O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres não aderiram ao “pacto de silêncio” que prevaleceu, hoje, nos depoimentos do inquérito do golpe. Eles decidiram responder aos questionamentos da Polícia Federal (PF).
A PF intimou 23 pessoas para serem ouvidas simultaneamente na investigação. Os depoimentos foram marcados no mesmo dia e horário para prevenir a combinação de versões. As informações são do portal Estadão.
A estratégia dos investigadores acabou frustrada pelas defesas. O ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados decidiram não responder às perguntas. Eles alegam que não tiveram acesso a todas as provas que fundamentaram a Operação Tempus Veritatis. O maior interesse é em torno das conversas de WhatsApp obtidas pela PF.
A investigação se debruça sobre a trama golpista que teria sido articulada por aliados próximos do ex-presidente para anular o resultado da eleição e mantê-lo no poder.
O Supremo Tribunal Federal (STF) formalizou nesta quarta-feira, 26, a decisão que torna réu o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por obstrução no processo da trama golpista. O tribunal publicará agora a ata do julgamento que recebeu a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o deputado. A partir de então, começa a contar o prazo para a defesa enviar seus recursos ao STF.
Com o recebimento da denúncia, o processo entra na fase de instrução, em que testemunhas são ouvidas e podem ser produzidas provas complementares. A decisão que tornou o deputado réu foi unânime na Primeira Turma do STF. Os ministros Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia participaram do julgamento. A sessão foi virtual.
Neste momento, os ministros verificaram se a PGR comprovou a materialidade dos crimes, ou seja, demonstrou que eles aconteceram e descreveu o contexto. O mérito das acusações só será analisado ao final da ação penal.
Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos. A PGR afirma que ele articulou sanções do governo americano a autoridades do Brasil, especialmente ministros do STF, para tentar demover o tribunal de condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Os magistrados tiveram vistos cancelados e restrições financeiras impostas com base na Lei Magnitsky.
O procurador-geral da República Paulo Gonet atribui a Eduardo o crime de coação em processo judicial, descrito no Código Penal como “usar de violência ou grave ameaça, com o fim de favorecer interesse próprio ou alheio, contra autoridade, parte, ou qualquer outra pessoa que funciona ou é chamada a intervir em processo judicial, policial ou administrativo”. A pena em caso de condenação pode chegar a quatro anos de reclusão.
O deputado não constituiu advogado no processo e, por isso, é representado pela Defensoria Pública da União (DPU). A linha de defesa é a de que as manifestações de Eduardo Bolsonaro, e sua campanha nos Estados Unidos para sancionar autoridades brasileiras, estão inseridas no debate político e no exercício do mandato parlamentar.
Moraes foi o único que apresentou voto escrito no julgamento que recebeu a denúncia. No plenário virtual, apenas os relatores – ou ministros que inauguram divergência – têm a obrigação de justificar por escrito os fundamentos de sua posição.
Para o ministro, a denúncia apresentou “indícios suficientes e razoáveis de autoria” e expôs a “gravidade” das ameaças do deputado a autoridades brasileiras, “notadamente aos ministros do Supremo Tribunal Federal”.4O ministro destacou que a “estratégia de coação” foi “abundantemente” exposta nas redes sociais do deputado. Além disso, na avaliação do relator, o deputado agiu em nome de interesses particulares e buscou “criar ambiente de intimidação sobre as autoridades responsáveis pelo julgamento” do ex-presidente e por um possível projeto de anistia aos crimes do 8 de Janeiro.
Com a abertura de uma ação criminal, o STF tem a opção de pedir a extradição do deputado antes mesmo do julgamento de mérito das acusações. A extradição pode ser solicitada não apenas para o cumprimento de pena, mas também para fins de instrução do processo. Os trâmites dependeriam, no entanto, da colaboração do governo Donald Trump.
O jornalista Marco Chiaretti morreu, na noite de ontem, aos 67 anos, em São Paulo. Internado há 2 anos, em janeiro de 2025 sofreu um AVC. Estava no Einstein Hospital Israelita. Chiaretti estava sedado, depois de ser acometido por uma grave pneumonia, embolia e trombose. Seu corpo será velado no cemitério Gethsêmani, na região do Morumbi, zona sul de São Paulo, a partir das 12h de hoje. O enterro está marcado para as 17h.
Formado em direito e filosofia pela USP (Universidade de São Paulo) e com pós-graduação em jornalismo pela ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), Chiaretti trabalhou em vários veículos de mídia. Foi editor na Folha de S.Paulo (1986-1994), na Editora Abril (1994-1997) e no portal de notícias UOL (1997-1998). Atuou também como editor-chefe de Conteúdo Digital no Estado de S. Paulo (2007-2009). As informações são do portal Poder360.
Na área acadêmica, deu aulas na Unesp (1984-1987) e na Cásper Líbero (2000-2002). Ele havia passado no exame da OAB, necessário para exercer a profissão de advogado, em novembro de 2024. Sofreu o AVC 2 meses depois. “Marco tinha um grande coração e uma memória impressionante. Detestava perder. Meu irmão mais velho, eu só conheço a vida com ele presente. Viveu muito intensamente. Quem esteve perto dele, sabe. Tinha 3 toneladas de livros e muitos amigos. Era cheio de vida. Era um homem bom”, disse Daniela Chiaretti, também jornalista e irmã de Marco.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é o único condenado preso permanentemente no edifício da Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. Ele passou a cumprir a pena de 27 anos a três meses de prisão ontem, após o Supremo Tribunal Federal (STF) determinar o trânsito em julgado no caso – ou seja, que não cabem mais recursos no processo e a pena começou a ser executada.
A unidade da PF na capital federal tem uma carceragem provisória, pela qual podem passar outros réus. No entanto, Bolsonaro é o único caso de forma permanente. Ele já estava detido no local desde o último sábado (22), após o ministro Alexandre de Moraes decretar a prisão preventiva por dois motivos:
risco iminente de fuga a partir da tentativa de violação da tornozeleira eletrônica na madrugada de sábado, o que forçou a troca do equipamento;
tentativa de obstrução e fiscalização da prisão domiciliar a partir de convocação pública para uma vigília nas proximidades da residência onde ele estava detido.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros cinco condenados da trama golpista vão passar por audiência de custódia hoje. Além disso, o Supremo Tribunal Federal (STF) deve concluir a análise da decisão individual do ministro Alexandre de Moraes, que rejeitou recursos e determinou o início do cumprimento da pena do grupo.
A Prefeitura de Goiana sediou, ontem, no auditório da FADIMAB, a última etapa dos Seminários Municipais do Fórum para o Desenvolvimento integrado do Território Estratégico do Litoral Norte. O encontro, promovido pela Agência CONDEPE/FIDEM em parceria com os municípios da região, reuniu lideranças, gestores públicos, instituições e representantes de diversos segmentos para mais uma rodada de construção coletiva do Plano integrado do território Estratégico do Litoral Norte.
A mesa de abertura foi composta pelo presidente da CONDEPE/FIDEM, Diogo Bezerra; pelo representante do prefeito de Goiana e secretário municipal de Turismo e Desenvolvimento Cultural, Ítalo Coco; pela secretária de Planejamento Estratégico de Goiana, Adriana Mola; e pelo secretário executivo estadual de Defesa Civil, Igor Cadena.
Em sua fala, Diogo Bezerra destacou o papel de Goiana no cenário estadual. “O município é um polo de desenvolvimento para Pernambuco. Pensar o Litoral Norte não de forma isolada, mas integrada, é fundamental para avançarmos em temas como deslocamento, moradias, turismo, prevenção de riscos e fortalecimento das vocações regionais”, afirmou. Ele também ressaltou que a etapa em Goiana encerra um ciclo de escutas realizado em outros municípios da região. “Hoje estamos dialogando com pessoas que têm capacidade real de construir esse plano junto com o Estado”, completou.
Representando o prefeito, Ítalo Coco enfatizou a importância estratégica do município. “Goiana é um grande celeiro econômico, importante para Pernambuco e para o Brasil. Mesmo diante de adversidades, a gestão tem um olhar diferenciado. O turismo é o maior investimento que podemos fazer para alavancar a economia e melhorar a qualidade de vida da população”, destacou.
A secretária de Planejamento Estratégico, Adriana Mola, agradeceu a presença das instituições e participantes. “Quem está aqui é porque tem papel fundamental no território. São representações legítimas dos segmentos que precisamos ouvir. Que possamos sair deste encontro com um olhar positivo e alinhado ao que desejamos para o Litoral Norte”, afirmou.
Ao longo do seminário, os grupos temáticos discutiram diagnóstico territorial, desafios atuais, vocações econômicas, iniciativas já existentes e propostas de políticas públicas integradas. As contribuições serão incorporadas à versão final do plano. O objetivo central do trabalho é transformar o Litoral Norte em um modelo de desenvolvimento integrado, sustentável e capaz de ampliar oportunidades em toda a região.
A Justiça de São José do Egito proferiu, ontem, a sentença definitiva no mandado de segurança impetrado por Hérica de Kássia Nunes de Brito, então procuradora-geral do Poder Legislativo Municipal, confirmando integralmente a decisão liminar anteriormente concedida e declarando nula a Portaria nº 81/2025, que havia determinado sua exoneração sob a alegação de nepotismo.
A sentença, assinada pela juíza Tayná Lima Prado, reconhece que não houve qualquer prática de nepotismo no caso concreto, afastando expressamente a justificativa usada pelo presidente da Câmara ao exonerar a servidora comissionada.
Segundo a magistrada, os autos demonstraram que o vereador José Albérico Nunes de Brito, irmão da impetrante, não exerce cargo de direção, chefia ou assessoramento, tampouco integra a Mesa Diretora, não possuindo poder hierárquico, de nomeação ou influência administrativa que pudesse caracterizar a vedação contida na Súmula Vinculante nº 13 do STF.
A sentença ainda ressalta que a decisão não está sujeita ao reexame necessário e que, embora caiba recurso, os fundamentos jurídicos adotados estão fortemente amparados pela jurisprudência consolidada do Supremo Tribunal Federal sobre o tema. Com a publicação da sentença, o processo aguarda apenas o trânsito em julgado.
Nada menos que três oficiais militares foram presos, ontem, e outro teve sua prisão preventiva transformada em definitiva. Nada trivial para um país que já passou por ditaduras militares e que, mesmo assim, oficiais das Forças Armadas tentaram de novo uma aventura golpista.
O Exército estava aliviado com o desfecho das prisões dos oficiais militares. Eles foram presos por soldados de suas Forças, no início da tarde de ontem, e as prisões só foram divulgadas depois de executadas. As informações são do blog do Valdo Cruz.
A sensação nas Forças Armadas era de alívio por dois motivos: Bolsonaro não foi levado para nenhuma dependência do Exército. A Força não queria receber o ex-presidente porque isso iria acabar gerando um ambiente de tensão no local da prisão.
Esse desejo do Exército foi transmitido ao ministro Alexandre de Moraes, que negociou tudo com o ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, e o comandante do Exército, Tomás Paiva.
O segundo motivo é que os oficiais militares foram presos por escoltas de suas Forças.
· Em Brasília, três oficiais militares foram presos: os generais Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira e o almirante Almir Garnier.
· O quarto oficial, Braga Netto, permaneceu onde estava, numa dependência do Exército no Rio.
José Mucio fez questão de dizer que estavam sendo presos militares por seus CPFs, por suas responsabilidades pessoais, e que a prisão fecha um ciclo difícil para as Forças Armadas.
“Já esperávamos, todos nós. Está se encerrando um ciclo. Onde os CPFs estão sendo responsabilizados e punidos e, para felicidade do país, as instituições estão todas preservadas. Foi doloroso o processo, mas é o ciclo da vida”, disse o ministro.
Ele prosseguiu: “Estamos agora administrando o fim do processo. Eles atravessaram isso com um grau de responsabilidade enorme. Não vimos notas de indignação nem pessoal, nem das instituições. Só tenho que agradecer, estou feliz pelo ciclo que está se encerrando, acho que a gente precisa encerrar essa fase”, afirmou José Mucio.
Aécio Neves sobre eleições de 2014: “Nunca contestei resultado. O Brasil é o país das narrativas”
Por Larissa Rodrigues – repórter do Blog
O deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou que nunca contestou o resultado das eleições de 2014, quando perdeu a Presidência da República para Dilma Rousseff (PT), em uma das disputas mais acirradas da história política recente brasileira.
Especialistas e observadores da política nacional atribuem à postura de Aécio Neves, depois de ser derrotado nas urnas, o surgimento do Bolsonarismo. Tudo narrativa, segundo ele. “O Brasil é o país das narrativas. Essa narrativa começou com o presidente Lula (PT) e contaminou boa parte dos brasileiros, até muito bem-intencionados”, declarou o parlamentar.
Aécio Neves foi o entrevistado de ontem (25) do podcast ‘Direto de Brasília’, comandado pelo titular deste Blog em parceria com a Folha de Pernambuco. De acordo o deputado, a “narrativa de contestação não fica de pé em razão dos fatos”.
“Às 20h15 (em 26 de outubro de 2014, dia da eleição), no mesmo instante em que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) comunica que a vitória tinha sido da presidente Dilma, eu telefonei para ela. Essa é uma liturgia que as democracias costumam ter. A cumprimentei pela vitória e disse a ela que o grande desafio que ela teria pela frente era unir o país e que eu estava à disposição para isso”, relatou Neves.
Para ele, não há como um candidato contestar o resultado da eleição e ao mesmo tempo cumprimentar a pessoa vitoriosa. As auditorias nas urnas solicitadas na época foram feitas “em benefício das próprias urnas”, defendeu o parlamentar.
“Existiam dúvidas, como existem em alguns segmentos brasileiros hoje. Pedimos uma auditoria para ver se existia algum mecanismo ou possibilidade de que pudesse haver manipulação. Isso não foi detectado. Na verdade, foram consideradas não auditáveis as urnas. Mas isso foi muito depois do processo de assunção da presidente da República. Eu, como democrata que sou, não só aceitei o resultado como cumprimentei a presidente eleita, ali se encerra a questão eleitoral”, destacou Neves.
Para alguns, no entanto, ao questionar publicamente a legitimidade da vitória de Dilma, com a mencionada auditoria e sugerindo que o pleito poderia ter sido fraudado, Aécio pavimentou o caminho para a desconfiança contínua nas instituições.
Como líder da oposição e principal articulador do PSDB naquela época, onze anos atrás, o deputado também é visto como uma figura com papel crucial no impeachment de Dilma Rousseff, em 2016, porque trabalhou incansavelmente para minar o governo petista, colaborando com a criação de um clima de instabilidade política. O resultado foi o encolhimento do PSDB e à ascensão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Novos tempos – Aécio Neves pretende recolocar o PSDB no centro das grandes decisões políticas brasileiras novamente. Nesta quinta-feira (27), será eleito, por unanimidade, novo presidente do partido, quando sucederá Marconi Perillo. Ele defende que os tucanos ocupem a política de centro do Brasil, se afastando dos grupos extremos, como os campos Lulista e Bolsonarista. “Estamos reconstruindo o PSDB no país inteiro. O PSDB é necessário para o Brasil. Somos um partido programático, quase como uma ilha cercada por partidos programáticos, que qualquer que seja o governo estarão junto dele. Não nos curvamos nem ao bolsonarismo nem ao lulopetismo”, enfatizou.
Desafio – O deputado Aécio Neves ainda lembrou que o PSDB nasceu na adversidade e que, em 1988, membros da sigla fizeram parte da assembleia constituinte. “Todos pertencíamos a partidos de governo em nossos estados e em nível nacional. A grande maioria veio do MDB, para acreditar num sonho, na possibilidade de ter um partido político que fosse claro na defesa do parlamentarismo, da responsabilidade fiscal. Nosso legado é poderoso. O que temos que fazer é juntar pessoas que não estão preocupadas com cargos, com fundo eleitoral, e continuarmos acreditando na possibilidade de fazer um partido com princípios. É para dar voz a essas pessoas que hoje não se sentem representadas nem por um lado nem por outro”, defendeu Neves.
Álvaro Porto tem reunião com Neves – O presidente do PSDB de Pernambuco, deputado Álvaro Porto, que também preside a Assembleia Legislativa do Estado (Alepe), reuniu-se, ontem (25), em Brasília, com o deputado Aécio Neves para tratar de questões relacionadas à preparação da legenda para a disputa eleitoral de 2026. Paulo Abi-Ackel (MG), deputado federal e secretário-geral do PSDB, também participou do encontro. De acordo com Porto, os dirigentes nacionais receberam informações sobre a restruturação do partido em Pernambuco e o processo de formação de chapas para as eleições.
O que disse Álvaro – O presidente da Alepe reafirmou o compromisso de fortalecer o PSDB em Pernambuco. “Conversamos sobre estratégias e atividades partidárias para este e para o próximo ano. Foi uma reunião para apresentar ideias, ouvir sugestões e alinhar posicionamentos da legenda em relação ao Estado e ao país”, afirmou. “Estamos ainda mais motivados para fortalecer o PSDB em Pernambuco, com diálogo e trabalho”, completou Álvaro Porto.
Fim da linha – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou, ontem, o início do cumprimento da pena do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele foi condenado a 27 anos e três meses de prisão pela trama golpista. Segundo a decisão de Moraes, o ex-presidente deverá permanecer na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde já está preso preventivamente desde o último sábado (22). As informações são do portal G1. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que pretende insistir no projeto de anistia para o pai.
CURTAS
ANDERSON TORRES TAMBÉM PRESO – Condenado a 24 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado, o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, foi preso, ontem. A Polícia Federal confirmou sua prisão no escritório de seu advogado, Eumar Novacki, no Lago Sul (DF). As informações são do portal Metrópoles.
A CANETA DE XANDÃO – O ministro Alexandre de Moraes também determinou, ontem, que a Câmara dos Deputados declare a perda do mandato do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ). A ordem aparece na mesma decisão em que o ministro certifica o trânsito em julgado da ação penal da trama golpista, na qual Ramagem foi condenado a 16 anos, um mês e 15 dias de prisão em regime inicial fechado.
FORAGIDO – Ramagem deixou o País em setembro, após ser condenado pelo Supremo, e é considerado foragido. Moraes afirma que, com a execução definitiva da pena e o início do cumprimento em regime fechado, o deputado fica impossibilitado de comparecer às sessões legislativas, o que torna a cassação obrigatória, segundo a Constituição. As informações são do portal Estadão.
Perguntar não ofende: Faltam quantos dias para a direita brasileira pular de vez do barco de Bolsonaro e escolher um novo líder para enfrentar Lula em 2026?
Durante sua entrevista ao podcast ‘Direto de Brasília’, o futuro presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, foi indagado sobre o político pernambucano que mais faz falta ao Estado. Sem querer cravar, fez muitos elogios aos três nomes citados: os ex-governadores Marco Maciel e Eduardo Campos e o ex-senador e ex-deputado federal Sérgio Guerra.
“São três figuras extraordinárias. No meu campo afetivo pessoal, Sérgio foi um amigo fraterno. Eu o sucedi na presidência do PSDB, ele deixou uma obra partidária muito expressiva. Marco Maciel era aquele companheiro perfeito do presidente Fernando Henrique. Discreto, sério, preparadíssimo, firme nas suas posições. Convivi muito com ele no momento da articulação da aliança democrática, em que a frente liberal era construída. Marco era visita diária a meu avô, e Tancredo Neves pensava nele para ser candidato a vice. As circunstâncias levaram ao nome do presidente José Sarney. Mas veja como a história poderia ter sido diferente”, contou.
Sobre Eduardo, lembrou do convívio mais próximo e da tragédia na campanha de 2014, quando ambos foram adversários, mas tinham um pacto para o segundo turno. “Com Eduardo eu tinha uma relação geracional muito próxima. Conversávamos muito, e olhe que fomos adversários em 2014. Tínhamos um compromisso de quem chegasse no segundo turno, contra o PT, que vinha com uma máquina violentíssima, teria o apoio do outro. Aconteceu aquela tragédia, mas Eduardo deixou uma marca extraordinária na política brasileira. E sua vice Marina Silva, que depois o sucedeu como candidata, acabou nos apoiando, e se fosse inverso eu certamente a teria apoiado. E qualquer uma dessas alternativas, Eduardo ou eu, o Brasil iria estar muito melhor esses anos, após o desastre do governo Dilma e a radicalização da política que vieram”, completou Aécio.
Futuro presidente nacional do PSDB, cargo que exerceu entre 2013 e 2017, o deputado federal Aécio Neves (MG) lamentou a saída da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, de sua sigla. Ela deixou a legenda em março, e tempos depois se filiou ao PSD, presidido nacionalmente por Gilberto Kassab. Dois meses depois, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, fez o mesmo caminho que a pernambucana. Em agosto, foi a vez de Eduardo Riedel, do Mato Grosso do Sul, deixar o tucanato e se filiar ao PP.
“Tenho carinho enorme pela governadora Raquel Lyra, lamentei muito sua saída, até porque fui eu que a convidei para vir, quando ela estava sem partido para disputar a Prefeitura de Caruaru, e ela veio e venceu duas vezes. Mas todos têm as suas circunstâncias, e as dela a levaram a deixar o PSDB. E seguimos, estamos otimistas com a presidência do deputado Álvaro Porto e com o resultado que vamos ver em Pernambuco”, afirmou Aécio, em entrevista ao podcast Direto de Brasília.
“Alguns que se sentiram incomodados com o PSDB, talvez devessem estar em outro campo. Queremos quem esteja confortável conosco para voltarmos a sonhar. Política tem que ter um idealismo muito forte, e a filiação de Ciro Gomes mostra que vamos voltar para o jogo político e que é possível sair dessa radicalização que paralisou o país”, completou o parlamentar.
Sobre a saída de Eduardo Leite, Aécio disse respeitar a posição do governador, mas avalia que ela não fará bem a ele no futuro. “Ele fez uma opção que lamento, mas que tenho que respeitar, porque é da política. Mas acho que não fará bem no futuro. Ele era um player nacional, contava com nosso apoio, podia ser uma figura para surgir nesse momento de abertura para o centro, e ele optou por um partido que desse maior estrutura. Olha, eu combato a polarização não participando desses governos. Não acredito em quem diz que combate participando”, alfinetou.
Por unanimidade dos 16 integrantes da Casa, a Câmara de Vereadores de Petrolina aprovou, hoje, meu título de Cidadão Petrolinense. A proposição foi de autoria do vereador Ronaldo Cancão (Republicanos), na foto acima.
Minha relação com Petrolina vem de 1993, quando no livro ‘O Nordeste que deu certo’, prefaciado por Ciro Gomes, difundi sua vocação para o agronegócio e um novo ciclo econômico, através da fruticultura irrigada, que levou ao longo dos anos o polo Petrolina-Juazeiro a se transformar no maior centro de produção de uva e manga do País.
O deputado estadual Cayo Albino (PSB), líder da oposição na Assembleia Legislativa, tomou as dores da população e denunciou o verdadeiro caos que está sendo o abastecimento de água em Garanhuns e região, resultado da falta de investimentos, manutenções e sucateamento da Compesa.
“O Governo do Estado só pode estar de brincadeira. Em julho de 2024, o governo pegou emprestado R$ 1,1 bilhão para obras de água e saneamento no estado. Em outubro de 2025, foram mais R$ 6 bilhões, novamente para essas áreas, e quando a gente vai ver, o destino de todo estes recursos, todo este dinheiro, para Garanhuns não tem nem uma obra, nem projeto, nenhum centavo anunciado ou investido para resolver a falta de água que maltrata nossa gente todos os dias”, afirmou o deputado na Tribuna.
Cayo Albino foi pessoalmente fiscalizar as barragens do Cajueiro e de Inhumas, que abastecem Garanhuns e alguns municípios do Agreste, e após as visitas fez as cobranças necessárias para que a governadora Raquel Lyra apresentasse soluções e resolvesse o problema, mas nada de concreto foi feito até agora.
“O Governo do Estado parece não colocar Garanhuns e o agreste no mapa dos investimentos, das prioridades e das entregas. É preciso respeitar a população, o povo que trabalha, paga impostos, e que no mínimo, precisa de água, um bem fundamental na vida de todos”, denuncia o deputado. “Enquanto essa situação continuar, estaremos aqui cobrando, denunciando e defendendo o povo do Agreste Meridional. Água não é favor, é um direito essencial!”, finalizou.
Prestes a assumir o comando nacional da sigla, em solenidade nesta quinta-feira (27), em Brasília, Aécio encontrará um partido bem menor que aquele ao qual já presidiu, entre 2013 e 2017. Na época, disputou a Presidência da República, mas perdeu para Dilma Rousseff (PT) no segundo turno. No tucanato, ele foi sucedido pelo pernambucano Bruno Araújo, e depois pelo então governador de São Paulo, João Dória, com quem viveu diversas turbulências e a quem atribui o encolhimento do PSDB nas eleições posteriores.
“Há formas distintas de se enxergar o cenário atual. Se tivéssemos ido para o caminho mais fácil, da incorporação ou da fusão, e não foram poucas as oportunidades que surgiram, talvez alguns estariam mais confortáveis. Mas não abrimos mão daquilo que representamos. Perdemos quadros, cometemos equívocos, e houve o projeto megalomaníaco de João Dória, que impediu que tivéssemos candidatura nacional. O partido nacional se subordinou a um projeto regional e pagamos um preço alto em relação a isso”, disparou Aécio.
No tucanato, Dória viveu uma ascensão meteórica, elegendo-se prefeito de São Paulo em 2016 e governador do estado dois anos depois, no mesmo pleito que levou Jair Bolsonaro (PL) a Palácio do Planalto. Ambos viveram em guerra, em especial pela “paternidade” das vacinas contra a Covid-19, o que levou Dória a tentar disputar a Presidência da República em 2022. Ele se desincompatibilizou do Governo, mas não viabilizou nenhuma candidatura e acabou abandonando a política partidária.
No auge de sua popularidade, Dória pediu a expulsão de Aécio da legenda, mas a executiva vetou. Com o paulista fora das decisões, Aécio procura manter o otimismo para encarar a terra arrasada. “Acredito que já na próxima janela partidária estaremos com um número maior de parlamentares, e devemos apresentar perspectivas de fazermos uma bancada em torno de 30 parlamentares. Mas o PSDB é muito maior que essa aritmética, ele está na memória das pessoas como o partido que transformou o Brasil em muitos aspectos, e está vivo e presente na vida de todos os brasileiros, com resultados muito marcantes. Temos que resgatar isso. E vamos fazer como PSDB mesmo, não como fusão”, concluiu.