Em João Alfredo, no Agreste Setentrional, a 107 km do Recife, o prefeito Zé Martins (PSB) lidera com folga a pesquisa do Instituto Opinião, em parceria com este blog, para prefeito do município. Se as eleições fossem hoje, ele teria 66.9% das intenções de voto, 44 pontos de vantagem em relação à Vânia de Oim (Podemos), que aparece com apenas 20,3%.
Brancos e nulos somam 3,1% e indecisos 9,7%. Na espontânea, modelo pelo qual o entrevistado é forçado a lembrar o nome do seu candidato preferencial sem ajuda do disquete com todos os postulantes, Zé Martins mantém uma dianteira maior. Aparece com 62,3% das intenções de voto ante 18% de Vânia de Oim. Neste cenário, 2,3% dizem que podem anular o voto e indecisos somam 17,1%.
No quesito rejeição, Vânia de Oim lidera. Entre os entrevistados, 52% disseram que não votariam nela de jeito nenhum. Já o prefeito Zé Martins aparece com 21,7% dos entrevistados afirmando que não votariam nele de jeito nenhum. Entre os eleitores que estão firmes, sem chances de mudar o voto, 61,4% são do prefeito e 16,3% da adversária.
Estratificando o levantamento, Zé Martins tem seus maiores percentuais de intenção de voto entre os eleitores na faixa etária de 45 a 59 anos (74,1%), entre os eleitores com grau de instrução até a 9ª série (72%) e entre os eleitores com renda familiar até dois salários (67,7%). Por sexo, 69,9% dos seus eleitores são homens e 64,1% são mulheres.
Já Vânia de Oim tem seus maiores indicadores de voto entre os eleitores com grau de instrução superior (43,5%), entre os eleitores na faixa etária de 25 a 34 anos (29,4%) e entre os eleitores com renda familiar entre dois e cinco salários (21,8%). Por sexo, 21,2% dos seus eleitores são mulheres e 19,3% dos seus eleitores são homens.
A pesquisa foi a campo entre os dias 20 e 21 de agosto, sendo aplicados 350 questionários. O intervalo de confiança estimado é de 95,0% e a margem de erro máxima estimada é de 5,2 pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra.
A modalidade de pesquisa adotada envolveu a técnica de Survey, que consiste na aplicação de questionários estruturados e padronizados a uma amostra representativa do universo de investigação. Foram realizadas entrevistas pessoais (face a face) e domiciliares. A pesquisa está registrada sob o protocolo PE-02297/2024.
Com autorização da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), a governadora Raquel Lyra (PSDB) embarca amanhã para uma missão internacional de 15 dias. No roteiro estão passagens pela China e Dinamarca, onde a gestora participa de agendas para assegurar e ampliar investimentos já anunciados para Pernambuco, além de buscar novos aportes de capital estrangeiro no estado.
Iniciando a viagem pela cidade chinesa de Chengdu, em Sichuan, a comitiva passará também pela capital Pequim e por Xangai. No país, a gestora deve ter contatos com empresas dos setores de infraestrutura — tanto de estradas quanto de portos e ferrovias —, além de empresas de tecnologia voltada ao setor energético, de celulose, maquinário agrícola e de uma fabricante de composições de metrô.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Guilherme Cavalcanti, que acompanha a governadora na missão, detalhou que a viagem também visa à atração de novas conexões entre portos chineses e o Porto de Suape. Atualmente, há apenas uma linha fixa para o Oriente, baseada em Singapura. Cavalcanti também afirmou que a governadora deve apresentar o ambiente de negócios e divulgar o setor produtivo do estado aos empresários chineses, aproveitando o alinhamento entre o gigante asiático e o Brasil, no momento em que os chineses podem enfrentar uma sobretaxa de 100% imposta pelos Estados Unidos a partir de novembro.
“A gente tem uma oportunidade muito grande agora de exportar. Pernambuco é um grande produtor de proteína animal. Isso vale para frango, ovo, carne, peixe, e lá é muito demandado. Faremos uma viagem que a gente chama de diplomacia empresarial. A governadora vai promover nosso estado como destino de investimento, mas também promover o setor empresarial pernambucano junto a parceiros chineses”, explicou o secretário.
Raquel deve ter, ainda, reuniões para negociar a venda de açúcar e de frutas produzidas no Vale do São Francisco. A última etapa da viagem à China envolve a ida da governadora ao New Development Bank, chamado de Banco do BRICS, que é presidido pela ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff. Na instituição, Raquel buscará investimentos para a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa).
Investidores
Já na Dinamarca, onde desembarca no dia 23, a gestora vai conhecer a APM Terminals e a Maersk, que está investindo R$ 2 bilhões na construção de um novo terminal de contêineres no Complexo Portuário-Industrial de Suape. Ela também irá à European Energy, que vai instalar uma planta de produção de e-metanol no complexo.
Guilherme Cavalcanti revelou também que, em Copenhague, a comitiva irá palestrar mostrando a América Latina como um destino promissor de investimentos para empresas dinamarquesas, incluindo empresas do setor de saneamento. A gestão estadual deve realizar o leilão de concessão da Compesa em dezembro. Segundo ele, a meta é fortalecer também o setor sucroenergético de Pernambuco.
“Empresas do setor de energia renovável, de infraestrutura, de água e saneamento, de tecnologia — tecnologia aplicada à indústria de óleo e gás. Esse é o público-alvo lá na Dinamarca. São setores que têm uma certa interação com a nossa indústria sucroenergética”, pontuou.
Comitiva
Além de Guilherme Cavalcanti, a gestora deve ser acompanhada pelos secretários de Mobilidade e Infraestrutura, André Teixeira; de Ciência, Tecnologia e Inovação, Mauricélia Montenegro; e de Comunicação, Rodolfo Pinto. As secretárias executivas de Imprensa, Dani Brito, e de Relações Internacionais, Rayane Aguiar, além do presidente do Porto de Suape, Armando Bisneto, também participam da viagem. Executivos como o presidente da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), Bruno Veloso, e o superintendente da Sudene, Francisco Alexandre, também devem formar a comitiva.
Agenda
Hoje, a governadora recebe a Comenda Governadores pela Alfabetização das Crianças na Idade Certa, no Senado. A iniciativa reconhece a atuação da gestora para que o estado alcançasse a maior pontuação do Índice Estado Alfabetizador das Crianças na Idade Certa (IEA), entre as unidades federativas.
A OAB Pernambuco promove no dia 9 de novembro, a partir das 6h, a Corrida da OAB 2025, com largada no Shopping Recife. O evento esportivo, organizado em parceria com a Caixa de Assistência dos Advogados de Pernambuco (CAAPE), propõe um momento de integração entre a advocacia e o público em geral, com percursos de 5 km e 10 km. Além do incentivo à prática esportiva, a corrida busca promover bem-estar e confraternização entre os participantes. Todos os concluintes receberão medalha comemorativa da edição, e as inscrições podem ser feitas pelo site soucorredor.com.br.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a primeira-dama Janja da Silva se reuniram nesta segunda-feira (13) com o papa Leão XIV, no Vaticano .
Na ocasião, Lula parabenizou o pontífice pela liderança na Igreja Católica e aproveitou a ocasião para convidá-lo a participar da COP 30, que será realizada em novembro, em Belém (PA).
“Convidei-o a vir à COP30, considerando a importância histórica de realizarmos uma Conferência do Clima pela primeira vez no coração da Amazônia. Por conta do Jubileu, o Papa nos disse que não poderá participar, mas garantiu representação do Vaticano em Belém”, prosseguiu. As informações são do g1.
Lula desembarcou em Roma neste domingo (12) para participar da abertura do Fórum Mundial da Alimentação 2025, principal evento anual da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
A visita do presidente marca as comemorações pelos 80 anos de criação da FAO e ocorre em um momento simbólico, meses após o anúncio da saída do Brasil do Mapa da Fome, de acordo com o relatório O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo (SOFI 2025), divulgado em julho.
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“Falei ao Papa sobre minha participação hoje no encontro da FAO e como em dois anos e meio tiramos pela segunda vez o Brasil do Mapa da Fome. E, agora, estamos levando este debate para o mundo por meio da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza”, afirmou o presidente em uma rede social, após o encontro.
Ainda na segunda-feira (13), também na sede da FAO, o presidente Lula encerrará a Segunda Reunião do Conselho de Campeões da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.
Ele vai inaugurar o espaço que sediará o Mecanismo de Apoio da Aliança, que funcionará como o secretariado da iniciativa.
Em conversa com jornalistas na última quarta-feira (8), o coordenador-geral de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério das Relações Exteriores, ministro Saulo Arantes Ceolin, afirmou que a presença de Lula nos eventos reforça a relação histórica e estratégica entre o Brasil e a FAO.
“O objetivo principal da viagem é esse: prestigiar o Fórum e, sobretudo, comemorar o aniversário da organização, que é tão importante e com a qual o Brasil mantém uma relação robusta há décadas”, disse Ceolin.
Primeiro encontro com o papa Esta é a primeira vez que Lula se reúne com o papa Leão XIV, sucessor do papa Francisco. O encontro entre os dois líderes estava sendo costurado pelo governo brasileiro nos últimos dias.
Segundo fontes do Itamaraty, o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, conversou com o cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, duas vezes por telefone durante a última semana. A reunião entre Lula e o papa Leão XIV também foi articulada com a embaixada brasileira na Itália junto à Santa Sé.
“Parabenizei o Santo Padre pela Exortação Apostólica Dilexi Te e a sua mensagem de que não podemos separar a fé do amor pelos mais pobres. Disse a ele que precisamos criar um amplo movimento de indignação contra a desigualdade e considero o documento uma referência, que precisa ser lido e praticado por todos”.
Lula também disse que o pontífice pretende visitar o Brasil em um momento oportuno.
“Será muito bem recebido, com o carinho, o acolhimento e a fé do povo brasileiro. Lembrei que ontem tivemos uma demonstração imensa dessa fé no Círio de Nazaré e nas comemorações do Dia de Nossa Senhora de Aparecida, padroeira do Brasil”.
Em mandatos anteriores, Lula se reuniu com outros papas como João Paulo II, Bento XVI e Francisco.
A última ida de Lula para Roma foi em abril deste ano, para participar do velório do papa Francisco, que faleceu em 21 de abril, aos 88 anos, após um acidente vascular cerebral (AVC) e em decorrência de uma insuficiência cardíaca.
Além de Lula e Janja, também participaram do encontro os ministros Mauro Vieira, Wellington Dias e Paulo Teixeira, a senadora Ana Paula Lobato, a presidenta da Embrapa Silvia Massruhá e o embaixador do Brasil junto ao Vaticano, Everton Veira.
Há viagens que não se fazem apenas com o corpo, mas com o espírito. A jornada que o jornalista e escritor Magno Martins inicia a partir desta semana pelo Sertão do Araripe, passando por Trindade, Ouricuri, Exu e Araripina, é dessas travessias em que o livro não é apenas um objeto de papel, mas uma tocha acesa na mão da história.Em cada cidade, não será apenas um lançamento literário, mas um reencontro com o sentido mais nobre da palavra educação — essa força silenciosa e persistente que molda o destino dos povos e ergue as pontes invisíveis entre o passado e o futuro.
Trindade o recebe primeiro, como quem abre as portas de um templo cívico, na Câmara de Vereadores, com o apoio da prefeita Helbinha Rodrigues. Ouricuri segue como eco da segunda noite, quando a Câmara de Vereadores voltará a ser casa da palavra e da memória, com o apoio do prefeito Victor Coelho. Em Exu, terra sagrada de Luiz Gonzaga, o livro pousará no Colégio Municipal Bárbara de Alencar — nome de mulher e símbolo de coragem, de quem também fez da liberdade uma lição. E, em Araripina, capital do Araripe, o ciclo se completa no auditório do Centro Tecnológico, com o apoio do prefeito Evilásio Mateus, encerrando uma sequência que mais parece uma procissão laica pela cultura.
“Os Leões do Norte” é muito mais que um compêndio biográfico. É uma geografia da liderança e da coragem, um mapa de nomes e gestos que ajudaram a desenhar o destino de Pernambuco entre 1930 e 2022. Ao retratar 22 ex-governadores, Magno Martins não apenas narra fatos: ele reanima consciências, devolve vozes ao tempo e reafirma o papel do jornalista como guardião da memória pública.
A cada página, o livro convida o leitor a refletir sobre o poder e o dever da história. Porque lembrar, num país que tanto esquece, é também um ato político — uma forma de resistência contra o silêncio e a amnésia coletiva. É no exercício da lembrança que a sociedade reencontra seus fundamentos éticos, suas referências e o orgulho de ser o que é.
No fundo, esta obra é uma homenagem à educação, à curiosidade e à vontade de compreender o Brasil através de Pernambuco. É também um tributo ao jornalismo que pensa, à palavra que constrói, à cultura que não se dobra.
E assim, o sertão se faz universidade a céu aberto. Cada lançamento será uma aula pública sobre a importância de conhecer o que fomos, para não perdermos o que somos. Magno Martins leva consigo o testemunho de que escrever é um ato de fé — fé na memória, fé na inteligência, fé na permanência do humano diante do tempo.
Em Trindade, Ouricuri, Exu e Araripina, o sertão voltará a ouvir o rugido dos leões. E cada rugido será um chamado à lucidez, ao civismo e à esperança.
Porque um povo que lê, que pensa e que recorda, não morre jamais — renasce a cada página.
Gazeta Pernambucana – Você se vê por aqui.
*Jornalista, poeta, escritor e membro da Academia Pernambucana de Letras
Dedico este lindo artigo ao meu colega, Sua Excelência, o poeta Fernando Pessoa
Por José Adalberto Ribeiro*
MONTANHAS DA JAQUEIRA — Hello! O cowboy McDonald deu um alô para o Chapeuzinho Vermelho. — Alô, cowboy, o Chapeuzinho Vermelho soy yo. Quanta emoção! Estava morrendo de saudades. — Coincidência, brother, eu também estava morrendo de saudades. — O tarifaço é uma malvadeza, não combina com seu coração. — Eu vou mandar meu alter ego Marco Rubio conversar com sua patota. — Marquinho será recebido pelo Dr. Chuchu com o coração e os braços abertos. — Hasta la vista, Chapeuzinho Vermelho. — Um abraço e um beijo, aliás, um abraço e um queijo.
O Chapeuzinho Vermelho disse mais que o pessoal dos Rolex de ouro Oyster Perpetual Date estava doido para renovar os vistos, curtir a Disney e tentar a sorte no pano verde dos cassinos em Las Vegas.
Antes da química miraculosa, o Chapeuzinho Vermelho disse que o cowboy do Oeste era a cara do novo fascismo e do nazismo. Hoje o Lobo Mau virou The Lovely Lobo, o Adorável Lobo. O cowboy falou que o Brazil estava nos caminhos da perdição da esquerda e precisava endireitar-se.
Eles fingem que se amam, diplomaticamente. Na realidade, se odeiam, ideologicamente. Mudou a química: agora o Lobo Mau virou o Adorável Lobo. O governo do Chapeuzinho Vermelho é de esquerda até o tutano. O cowboy decretou guerra contra as esquerdas globalizantes e a cultura woke na América, Urbi et Orbi.
O que dizes, poeta Fernando Pessoa?
“O poeta é um fingidor Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente”
Sem serem poetas, o cowboy e o Chapeuzinho Vermelho são dois fingidores.
Nas eleições de 2022, as esquerdas foram contempladas com os dólares da CIA e da USAID, como parte da política globalista de Joe Biden. A fonte secou: quem comeu, comeu; quem não comeu, não come mais. Está sendo montado o cerco contra as esquerdas na América Latina.
Gladiador da real política anti-globalista, o cowboy da Casa Branca está de olho nas eleições presidenciais de 2026, que irão decidir se este reino de Pindorama irá endireitar-se ou continuará no caminho da perdição de esquerda. O Chapeuzinho Vermelho que se cuide!
O destino do ex-presidente Bolsonaro está inserido no pacote político do cowboy. Também na guerra há sentimentos: não se abandona um companheiro ferido no meio da estrada.
Ex-ministro e principal ideólogo do PT, José Dirceu se pronunciou sobre a situação de Bolsonaro. Considera impensável que o ex-presidente seja trancafiado numa penitenciária. Seria desumano e cruel. Entende que Bolsonaro, doente e fragilizado, sobrevive hoje graças ao apoio e à convivência com a família.
“Eu não desejo mal a ninguém, nem a ele”, afirma. As palavras humanitárias de Dirceu o engrandecem. Há exemplos: o ex-presidente Fernando Collor está em prisão domiciliar. Lula foi preso com regalias numa dependência da Polícia Federal, com direito a conceder entrevistas e receber visitas da namorada.
A caminho de Trindade, no Sertão do Araripe, onde faço, às 19 horas, uma noite de autógrafos de “Os Leões do Norte”, na Câmara de Vereadores, dei uma paradinha estratégica em Salgueiro, ontem, para o pernoite, e hoje, logo cedo, cumpri meus 8 km da corridinha diária pela BR-232.
O grupo palestino Hamas libertou nesta segunda-feira (13) todos os 20 reféns ainda vivos que eram mantidos na Faixa de Gaza há mais de dois anos. Enquanto Israel também soltou palestinos detidos em prisões no país, como parte da primeira fase do plano de cessar-fogo proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Pela primeira vez em mais de dois anos, o grupo radical e seus aliados não mantêm nenhum refém vivo no território palestino. Todos os 20 que foram sequestrados e ainda estavam vivos estão agora sob custódia israelense. As informações são da CNN.
O Hamas sequestrou 251 pessoas do sul de Israel e as levou para a faixa de Gaza no ataque de 7 de outubro de 2023, que marcou o início da guerra no território palestino.
Mais quatro reféns eram mantidos pelo grupo antes do ataque. Os corpos de 26 pessoas, que foram declarados mortas, continuam na Faixa de Gaza e devem ser libertados em breve.
Há ainda outros dois reféns adicionais cujo status é incerto. O governo israelense já havia declarado haver “graves preocupações” sobre os destinos deles.
O governo israelense deve libertar 250 palestinos que cumprem longas penas de prisão.
Além disso, 1.718 detidos que estavam presos em Israel sem acusação desde o início da guerra em Gaza também serão libertados. O primeiro ônibus já está na Faixa de Gaza, informou a Sociedade de Prisioneiros Palestinos.
Multidões se reuniram no território palestino para aguardar o retorno, hospitais se preparam para receber os detidos.
Saiba quem são os 20 reféns libertados vivos:
Bar Abraham Kupershtein
Evyatar David
Yosef-Chaim Ohana
Segev Kalfon
Avinatan Or
Elkana Bohbot
Maxim Herkin
Nimrod Cohen
Matan Angrest
Matan Zangauke
Eitan Horn
Eitan Abraham Mor
Gali Berman
Ziv Berman
Omri Miran
Alon Ohel
Guy Gilboa-Dalal
Rom Braslavski
Ariel Cunio
David Cunio
Reféns do Hamas que podem estar vivos na Faixa de Gaza
O governo israelense afirmou que 26 reféns estão mortos. Além disso, os restos mortais de outro refém, o soldado Hadar Goldin, das Forças de Defesa de Israel, estão mantidos lá desde 2014, quando ele foi morto e teve o corpo levado para a Faixa de Gaza.
Uma mulher, Inbar Hayman, está entre as pessoas que foram declaradas mortas.
Veja abaixo quem são os reféns que se acredita que estejam mortos em Gaza:
Reféns do Hamas que podem estar mortos na Faixa de Gaza
Por outro lado, o estado de saúde de outros dois — Tamir Nimrodi e Bipin Joshi — permanece incerto.
Reféns do Hamas cujo estado de saúde é desconhecido
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Já que a oposição não se insurge de forma organizada e até judicialmente contra o processo de privatização da Compesa, os trabalhadores da estatal resolveram sair da inércia. A partir de hoje, cruzam os braços por tempo indeterminado. A greve foi aprovada em assembleia da categoria sem volta. Há um medo terrível dos servidores do quadro efetivo de que a Compesa tenha um tremendo retrocesso sendo entregue seu serviço de distribuição à iniciativa privada.
O temor não diz respeito apenas a instabilidade deles como trabalhadores. Vai mais além: a água, o bem maior da humanidade, pode sair mais cara para o consumidor. E isso, num ano pré-eleitoral, vai repercutir negativamente para a governadora Raquel Lyra (PSD), que fecha o terceiro ano com mais esse desgaste em meio a tantos outros, como a tentativa de promover um concurso sem respeitar as cotas raciais.
A paralisação começa, daqui a pouco, com um grande ato em frente à sede administrativa da Compesa, na Rua Jaime da Fonte, em Santo Amaro. A decisão reflete o compromisso da categoria com a defesa de uma Compesa 100% pública, eficiente e com trabalhadores valorizados, e por um Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) justo.
A greve ocorre em meio ao processo de privatização parcial da Compesa. No dia 12 de setembro passado, a governadora confirmou a data do leilão de concessão parcial da Companhia, que prevê a transferência dos serviços de distribuição de água e coleta de esgoto para a iniciativa privada.
Na prática, a parte mais rentável e atrativa para o mercado será entregue ao setor privado, enquanto a produção e captação da água — etapa mais difícil, custosa e sujeita às mudanças climáticas — permanecerá sob responsabilidade pública. A categoria denuncia que esse modelo aprofunda a desigualdade no acesso à água e coloca em risco um serviço essencial, que deve ser garantido como direito humano e não como mercadoria.
O secretário de Recursos Hídricos, Almir Cirilo, garante que não haverá demissões na Compesa e que todos servidores serão aproveitados pela empresa que ganhar a operação da parte mais rentável da estatal. Mas quem confia na palavra de um governo que não cumpre o que diz?
SEM GARANTIAS – Os trabalhadores efetivos da Compesa desconfiam do Governo. Temem o futuro porque nenhum documento foi assinado dando garantia aos seus empregos. Nenhuma lei de reaproveitamento do quadro foi apresentada igualmente. “Estamos em campanha salarial e, desde a primeira reunião da mesa de negociação, o governo se recusa a formalizar qualquer garantia”, diz Kaline Lemos, assistente social da Compesa, do comando de greve. O movimento grevista, segundo ela, exige garantias reais de manutenção dos empregos, reposição salarial e respeito ao ACT, além de transparência sobre o futuro da Companhia e dos seus servidores.
Defesa do povo – A luta contra a privatização da Compesa não é apenas por direitos trabalhistas, mas em defesa do povo e do saneamento público. Os trabalhadores afirmam que a Compesa tem plenas condições de seguir sendo 100% pública, com investimento, valorização dos seus técnicos, concurso público e compromisso social. A greve é, portanto, uma resposta coletiva a um projeto que ameaça a soberania sobre um bem essencial: a água.
Longe de ser mercadoria – “Estamos nas ruas para dizer que água é vida, não é mercadoria. Pernambuco precisa de uma Compesa pública, forte e comprometida com o interesse do povo, não com o lucro das empresas”, reforça Lívia Clemente, assistente social também do comando de greve. Com faixas, palavras de ordem e o apoio de diversas entidades sindicais e movimentos populares, os trabalhadores reafirmam que esta é uma greve em defesa da Compesa, da classe trabalhadora e do direito à água para todos em Pernambuco.
Cartas marcadas – Pelo menos até a deflagração da greve por tempo indeterminado a partir de hoje, a oposição se restringiu a fazer meros discursos na Assembleia Legislativa se opondo ao processo de privatização da Compesa. A esta altura, o que os servidores esperam dos deputados é um movimento unificado capaz de barrar a privatização na justiça. De fato, há muitas brechas para contestação e suspeitas de que seja um jogo de cartas marcadas. Para esconder o que pode ser mais prejudicial à população, que também não despertou para o fato de que a água ficará com preço mais salgado, a governadora usa o termo concessão e não privatização.
A dinheirama da privatização – A governadora está com os cofres estaduais abarrotados de dinheiro com os empréstimos autorizados pelo Legislativo e encontrou na privatização da Compesa, segundo os servidores da estatal, uma forma de abocanhar mais recursos em ano pré-eleitoral. Fala-se que o leilão dos serviços de distribuição de água vai render em torno R$ 19 bilhões ao Estado. O edital marcou a entrega das propostas para 11 de dezembro próximo e a realização do leilão uma semana depois, em 18 de dezembro, na na Bolsa de Valores de São Paulo. O projeto pretende atrair R$ 19 bilhões em investimentos privados para a universalização do saneamento, somando-se a R$ 16 bilhões em recursos estaduais. O tempo da concessão é de 35 anos.
CURTAS
DUAS REGIÕES – Para a concessão, a Compesa foi dividida em duas regiões: a Microrregião de Água e Esgoto (MRAE2) que vai da Região Metropolitana do Recife até a região do Pajeú (RMR-Pajeú) – composta por 160 municípios – e da MRAE1, composta por 24 municípios do Sertão. Especialistas afirmam que o modelo de concessão parcial não é o mais recomendado.
O OSSO – A parte que vai continuar pública, a de produção e captação da água, é o osso, a mais difícil e custosa e está sujeita a intempéries, principalmente diante das mudanças climáticas. Já a parte de distribuição, que será entregue à empresa privada — ou empresas, já que cada região será um leilão diferente – é a mais atrativa para o mercado, por ser mais rentável.
BRK NO LEILÃO – A experiência com a BRK, empresa privada que já atua na Região Metropolitana em uma Parceria Público-Privada (PPP), é frequentemente evocada como um exemplo do que não deve ser repetido. O governo reconhece que o contrato com a BRK caminha para um distrato, mas coloca a culpa na falta de fiscalização do governo anterior. O presidente da Compesa, Douglas Nóbrega, diz que está fiscalizando e aplicando sanções para que a BRK cumpra o contrato nos acordos previstos. Porém, não há nenhum impedimento legal para que a empresa participe do leilão da Compesa.
Perguntar não ofende: Em quanto ficará mais cara a água com a privatização da Compesa?
O município de Serra Talhada participou do primeiro dia da ABAV Expo 2025, uma das maiores feiras de turismo da América Latina, que reúne profissionais e empresas do setor público e privado, incluindo destinos turísticos, agências de viagens, operadoras, companhias aéreas, redes hoteleiras e instituições ligadas ao turismo. O evento, realizado no Rio de Janeiro, tem como objetivo promover a conexão entre os diversos segmentos da cadeia produtiva do turismo, possibilitando capacitações, rodadas de negócios e parcerias estratégicas.
Durante as apresentações, os representantes de Serra Talhada apresentaram informações sobre o município, destacando aspectos históricos, culturais e naturais, com foco na promoção de experiências turísticas no Sertão pernambucano. Uma operadora estrangeira demonstrou interesse em avaliar a inclusão de Serra Talhada em seus roteiros pelo Nordeste. Agências e operadores do Ceará também receberam informações sobre o turismo local, como o patrimônio ligado à história do cangaço, os recursos naturais e a receptividade da população.
“A participação de Serra Talhada na ABAV Expo 2025 é uma oportunidade de apresentar nosso município como destino turístico, fortalecer parcerias e ampliar a visibilidade dos nossos atrativos. Estar neste evento permite que nossas experiências históricas, culturais e naturais sejam conhecidas por profissionais do setor de todo o Brasil e do exterior”, frisou o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Elyzandro Nogueira.
Em Gaza, uma criança acorda e não há nada. Nem pão, nem teto, nem cama. A vida recomeça todo dia sem promessas. Há apenas o estômago vazio que geme em silêncio, o olhar perdido da mãe que já não tem mais lágrimas, e a poeira impregnada no corpo de quem não tem onde repousar. Eles dizem que estão voltando para casa. Mas que casa? Aquilo que foi lar virou escombros, virou ausência, virou desespero. Regressam para o nada. Caminham como quem carrega os olhos dentro de uma mala sem destino.
Ao mesmo tempo, líderes mundiais cruzam os céus em jatinhos confortáveis, protegidos por protocolos e seguranças, para se encontrarem em salões refrigerados e luxuosos. Ali, entre taças de cristal e cafés importados, declaram estar reunidos para debater soluções globais sobre alimentação. Falam de programas, fundos internacionais, metas sustentáveis. E enquanto isso, um menino em Rafah segura a barriga com as duas mãos, não por fome de futuro, mas por fome de agora.
Inventaram um termo técnico para disfarçar o que é brutal: crise alimentar. Um eufemismo conveniente, que suaviza o drama e dilui a responsabilidade. A fome, no entanto, não é uma crise. É um crime. É um projeto de exclusão. Ela é fabricada com precisão cirúrgica, por aqueles que controlam os acessos, os recursos e os silêncios. A fome é instrumento de guerra. É tática de dominação. É punição coletiva.
No continente africano, em campos de refugiados no Oriente Médio, nas comunidades esquecidas da América Latina, milhões não sabem se terão uma próxima refeição. O pão é uma miragem. A água potável, um luxo inalcançável. O mundo produz alimento suficiente para todos, mas uma parte come demais enquanto a outra morre esperando. A balança é cruel. E os discursos não a equilibram.
O economista senegalês Jacques Diouf, ex-diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), disse com clareza: a fome não é uma questão de caridade, é uma questão de justiça. E justiça não se resolve em cúpulas. Justiça exige ação, redistribuição, coragem de romper os pactos que sustentam a desigualdade.
A cada conferência global sobre alimentação, milhões são gastos com passagens, hospedagens, segurança e logística. O valor investido em uma única viagem de um chefe de Estado seria suficiente para alimentar milhares de famílias por semanas. Mas em vez de saciar a fome, alimentam o espetáculo. Fingem resolver enquanto sustentam a estrutura que permite o sofrimento. É uma encenação dispendiosa, montada sobre os ossos de quem já não tem força para gritar.
A mídia, por sua vez, muitas vezes opta por uma cobertura superficial, tímida, editada. Dizem que os palestinos estão voltando para casa, mas não dizem que a casa não existe mais. Repetem os boletins diplomáticos, mas não mostram a mãe que amamenta sem leite, o pai que procura alimento entre ruínas, a criança que tropeça em corpos. Transformam a catástrofe em estatística, a dor em número, a barbárie em nota de rodapé.
E então, o mundo gira, as bolsas de valores se movem, os relatórios são publicados, os aplausos ecoam. Enquanto isso, em Gaza, pessoas caminham em silêncio. O rosto coberto de pó, os pés feridos, a alma suspensa no ar, como quem já deixou de existir. Cada um carrega o peso do próprio desaparecimento. Cada passo é um lamento calado. Cada respiração, um milagre de resistência.
É preciso repetir sem pudor: quem não alimenta, governa a mentira. Governar é garantir o pão, é proteger o corpo, é cuidar da vida. Quem finge que governa, mas permite que crianças morram de fome, não governa: administra o abandono.
A filósofa indiana Vandana Shiva, incansável defensora da justiça alimentar, disse que “a fome é uma consequência da violência — contra a terra, contra os agricultores, contra os povos.” E essa violência hoje se espalha como sombra pelas vielas de Gaza, pelos campos queimados da África, pelas favelas invisíveis do Brasil.
É de Adlai Stevenson, ex-embaixador americano na ONU, a sentença que resume o abismo em que estamos: um homem faminto não é um homem livre. A fome é a mais cruel das prisões, porque sequestra o corpo e esvazia a esperança. Quem tem fome não pensa em amanhã. Pensa em sobreviver até a próxima hora.
Não chamem de crise o que é massacre. Não chamem de retorno o que é exílio permanente. Não chamem de ajuda o que é vitrine política. Se não há coragem para mudar, que ao menos haja vergonha. E se não há vergonha, que ao menos haja silêncio.
Mas para os que ainda sentem, que escrevam. Que falem. Que gritem. Que denunciem. Porque a mesa continua vazia. E os discursos continuam cheios.
*Jornalista, poeta, escritor e membro da Academia Pernambucana de Letras
Pernambuco notificou mais quatro casos suspeitos de intoxicação por metanol associado ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. Os dados atualizados foram divulgados neste domingo (12), pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE). De acordo com a pasta, os novos notificados são das cidades de de Jaboatão dos Guararapes, Serra Talhada, Mirandiba e Salgueiro.
A SES-PE também informou que a morte investigada em Olinda não apontou intoxicação por metanol e foi descartada após resultado laboratorial emitido pelo Instituto de Criminalística (IC). As informações são da Folha de Pernambuco.
Com isso, Pernambuco contabiliza 48 notificações (incluindo três pacientes de outros estados — 2 de São Paulo e 1 de Alagoas), e 18 casos descartados.
Dos 45 notificados residentes no estado, sete pacientes permanecem sendo acompanhados em serviços de saúde. Outros 25 já receberam alta hospitalar e 10 foram descartados (Carpina, Gravatá, Caruaru, Jaboatão dos Guararapes, Serrita, Recife, João Alfredo, Olinda e Jupi).
Outro caso foi descartado no município de Mirandiba, mas o paciente segue internado por outras causas. Seis óbitos foram notificados e estavam sendo investigados (Lajedo – 2, Surubim – 1, Olinda – 1, João Alfredo – 1, Paudalho – 1), mas os três últimos já foram descartados. Outros seis pacientes evadiram-se, abandonando o tratamento por conta própria, sendo um deles descartado por intoxicação por metanol.
Resumo:
7 pacientes internados (3 descartados) 25 receberam alta (10 descartados) 1 internado por outras causas (caso descartado) 6 óbitos (3 descartados) 6 evadiram-se (1 descartado).
Morreu na noite de ontem (11), aos 80 anos, o empresário e ex-deputado por Pernambuco, Manoel Aroucha Filho. Ele estava internado há quatro meses no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, e morreu após uma parada cardíaca.
Aroucha Filho foi uma figura importante na política e do setor empresarial do estado. Ele exerceu três mandatos na Assembleia Legislativa de Pernambuco, entre 1974 e 1986, sendo também o primeiro secretário da Casa no governo de Marco Maciel. No setor empresarial, Aroucha Filho foi fundador do Grupo Terra, com expressiva atuação no segmento imobiliário. As informações são da Folha de Pernambuco.
Família e despedida
Casado com Lúcia Aroucha, o ex-deputado deixa três filhas: Patrícia, Erika e Cláudia. O corpo de Manoel Aroucha Filho será trazido ao Recife ainda neste domingo (12).
O velório acontecerá na Assembleia Legislativa de Pernambuco, nesta segunda (13), pela manhã. Já o sepultamento ocorrerá à tarde, no jazigo da família Aroucha, localizado no Cemitério de Santo Amaro, na área central da capital pernambucana.