Sou filho do impresso no jornalismo. Quando ingressei numa redação pela primeira vez, a do bicentenário Diário de Pernambuco, nos anos 80, me deparei com verdadeiros feudos. Um deles era a diagramação, a arte de fazer o jornal ficar mais atrativo, com um formato mais gostoso de ler, com manchetes de oito colunas na capa, para vender mais nas bancas.
Não sei por qual razão, me veio a memória ontem a figura de José Maria Garcia, o chefe dos diagramadores do DP. Era um craque em projetar qualquer página, principalmente a capa. Impossível o jornal sair para a impressora sem o crivo dele, sem o seu olhar arguto, crítico e criativo.
Por isso mesmo, era paparicado pela direção do jornal. Antônio Camelo, Gladstone Vieira Belo e Joezil Barros, os mandachuvas do velho DP, batiam continência para ele. Naquela época, o DP era o mais poderoso e influente jornal do Nordeste (mais lido na Paraíba e Alagoas, Estados vizinhos, do que os jornais locais). Ninguém ousava contrariar Garcia, como era tratado pelos mais íntimos.
Sem ele, não tinha jornal, a diagramação não funcionava. Era mais poderoso que o editor-geral. Zé Maria tinha tamanha consciência da sua força e do seu poder que se dava ao luxo de só diagramar a capa do jornal, a última da edição, depois dos seus tragos diários de conhaque na Cristal, uma lanchonete com cara de bar ao lado do jornal, na Pracinha da Independência, onde batia seu ponto todos os dias.
Era abusado, fumante inveterado, excelente contador de causos, quando de bom humor, o que era raro. Zombava do seu próprio poder. Quando fui promovido a editor da primeira página do DP, fui logo advertido: “Fique amigo do Zé Maria. E nunca cobre horário dele, nem muito menos vá buscá-lo na Cristal”, me avisou o editor-geral, Lúcio Costa, depois de dar mão à palmatória de que Garcia mandava mais do que ele.
Certo dia, num plantão de domingo, havia ocorrido um homicídio duplo envolvendo as famílias Alencar, Sampaio e Peixoto, que se digladiavam em Exu. O relógio já passava das 20 horas e nada de Zé Maria adentrar na redação para diagramar a primeira página, sob minha responsabilidade.
Cristão novo na edição, estava ansioso para fechar a primeira página. Impaciente, caí na besteira de ir buscar o todo-poderoso Garcia na Cristal. Levei um esculacho que nunca mais esqueci.
Não gostou de me ver invadindo o seu território, me olhou enviezado e sapecou: “Vá à merda, seu editorzinho de proveta”. Voltei e fiquei a esperar pela sua boa vontade por mais de duas horas.
Mas, mesmo sob o efeito de várias doses do seu conhaque preferido, fumando um cigarro atrás do outro, Garcia me produziu uma das mais belas capas da história do jornalismo pernambucano.
Nunca mais quis brigar com ele! Quanto mais bebia, mais criatividade ele exibia na arte da diagramação.
Onze anos depois de ter perdido para Dilma Rousseff (PT) as eleições de 2014 para presidente da República, o deputado Aécio Neves (PSDB-MG) retomou, ontem, o comando do seu partido. Desde aquela derrota, a vida de Aécio ficou conturbada. O partido tomou outros rumos. Aécio viu-se envolvido nas denúncias feitas por Joesley Batista, da JBS, e mergulhou por um tempo.
Agora, retorna prometendo fazer com que o PSDB, que governou o país por oito anos com Fernando Henrique Cardoso, volte a ter a mesma relevância. Projeta eleger 30 deputados federais no ano que vem. E servir de contraponto à polarização entre o lulopetismo e o bolsonarismo. Mas aí vai precisar primeira se livrar de uma pecha que colocou nele.
Muitos atribuem à ação que Aécio Neves moveu no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra chapa de Dilma com Michel Temer “o ovo da serpente” que levou à tentativa de golpe que agora o Supremo Tribunal Federal (STF) julga, já tendo condenado o “núcleo crucial”.
O Correio Político participou de entrevista dada por Aécio ao programa ‘Direto de Brasília’, do jornalista Magno Martins, em parceria com a Folha de Pernambuco. E perguntou ao agora presidente do PSDB exatamente se ele se considera responsável pelo começo de tudo.
“O Brasil é o país das narrativas”, respondeu Aécio à pergunta do Correio. Segundo ele, às 20h15 do dia da eleição (26 de outubro de 2014), ele ligou para Dilma reconhecendo a sua vitória. “Como alguém que faz esse gesto contesta a eleição?”, questiona Aécio Neves. “Mas existiam dúvidas, como ainda há dúvidas”, continua ele. Assim, ele reconhece que entre os pedidos feitos na ação estava uma auditoria que verificasse se existiam dúvidas quanto à confiabilidade das urnas eletrônicas, “para ver se havia algum mecanismo que permitisse manipulação”. Segundo Aécio, verificou-se que não havia tal hipótese.
“A verdade é que cometeram diversas ilegalidades para vencer aquelas eleições. Era isso o que a ação contestava, não o resultado”, diz Aécio. “As ações na Justiça, eu as faria de novo”, continua. “Agora, aconteceu o que temia: o país paralisou, Dilma inviabilizou-se”.
O Correio Político perguntou a Aécio Neves se ele considera ou não confiáveis as urnas eletrônicas. “Acredito que as urnas eletrônicas são seguras”, respondeu ele. Mas sugeriu algo próximo ao que propunha a deputada Bia Kicis (PL-DF) em proposta de emenda.
“Poderia manter a urna com uma nota física acoplada a ela”, sugeriu Aécio. Ou seja, um voto impresso que ficaria depositado em uma urna de acrílico. “Isso poderia, depois, permitir uma verificação por amostragem do resultado”, propôs ele, na entrevista.
Aécio afirma que assume o PSDB para colocar o partido no centro do debate político brasileiro. Como uma força que apareça como alternativa à polarização. Inclusive, não descarta a hipótese de lançar um nome se a disputa novamente convergir nesse sentido.
A partir da próxima segunda-feira, por Carpina, na Mata Norte do Estado, a 45 km do Recife, dou o start de mais uma agenda de lançamentos e palestras do meu livro ‘Os Leões do Norte’. Com o apoio da prefeita Maria Eduarda Gouveia e do seu esposo, o deputado estadual Gustavo Gouveia, ambos do Podemos, o evento está marcado para a Câmara de Vereadores, a partir das 19 horas.
Na terça-feira, será a vez de Goiana, também na Mata Norte, às 19 horas, no auditório da Fadimab, a Faculdade de Ciências e Tecnologia Professor Dirson Maciel de Barros, com apoio do prefeito Marcílio Régio (PP) e da direção da instituição de ensino, Dany Sena.
Na quarta-feira, já estarei em Caruaru. A convite do presidente do Consórcio ComagSul, prefeito de Agrestina, Josué Mendes (PSB), farei uma palestra sobre o livro e o legado dos 22 governadores biografados na obra, durante a última assembleia da instituição, que congrega 23 prefeitos. Está marcada para o auditório do hotel Park, na capital do Agreste.
No mesmo dia, às 19 horas, faço palestra e noite de autógrafos em Palmares, a convite do prefeito Júnior de Beto (PP). O evento está marcado no auditório do Centro de Formação Profissional Douglas Miranda, com a participação de estudantes, professores, secretários municipais e empresários.
Na quinta-feira, às 10 horas, a peregrinação com ‘Os Leões do Norte’ prossegue por Bonito, no Agreste, a 136 km do Recife. A palestra, seguida de sessão de autógrafos, está marcada para quadra do colégio municipal Paulo Viana de Queiroz, com apoio do prefeito Rui Barbosa (PSB).
A maratona será encerrada na sexta-feira pela manhã em Catende, na Mata Sul do Estado, a 142 km do Recife. O evento está marcado para a quadra da escola Álvaro do Rêgo Barros, às 10h, com apoio da prefeita Dona Graça (PSDB).
‘Os Leões do Norte’ é resultado de uma extensa pesquisa jornalística e historiográfica, envolvendo 22 minibiografias de ex-governadores de Pernambuco, que exerceram mandatos entre 1930 e 2022. Trata-se de uma contribuição essencial para a preservação da memória política e institucional do Estado, destacando o papel de Pernambuco como berço de lideranças que marcaram a história nacional.
O livro ainda conta com design gráfico, capa e caricaturas de Samuca Andrade, além de ilustrações de Greg. “Os Leões do Norte” homenageia os líderes que ocuparam o Palácio do Campo das Princesas e também promove o debate sobre seus legados, suas contradições e o impacto de suas gestões.
Além das últimas derrotas na votação de vetos do PL da Devastação Ambiental e na aprovação de pauta-bomba pelo Senado, a guerra da cúpula do Congresso pode inviabilizar a aprovação de medidas econômicas para equilibrar as contas públicas no ano que vem.
A Fazenda diz que ainda precisa de R$ 30 bilhões. Se essas medidas não forem aprovadas, a equipe presidencial vai alertar o Congresso: faltará dinheiro para pagar emendas parlamentares no ano eleitoral. As informações são do blog do Valdo Cruz.
Publicamente, a equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) diz ter confiança de que a guerra da cúpula do Congresso com o Palácio do Planalto será superada, permitindo aprovar medidas econômicas de interesse do Ministério da Fazenda até o final do ano.
Reservadamente, o sentimento é de pessimismo. Ninguém acredita mais que será possível aprovar o corte de 10% nos gastos tributários, gerando mais de R$ 20 bilhões para os cofres do Tesouro Nacional. Muito menos o projeto que aumenta a tributação de bets e fintechs.
“O tempo é curto, a crise deve ser superada, mas não será imediatamente, e o Congresso está cada vez mais refratário a aprovar medidas que gerem recursos para o governo no ano eleitoral. Estamos pessimistas e realistas, mas não vamos desistir”, disse ao blog um assessor de Lula.
Do seu lado, o Palácio do Planalto reforça que a guerra de Alcolumbre e Motta com o governo vai atingir os parlamentares. “Do jeito que está, não só as medidas econômicas, mas o Orçamento de 2026 também não será aprovado até o final do ano. Aí a liberação das emendas parlamentares vai ficar comprometida. Eles também vão perder, e essa batalha o presidente vai acabar ganhando”, desabafou o assessor presidencial.
O presidente Lula disse a assessores, durante reunião no Palácio do Planalto, que quer negociar uma paz com os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), mas só depois de os ânimos dos dois lados se acalmarem. Atualmente, segundo o presidente, não há clima para uma conversa.
Assessores citaram que as cenas dos dois, Alcolumbre e Motta, celebrando na mesa do Congresso não foram bem recebidas pelo presidente e passou uma mensagem de afronta ao governo.
Acuado pela cúpula do Congresso, Lula disse à sua equipe que não quer brigar com Alcolumbre, mas lembrou que nunca consultou presidentes do Senado para escolher o nome de um ministro do STF, uma prerrogativa sua.
Sobre o fato de não ter ligado, Lula justificou com sua equipe que Alcolumbre já havia anunciado publicamente que seu candidato era Rodrigo Pacheco e que não adiantava ligar para ele.
O Sextou de hoje, às 18h, está emocionante. Será um tributo ao cantor e compositor Paulo Diniz, ícone da MPB entre os anos 70 e 90. O convidado é o instrumentista Renato Bandeira, que tocou e conviveu por 20 anos na banda dele.
A paixão de Paulo Diniz pela música teve início aos 14 anos, quando ele começou a trabalhar como locutor na Rádio Difusora de Pesqueira, sua cidade natal. Mais tarde, em 1966, no auge da Jovem Guarda, lançou seu primeiro disco, e o iê-iê-iê “O Chorão” se tornou sucesso nacional.
Em 1970, compôs, em parceria com o amigo Odibar, o hino de protesto “Quero Voltar Pra Bahia”,[7] cujos versos carregados de saudade prestavam homenagem a Caetano Veloso, que se encontrava exilado em Londres. A canção alcançou os primeiros lugares das paradas em todo o país e se tornou uma espécie de hino, canção-símbolo de uma época conturbada da história política e social do Brasil.
Entre seus sucessos destacam-se “Pingos de Amor”, gravado por vários intérpretes, “Canoeiro”, “Um Chopp pra Distrair” e “Ponha um arco-íris na sua moringa”, mas o sucesso que o consagrou foi a canção “Quero Voltar Pra Bahia”.
O Sextou vai ao ar hoje, das 18h às 19h, pela Rede Nordeste de Rádio, que reúne 48 emissoras em Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Bahia, tendo como cabeça de rede a Rádio Folha 96,7 FM, no Recife. Para ouvir pela internet, acesse o link do Frente a Frente no topo desta página ou baixe o aplicativo da Rede Nordeste de Rádio na Play Store.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou a favor da concessão de prisão domiciliar para o general da reserva Augusto Heleno, ex-ministro do governo Jair Bolsonaro (PL). O militar de 78 anos foi preso na última terça-feira (25), por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), acusado de integrar o “núcleo crucial” de uma organização criminosa, liderada pelo ex-presidente Bolsonaro, para promover um golpe de Estado e mantê-lo no poder, apesar da derrota nas urnas. As informações são do portal G1.
Heleno foi detido pela Polícia Federal e pelo Exército após o caso transitar em julgado – ou seja, o STF entender que não cabem mais recursos das defesas –, e encaminhado ao Comando Militar do Planalto, em Brasília. Durante o exame de corpo de delito, realizado após a prisão, Heleno alegou que sofre de Alzheimer, desde 2018. Na manifestação, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirma que “as circunstâncias postas indicam a necessidade de reavaliação da situação do custodiado”.
“A manutenção do custodiado em prisão domiciliar é medida excepcional e proporcional à sua faixa etária e ao seu quadro de saúde, cuja gravidade foi devidamente comprovada, que poderá ser vulnerado caso mantido afastado de seu lar e do alcance das medidas obrigacionais e protecionistas que deverão ser efetivadas pelo Estado e flexibilização da situação do custodiado”, diz o parecer. Segundo Gonet, a situação do réu se assemelha a outros condenados que tiveram a custódia domiciliar, em caráter humanitário, concedida pela Suprema Corte.
Raquel e João: o que explica a diferença nas pesquisas de intenção de voto?
Por Larissa Rodrigues – repórter do Blog
Prestes a encerrar o terceiro ano de gestão, a governadora Raquel Lyra (PSD) continua pontuando baixo nas pesquisas de intenção de voto para as eleições de 2026. Na mais recente, do Instituto Alfa Inteligência, em parceria com a CNN Brasil, divulgada na última quarta-feira (26), Raquel aparece com 24% das intenções, enquanto o prefeito do Recife, João Campos (PSB), figura com 50%.
Este blog ouviu quatro cientistas políticos para entender onde está o nó que atrapalha Raquel, faltando menos de um ano para a disputa. De forma geral, todos ressaltaram que pesquisa é sempre um retrato do momento. “A um ano da eleição, a intenção de voto é uma fotografia ainda temporária, não cristalizada”, observou a doutora em Ciência Política pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Priscila Lapa.
Na opinião da doutora, há dois fatores principais que explicam a diferença de pontos entre João Campos e Raquel, neste momento: a popularidade digital, terreno no qual, segundo Priscila, João já foi soberano, mas já é possível perceber um aumento no engajamento da governadora.
O segundo é a falta de clareza sobre as principais entregas do Governo do Estado até aqui. “É como se João tivesse vantagem competitiva nesses dois fatores, apesar de a governadora ainda ter tempo e elementos capazes de mantê-la no páreo”, observou Priscila Lapa.
Ela aponta o caminho para Raquel melhorar as intenções de voto: “é possível que, com um cronograma de entregas de ações já iniciadas ao longo de 2026; ajustes na estratégia de comunicação, especialmente digital, e ajustes na estratégia de relacionamento político, a disputa se reverta mais favorável à governadora”, completou Lapa.
O economista e analista político Maurício Romão destacou que a governadora está diante de um adversário “de alta potencialidade eleitoral” e explicou os motivos para tal. Segundo ele, João “tem uma gestão muito bem avaliada pelos recifenses, é um rapaz jovem, antenado com a digitalidade, com os novos tempos, histórico familiar expressivo e méritos de gestão”.
Esse quadro, porém, na opinião de Maurício Romão, não significa que o processo esteja definido. Longe disso. “Se você olhar a pergunta espontânea, há um grande contingente do eleitorado que ainda não se inseriu no processo. Mais da metade da população não está acompanhando o momento político”, comentou.
Romão lembrou, ainda, que os números mostram avaliação positiva da gestão de Raquel. “Aprovação e avaliação de governo são elementos fundamentais na decisão de voto”, destacou.
Percepção dos eleitores – Já o doutorando em História pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), cientista político e jornalista, Alex Ribeiro, aponta dois fatores para a diferença entre Raquel e João nas pesquisas: o prefeito do Recife mantém significativo capital político e simbólico; o segundo é que a gestão estadual ainda não conseguiu transformar suas ações em percepção positiva entre os eleitores.
Entregas visíveis e diálogo – Para Alex Ribeiro, Raquel Lyra precisa aumentar a visibilidade de suas entregas, fortalecer a comunicação e reconstruir pontes com lideranças regionais, prefeitos e, principalmente, deputados. “Falta ao governo uma narrativa mais contundente sobre resultados concretos e uma conexão mais direta com segmentos que se sentem pouco alcançados. Se quiser competitividade em 2026, a governadora precisa combinar três movimentos: intensificar políticas de impacto imediato, reorganizar alianças políticas no interior e com parlamentares e ainda apresentar uma visão de futuro que dialogue com demandas reais da população”, avaliou.
Início de governo conturbado – O cientista político e professor Antônio Henrique Lucena lembrou o começo da gestão de Raquel e acredita que a baixa pontuação nas pesquisas ilustra uma avaliação do próprio governo e da governadora. “Ela começou de forma meio que atabalhoada, com aquele decreto que demitiu muita gente, de diversas designações de cargos políticos, de uma vez só. Teve que voltar atrás em algumas coisas depois, fazendo correções pontuais. Não que ela esteja errada no conteúdo, mas na forma. De lá para cá, houve uma expectativa de mudanças com relação à gestão anterior, de Paulo Câmara. Parece que esse movimento não foi realizado. Então, houve uma quebra de expectativa”, opinou.
Chances reais de deixar o Palácio – Para Antônio Henrique, mesmo que a governadora comece a fazer entregas de obras, deve ser difícil reverter esse quadro. “Já João Campos, na Prefeitura do Recife, fez um bom trabalho de marketing, principalmente com os recursos que ele pegou do Banco Mundial para poder fazer vários investimentos na cidade, depois que aconteceram aquelas graves chuvas. Ele soube capitalizar em cima disso. Então, Raquel tem um perfil mais técnico, tem certa dificuldade também em alguns processos, principalmente de autoimagem. Acredito que essa pesquisa é uma avaliação do próprio governo de Raquel Lyra. Caso as atuais condições persistam, ela corre o risco real de deixar o Palácio das Princesas”, destacou.
Cobrança – Em discurso ontem (27), em Petrolina, no Congresso de 50 anos da União dos Vereadores de Pernambuco, o presidente da Alepe, deputado Álvaro Porto (PSDB), saiu em defesa da independência da Casa, destacou o empenho dos parlamentares em aprovar os empréstimos do Executivo e voltou a cobrar entregas à atual gestão estadual. Ao falar da possibilidade da eleição do prefeito João Campos para o governo em 2026, foi bastante aplaudido. “A governadora tem dito que a Assembleia está atravancando obras e investimentos do governo, mas é importante observar que os instrumentos de crédito foram colocados à disposição do Poder Executivo”, disse.
CURTAS
MAIS DE R$ 11 BI – Segundo Porto, de 2023 para cá, a Alepe já aprovou mais de R$ 11 bilhões para operações de crédito. Todavia, o governo conseguiu colocar nos cofres do Estado, neste período, apenas R$ 2,8 bilhões. “Como se vê, a gestão não consegue buscar os recursos autorizados. A responsabilidade não pode ser atribuída ao Legislativo”, ressaltou.
ANO QUE VEM TEM MAIS – O presidente lembrou que o último empréstimo solicitado, de R$ 1,7 bi, ainda a ser votado na Assembleia, se trata de pedido de crédito referente ao exercício fiscal de 2026. Portanto, segundo ele, não há necessidade de pressa.
DIRETO DE BRASÍLIA – O podcast Direto de Brasília, comandado pelo titular deste Blog em parceria com a Folha de Pernambuco, abre o debate da ferrovia Transnordestina. O convidado da próxima terça-feira é o advogado Alex Azevedo, diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que acompanha o projeto de perto junto ao Ministério dos Transportes.
Perguntar não ofende: Raquel Lyra vai conseguir reverter o atual cenário das intenções de voto em Pernambuco?
O Instituto Musical de Educação, Artes e Tecnologia (IMEAT) empossou a nova diretoria, na tarde de hoje, para o quadriênio 2025-2029. O evento foi realizado na Sinagoga Kahal Zur Israel, a primeira das Américas, localizada na Rua do Bom Jesus, no Bairro do Recife. O novo presidente da entidade é Edilson Leandro do Nascimento (na foto em destaque, segurando o diploma).
Durante o evento de posse, diversas personalidades foram homenageadas por colaborarem com a cultura, a educação e o trabalho do IMEAT. Entre elas, o titular deste Blog. Edilson Nascimento destacou que a prioridade da instituição neste momento é dar continuidade ao trabalho social do Instituto, que trabalha com crianças, idosos e músicos que tocam de ouvido (sem formação acadêmica).
Nova diretoria empossada para o próximo quadriênio.
“O Instituto vai ficar aberto, de acordo com as condições que nós tivermos, para todo mundo”, destacou. O Instituto atualmente não tem sede própria. Funcionava na Escola de Aprendizes-Marinheiros de Pernambuco, em Olinda, mas está em negociação, segundo Edilson, com o Museu da Abolição, no bairro da Madalena, no Recife, para funcionar lá.
O presidente lembrou a história do IMEAT. “O Instituto começou na pandemia, quando eu vi um músico formado no exterior vendendo água no semáforo. Aí nos juntamos e formamos o Instituto. De lá para cá, nós já temos 50 músicos cadastrados”, relatou.
Presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, confirmou, ao blog da Andréia Sadi, que interrompeu o pagamento do partido para ex-presidente Jair Bolsonaro, após o encerramento do julgamento da trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo Valdemar, a atitude foi necessária para o partido não receber punições da Justiça. “Cumpri a lei”, resumiu Valdemar, ao citar que pessoas condenadas com trânsito em julgado devem ter salário e outras funções suspensas pelos partidos políticos.
“Se eu não determino a suspensão do salário do nosso amado presidente Bolsonaro, o partido certamente seria punido com mais uma multa pelo poder judiciário”, disse. Jair Bolsonaro foi condenado a cumprir 27 anos e 3 meses de prisão no julgamento da trama golpista do Supremo Tribunal Federal (STF).
Nesta semana, o ministro Alexandre de Moraes determinou o trânsito em julgado do processo, o que define que não há mais possibilidade de recursos e as sentenças são, assim, definitivas.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), defendeu, hoje, a adoção da prisão perpétua no Brasil. “Não é um absurdo a gente ter prisão perpétua”, afirmou durante o Annual Meeting da corretora XP Investimentos, realizado no hotel Grand Hyatt, em São Paulo.
Na ocasião, Tarcísio também elogiou o presidente Bukele, de El Salvador, conhecido por medidas severas contra o crime. Tarcísio defendeu maior repressão a criminosos ao citar o caso de um ladrão de celular que teria sido preso mais de 30 vezes pela ação.
“Defendo algumas mudanças que sejam até radicais. Que a gente comece a realmente enfrentar o crime com a dureza que o crime merece enfrentar”, afirmou o governador de SP. Segundo Tarcísio, as pessoas “não estão se sentindo seguras” e, por esse motivo, “a segurança pública vai ser um grande tema” nas eleições de 2026.
No terceiro dia da missão internacional em Portugal, o prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral, assinou, hoje, o convênio do programa “Professores sem Fronteiras” com a Universidade de Aveiro. O acordo amplia a formação internacional de docentes da rede municipal, abrindo espaço para intercâmbios, pesquisas colaborativas e ações bilaterais voltadas à melhoria da educação pública. Para o município, a parceria representa um avanço importante na qualificação dos profissionais e na internacionalização das políticas educacionais.
O Programa Professores sem Fronteiras tem como objetivos reforçar a valorização do magistério, fortalecer a formação continuada e promover a imersão de profissionais da educação em instituições estrangeiras de referência em tecnologias educacionais digitais. O primeiro grupo de intercambistas embarca no primeiro semestre do próximo ano e permanecerá por dois meses em Aveiro, em imersão acadêmica e prática, participando de cursos, aulas e estágio supervisionado em escolas portuguesas.
Ao retornar ao Brasil, cada intercambista deverá elaborar e implementar um projeto pedagógico baseado nas experiências adquiridas, contribuindo para o aprimoramento das práticas pedagógicas e para o fortalecimento da Política Municipal de Educação Digital. “Esses dias têm sido de muito trabalho e excelentes resultados. Fechamos parcerias importantes que vão levar inovação, tecnologia e qualificação profissional para a nossa cidade e nossa gente. O Cabo merece o melhor e nós vamos continuar a lutar por isso”, destacou Lula Cabral.
A abertura do XVII Encontro Nordestino de Xaxado, realizada ontem, foi marcada por um momento histórico para a cultura popular. A Organização Internacional de Folclore e Artes Populares (IOV) entregou ao Grupo de Xaxado Cabras de Lampião um certificado de reconhecimento internacional, destacando a contribuição do grupo na preservação, fortalecimento e difusão da cultura nordestina ao longo de seus 30 anos de atuação.
Durante a solenidade, a IOV também anunciou que o artista Assisão, ícone da música nordestina e figura fundamental para a identidade cultural da região, receberá uma homenagem especial em 2026, reforçando o compromisso da entidade em valorizar grandes nomes da cultura popular brasileira.
A abertura contou com apresentações do Grupo de Xaxado Cabras de Lampião, de Serra Talhada; do Grupo de Catira Tradição Araçatuba, de Araçatuba (SP); do grupo mexicano Danza y Matices; do Grupo Maria Bonita, de Umari (CE); da Corporación Cultural Integración Andina, do Equador; da artista Denise Azeredo, de Novo Hamburgo (RS); do Ballet Amancay, da Argentina; e do Centro Cultural Casanari, da Colômbia – uma programação diversa que exaltou a força e a riqueza das expressões culturais do Brasil e da América Latina.
E a programação nesta quinta-feira (27), a partir das 19h30, em mais uma noite de celebração cultural com apresentações do grupo Mistura Pernambucana, de Serra Talhada; Grupo de Catira Tradição Araçatuba, de Araçatuba (SP); grupo mexicano Danza y Matices; Tropa de Danças Regionais, de Joca Claudino (PB); m Cia Celta Brasil, de Campinas (SP); m Grupo de Tradições Folclóricas Moenda, de Areia (PB); Grupo de Xaxado Estrelas do Cangaço, de José da Penha (RN); Ballet Amancay, da Argentina; Grupo Estrelas do Sertão, de Piranhas (AL); e Grupo Tonalli Ambar del México, garantindo mais uma noite de intercâmbio e celebração das tradições populares.
Na Sessão Plenária da última segunda-feira, o presidente da Câmara de Arcoverde, Luciano Pacheco, fez um repúdio contra os problemas estruturais no Hospital Regional Ruy de Barros Correia (HRRBC). “São pessoas em macas e cadeiras nos corredores; pacientes graves que não são removidos por falta de ambulâncias; e atendimento precário”, afirmou o vereador em seu pronunciamento na Tribuna da Casa James Pacheco.
Em seu pronunciamento, Pacheco disse, ainda, que diante do cenário “seria caso da governadora Raquel Lyra fazer uma intervenção no Hospital Regional de Arcoverde” e alertou que “se nenhuma medida fosse tomada, iria convocar um movimento de rua, mobilizando a população para exigir medidas emergenciais por parte do Governo do Estado”.
O repúdio e a cobrança do vereador surtiram efeito. E, ao que parece, o Governo de Pernambuco começou a tomar medidas para resolver os graves problemas do HRRBC. A gestão do Hospital Regional de Arcoverde recebeu a visita de representantes da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) para a implantação de um Plano Estratégico de Reestruturação da Unidade.
“Ficamos duplamente satisfeitos com as notícias de hoje. Tanto é relevante que nosso repúdio no plenário da Câmara, em nome da população de Arcoverde e região, gerou resultado; como ainda mais importante é saber que medidas estão sendo tomadas para resolver os graves problemas do Hospital Regional de Arcoverde e melhorar o atendimento ao povo de nossa região. Vamos seguir atentos e acompanhando o caso para que esse plano de reestruturação do HRRBC seja realmente efetivado”, concluiu o presidente.