Prestes a assumir o comando nacional da sigla, em solenidade nesta quinta-feira (27), em Brasília, Aécio encontrará um partido bem menor que aquele ao qual já presidiu, entre 2013 e 2017. Na época, disputou a Presidência da República, mas perdeu para Dilma Rousseff (PT) no segundo turno. No tucanato, ele foi sucedido pelo pernambucano Bruno Araújo, e depois pelo então governador de São Paulo, João Dória, com quem viveu diversas turbulências e a quem atribui o encolhimento do PSDB nas eleições posteriores.
“Há formas distintas de se enxergar o cenário atual. Se tivéssemos ido para o caminho mais fácil, da incorporação ou da fusão, e não foram poucas as oportunidades que surgiram, talvez alguns estariam mais confortáveis. Mas não abrimos mão daquilo que representamos. Perdemos quadros, cometemos equívocos, e houve o projeto megalomaníaco de João Dória, que impediu que tivéssemos candidatura nacional. O partido nacional se subordinou a um projeto regional e pagamos um preço alto em relação a isso”, disparou Aécio.
Leia maisNo tucanato, Dória viveu uma ascensão meteórica, elegendo-se prefeito de São Paulo em 2016 e governador do estado dois anos depois, no mesmo pleito que levou Jair Bolsonaro (PL) a Palácio do Planalto. Ambos viveram em guerra, em especial pela “paternidade” das vacinas contra a Covid-19, o que levou Dória a tentar disputar a Presidência da República em 2022. Ele se desincompatibilizou do Governo, mas não viabilizou nenhuma candidatura e acabou abandonando a política partidária.
No auge de sua popularidade, Dória pediu a expulsão de Aécio da legenda, mas a executiva vetou. Com o paulista fora das decisões, Aécio procura manter o otimismo para encarar a terra arrasada. “Acredito que já na próxima janela partidária estaremos com um número maior de parlamentares, e devemos apresentar perspectivas de fazermos uma bancada em torno de 30 parlamentares. Mas o PSDB é muito maior que essa aritmética, ele está na memória das pessoas como o partido que transformou o Brasil em muitos aspectos, e está vivo e presente na vida de todos os brasileiros, com resultados muito marcantes. Temos que resgatar isso. E vamos fazer como PSDB mesmo, não como fusão”, concluiu.
Leia menos



















