Tebet se sai melhor e Bolsonaro pior no 2º bloco, aponta pesquisa qualitativa com eleitores

A candidata Simone Tebet (MDB) teve o melhor desempenho no segundo bloco do debate deste domingo, de acordo com pesquisa qualitativa realizada pelo Datafolha com 64 pessoas em tempo real. Já Bolsonaro foi o pior, repetindo a posição que teve no primeiro bloco.

A maioria dos participantes, 37% ao todo, apontaram Tebet como quem se saiu melhor, em segundo lugar ficou Ciro Gomes (PDT) com 22%.

Já Jair Bolsonaro (PL) foi apontado como quem se saiu pior por 45% dos entrevistados. Luiz Felipe d’Avila (Novo) foi o pior para 16% e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para 14%.

No segundo bloco, jornalistas fizeram perguntas aos postulantes e escolheram um segundo candidato para comentar a resposta do concorrente.

A pesquisa não é representativa da população brasileira e visa mostrar a percepção de eleitores indecisos sobre seu voto ou que pretendem votar em branco ou nulo em outubro. Os participantes foram divididos em três salas virtuais e responderam perguntas por meio de um aplicativo.

Os participantes também classificaram a resposta dos candidatos no segundo bloco, em uma escala de péssimo, ruim, regular, bom e ótimo.

Assim como no primeiro bloco, Tebet e Ciro foram os mais bem avaliados, com 73% e 71% de ótimo e bom, respectivamente. Ambos tiveram 8% de ruim e péssimo. Lula teve 49% de ótimo e bom e 22% de ruim e péssimo.

Bolsonaro teve a pior avaliação com 32% de ótimo e bom e 34% de péssimo e ruim. (Paula Soprana e Renata Galf)

O político do Novo disse que é preciso parceria com o setor privado pois o país “necessita” do dinheiro desse setor porque “é o mercado que resolve”, e que o país “tem que privatizar tudo”. Criticou aqueles que são contra a privatização na área de saneamento básico, porque, citou, há 100 milhões de brasileiros que não têm acesso ao saneamento. Tebet também ressaltou a importância do setor privado para resolver os gargalos da infraestrutura no Brasil. Para ela, a criação de ferrovias para conectar as diferentes regiões do país deve ser feita pela iniciativa privada.

Petrolina - Destino

“Todos têm o direito de adorar o Deus que entender”, disse Soraya, que se considera cristão. Ela afirma que defende a paz, o fim da polarização, e a disseminação do ódio entre os brasileiros. Ela pontuou que Bolsonaro é “tchuca tchuca” com outros homens, mas foi “para cima” de Vera Magalhães durante o debate, e afirmou não aceitar “esse tipo de comportamento”. Em outro momento, ela pontuou que o PT “separava” a população como forma de “manipulação” e que o atual governo faz a mesma coisa. “Não podemos permitir que o povo fique usando na política o nome de Deus em vão”, declarou, ressaltando que há “falta de respeito com a religião”. D’Avila pontuou que é “muito católico”, mas não vivemos em uma teocracia e, sim, numa democracia, logo, deve-se respeitar a laicidade do Estado. O candidato do Novo também criticou o fundo eleitoral por seus oponentes.

Toritama - Tem ritmo na saúde

No intervalo do segundo bloco, seguranças fizeram um cordão separando as áreas onde bolsonaristas e lulistas estão sentados na área de convidados do debate.

Durante o primeiro bloco, o espaço viu troca de xingamentos e dedos em riste. em uma briga entre o deputado André Janones e o ex-ministro Ricardo Salles. No intervalo do primeiro bloco, foi xingado por bolsonaristas e devolveu os insultos com mais impropérios.

Adrilles Jorge, candidato a deputado federal pelo PTB, classificou o momento como a divisão do Brasil Oriental e Brasil Ocidental.

(Bruno B. Soraggi e Carlos Petrocilo)

Camaragibe - Refis 2025
Cabo de Santo Agostinho - Vem aí

Em pergunta sobre a união da esquerda, Lula afirmou ter respeito por Ciro Gomes. “Sou grato ao Ciro, que esteve no governo comigo, em 2003 a 2006. Ele resolveu não estar conosco, sair com candidatura própria é direito dele”, disse.

O pedetista, no entanto, afirmou que “Lula se deixou corromper” e atribui a agressividade do clima político também ao PT. Ele afirmou que o ex-presidente é um “é encantador de serpentes” e o responsabilizou por crise econômica.

“Você sabe que está dizendo inverdades a meu respeito. […] Eu não fui para Paris. Eu fui absolvido nos 26 processos”, rebateu Lula.

O presidente Jair Bolsonaro atacou a jornalista da TV Cultura Vera Magalhães, que o questionou sobre vacinação.

“Acho que você dorme pensando em mim, você não pode tomar partido num debate como esse. Você é uma vergonha para o jornalismo”, disse Bolsonaro exaltado.

Simone Tebet (MDB) saiu em defesa da jornalista e acusou o presidente de atacar mulheres. Bolsonaro, então, passou a mirar Tebet.

“A senhora é uma vergonha para o Senado, não vem com essa historinha de que eu ataco mulheres, de se vitimizar”. (Carolina Linhares e Victoria Azevedo)

Toritama - Tem ritmo

“Foi o meu governo, contra o voto do PT na Câmara [que aprovou Auxílio Brasil de R$ 400]”, Jair Bolsonaro (PL), presidente e candidato à reeleição, no debate realizado por Band, Folha de S.Paulo, TV Cultura e UOL no dia 28 de agosto de 2022

FALSO

Os deputados do PT votaram favoravelmente à Medida Provisória nº 1.076/2021, que instituiu o valor mínimo de R$ 400 para o Auxílio Brasil -substituto do Bolsa Família. De acordo com o site da Câmara dos Deputados, o partido recomendou a aprovação da proposta e todos os parlamentares votaram a favor da medida. Ao todo, 426 parlamentares participaram desta votação. Na sessão realizada em 27 de abril, apenas os deputados federais do Novo votaram contra. Ao todo, a proposta teve 418 votos a favor da MP e 7 contra.

Palmares - Forró Mares

Jair Bolsonaro disse que hoje de forma definitiva o valor do Auxílio Brasil é de R$ 400 e, por meio de PEC, houve acréscimo para R$ 600, valor que será mantido em 2023. “Logicamente esse Auxílio se aproxima do mínimo necessário para a pessoa sobreviver”. Disse que tem falado com a equipe econômica e tem como manter o valor, por exemplo, “não roubando” recursos das estatais. “Nosso governo tem recursos, tem meios e fará com responsabilidade essa manutenção dos R$ 600”. Lula disse ser importante lembrar que a manutenção dos R$ 600 não está prevista na LDO enviada por Bolsonaro ao Congresso recentemente, e afirmou que Jair “mente” sobre o assunto. Disse que a bancada do PT votou a favor do Auxílio, mas defendeu que é preciso fazer essa política “concomitante ao crescimento econômico e à geração de empregos”. Destacou que Bolsonaro “adora citar números que nem mesmo ele acredita”.

Ipojuca - No grau

O presidente Jair Bolsonaro se atrapalhou na hora de tentar se defender sobre a fome ter aumentado no seu governo e mostrou desconhecimento sobre a inflação. O Brasil permanece no topo do ranking dos países com maiores taxas de inflação entre as principais economias mundiais, mesmo após o país ter registrado deflação histórica em julho. O Brasil tinha então a 4ª maior inflação entre principais economias, abaixo apenas de Turquia, Argentina e Rússia. (Alexa Salomão)