidade.

A avaliação dos bolsonaristas é de que é melhor priorizar outras pautas, como criticar a agenda econômica e de costumes do governo, do que criar inimizade com um futuro ministro do STF.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), afirmou, ontem, que o “verdadeiro povo brasileiro” está com os ministros dos tribunais superiores, alvos de ataques de bolsonaristas. Castro é correligionário do ex-presidente Jair Bolsonaro e o apoiou no segundo turno das eleições do ano passado. Mais adiante, o governador afirmou que a eleição “já acabou”.

Castro participa do evento Lide Brazil Conference, em Portugal, onde também estão os ministros Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e Humberto Martins, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ao cumprimentá-los no início de sua fala, o governador afirmou: “O verdadeiro povo brasileiro está com os senhores. Contem com os governos e com os governadores. O que nós queremos é paz para esse país”. As informações são do Estadão.

Questionado sobre a nomeação de Marcelo Freixo – derrotado por Castro na disputa pelo governo do Rio – para a Embratur, em um cenário de alta relevância do Turismo para o Rio de Janeiro, o governador afirmou que não é hora de ter um “segundo turno” no Estado. “Eu vejo com muita tranquilidade que agentes públicos ocupem espaço, tanto que eles tenham a nobreza de entender que a eleição acabou. Quem ganhou tem a obrigação de gerir e quem não ganhou, se assumir outras funções, que trabalhe com isenção”, disse.

“Temos esse entendimento de que mais pessoas do Rio de Janeiro ocupem espaços importantes para que a gente possa estar desenvolvendo cada dia mais nosso Estado”, acrescentou.

Judiciário

A crise entre aliados de Bolsonaro e o Poder Judiciário inaugurou um novo capítulo na última quinta-feira, 2, quando o senador Marcos do Val (Podemos-ES) denunciou um suposto plano golpista armado pelo ex-presidente e o deputado bolsonarista Daniel Silveira (PTB-RJ). A ideia seria colocar escutas no senador para que ele gravasse o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de modo a tentar comprometê-lo e desqualificar o resultado das eleições.

Logo após o pleito, no ano passado, o PL, partido de Castro, apresentou um relatório ao STF alegando irregularidades em urnas eletrônicas usadas no segundo turno da eleição presidencial. Sem apresentar provas, a legenda queria anular os votos de 279 mil urnas.

Assim como Castro, outros participantes do evento também destacaram o papel do Supremo na conjuntura política atual. A ministra Simone Tebet, do Planejamento, que também participa da conferência neste sábado, rendeu homenagens ao ministro Alexandre de Moraes, que, segundo ela, tem sido “rigoroso” na punição aos extremistas que invadiram as sedes dos três Poderes no dia 8 de janeiro.

O tema da democracia também foi lembrado por empresários. O acionista de referência do Carrefour Global, Abílio Diniz, destacou a importância da estabilidade democrática para atrair o investimento privado para o País. “O investidor pede duas coisas: segurança política e segurança jurídica”, disse. O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, avaliou que o governo atual tem comprometimento democrático e relembrou quando a federação assinou um manifesto pela democracia no ano passado.

Parceira da gigante chinesa CATL, líder mundial na produção de baterias de lítio para motorização de automóveis, a pernambucana Baterias Moura aposta no crescimento do mercado de caminhões eletrificados segmento para o qual já entregou mais de 240 conjuntos montados da sua planta de Belo Jardim (PE) e finalizados numa célula que mantém da unidade de Rezende (RJ) da Volkswagen Caminhões. 

O projeto evoluiu do caminhão Delivery de 11 para um modelo de 14 toneladas que a montadora está colocando no mercado. Mas a fabricante de baterias automotivas de chumbo tem planos maiores: mira o mercado de ônibus urbanos que dever ser uma tendência nas principais cidades brasileiras. As informações são do colunista Fernando Castilho, do JC.

É um mercado por descobrir. Mas que vai chegar, prevê o diretor de Lítio, Bess, Baterias Industriais e RSM da Moura, Luiz Mello, uma das área que recebeu forte investimento da companhia nos últimos anos exatamente por acreditar na mudança que o mercado de conservação de energia está observando.

Um mercado que vai da montagem de conjuntos elétrico com células produzidas pela CATL e que já inclui componentes nacionais ao mercado de baterias para segmento tão distintos como o de baterias que armazenas energia solar para uso noturno em lugares remotos ao BESS, os conjunto de grande porte de baterias para armazenamento de blocos de energia gerados por usinas eólicas e solares e que podem ser injetados na rede pública nos horários de pico.

A Moura é integrante do e-Consórcio da Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO), para fornecer os sistemas de bateria de lítio e seus componentes, em parceria com a chinesa Contemporary Amperex Technology Co Ltd (CATL), para os novos caminhões 100% elétricos VW e-Delivery. A bateria utiliza a química Lítio, Ferro e Fosfato (LFP), que oferece maior tempo de vida útil e maior densidade energética, além de ampla capacidade para suportar ciclos profundos (recargas totais após descargas completas).

Faz tempo que a Moura – que em 2023 fará 65 anos no mercado – lidera a produção no Brasil de baterias de chumbo para veículos produzidos pela indústria automobilista nacional. Assim como, há muito tempo, a companhia desde que completou 50 anos produz uma lista de baterias estacionarias para os mais inusitados destinos. Mas o ciclo do lítio está cada vez mais presente na estratégia da empresa pelo que vai revolucionar no segmento de veículos.

Luiz Mello diz que o Brasil vai precisar passar, primeiro pelo híbrido, para depois chegar ao elétrico puro. Mas que esse é um processo irreversível. “O que a Moura vai fazer é de preparar. Inclusive, aproveitando a trajetória que estamos conseguindo escrever no caminhão e que vai chegar no ônibus.

O mercado Brasil de ônibus urbano é um negócio de 6 mil unidades/no disputado não só pela Volkswagen como a Volvo e a Mercedez Benz que estão trabalhando produtos no segmento de baterias de lítio como já está acontecendo na Europa onde o ônibus elétrico começou a substituir o ônibus a gás natural.

Reeleito governador do Rio Grande do Sul em outubro do ano passado, seis meses depois de renunciar ao cargo, Eduardo Leite (PSDB) assumiu, na última quinta-feira, a presidência nacional da sigla tucana, depois do ex-deputado pernambucano Bruno Araújo deixar o cargo de forma antecipada.

De olho no Palácio do Planalto, o político assume o protagonismo do partido em um momento de reconstrução, no qual o PSDB conta com apenas três governadores, três senadores e 13 deputados federais.

Em entrevista ao jornal Estado de Minas, dos Diários Associados, Leite também criticou a polarização política no país e fez questão de ressaltar as suas diferenças tanto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quanto com o ex-chefe do Executivo Jair Bolsonaro (PL). “Somos diferentes dos dois. Não preciso ser medido na régua estreita que, na verdade, até os aproxima em algumas questões”, declarou o governador.

O que ficou de mais importante da reunião entre Lula e os governadores?

O mais importante ponto da reunião feita com o presidente foi o fato de os estados apresentarem, como prioridade, a recomposição de suas receitas, duramente impactada no ano passado por medidas equivocadas, lideradas pelo governo federal e pelo Congresso, com a perda de arrecadação dos estados no ICMS. (Houve) Uma forçada redução de impostos provocada no ano passado. O governo federal fechou 2022 com arrecadação 9% maior, enquanto no Rio Grande do Sul a arrecadação caiu 11%. Tivemos essa perda, principalmente, por uma redução forçada de impostos, em decisão tomada a nível federal, impactando os entes subnacionais. Não é um dinheiro do governador ou do governo, mas da educação e da saúde, que co-financia programas federais.

A tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) não é reajustada há mais de 15 — talvez 20 anos. Recursos para a merenda escolar também vinham sem reajustes ao longo dos últimos anos. O programa Minha Casa, Minha Vida ou Casa Verde e Amarela, chame como quiser, é insuficiente para pagar todo o custo da construção das habitações. Os estados complementam recursos. Temos subfinanciamento nos programas federais de um lado e, do outro, estados perdendo arrecadação. É claro que isso compromete a capacidade de entregar os resultados à população. Frisamos o quão importante é termos a recomposição dessas receitas.

Poderia citar um acerto e um erro dos primeiros 30 dias do governo Lula?

É difícil fazer essa classificação. O erro é não ter, ainda, essa clareza de agenda econômica, o que gera certa insegurança, uma incerteza. Há uma preocupação. Lá atrás, o Partido dos Trabalhadores protagonizou, especialmente no final do segundo mandato de Lula e no mandato de Dilma (Rousseff), uma política econômica que gerou desequilíbrio fiscal profundo ao país. O deficit nas contas chegou a mais de R$ 150 bilhões no governo Dilma por gastos desenfreados e pouco compromisso com equilíbrio fiscal, gerando descrédito ao país. No momento em que o mundo crescia fortemente, o Brasil amargou a pior recessão de sua história.

O governo do PT, com o presidente Lula, começa sob essa preocupação. Afinal: qual será a política econômica e a política fiscal deste governo? Quanto mais demora a apresentar respostas, mais gera incerteza e insegurança. Relações de negócios precisam envolver confiança. Qualquer empreendedor colocará seus recursos onde tiver segurança e confiança de cumprimento de contratos, das regras das atividades econômicas, gerando resultados a quem está investindo. Essa incerteza é ruim para o país, mas a gente dá, ainda, o benefício do tempo para que o governo encontre seu rumo e apresente seus caminhos.

E o acerto?

O acerto é a abertura ao diálogo. No governo passado, do presidente Bolsonaro, não houve uma reunião como a que houve na sexta-feira (27 de janeiro), entre governadores e o governo federal. Pelo contrário: não só não houve reunião, como o comportamento do ex-presidente era sempre belicoso, de ataque aos entes subnacionais e aos governadores, terceirizando, sempre, as responsabilidades os problemas do país. Tudo o que acontecia de ruim no Brasil era culpa de outra pessoa que não o próprio presidente. Em geral, a culpa era dos governadores, do Supremo Tribunal Federal e da imprensa, sempre atacando. Isso criava um clima muito ruim para o país.

A abertura ao diálogo, trazer de volta à arena política as discussões, é um acerto. Espero, seja, a prática que possamos observar ao longo do mandato do presidente Lula, com quem não tenho convergências — especialmente na área econômica — mas por quem tenho respeito, especialmente pela legitimidade do voto popular, que o colocou para um terceiro mandato. Então, vamos buscar trabalhar conjuntamente, a serviço dos interesses dos brasileiros que vivem no Rio Grande do Sul.

O PSDB sofreu perdas na última eleição — não conseguiu manter o governo de São Paulo e viu a bancada federal diminuir. Mas conquistou governos importantes, como o de Pernambuco, e manteve o Palácio do Piratini. Como o senhor encara o desafio de assumir o partido e para onde vai o PSDB agora?

As eleições recentes foram de uma polarização intensa, que estreitou o caminho para o centro democrático, que persistiu e resistiu — e o PSDB resiste dentro desse cenário de polarização. Passado o processo eleitoral, com a bancada formada e os governos estaduais que temos, o que precisamos fazer é trabalhar para, dentro da configuração que tomou a política nacional, nos apresentarmos com força e vigor para sensibilizar e mobilizar parcelas e grupos da sociedade em torno da nossa agenda. E, para conseguir fazer isso, temos de ter essa agenda apresentada com clareza — inclusive, para nós mesmos.

Dentro do próprio partido é preciso que haja uma discussão que permita, a todos os membros do PSDB, entender a agenda que nos une. Isso ficou mal trabalhado ao longo de anos recentes diante da polarização. Talvez pelo partido ter antagonizado com o PT durante muito tempo, no momento em que o espaço de antagonismo ao PT passou a ser exercido por outra força política, notadamente pelo bolsonarismo, talvez alguns tucanos tenham ficado confusos diante desse cenário político alterado em relação ao que, historicamente, havia — e tenham se aproximado do Bolsonaro por conta do antagonismo ao PT que era exercido pelo PSDB.

Pode explicar melhor?

É importante fazermos essa discussão internamente, porque não considero que ser antagonista ao PT possa significar, de alguma forma, se aproximar do bolsonarismo e de suas características, pois somos, também, muito diferentes. Temos divergências programáticas e ideológicas com o PT, mas temos uma diferença profunda na forma como faz política o bolsonarismo — e em muitas das pautas que defende o bolsonarismo, especialmente nas que desrespeitam parcelas da sociedade e grupos importantes da coletividade. Não respeitam a diversidade e os temas ambientais, que são importantes para nós, por exemplo.

O partido vai precisar promover essa discussão para dentro, para que haja uma clara compreensão, por todos os membros, sobre quais são as agendas que nos unem. Não significa que a gente tenha de concordar em absolutamente tudo — isso não temos nem dentro da família da gente; não vai ser dentro de um partido político que teremos convergência absoluta. Mas a espinha dorsal do que o PSDB defende precisa ficar clara para todos.

A estratégia de comunicação dessa agenda que o partido tem precisa ser trabalhada de forma estratégica junto àqueles da sociedade que mais queremos mobilizar em torno da nossa agenda, para chegarmos com força nos próximos processos eleitorais, apresentando caminho de sensatez, equilíbrio, bom-senso e moderação, mas com firmeza de convicção em torno das agendas que queremos defender e ver prosperar no debate político para o Brasil.

O senhor disse que o PSDB tem diferenças tanto com o PT quanto com o bolsonarismo. Na atual conjuntura, é possível dizer com qual dos campos o partido tem mais diferenças?

Somos diferentes dos dois. Não preciso ser medido na régua estreita que, na verdade, até os aproxima em algumas questões. O PSDB olha para as questões sociais com preocupação. Em nossa visão, é papel, sim, do governo em um país com profundo abismo social, ser promotor da igualdade. E, consequentemente, exercer, de forma firme, o combate às desigualdades. Isso significa colocar o governo não apenas para dar igualdade de oportunidades à população com a educação, que precisa ser promotora da inclusão no mercado de trabalho, da capacidade crítica e da cidadania.

Precisa ser o governo, também, um reparador das desigualdades. Isso significa ter políticas de transferência de renda, de assistência social e programas de habitação. Um olhar para as pessoas que já ficaram para trás e precisam ter a mão do governo estendida para trazê-las, com dignidade, ao exercício da cidadania plena. Olhamos para isso com atenção.

Do outro lado, não podemos ter o desequilíbrio das contas. Precisamos ter combate firme e efetivo à criminalidade. Não tem de fazer uma opção entre ter um governo enxuto e que combata com força a criminalidade ou ter um governo sensível socialmente e que se abra à diversidade. Entendemos que, neste imenso país que temos, é importante trilhar esses caminhos conjuntamente. Precisamos combater a desigualdade e precisamos respeitar equilíbrio fiscal, modernizar a máquina pública com privatizações e reformas estruturantes, para que o governo seja capaz, justamente, de sustentar as políticas públicas de inclusão, que custam dinheiro e são impactantes no orçamento — e que precisam de orçamento adequado e equilibrado para serem sustentáveis no tempo.

Com orçamento de 1,5 bilhão de reais, a Conab foi tomada por petistas que, ainda não nomeados para cargos no órgão, já ocupam salas e acessam dados sigilosos da repartição.

O petista Edegar Pretto foi escolhido por Lula para chefiar a Companhia Nacional de Abastecimento. Ele não foi aprovado pelo Conselho de Administração da estatal até o momento, mas assumiu mesmo assim. As informações são da coluna Radar, da Veja Online.

A primeira coisa que Pretto pediu, ao ocupar irregularmente a empresa ligada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, foi a relação de cargos e salários do órgão.

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria dos votos no julgamento do Tema 885 para permitir o cancelamento de decisões definitivas (sem mais possibilidade de recurso) em direito tributário. 

O Advogado Lucas Duarte, doutorando pela Universidade de Lisboa e mestre pela UFRN, sócio da Alves, Duarte e Advogados, esclarece: “Concretizando-se neste sentido, os contribuintes que já tiveram seus processos transitados em julgado poderão perder o seu direito se o STF vier a julgar a mesma matéria em momento posterior e decidir que o tributo é devido”. As informações são do Blog do Gustavo Negreiros.

Acrescenta, que “A insegurança jurídica que se avizinha é assustadora, pois o resultado prático do precedente é a abertura de portas para que o Fisco (Federal, Estadual e Municipal) promova a cobrança retroativa de causas que já eram consideradas ganhas pelos contribuintes”.

A decisão adotada pelo STF entra em conflito com direto e com as melhores lições desde os bancos universitários, conforme lembrado por Lucas Duarte: “Nas primeiras lições de Direito, aprende-se que a coisa julgada (autoridade que torna imutável e indiscutível a decisão de mérito não mais sujeita a recurso) é um direito fundamental, previsto no art. 5o, inciso XXXVI, da Constituição da República, e, como tal, uma cláusula pétrea, não podendo ser alterada nem por Emenda à Constituição”. 

Nunca esteve tão atual a antológica frase do ex-ministro Pedro Malan: “No Brasil, até o passado é incerto”.

Nove senadores do Partido Democrata assinaram uma resolução apresentada em que condenam o ataque de bolsonaristas extremistas e golpistas a Brasília no dia 8 de janeiro. O documento foi entregue na quinta-feira (2) ao Senado dos Estados Unidos. O documento relaciona o ataque com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e pede que os pedidos de extradição de ex-funcionários brasileiros sejam respondidos.

A resolução também “condena o violento cerco conduzido por apoiadores do ex-presidente brasileiro (…) alimentado, em parte, por desinformação espalhada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro ao longo de vários meses”. Do Portal M! com informações do G1.

O documento é assinado por Robert Menendez, presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, e também pelos senadores Bernie Sanders, Tim Kaine, Dick Durbin, Ben Cardin, Chris Murphy, Jeanne Shaheen, Jeef Merkley e Chris Van Hollen.

“Antes das eleições gerais do Brasil, o ex-presidente Jair Bolsonaro repetidamente fez acusações falsas e infundadas questionando a transparência e a integridade do processo eleitoral do país, atacou publicamente a imparcialidade do Supremo Tribunal Federal (…) e encorajou seus partidários a ampliar essas reivindicações infundadas”, relatam os senadores.

A resolução descreve em seguida que “em 8 de janeiro de 2023, uma semana após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomar posse, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro se envolveram em um cerco violento e organizado ao palácio presidencial do Brasil, Congresso e Suprema Corte”.

Os congressistas pressionam o presidente Joe Biden a revisar e responder prontamente a quaisquer pedidos de ajuda relacionados com as investigações sobre os eventos violentos e a rever rapidamente todas as solicitações de autoridades brasileiras relacionadas à investigação sobre a insurreição de 8 de janeiro de 2023, incluindo quaisquer futuros pedidos de extradição para ex-altos funcionários brasileiros.

O texto também compara o episódio com a invasão do Capitólio, orquestrada por apoiadores do ex-presidente americano Donald Trump em 6 de janeiro de 2021. Na ocasião, apoiadores do então presidente Donald Trump invadiram o Capitólio, o centro legislativo dos Estados Unidos, protestando contra o resultado das eleições que haviam levado o democrata Joe Biden ao poder.

Segundo a resolução, os ataques no Brasil demonstram ” as consequências danosas de funcionários públicos espalharem deliberadamente desinformação eleitoral e desrespeito ao estado de direito”.

“Há pouco mais de dois anos, a saúde e a força da democracia americana foram testadas quando uma multidão violenta, incitada por desinformação eleitoral perigosa, retórica hipernacionalista e, acima de tudo, um apelo à ação de um ex-presidente, tentou interromper a transferência pacífica do poder ao invadir o Capitólio dos Estados Unidos. Há pouco mais de um mês, o mundo assistiu novamente a um ataque à democracia – desta vez no Brasil – “, disse o presidente Menendez.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu concluir o acordo comercial entre União Europeia (UE) e Mercosul até a metade de 2023.

O tratado pode aumentar o PIB do Brasil em US$ 87,5 bilhões (R$ 450 bilhões) nos próximos 15 anos, com esse número podendo chegar a US$ 125 bilhões se consideradas a redução de barreiras não tarifárias, segundo estudo do governo federal. As informações são do portal UOL.

O governo ainda prevê um aumento de US$ 113 bilhões em investimentos no Brasil, e US$ 100 bilhões em ganhos das exportações brasileiras para a UE até 2035.  

Ele prevê a criação da maior zona de livre comércio do mundo, com um mercado de 780 milhões de pessoas e que representaria cerca de 20% do PIB mundial e mais de 30% das exportações globais.

Qual o obstáculo para fechar?

O tratado está em negociação entre os dois blocos desde 1999 e foi assinado em junho de 2019, no primeiro ano do governo Jair Bolsonaro.

Setores agrícolas e industriais podem dificultar a ratificação do texto ainda neste semestre. A conclusão da parceria depende da aceitação dos termos pelos parlamentos de todos os países envolvidos e do bloco europeu.

Os reflexos da política ambiental do ex-presidente Bolsonaro bloquearam as negociações. Holanda, Áustria e a região da Valônia, na Bélgica, votaram contra a ratificação, com temores de que o tratado poderia ter impactos negativos no meio ambiente. Governos de França, Irlanda e Luxemburgo também mostraram resistência.

Outra questão é o ponto do acordo que trata das compras governamentais, prevendo que fornecedores de bens e serviços possam participar de licitações em qualquer país do tratado, sendo tratadas como empresas domésticas.

O que dizem os especialistas?

“A grande questão que vem sendo levantada pelo lado europeu é o compromisso do Brasil e dos países sul-americanos com a manutenção dos bons padrões ambientais, de economia verde. Essas são as grandes questões sobre a mesa, que precisam ser discutidas até que se chegue a um bom termo entre as partes”, Dawisson Belém Lopes, professor de relações internacionais da UFMG.

“No caso da Europa, desde commodities até carnes, esses produtores perderiam para os sul-americanos. Já do lado contrário, haveria resistência na indústria automotiva argentina quanto à abertura do setor”, afirma Welber Barral, ex-secretário de Comércio Exterior.

Segundo ele, “o Mercosul tem um enorme potencial de exportar gás da Argentina e hidrogênio verde para Europa. Esse acordo facilitaria muito, com tarifas, investimentos. Tem também a parte dos alimentos, com a Europa tendo uma garantia muito maior de segurança alimentar.”

Por Marcus Pestana*

O Congresso Nacional é o coração da democracia. Ali se expressam a pluralidade e a diversidade de interesses e opiniões. Dada posse aos eleitos e reeleitos, Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, e, Rodrigo Pacheco, presidente do Senado Federal e do Congresso Nacional, cabe agora baixar a poeira da polarização extremada que tomou conta da política nacional nos últimos anos. Os presidentes eleitos são políticos experientes e habilidosos com todas as condições de dirigir o parlamento brasileiro na discussão das questões essenciais que efetivamente interessam à população.

Dentro do desafio de reestabelecer os canais de diálogo e construir uma agenda produtiva é preciso reconhecer a total legitimidade da candidatura do senador Rogério Marinho, que representou o bolsonarismo na eleição interna do Senado, e frisar que é um quadro de altíssima qualidade intelectual e política e, como ele mesmo se autodefine, um “conservador clássico” a la Edmund Burke e Roger Scruton. Assim também as candidaturas de dois excelentes deputados: Chico Alencar, representando as posições mais à esquerda, e Marcelo Van Hattem, expoente do liberalismo defendido pelo Partido Novo.

A democracia é essencialmente um regime em que impera a liberdade de opinião e o confronto de posições. Mas, para fortalecer a democracia brasileira e recuperar a credibilidade do sistema político, é necessária uma boa dose de eficiência e objetividade na geração de soluções para os graves problemas nacionais. A divergência extremada, sem diálogo e construção de consensos, malcuidada e maltratada, tem um efeito paralisante.

A prioridade absoluta deve ser a retomada da discussão da agenda de interesse nacional começando pela reforma tributária, o novo regime fiscal, o aperfeiçoamento das políticas sociais, um choque de qualidade na educação brasileira, o fortalecimento do SUS no pós-pandemia e a retomada do desenvolvimento sustentável, inclusivo e consistente, gerando emprego e renda para a população brasileira.

A nova direção da Câmara e do Senado terá como uma das suas tarefas principais melhorar a comunicação social institucional. O desgaste da imagem, muitas vezes, é potencializado pela falta de esclarecimento sobre as decisões do Congresso Nacional.

Cito dois exemplos recentes. Primeiro, as chamadas “emedas parlamentares secretas” ou explícitas. É justo, sem perder a lógica nacional e a racionalidade das políticas públicas, que o parlamentar indique recursos para as prefeituras e entidades de sua região. A exacerbação do papel do relator do orçamento nas “emendas secretas” e a concentração de poder já foram corrigidas. É fundamental explicar melhor à população os mecanismos de execução orçamentária e financeira.

Por último, a mudança da Lei das Estatais. Quando foi aprovada, em 2017, como deputado federal, divergi. Não é o fato de o dirigente de estatal ter sido político ou dirigente partidário que gera corrupção e compromete a boa governança. Foi a política criminalizando a própria política. Há excelentes quadros gerenciais entre os atores políticos. Basta dizer que todos os dirigentes da Petrobras envolvidos nos escândalos eram de carreira. A lei deve primar por traçar pré-requisitos para garantir que os dirigentes de estatais tenham formação e experiência para geri-las bem.

*Economista, foi deputado federal e estadual e presidente do PSDB de Minas Gerais. Também foi secretário estadual da Saúde e professor da Universidade Federal de Juiz de Fora.

A praia de Porto de Galinhas, localizada em Ipojuca, no Litoral Sul de Pernambuco, foi eleito o oitavo destino mais acolhedor do mundo pelo prêmio Traveler Review Awards 2023, realizado pela Booking.com, plataforma on-line de reserva de viagens.

O balneário é o único destino do Brasil no ranking, liderado pela pequena Polignano a Mare, cidade de 18 mil habitantes na Itália. As informações são do portal Folha de Pernambuco.

O site leva em conta opinião dos hóspedes de todo o mundo para elaborar a lista, que considerou mais de 240 milhões de avaliações de usuários em 1,6 milhão de acomodações. “Esse prêmio simboliza todos os seus esforços para proporcionar experiências especiais e recordações duradouras para os viajantes”, diz o Booking.com na página especial do prêmio.

“Estamos muito felizes em Porto de Galinhas ser o único destino do Brasil no ranking. Essa premiação só vem para validar o trabalho que o trade turístico vem realizando em prol do destino, em especial aos hotéis da região que sempre buscam o melhor para os hóspedes”, comenta o presidente da Associação dos Hotéis de Porto de Galinhas, Eduardo Tiburtius.  

Confira a lista de destinos mais acolhedores do mundo em 2023:

1. Polignano a Mare, Itália
2. Hualien, Taiwan
3. San Sebastián, Espanha
4. Dresden, Alemanha
5. Klaipeda, Lituânia
6. York, Reino Unido
7. Ushuaia, Argentina
8. Porto de Galinhas, Brasil
9. Cidade do México, México
10. Gold Coast, Australia

Este ano, a Itália ficou em primeiro lugar com um total de 170.638 acomodações premiadas, seguida pela Espanha (108.217), França (103.365), Alemanha (76.479), Croácia (64.206), Polônia (60.721), Reino Unido (60.697), Grécia (54.473), Brasil (53.658) e Estados Unidos (46.839).

A Associação dos Hotéis de Porto de Galinhas conta com nove empreendimentos de alto padrão. Fazem parte o Nannai Resort & Spa, o Armação Resort, o Hotel Village Porto de Galinhas, o Kembali Hotel, o Vivá Porto de Galinhas Resort, o Marulhos Suítes Resort, o Hotel Solar Porto de Galinhas, o Marupiara Resort e o The Westin Porto de Galinhas.