Hugo Motta não inventou a roda ao torcer o regimento da Câmara e promover nova votação para reverter uma derrota em plenário.
A manobra foi copiada de seu padrinho na política: o deputado cassado Eduardo Cunha, ex-presidente da Casa.
Em julho de 2015, Cunha sofreu uma derrota ao tentar aprovar a redução da maioridade penal para 16 anos. A proposta teve 303 votos favoráveis, cinco a menos que o necessário para mudar a Constituição.
No dia seguinte, o então presidente da Câmara articulou uma emenda aglutinativa para recolocar o tema em votação. Desta vez, garantiu 323 votos, e o texto foi aprovado.
Nesta quarta-feira, Motta patrocinou uma manobra idêntica à do padrinho.
Depois de ver o plenário rejeitar o voto secreto para autorizar a abertura de processos criminais contra parlamentares, ele patrocinou uma emenda aglutinativa, repetiu a votação e conseguiu emplacar a mudança na PEC da Blindagem.
O Sextou de hoje, programa musical que ancoro as sextas-feiras, no lugar do Frente a Frente, será uma homenagem ao cantor e compositor Chico Science, um dos principais colaboradores do movimento manguebeat. O entrevistado será Paulo André Pires, produtor de Chico, que conviveu com ele boa parte da sua vida.
Líder da banda Chico Science & Nação Zumbi, o cantor, que faleceu em fevereiro de 1997, vítima de um acidente de automóvel, deixou dois discos gravados: ‘Da Lama ao Caos’ e ‘Afrociberdelia’. Seus dois álbuns foram incluídos na lista dos 100 melhores discos da música brasileira da revista Rolling Stone, elaborada a partir de uma votação com 60 jornalistas, produtores e estudiosos de música brasileira.
O Sextou vai ao ar das18h às 19h pela Rede Nordeste de Rádio, que reúne 48 emissoras em Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Bahia, tendo como cabeça de rede a Rádio Folha 96,7 FM, no Recife. Para ouvir pela internet, acesse o link do Frente a Frente no topo desta página ou baixe o aplicativo da Rede Nordeste de Rádio na Play Store.
O prefeito de Paulista, Ramos Santana (PSDB), anunciou nas redes sociais que a PE-22 será recapeada em parceria entre a gestão municipal e o Governo de Pernambuco. Segundo ele, a intervenção atende a pedidos da população e foi viabilizada após articulações com a governadora Raquel Lyra, a quem agradeceu pelo apoio ao município.
Após quatro tentativas na disputa à Presidência da República, Ciro Gomes (PDT) declarou que não quer mais tentar o pleito. A declaração foi dada em entrevista à rádio Itatiaia, após a participação de uma palestra em Contagem, na Grande Belo Horizonte.
Ciro declarou ter “dúvidas” sobre alguém ser capaz de resolver o problema do Brasil na atualidade, tomada, segundo ele, pela polarização entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). As informações são do jornal O Globo.
— Cada vez que me candidatei, eu tinha capacidade; sabia que dava conta de resolver o problema. Hoje, tenho dúvidas se alguém tem capacidade de resolver o tamanho do abacaxi que essa maluquice de Lula e Bolsonaro produziu no país — disse.
A pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira testou o nome do pedetista na disputa em 2026. O atual presidente Lula lidera nos nove cenários propostos, no entanto, Ciro é o nome mais próximo do petista, com 33% das intenções de voto ante 40% do adversário.
Em agosto, O GLOBO noticiou das tratativas do ex-governador do Ceará com o PSDB, além de ter recebido um convite para migrar para o União Brasil. À época, Ciro chegou a participar do evento que oficializou a federação da sigla com o PP.
Os tucanos contam com Ciro como um nome para tentar a candidatura ao governo do seu estado natal, desta vez como opção de voto para a base de Bolsonaro. A intenção seria impulsionar a eleição de deputados federais.
Depois do Recife, onde a noite de autógrafos durou cinco horas, reunindo familiares de vários personagens do livro, entre os quais Paulo Guerra, Miguel Arraes, Etelvino Lins, Carlos Wilson, Jarbas Vasconcelos e Joaquim Francisco, além do ex-governador Mendonça Filho, o Cabo de Santo Agostinho será o primeiro município da Região Metropolitana a receber ‘Os Leões do Norte’. Por iniciativa do prefeito Lula Cabral, farei, nesta sexta-feira (19), às 11 horas, no Centro Administrativo da Prefeitura, uma palestra seguida de sessão de autógrafos.
Estou numa maratona incansável pelo Estado para levar esta obra a todos os municípios, escolas e bibliotecas. Trata-se de um trabalho intensivo de pesquisa destinado às novas gerações, para que possam ter um mínimo de conhecimento do papel que exerceram 22 ex-governadores em favor de Pernambuco, quase um século de história, de Carlos de Lima Cavalcanti, em 1930, a Paulo Câmara, em 2022.
“Um livro como ‘Os Leões do Norte’ é fundamental para despertar nas novas gerações o interesse pela história política de Pernambuco, resgatando trajetórias de líderes que ajudaram a moldar o Estado”, escreveu Nildo Gomes, de Petrolina, após devorar a obra de um só fôlego.
E acrescentou: “Ele não apenas preserva a memória institucional, mas também inspira reflexão crítica sobre acertos e erros do passado, oferecendo aos jovens, referências de cidadania, liderança e participação política”.
Nildo tem razão. Por isso mesmo, já estive em mais de 30 municípios do Estado, do Agreste ao Sertão. Na última segunda-feira, em Sertânia, vivi momentos de muita emoção, quando a noite de autógrafos se transformou numa belíssima homenagem ao ex-governador Etelvino Lins, filho da terra, um dos personagens da pesquisa.
Sobrinha de Etelvino, a professora Rosa Barros, ex-prefeita de Arcoverde, fez um belíssimo discurso rememorando episódios marcantes da trajetória do tio, que governou o Estado por duas vezes, uma como interventor, outra eleito, no final da década de 40 e início da década de 50.
‘Os Leões do Norte’ é resultado de uma extensa pesquisa jornalística e historiográfica, envolvendo 22 minibiografias de ex-governadores de Pernambuco, que exerceram mandatos entre 1930 e 2022. Trata-se de uma contribuição essencial para a preservação da memória política e institucional do Estado, destacando o papel de Pernambuco como berço de lideranças que marcaram a história nacional.
O livro ainda conta com design gráfico, capa e caricaturas de Samuca Andrade, além de ilustrações de Greg. “Os Leões do Norte” homenageia os líderes que ocuparam o Palácio do Campo das Princesas e também promove o debate sobre seus legados, suas contradições e o impacto de suas gestões.
A ex-prefeita de Santa Cruz e liderança das mais expressivas do Sertão do Araripe, Eliane Soares, anunciou nesta sexta-feira que vai coordenar a campanha do prefeito do Recife e pré-candidato ao governo de Pernambuco, João Campos, na região. O movimento caiu como uma bomba no Avante, o partido ao qual Eliane é filiada e é comandado pelo ex-deputado Sebastião Oliveira – aliado da governadora Raquel Lyra. O apoio levanta questionamento sobre como o partido vai compor sua chapa para a Câmara Federal sem um dos seus nomes mais fortes.
O encontro entre Eliane e João Campos foi marcado por discussões sobre a conjuntura política e os desafios do estado, especialmente no sertão. Eliane ressaltou que sua experiência de mais de 20 anos na vida pública lhe mostrou que o caminho da política exige dedicação, diálogo e humildade.
A ex-prefeita lembrou ainda da relação construída nos seus primeiros mandatos com o então governador Eduardo Campos, pai de João. “Eduardo sempre teve essa visão ampla de desenvolvimento e compromisso com o povo, e é gratificante perceber que João carrega esse mesmo espírito de liderança e renovação”, disse.
João Campos desponta como favorito na disputa estadual, liderando as pesquisas com mais de 30 pontos percentuais de vantagem sobre a governadora Raquel Lyra. Para Eliane, ele representa a continuidade do legado de Eduardo Campos, agora somado à força da juventude e à capacidade de dialogar com todos os pernambucanos. “Nosso estado precisa desse novo tempo de coragem e compromisso. Estou pronta para caminhar ao lado de João nessa missão de transformar vidas e liderar esse novo tempo para Pernambuco”, concluiu.
O relator do chamado PL da Anistia, Paulinho da Força (Solidariedade-SP), afirmou nesta sexta-feira (19), que pretende apresentar um relatório com foco na redução de penas, e não em perdoar os condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro.
“O projeto de lei que teve urgência aprovada não se tratava mais da anistia. Nós estamos tentando mudar o nome do PL, é um ‘PL da Dosimetria’. Ou seja, estamos tratando de um projeto de lei para reduzir penas”, explicou em entrevista à rádio CBN, nesta manhã. As informações são do g1.
A declaração ocorre após uma reunião entre o relator do PL, com o ex-presidente Michel Temer, o deputado Aécio Neves (PSDB-MG) e o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), como noticiado pelo blog do Valdo Cruz, do g1.
Segundo Paulinho da Força, o que ficou definido é que o objetivo é “pacificar o país”, e aprovar um projeto que reduza penas e atinja todos os envolvidos nos atos antidemocráticos: os que planejaram, financiaram e participaram das ações golpistas.
Isso inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado pelo Supremo Tribunal Federal a 27 anos e 3 meses de prisão, e militares que ainda estão sendo julgados pela Corte.
“Para pacificar o Brasil, todo mundo vai ter que ceder um pouco, inclusive o Supremo”, destacou o deputado.
Questionado sobre uma eventual revogação da prisão do ex-presidente, Paulinho da Força explicou que ainda vai debater com representantes da esquerda e da direita sobre o nível de redução das penas.
“Se essa dose for de 27 anos, pode chegar a Bolsonaro, se não chegarmos a esse entendimento, o caso do Bolsonaro vai ter que ser tratado em outro PL”.
Urgência aprovada na Câmara A Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira (17) a urgência para um projeto de anistia a condenados por atos golpistas.
Aprovar a urgência significa acelerar a tramitação do projeto. O texto não precisará passar por comissões e poderá ser votado agora direto no plenário.
O texto que vai valer, no entanto, ainda não está definido. Para aprovar a urgência, a Câmara usou um projeto do deputado Marcelo Crivella (Republicanos-RJ) que já estava pronto. Isso não significa que esse será o texto final.
Relator do projeto, Paulinho da Força será o responsável por tentar costurar um texto a ser aprovado pelo Legislativo.
Há muito, não corria no calçadão da praia de Boa Viagem. Fiz, há pouco, em 55 minutos, minha corridinha diária de 8 km, num sol causticante, tão abrasador quanto o do Sertão.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai receber o ministro do Turismo, Celso Sabino, nesta sexta-feira para uma conversa no Palácio da Alvorada.
O encontro ocorrerá em meio ao novo ultimato dado pelo União Brasil, legenda do ministro, que antecipou o movimento de desembarque do governo e determinou a entrega de cargos de todos os seus filiados em até 24 horas. As informações são do jornal O Globo.
Lula vai conversar com Celso Sabino sobre o futuro do auxiliar no governo. O ministro é um dos auxiliares de Lula que vem conduzindo os preparativos da COP 30 em Belém, que ocorrerá em novembro.
Apesar da pressão do União Brasil, Celso Sabino tem interesse em permanecer no governo. No começo de setembro, afirmou a Lula que gostaria de seguir no cargo e trabalharia por alternativas dentro do partido para isso. Uma das hipóteses levantadas na época foi Sabino se licenciar da legenda.
O desejo de Celso Sabino em ficar no governo também está ligado às suas pretensões eleitorais em 2026. Deputado federal pelo Pará, Sabino tem planos de concorrer a uma vaga ao Senado pelo Pará em 2026 na chapa com o governador Helder Barbalho (MDB). De acordo com interlocutores, Lula já teria sinalizado a Sabino que o apoiaria na disputa. Em 2022, Lula venceu a disputa presidencial no Pará com 54% dos votos.
Apesar de ter anunciado desembarque do governo, o União Brasil tem três indicados em ministérios. Celso Sabino é uma indicação da bancada da Câmara da legenda. Os ministros Waldez Góes (Integração Nacional) e Frederico Siqueira Filho (Comunicações), por serem apadrinhados pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), não serão afetados pelo movimento da sigla.
A indisposição do União Brasil com o governo aumentou após reportagens associarem o presidente da sigla, Antônio Rueda, à propriedade de um avião que seria usado pelo crime organizado. Rueda negou ser dono de aeronaves, afirmou que não é investigado e que a divulgação das informações, que estariam sob investigação da Polícia Federal, é parte de uma estratégia do governo para minar sua credibilidade. O argumento foi rebatido pela ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais).
O União Brasil começa nesta sexta-feira (19) um pente-fino em todos os cargos federais nos estados para solicitar aos filiados que estejam no governo Lula que deixem seus postos.
A ideia é que, até segunda-feira (22), todos sejam informados da decisão e que aqueles que pretendam permanecer na legenda coloquem os cargos à disposição.
A medida visa antecipar um segundo movimento que está sendo planejado para a próxima semana: um anúncio oficial de que o partido é oposição a Lula. As informações são da CNN Brasil.
O líder da bancada na Câmara, Pedro Lucas (MA), já foi informado da missão e deverá anunciar essa posição na semana que vem, na Câmara.
Em outra frente, a expectativa da legenda é de que o ministro do Turismo, Celso Sabino, entregue o cargo.
Segundo fontes da sigla, ele havia dito que o faria na manhã de ontem, mas, depois, não houve mais comunicação entre ele e a Executiva do partido.
Sabino resiste a deixar o cargo, especialmente porque pretende continuar como ministro durante a COP30, que será realizada em novembro, em Belém (PA), estado natal dele.
Sabino é pré-candidato ao Senado em 2026 e aposta no sucesso do evento para potencializar suas chances de vitória. Ele deve se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta sexta-feira para analisar sua situação antes de tomar uma decisão final.
No partido, a leitura é de que há perseguição política e utilização do aparato do Estado contra a legenda, em especial contra o presidente da sigla, Antonio Rueda. Integrantes da cúpula afirmam que a ofensiva foi deflagrada após o presidente Lula declarar, em uma reunião ministerial, que não gostava de Rueda.
O presidente do partido recebeu apoio unânime na reunião de quinta-feira (18), que resultou no ultimato para que todos os filiados deixem seus postos no governo.
Primeiro, a PEC da Blindagem, que transforma os parlamentares brasileiros em semideuses, intocáveis. Depois, a urgência para votação da anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Em menos de 48 horas, a Câmara dos Deputados deu uma demonstração inequívoca de que só age rápido quando estão em jogo seus interesses do umbigo para baixo.
Uma vergonha! Um duplo bofete na cara do povo sofrido, que paga seus impostos em dia para manter essa gente como representante de mentirinha num parlamento irresponsável, sem o mínimo respeito e dignidade.
Como disse o líder do PSOL na Câmara, Chico Alencar (RJ), a PEC da Blindagem virou a PEC da bandidagem, da autoproteção, da couraça, do escudo, da carcaça, da casta, do corporativismo, da impunidade, da armadura e da vergonha, ou falta de vergonha. “Nunca vi tamanho descaramento”, reagiu.
Essa blindagem reflete um ambiente em que interesses próprios se sobrepõem ao interesse público. Quando a maioria aprova tamanha imoralidade não tem esquerda, direita, governo, oposição. Trata-se de um Congresso corporativo que quer só defender os seus próprios interesses. E é cada vez pior. Fazem isso à luz do dia.
A PEC da Blindagem estabelece que a Câmara ou Senado terão um prazo de 90 dias para analisar a abertura de um processo criminal. Se isso não ocorrer, a ação penal será iniciada automaticamente. Além disso, a proposta prevê que o processo só será autorizado após votação secreta, em que haja apoio da maioria absoluta de uma das casas legislativas.
Outra mudança é que torna secreta a votação para avaliar a prisão em flagrante de parlamentares. Hoje, congressistas só podem ser presos em flagrante por crimes inafiançáveis (racismo, tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas, terrorismo, crimes hediondos e a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o estado democrático).
O Congresso pode derrubar a prisão, mas, na regra atual, a votação é aberta. A questão da votação sigilosa gerou grandes embates na Câmara. Quanto à anistia, criada para salvar o ex-presidente Bolsonaro, os deputados querem aprovar em plenário já na semana que vem.
Reação dos artistas – A aprovação do regime de urgência do projeto de anistia aos golpistas da extrema direita, somado à movimentação da PEC da blindagem que dificulta a abertura de processos contra parlamentares, gerou uma reação quase imediata da classe de artistas brasileiros. A ideia é que atos de repúdio sejam feitos na semana que vem contra o perdão inapropriado àqueles que tramaram contra a constituição.
Postura louvável de Otto – O presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Otto Alencar (PSD-BA), garante que não levará à votação no colegiado uma proposta de anistia ampla aos envolvidos no 8 de janeiro, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. “Não vou pautar na CCJ uma anistia ampla, geral e irrestrita. Anistiar agentes de Estado seria inconstitucional. Quem atentou contra a democracia deve ser punido”, afirmou.
Mais um crime – O ministro Flávio Dino, do STF, autorizou, ontem, a abertura de inquérito contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e outros 22 investigados. A medida atende a pedido da Polícia Federal e tem como base o relatório final da CPI da Covid. Segundo a decisão, há indícios de crimes como fraude em licitações, superfaturamento, contratos com empresas de fachada, desvio de recursos públicos e incitação à população a adotar condutas prejudiciais ao enfrentamento da pandemia.
Campanha contra o crime organizado – O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criou uma campanha sobre a participação do Estado em ações contra o crime organizado. No vídeo, publicado na quarta-feira passada, o governo afirma que “fez a maior operação da história contra o crime organizado”. A propaganda faz referência à operação Carbono Oculto, cujo objetivo é desarticular um esquema do PCC (Primeiro Comando da Capital) no setor de combustíveis e no setor financeiro. O que a nova campanha não menciona é a colaboração de governos estaduais, como o de São Paulo, na operação.
Sem risco de não ser votado – Tão logo foi escolhido relator do PL (projeto de lei) da anistia, o deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), disse que o risco de o projeto não ser votado é “zero”. Para isso, afirmou que apresentará um texto “meio-termo”, que não agradará a todos, mas que pode “pacificar o país”. Em fala a jornalistas, Paulinho afirmou que começará a articular com governadores no final de semana e, na segunda-feira com bancadas da Câmara. Para ele, caso o texto seja construído com rapidez, pode ir ao plenário na próxima semana.
CURTAS
No Cabo – Daqui a pouco, exatamente às 11 horas, estarei no Centro Administrativo do Cabo para uma manhã de autógrafos do meu livro Os Leões do Norte, iniciativa do prefeito Lula Cabral (SD). Na semana que vem dou uma pausa e na seguinte retomo por Belém do São Francisco, na segunda-feira 27.
NILO – No dia 2 de outubro, na Fundação Nilo Coelho, em Petrolina, a partir das 19 horas, será a vez de fazer uma grande homenagem ao ex-governador Nilo Coelho, um dos personagens retratados na obra, responsável por grandes projetos estruturadores para o Sertão, como a pavimentação da estrada do Recife a Petrolina.
Podcast – O convidado do meu podcast da próxima terça-feira, em parceria com a Folha de Pernambuco, será o ministro da Pesca, André de Paula. Na pauta, os efeitos do tarifaço nas exportações dos pescados.
Perguntar não ofende: Espelho meu, existe um Congresso pior do que este ?
Em solenidade realizada nesta quinta-feira (18), no plenário da Casa José Mariano, a Câmara Municipal do Recife entregou a Medalha de Mérito José Mariano ao ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. A homenagem foi proposta pelo vereador Hélio Guabiraba, autor do Decreto Legislativo nº 1.201/25, e conduzida pelo presidente da Casa, vereador Romerinho Jatobá.
A cerimônia reuniu vereadores, autoridades e convidados em reconhecimento à trajetória política de Costa Filho, que iniciou a carreira como vereador do Recife, aos 21 anos, tornando-se o mais jovem da história da cidade a ocupar o cargo.
Ao receber a honraria, o ministro destacou a emoção de retornar à Casa Legislativa duas décadas após sua primeira eleição. “A primeira coisa que eu quero dizer é da alegria de poder voltar à Câmara Municipal, essa casa que é uma caixa de ressonância da sociedade recifense. Poder voltar, 20 anos depois, me dá uma alegria enorme e aumenta ainda mais a minha responsabilidade de trabalhar por Pernambuco”, afirmou.
Silvio Costa Filho ressaltou que a homenagem aprovada por unanimidade amplia o compromisso de seguir atuando em favor da população. “Acho que é um reconhecimento, do que a gente tem procurado fazer pelo Recife e por Pernambuco. Nossa geração tem responsabilidade com o fortalecimento da democracia, das instituições, da liberdade de imprensa e com a garantia de investimentos que melhorem a vida da população”, disse.
O vereador Hélio Guabiraba, responsável pela iniciativa, enalteceu a trajetória política do homenageado. “Aos 21 anos, ele se tornou o vereador mais jovem da nossa cidade. Cumpriu três mandatos como deputado estadual, foi secretário de governo e hoje, como deputado federal licenciado e ministro de Portos e Aeroportos, vem se destacando com grandes iniciativas, como o voo direto para Madrid e Portugal e a sala de atendimento para pessoas com transtorno do espectro autista no Aeroporto Internacional dos Guararapes”, destacou.
Hélio acrescentou que a escolha da medalha simboliza o reconhecimento do Recife a um filho da cidade. “Como recifense, ele não pôde receber o título da cidade, mas entendemos que a Medalha José Mariano faz jus ao que ele vem realizando pelo nosso estado e pela nossa capital”, declarou.
O vice-prefeito do Recife, Victor Marques, também prestou homenagem durante a sessão solene, ressaltando a importância da medalha e a representatividade do momento. “Sinta que é o Recife que está lhe abraçando. Essa homenagem, assinada por todos os vereadores, da situação e da oposição, tem um peso e um simbolismo muito grande. É um reconhecimento não apenas da Câmara, mas de toda a cidade, que sabe da sua responsabilidade, do papel que você cumpre e ainda tem a cumprir por Pernambuco”, afirmou.
Senadores dos Estados Unidos protocolaram nesta quinta-feira (18) um projeto de lei que visa derrubar as tarifas aplicadas por Donald Trump sobre produtos brasileiros. Ainda não há data prevista para a votação da proposta.
O projeto foi apresentado por cinco senadores, sendo quatro da oposição e um do mesmo partido de Trump. Em comunicado conjunto, eles afirmaram que as tarifas contra o Brasil podem elevar os preços de alimentos e prejudicar a economia americana.
Em julho, Trump enviou uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciando tarifas de 50% sobre produtos brasileiros importados pelos EUA. Na ocasião, ele justificou a medida, em parte, pelo que classificou de “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). As informações são do g1.
A medida entrou em vigor na primeira semana de agosto. Na época, a Casa Branca anunciou que quase 700 itens seriam isentos, incluindo suco de laranja, combustíveis, veículos, aeronaves civis e determinados tipos de metais e madeira.
Um dos autores do projeto é o senador republicano Rand Paul, que integra a base de Trump. Em comunicado, ele disse estar preocupado com o que chamou de “perseguição do governo brasileiro” contra Bolsonaro, mas afirmou que a ordem de Trump é inconstitucional.
“O presidente dos Estados Unidos não tem autoridade, com base na Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional, para impor tarifas unilateralmente. Política comercial é competência do Congresso, não da Casa Branca”, declarou. O líder da minoria no Senado, o democrata Chuck Schumer, afirmou que Trump tem apostado em uma “guerra comercial” para defender uma agenda política, em vez de reduzir custos aos americanos.
“Os americanos não merecem que Trump faça política com seu sustento e seu bolso. Já passou da hora de os republicanos no Congresso encerrarem essa loucura e se unirem aos democratas contra a tarifa de Trump”, disse.
Segundo os senadores, o projeto tem caráter privilegiado, o que obriga que a proposta seja votada. No entanto, para que a lei seja aprovada, os democratas precisariam conquistar os votos de ao menos quatro republicanos, já que o partido de Trump detém a maioria no Senado.
Além disso, para que as tarifas sejam efetivamente derrubadas, a proposta também teria de ser aprovada na Câmara, onde Trump também tem a maioria.
Em abril, os democratas conseguiram aprovar no Senado uma proposta para barrar as tarifas de Trump sobre o Canadá. No entanto, o projeto travou na Câmara. Agora, a oposição espera que mais republicanos votem contra o tarifaço à medida que os impactos na economia se tornem mais evidentes.