Por Daniel Bueno*
Tem uma música popular que diz assim: “Você bem sabe que eu não lhe prometi um mar de rosas; nem sempre o sol brilha: também há dias em que a chuva cai”.
Esta semana caiu, na verdade, uma tempestade sobre nós. Nosso irmão caçula (dos homens) partiu para a eternidade depois de lutar bravamente, por mais de um ano, contra um tumor cerebral.
Leia maisSebastião Dário de Medeiros era um apaixonado pela música, assim como eu, e vivia cantando aqui e acolá as canções de Alceu, Djavan, Fagner. Deste, “Canteiros” diz assim: “Ainda sou tão moço pra tanta tristeza; deixemos de coisas, cuidemos da vida, pois senão chega a morte ou coisa parecida e nos arrasta, moço, sem ter visto a vida”.
Mas Darinho, Daroca, Sebastião…viveu a vida plenamente, graças a Deus. Quase trinta anos atrás ele escapou milagrosamente de um sequestro, jogando-se ao chão, com o carro em movimento, num momento de luz e salvação.
Portanto, temos muito a agradecer por tê-lo tido conosco nesses seus 62 anos de vida.
Não foi um assalto ou acidente fatal que lhe tirou a vida e nos causaria, além da dor, muita revolta. Foi uma manifestação anômala do organismo, que até nos deu tempo para nos despedir dele irradiando muito amor, ternura, beijos, sorrisos, esperanças e até alegria.
Darinho está nos deixando fisicamente, mas ficam as imagens, os vídeos, os escritos, seus legados de amor. Esses não morrem jamais.
Hoje à noite, pode ver, terá uma estrela brilhando no firmamento mais do que as outras.
E dizendo assim: “Calma, pessoal…agora estou bem. Podem chorar, mas eu garanto a vocês: agora eu estou bem!”
Obrigado, Senhor.
*Cantor e compositor
Leia menos