O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retoma, hoje, a análise de ações de investigação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu candidato a vice Braga Netto. Eles são julgados por suposto uso eleitoral dos eventos oficiais do 7 de Setembro de 2022, quando o Brasil comemorou o Bicentenário da Independência.
Até o momento, foram apresentados três votos — dois deles pela condenação de Bolsonaro, um pelo arquivamento dos casos. O PDT e a então candidata à Presidência, a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), autores dos processos, apontaram que os dois teriam cometido abuso de poder político e econômico, além de conduta proibida a agentes públicos nas eleições.
Segundo as acusações, a campanha de Bolsonaro teria usado as comemorações oficiais do evento para garantir vantagem na disputa eleitoral – com discursos, fotos com eleitores e divulgação de propaganda eleitoral.
Advogados do ex-presidente e candidato a vice defendem que os processos sejam arquivados sem a análise do conteúdo, por questões processuais. Também negam irregularidades. Alegaram que Bolsonaro compareceu aos eventos na condição de presidente da República e não teve comportamentos eleitorais.
O Ministério Público Eleitoral apresentou parecer pela inelegibilidade do ex-presidente e pela absolvição do vice.
Os processos serão retomados com os votos de quatro ministros. Ainda devem votar os ministros André Ramos Tavares, Nunes Marques, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes.
Os magistrados que ainda vão votar podem seguir uma das correntes ou apresentar propostas diferentes. Bolsonaro já foi condenado por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação em outra ação, que levou a Corte a declará-lo inelegível por oito anos, até 2030. Se os ministros do TSE decidirem condená-lo novamente, as penas de inelegibilidade não serão somadas.
Morreu, aos 85 anos, o cantor Lindomar Castilho, conhecido como o “rei do bolero”. A informação foi confirmada pela filha dele, Lili De Grammont, nas redes sociais, na manhã deste sábado. A causa da morte não foi divulgada.
“Hoje um ciclo se encerra…O que te faz ser quem você é? As palavras não são suficientes para explicar o que estou sentindo! Só sinto uma humanidade imensa, sinto o tanto que estamos nesta terra para evoluir. Sinto o poder das coisas que verdadeiramente importam”, escreveu a coreógrafa. As informações são do jornal O Globo.
Além de frequentar as páginas de cultura dos jornais, Castilho também apareceu nas policiais, em 1981, quando assassinou a ex-mulher, Eliane de Grammont, em 30 de março 1981, por, segundo ele, “ciúmes”. Pelo crime, foi condenado a 12 anos de reclusão, ficou três anos preso e entrou no ostracismo. O post de despedida, Lili menciona o crime, um dos feminicídios mais comentados do Brasil.
Lindomar Castilho, em 1981, após o crime que chocou o Brasil — Foto: Antonio Moura / Agência O Globo
“Meu pai partiu! E como qualquer ser humano, ele é finito, ele é só mais um ser humano que se desviou com sua vaidade e narcisismo. E ao tirar a vida da minha mãe também morreu em vida. O homem que mata também morre. Morre o pai e nasce um assassino, morre uma família inteira”, escreveu ela. “Se eu perdoei? Essa resposta não é simples como um sim ou não, ela envolve tudo e todas as camadas das dores e delícias de ser, um ser complexo e em evolução. Diante de tudo isso, desejo que a alma dele se cure, que sua masculinidade tóxica tenha sido transformada.”
Lindomar Cabral nasceu em Rio Verde (GO), em 21 de janeiro de 1940. Em 1962, gravou seu primeiro disco, “Canções que não se esquecem”, já com o sobrenome artístico de Castilho. A partir daí foram 38 álbuns, que o colocou no hall de um dos maiores vendedores de discos do Brasil e o deu a alcunha de “rei do bolero”.
“Você é doida demais”, sucesso de 1974, foi um dos grandes hits do cantor, revisado nos anos 2000 como tema de abertura de “Os normais”, série com Fernanda Torres e Luiz Fernando Guimarães. Em 2012, apareceu no documentário “Vou rifar meu coração”, de Ana Rieper, sobre a música romântica que convencionou-se a se chamar de “brega”, com expoentes como ele próprio, Odair José, Agnaldo Timóteo, Nelson Ned e Wando.
“Os valores hoje são outros, mas as gravadoras nunca deixaram de lançar nossas músicas”, disse ele ao Globo, em 2012. “Você não pode mais escrever o tipo de música que eu faço sem ter um cuidado extremo com cada palavra. Qualquer descuido e você pode ofender algum grupo, desrespeitar alguma posição. É preciso precaução.”
A família do garimpeiro Rodrigo Martins de Mello, mais conhecido como Rodrigo Cataratas, desempenha “papel de protagonismo” na fuga do ex-deputado federal Alexandre Ramagem (PL), segundo a Polícia Federal. Rodrigo Cataratas, a mulher Priscila de Mello e o filho Celso Rodrigo de Mello viabilizam a estadia de Ramagem em um condomínio de luxo nos Estados Unidos e o ajudam a obter documentos falsos.
O trecho da investigação da Polícia Federal consta na decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes de ontem que negou ao ex-presidente Jair Bolsonaro a transferência para a prisão domiciliar. As informações são do jornal O Globo.
Segundo o trecho destacado pelo ministro, os documentos falsos seriam usados por Ramagem, que está desde setembro em Miami, na Flórida, para “ludibriar as autoridades americanas” e conseguir uma carteira de motorista. Para a PF, a conduta da família mostra “o claro intuito de financiar a organização criminosa” investigada pela trama golpista.
“No caso em análise, verifica-se que os investigados RODRIGO MARTINS DE MELLO, PRISCILA FREITAS DE MELO e CELSO RODRIGO DE MELLO desempenham papel de protagonismo na manutenção clandestina de ALEXANDRE RAMAGEM em Miami/EUA, porquanto estão viabilizando a sua moradia em condomínio de luxo, além de estarem auxiliando o foragido a ludibriar as autoridades americanas com documentos falsos a fim de obter a chamada driver license (carteira de motorista)”, diz a PF no trecho.
Procurado, o advogado Jeffrey Chiquini, que representa Cataratas, disse que a defesa só se manifestará após ter acesso aos autos. O advogado Augusto Mendes de Araújo, que representa Celso Rodrigo de Mello, ainda não se manifestou. O espaço segue aberto.
No último sábado, o filho de Cataratas foi preso em Manaus pela Polícia Federal por decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes, responsável pelo caso. Semanas antes, o empresário já havia se manifestado nas redes após começar a circular nas redes a informação de que ele teria ajudado Ramagem a deixar o país.
“(Ramagem) tem vários amigos em Roraima, e eu também sou amigo dele, certo? Ele é deputado federal, pessoal. Quando ele esteve em Roraima pela última vez não existia nenhuma condenação contra ele. Então, essa narrativa de fuga, isso é uma narrativa falaciosa, justamente para manter uma perseguição”, diz Cataratas no vídeo, publicado no final de novembro, sem confirmar se estava ou não sendo investigado. “Todos aqui somos de direita e somos perseguidos.”
No vídeo, o empresário diz que tomou conhecimento da condenação de Ramagem pelas redes sociais e apenas quando ele já estava fora do país. No dia 31 de março, Cataratas publicou em suas redes sociais uma imagem ao lado do então parlamentar, que teve o mandato cassado na última quinta-feira.
“Tive a honra de receber em Boa Vista o deputado federal Alexandre Ramagem, grande aliado do presidente Jair Bolsonaro e defensor incansável da liberdade e da soberania nacional. Falamos sobre os rumos do Brasil, os desafios das eleições de 2026 e o fortalecimento de um projeto político alinhado com os valores da direita, da ordem e do progresso”, escreveu Cataratas na época.
Segundo Cataratas, Celso é cidadão americano e estava em deslocamento para os Estados Unidos para celebrar o próprio casamento, estando acompanhado da mulher e da filha.
“A assessoria de Rodrigo Cataratas esclarece que, neste sábado, a Polícia Federal cumpriu em Manaus (AM), mandado de prisão contra Celso Rodrigo de Mello, filho de Rodrigo Cataratas, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, no âmbito de investigação relacionada à apuração sobre a suposta fuga do deputado federal Alexandre Ramagem”, diz a nota divulgada no fim de semana.
O garimpeiro tem negócios na Guiana, país que esteve na rota de fuga de Ramagem rumo aos Estados Unidos, como revelou a colunista do Globo Malu Gaspar. A investigação da PF apurou que o deputado federal chegou ao país vizinho pelo município de Bonfim, que faz fronteira com a cidade de Lethem.
Atualmente, Rodrigo Cataratas é pré-candidato ao Senado pelo PRD. Em 2022, ele havia disputado por uma cadeira na Câmara dos Deputados pelo PL, tendo declarado guardar R$ 4,5 milhões em dinheiro vivo. O seu patrimônio inclui ainda dez aeronaves e onze veículos, além de um total de R$ 33,6 milhões. Ele é um dos líderes do “Movimento Garimpo é Legal”.
Em janeiro de 2024, o Ministério Público Federal denunciou o empresário por suspeita de atear fogo a um carro do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e invadir o pátio da Polícia Federal para incendiar um helicóptero do instituto em 2021. Cataratas teria financiado e incentivado a destruição dos equipamentos. Cataratas ainda é réu em três processos na Justiça Federal por ligação com a exploração ilegal de ouro em Roraima. Assim como o pai, o filho Celso também já teve problemas com a Justiça. Em 2022 ele foi preso por suspeita de explorar ilegalmente ouro na Terra Indígena Yanomami. Ele foi solto dias depois.
Arcoverde, minha segunda pátria, a 250 km do Recife, se rendeu, ontem, para sempre e definitivamente, ao romantismo. Uma multidão de apaixonados pela boa música invadiu as ruas da cidade para curtir uma noite inesquecível: o primeiro festival de seresta e serenata, puxado pelo grupo Sertão Seresteiro, de Petrolina.
Neste vídeo, uma visão espetacular da seresta-serenata
Mas quem roubou a cena, na verdade, foi Lila, a rainha da seresta, que cantou grandes sucessos de Altemar Dutra, Nelson Ned, Nelson Gonçalves, Sílvio Caldas e Roberta Miranda. O público, vestido a caráter, com o chapeuzinho branco de Mário Reis, revolucionário da era do rádio e da bossa nova, dançou madrugada adentro na Praça da Bandeira, em frente ao lendário e romântico coreto.
O evento foi uma iniciativa do presidente da Câmara de Vereadores de Arcoverde, Luciano Pacheco (MDB), com apoio do prefeito Zeca Cavalcanti (Podemos), que mostrou também, ao lado da primeira-dama Nerianny Cavalcanti, secretária de Turismo do município, que é também um grande seresteiro e boêmio.
O prefeito de Arcoverde, Zeca Cavalcanti, acompanhou todo o percurso do festival
A seresta homenageou Jairo Pacheco, pai de Luciano, e Beto da Oara, filho ilustre da terra. Aos 93 anos, criador da super orquestra Oara, Beto recebeu a homenagem ao lado do prefeito e do presidente da Câmara, na histórica estação ferroviária, primeira parada dos seresteiros e a legião de participantes, que cantou e dançou ao longo da Avenida Antônio Japiassu.
Estive lá com minha Nayla, minha sogra Ivete Lira e Tayse Lira, prima de Nayla. Foi uma noite memorável, linda e maravilhosa. Os boêmios costumam dizer, em suas tertúlias amorosas, que as estrelas vêm do céu quando escutam uma seresta. Da noite tiram o véu e ficam fazendo festa. Arcoverde e seus seresteiros caminharam por ruas, vielas e calçadas, ontem, cantando à lua, a amada dos boêmios e seresteiros.
Com minha Nayla
O violão chorou na madrugada. Trouxe anjos para perto de nós, tocando os nossos corações no mais profundo sentimento da vida, que é o amor. Nem vimos o tempo passar. Nem vimos girar o mundo.
O seresteiro é um farol no chão vazio. Desnuda o que temos de mais triste e sombrio. No acalanto de sua melodia ilumina a nossa alma em alegria. Minha Arcoverde teve lua, que banha as ruas. Teve toque de nostalgia, que é o toque da saudade, orvalho de felicidade. Cantou a poesia em noite fria, numa madrugada sem fim.
A animação do presidente da Câmara, Luciano Pacheco
Os que nunca viram uma seresta constataram, sem muito esforço, que ser seresteiro é poder ir aos céus. É trazer a lua. Andar nas estrelas pela rua. Viver os sonhos e a poesia. Acalmar os ventos e a ventania. Para o seresteiro que se preza, as janelas se abrem lentamente, para sonhar docemente com a amada. Sonhar também com um tempo que não volta mais.
Este blogueiro com o presidente da Câmara, Luciano Pacheco, à esquerda, e o jornalista Paulo Edson, à direita
Suspenso da Câmara por seis meses, o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) avalia a possibilidade de concorrer ao governo do Rio no próximo ano.
O parlamentar se coloca como uma alternativa à esquerda, já que o prefeito da capital, Eduardo Paes (PSD), deverá disputar o Palácio Guanabara com o apoio do PT. A sigla aposta em Paes como palanque forte para a campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no estado. A candidatura de Glauber, no entanto, vai de encontro a dois outros integrantes do PSOL, que já se colocam na disputa.
A possibilidade de Glauber se colocar na disputa foi anunciada por ele ao jornal Diário de Pernambuco e confirmada pelo parlamentar ao Globo. Para avaliar a viabilidade de sua candidatura, ele afirmou que, nos últimos meses, tem participado de reuniões e percorrido os municípios do estado para discutir “programa de governo, conjuntura nacional e tática eleitoral”, além de consultar eleitores sobre qual cargo deverá concorrer em 2026.
“Tem um espaço deixado pela esquerda no estado que está vazio e as pessoas estão cansadas das opções que estão colocadas, como o Rodrigo Bacellar, (que foi) preso, com um desembargador preso, agora com dois deputados (Sóstenes Cavalcante e Carlos Jordy, do PL) alvos de operações da Polícia Federal, um com mais de R$ 400 mil em dinheiro vivo em casa”, disse. “Eu quero ajudar a derrubar o que já está podre na política do estado.”
A candidatura do parlamentar, caso se torne definitiva, deslocaria os dois pré-candidatos já inscritos para a análise do partido. Um deles é o vereador do Rio William Siri, que tem recebido o aval da direção da sigla e de deputados do partido na Câmara. Desde julho, Siri coloca seu nome à disposição do partido como representante da ala ligada à juventude e com base eleitoral na Zona Oeste da capital.
“Tenho a minha candidatura, que estou colocando há algum tempo, em harmonia com o partido, já que Paes está fazendo tudo para que a extrema direita esteja com ele”, afirmou. “Sobre o Glauber, vejo como muito legítimo o fato de ele querer se lançar e acho importante termos alguém com a musculatura dele. Não estamos encarando isso como se fôssemos adversários.”
Além de Siri, o PSOL também tem como pré-candidata Thais Ferreira, atual líder da bancada da legenda na Câmara do Rio. A decisão final, por sua vez, deverá ficar para o período entre março e abril do ano que vem, segundo o deputado estadual Flávio Serafini, presidente estadual da sigla:
“O PSOL é um partido que vem se renovando muito e vamos buscar chegar a um acordo consensual sobre quem será o candidato final. Temos uma chapa para construir e fortalecer o partido e impulsionar a esquerda no estado.”
Dúvidas sobre o PT
Internamente, o partido enxerga um jogo casado entre Paes e o governador Cláudio Castro (PL), para que ambos não atrapalhem o caminho escolhido pelo outro na disputa eleitoral, o governo do estado e o Senado, respectivamente. O PSOL também tem colocado em dúvida a aliança entre o PT e Paes, sob expectativa de receber apoio de parte da militância ligada a Lula. O comando do núcleo petista no estado, no entanto, indica que estará com o prefeito e busca espaço na chapa majoritária dele, com indicações a vice ou senador.
“Acredito que essa candidatura do Paes está conectada com o Castro, até pelo que tem sido dito pelo vice-prefeito (Eduardo Cavalieire) que atacou a esquerda, preservou o Castro e fez elogios à chacina feita na Penha e no Alemão. Eles devem receber o apoio do PL”, disse Glauber. “A expectativa que tenho é, sendo eu o anunciado ao governo, que a minha candidatura tenha uma base militante da esquerda empolgada com as pautas que a gente quer colocar em discussão.”
O parlamentar, no entanto, não descarta a disputa pela reeleição em 2026, ano em que o PSOL, nacionalmente, terá como prioridade o crescimento da bancada na Câmara. Para concorrer ao governo, Glauber abriria mão tanto do atual mandato quanto da chance de se reeleger.
Como mostrou o Globo, para atingir a cláusula de barreira, o partido terá de eleger ao menos 13 deputados distribuídos por um terço das unidades da federação ou alcançar 2,5% dos votos válidos.
O foco principal estará em São Paulo, onde a sigla será desafiada pela ausência de Guilherme Boulos, que assumiu a Secretaria-Geral da Presidência (SGR) e ficará de fora do pleito. Em resposta, o PSOL apostará na reeleição da deputada Erika Hilton e no lançamento da candidatura da mulher de Boulos, Natalia Szermeta.
Substitutito de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) na Câmara dos Deputados, Missionário José Olímpio (PL-SP), de 69 anos, é autor de um projeto de lei para proibir “o implante em seres humanos de identificação em forma de chips e outros dispositivos eletrônicos”. O objetivo, segundo a justificativa do texto, era impedir o avanço de uma suposta “satânica nova ordem mundial”.
Olímpio volta à Câmara após o mandato de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ser cassado pela Mesa Diretora da Câmara dos Deputados na última quinta-feira. Ele já atuou como deputado federal, entre 2011 e 2019. Onze anos atrás, ao defender seu projeto de lei, citou a Bíblia para comparar os microchips ao “sinal da besta” e afirmou que “o fim dos tempos se aproxima”. As informações são do jornal O Globo.
“Infelizmente, de modo sorrateiro, já são conhecidos no Brasil diversas iniciativas de implantação de chips como ‘rastreadores pessoais’ que pretensamente simulam uma ferramenta de segurança na medida em que possibilitariam a rápida localização de pessoas que estivessem em poder de sequestradores. Entretanto, o povo brasileiro não se deve iludir com tais artifícios, que escodem uma verdade nua e cruel: há um grupo de pessoas que busca monitorar e rastrear cada passo de cada ser humano, a fim de que uma satânica Nova Ordem Mundial seja implantada”, justificava.
A legislatura de Olímpio também foi marcada por outros projetos considerados excêntricos. Em 2013, ele apresentou uma proposta para a transferência temporária e simbólica da sede do Governo Federal para a cidade de Itu (SP), sob o argumento de que o município sediou a primeira convenção republicana do Brasil, em 1889.
Em 2022, tentou retornar à Câmara e obteve 61.938 votos, ficando na suplência pelo PL paulista. Ele foi o mais votado do Partido Liberal em São Paulo entre os não eleitos naquele ano, e agora retorna à Câmara após seis anos fora do Congresso.
Integrante da Igreja Mundial do Poder de Deus, liderada pelo apóstolo Valdemiro Santiago, José Olímpio integra a bancada evangélica e se define nas redes sociais como defensor dos “valores cristãos e familiares”. É também um apoiador declarado de Jair Bolsonaro, com quem já apareceu em eventos e materiais de campanha.
Investigado por corrupção
José Olímpio nasceu em Itu (SP), em 1956, bacharel em Direito e comerciante. Sua trajetória política começou no Legislativo municipal: foi vereador por seis mandatos em São Paulo e chegou a presidir a Câmara Municipal da capital. Ele ocupou cargos no Executivo paulistano, como o de subprefeito de Guaianazes, na zona leste paulistana, durante a gestão de Celso Pitta.
Ele volta ao cargo de deputado federal após a cassação da vaga de Eduardo Bolsonaro. A perda do mandato do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro foi declarada por faltar a mais de um terço das sessões deliberativas do ano. Morando nos Estados Unidos desde o início de 2025, Eduardo acumulou 63 ausências em 78 sessões, o equivalente a quase 81% do total. A Mesa Diretora concluiu que era “impossível o exercício do mandato parlamentar fora do território nacional”.
Um dia após o leilão de concessão da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) na Bolsa de Valores (B3), que arrecadou R$ 4,2 bilhões, o prefeito João Campos (PSB) manifestou preocupação com os rumos do contrato. Em entrevista à Rádio Jornal ontem (19), o gestor alertou que falhas no diagnóstico técnico da cobertura de esgoto podem gerar um “buraco” financeiro que, futuramente, será cobrado diretamente na conta de água dos pernambucanos.
Campos utilizou os exemplos de concessões em outros estados como Alagoas e Rio de Janeiro para ilustrar o perigo de um contrato mal dimensionado. Segundo ele, se a empresa vencedora assumir a operação e descobrir que a rede de esgoto existente é menor do que a informada no edital, ela terá direito a um reequilíbrio econômico-financeiro.
O ponto central da crítica reside em dados apresentados por engenheiros da Compesa. Segundo o prefeito, há indícios de que os números de cobertura em 66 cidades estão equivocados, o que inflou o valor da outorga, mas cria uma armadilha para o futuro.
O prefeito explicou ainda que, quando a empresa assume a operação e realiza um diagnóstico, surgem inconsistências, e citou um exemplo hipotético usando uma cidade do interior. “Em Serra Talhada, está dizendo que eu tenho que faturar 29 milhões de esgoto no primeiro ano, mas lá não trata esgoto, então vai ser zero. Quem vai pagar esses 29 milhões?”, questionou.
João Campos afirmou que a outorga não precisa ser muito grande e defendeu que o foco principal esteja na expansão dos serviços e na proteção da modicidade tarifária. “Eu acho que esse é o grande risco. E tem que ter muito controle sobre isso, porque o que não dá — estava vendo em Maceió — são aumentos estratosféricos de tarifa, ai você bota o cidadão para pagar a conta. Isso não pode acontecer.”
O gestor ainda ressaltou que não tem uma posição contrária à concessão e que sempre defende a análise do modelo antes de qualquer decisão. “Eu sempre digo, depende do modelo, vamos estudar. Mas que a gente tenha um foco. Nesse caso, o foco tem que ser usuário. A concessão não pode ser para fazer caixa para estado nem município, tem que ser para levar saneamento e para não botar o cidadão para pagar na tarifa”, concluiu.
O bolsonarismo está vivinho da silva e é teimoso. A pesquisa da Quaest, divulgada na última terça-feira (16), mostra Flávio Bolsonaro (PL) como um candidato competitivo, herdeiro de parte dos votos do pai. A pesquisa da Real Time Big data confirma a tendência.
O primeiro turno da eleição será em 4 de outubro do ano que vem. Até lá, muita coisa pode acontecer. Por isso, nunca é demais ter cautela com o tal do já ganhou. Teremos uma eleição difícil tanto para a situação quanto para a oposição.
Como dizia Nelson Rodrigues, só mesmo estando obnubilado para acreditar que a eleição está vencida antes mesmo de ser disputada. Ou que o Sobrenatural de Almeida anda aprontando quando as manchetes mostram Lula como imbatível. A eleição ainda está longe e mais de 2/3 dos eleitores não tem candidato, mostram as pesquisas espontâneas. Não existe, como desejariam alguns, candidato imbatível.
Isso porque a vida como ela é acaba sendo um pouco diferente. Não só o bolsonarismo está forte e operante como Lula não é francamente favorito. Basta fazer as contas: em todas as pesquisas Lula aparece na frente, com 30%, 35%, mas a soma dos demais candidatos chega a 40%, 42%. Ou seja: há mais gente disposta a votar em outros candidatos do que em Lula. Isso pode mudar? Pode, mas não é a tendência verificada até aqui.
Mesmo tendo vitórias políticas, a aprovação de Lula estancou, como mostrou a pesquisa PoderData publicada em 17 de dezembro. É um complicador. O presidente tem 56% de desaprovação contra 35% de aprovação — uma diferença de 21 pontos percentuais. A mesma pesquisa registrou seu governo aprovado por 42% e desaprovado por 52% dos brasileiros.
Gostam mais do governo do que do presidente. É uma situação interessante. Indica sintomas de fadiga de material, quando o eleitor já não espera nada do político e acredita não ter ele muito a oferecer, a não ser mais do mesmo.
Lula é candidato único da esquerda, enquanto seus adversários tentam se viabilizar para um segundo turno contra ele. A candidatura de Flávio Bolsonaro é a que parece estar forte. Mas esta situação pode mudar até o início do ano, quando os candidatos serão definidos e as chapas anunciadas. O que não deve mudar é a sina de Lula, sempre enfrentando dois turnos.
Enquanto Flávio tenta fazer sua candidatura decolar, Gilberto Kassab trabalha nos bastidores. Ele hoje conta como o melhor time de presidenciáveis de centro. Seja o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), de quem é secretário de Governo, ou os governadores Ratinho Junior (PSD), do Paraná, e Eduardo Leite (PSD), do Rio Grande do Sul. Difícil imaginar Kassab desperdiçando oportunidades.
A eleição passará por Kassab, assim como passará por Romeu Zema, governador de Minas, pelo senador Cleitinho Azevedo (Republicanos), hoje favorito para suceder Zema com 25% das preferências, e o deputado Nikolas Ferreira (PL) o mais votado do Estado. Com Flávio ou sem Flávio, a única maneira de a oposição derrotar Lula, desaprovado por 51% dos mineiros, será ganhar em Minas Gerais nos dois turnos.
Esta é a grande força de Zema, político bem-avaliado por seu eleitorado. Se Zema e Kassab se sentarem para conversar e decidirem fazer um acordo político para uma chapa com Ratinho Junior na cabeça, teremos a grande novidade para a eleição de 2026.
Ratinho é um dos governadores mais bem-avaliados, com 84% de aprovação. Zema tem 63% . Ambos conseguiram governar sem escândalos de corrupção, num tempo em que a Polícia Federal anda fazendo hora extra. Lula, por seu turno, tem o passivo do INSS e o roubo dos aposentados dia sim e outro também na mídia.
Zema e Ratinho são exemplos de políticos que podem fazer a diferença aliados. Ambos têm juízo e bom senso de sobra. Outro é o governador Ronaldo Caiado, que fez um belo trabalho na segurança pública e ganhou 80% de aprovação entre os goianos.
Caiado disputará a Presidência e será uma pedra no sapato de Lula. Crítico ácido da esquerda, tem a força do agro e fala o que pensa sem medo. Será um debatedor perigoso. Mas ainda não tem negociada uma chapa capaz de fazer a diferença em Minas.
Flávio Bolsonaro também necessita de um vice com força em Minas. Seu pai perdeu ali nos dois turnos de 2022, justamente por ter errado na relação com os mineiros.
Lula, com Alckmin de vice, tem uma grande vantagem sobre os adversários por disputar na cadeira de presidente e contar com uma máquina partidária comandada por um político extremamente competente, o ex-prefeito Edinho Silva. Se o PT é um osso duro de roer fora do governo, será mais duro ainda no poder.
Ainda veremos muitas cobras e lagartos sairem do baú de maldades do PT contra os adversários. Nunca é demais lembrar de Marina Silva, moída sem dó nem piedade pela máquina petista na eleição de 2014, carimbada como alguém que fez acordo com os banqueiros para prejudicar os trabalhadores. O próprio Ciro Gomes sentiu na pele a pressão do PT para renunciar em favor de Lula na eleição de 2022.
Desta vez, virão com tudo. Lula é o político mais experiente em atividade no Brasil. No segundo turno, em 25 de outubro de 2026, estará a dois dias de completar 81 anos. Se eleito, será o único a tomar posse quatro vezes e o mais idoso dos 23 presidentes que chegaram ao poder pelo voto popular. Para isso, precisará convencer os brasileiros de que nada será melhor do que o velho Lula lá.
Feliz Natal e um 2026 iluminado. Volto em janeiro com as baterias recarregadas.
A operação da Polícia Federal (PF), ontem (19), que encontrou R$ 430 mil em dinheiro vivo em uma casa do deputado Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara, é mais uma pancada no bolsonarismo, que usa o discurso anticorrupção e antissistema. Sóstenes e também o deputado Carlos Jordy (PL) são investigados pela PF por esquema de desvio de recursos da cota parlamentar.
De acordo com a Polícia Federal, a dupla utilizava uma empresa de locação de carros de fachada para desviar os valores pagos pela Câmara dos Deputados. A operação Galho Fraco foi deflagrada na manhã de ontem e teve as buscas e apreensões autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino.
A PF apontou ao STF a existência de R$ 27,8 milhões em movimentações financeiras suspeitas, sem justificativa plausível, em contas de assessores de gabinetes de Sóstenes Cavalcante e Carlos Jordy, ambos do Rio de Janeiro, além de funcionários do PL e pessoas próximas aos congressistas.
Com o líder maior do bolsonarismo, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), preso e cumprindo pena por tentativa de golpe de Estado, Sóstenes e Carlos Jordy tentaram emplacar o discurso de perseguição política a integrantes da direita brasileira, algo que não se sustenta diante da quantidade de dinheiro que a Polícia Federal identificou transitando nas contas bancárias dos parlamentares e de seus assessores, incompatíveis com as rendas e vínculos funcionais.
Mais fantasioso do que o discurso de vítima foi a desculpa de Sóstenes para os milhares de reais em espécie encontrados na casa dele. Disse que vendeu um imóvel e que pagaram em dinheiro vivo. Mas não disse quem comprou. Quem, em pleno final de 2025, compra um imóvel e paga em espécie, ainda mais em um valor superior a R$ 400 mil reais?
O bolsonarismo agoniza e, se tem uma vítima nisso tudo, é ele próprio, porque tenta vender uma imagem que não corresponde à realidade, de combatente de corruptos, de derrubador do sistema. Mas tem sempre algum de seus membros envolvido em trambiques.
Inclusive, o próprio filho de Jair Bolsonaro e pré-candidato à Presidência da República, o senador Flávio Bolsonaro (PL), tem seu nome associado a “rachadinhas” de gabinete. Não há como um movimento político se autodefinir contra corrupção com seus integrantes envolvidos em episódios desse tipo. A fantasia pode até se sustentar por um tempo e convencer alguns, mas sempre chegará o dia de ser vencida pela realidade implacável das verdadeiras práticas daqueles que venderam a ilusão.
Por falar em dinheiro público – O Congresso Nacional aprovou, ontem (19), em votação simbólica o Orçamento de 2026 com reserva de R$ 61 bilhões para emendas parlamentares e previsão de superávit de R$ 34,5 bilhões nas contas do governo no próximo ano. O texto segue para sanção do presidente Lula (PT). Emendas são recursos do Orçamento que são executadas conforme indicações de deputados e senadores. Já a meta fiscal é uma estimativa de despesas e receitas que o governo estabelece com objetivo de tentar equilibrar as contas públicas. As informações são do g1.
Surra em 2026 – O presidente Lula (PT) afirmou, ontem (19), que vai dar uma “surra em quem se meter a achar que a extrema direita vai voltar a governar esse país”. “Que venham! Que venham! Porque nós vamos desafiar, não é com palavras, não é com xingatório. Eu quero comparar o que eles fizeram nesse país com o que nós fizemos. Eu quero comparar quem tem mais na saúde, quem tem mais na educação, quem tem mais no transporte, quem tem mais na política de inclusão social. Eu quero saber”, reforçou. As informações são da Folha de S. Paulo.
Atlas/Intel 1 – Diferentemente da governadora Raquel Lyra (PSD), que figurou no levantamento Atlas/Intel, divulgado esta semana, como a pior governadora do Nordeste e a terceira pior do país, o prefeito do Recife, João Campos (PSB), apareceu, ontem (19), entre os cinco prefeitos de capitais mais bem avaliados do Brasil em aprovação popular, segundo levantamento do mesmo instituto. O gestor ocupa a 5ª colocação no ranking nacional e figura no Top 3 do Nordeste, consolidando-se como um dos prefeitos com melhor avaliação do país.
Atlas/Intel 2 – De acordo com a pesquisa, João Campos registra 64% de aprovação entre os recifenses, índice que o coloca empatado tecnicamente com prefeitos de capitais como Curitiba, Boa Vista e Rio de Janeiro, ficando atrás apenas de gestores de São Luís (MA), Macapá (AP), Porto Velho (RO) e Maceió (AL). As informações são do Blog Plural. No recorte regional, João Campos se destaca ainda mais: ele é o terceiro prefeito mais bem avaliado do Nordeste, atrás apenas de Eduardo Braide (São Luís), líder nacional do ranking com 82% de aprovação, e de JHC (Maceió), que aparece com 73%.
Raul e o MDB – Depois da Justiça Federal-DF, ontem foi o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) quem reconheceu a vitória de Raul Henry como presidente do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), em Pernambuco. O ministro Antonio Carlos Ferreira manteve as decisões aprovadas em convenção partidária realizada em maio de 2025. Com a medida, a sigla mantém firme o apoio ao prefeito do Recife, João Campos (PSB), na disputa ao Governo de Pernambuco, em 2026. Trata-se de mais uma vitória de Raul Henry, ex-vice-governador e ex-deputado federal, além do prefeito de Vitória de Santo Antão, Paulo Roberto.
CURTAS
Corrida ao Senado – em entrevista à Rádio Folha FM 96,7, ontem, o deputado federal e presidente estadual do Partido Progressistas e da Federação União Progressista (UP), Eduardo da Fonte, declarou que a diretoria nacional da agremiação já decidiu que as candidaturas ao Senado serão definidas pelas maiorias partidárias em cada Estado.
Gleide cidadã de Carpina – A Câmara de Vereadores, na Praça São José, no centro de Carpina, ficou pequena para a quantidade de pessoas que presenciaram a deputada Delegada Gleide Ângelo (PSB) receber o título de cidadã carpinense, na noite da última quinta-feira (18). Outras personalidades também receberam a honraria e foi necessário colocar um telão para a transmissão e cadeiras na rua para acomodar a todos e todas.
Pedro Campos em apoio à Câmara – O deputado federal Pedro Campos (PSB) se manifestou sobre a decisão da Câmara de cassar os mandatos de Eduardo Bolsonaro e Alexandre Ramagem. “A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados acertou ao cassar Eduardo Bolsonaro e Ramagem. Um abandonou o país para atacar a democracia e flertar com o golpismo. O outro já foi condenado pelo STF. A Câmara não pode servir de abrigo para quem desrespeita a Constituição”, declarou nas redes.
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A jornalista Madalena França, servidora do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), afirmou que a instituição não efetuou o pagamento das licenças-prêmio não gozadas de servidores, apesar de haver, segundo ela, disponibilidade de recursos da receita deste ano. “O MPPE tem verba em caixa e não vai pagar nossas licenças-prêmio não gozadas só de promotores e procuradores. É uma discriminação na Casa da Justiça”, relatou.
Com 48 anos de atuação no MPPE, Madalena informou que os valores a que teria direito somam cerca de R$ 394 mil e que foi orientada a buscar o pagamento na Justiça. “No despacho, ele diz que a verba está disponível, mas não autoriza o pagamento. Mandaram botar na Justiça”, afirmou, acrescentando: “Depois de 48 anos de MPPE foi uma pedrada que levei hoje”.
A servidora também comparou a situação com outros órgãos do Estado e relatou sua trajetória na instituição. “Promotor e procurador recebem trabalhando. Pior que o TJ e a Alepe, que reconhecem o direito dos servidores”, disse. “Fui a primeira jornalista a chegar no MPPE da Rua do Imperador e abri a porta para os colegas conhecerem o que era o MP e como funcionava”, completou.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou a realização de um procedimento cirúrgico de Jair Bolsonaro, mas negou o pedido de prisão domiciliar apresentado pela defesa do ex-presidente.
“Defiro a realização do ‘reparo cirúrgico em caráter eletivo” apontado como necessário no Laudo da Polícia Federal, devendo a Defesa se manifestar sobre a programação e data pretendidas para a realização da cirurgia eletiva. Após, a manifestação da Defesa, os autos deverão ser enviados à PGR, para parecer em 24 horas”, diz a decisão. As informações são do g1.
Uma perícia realizada no ex-presidente apontou que Bolsonaro tem hérnia inguinal bilateral – um problema que afeta os dois lados da região da virilha – e precisa passar por cirurgia.
A hérnia inguinal (também chamada hérnia na virilha) acontece quando os tecidos do interior do abdômen saem por um ponto fraco da parede muscular abdominal formando uma espécie de abaulamento no local. Quando isso ocorre dos dois lados, ela é chamada de bilateral.
Segundo o laudo, a cirurgia é considerada eletiva, ou seja, não se trata de um caso de urgência ou emergência. Ainda assim, os peritos recomendam que o procedimento seja realizado “o mais breve possível”, para evitar agravamento do quadro.
Negativa de prisão domiciliar A defesa do ex-presidente também havia solicitado que ele cumprisse pena em prisão domiciliar, mas o ministro entendeu haver “total ausência dos requisitos legais para a concessão” do benefício e mencionou “reiterados descumprimentos das medidas cautelares diversas da prisão” e “atos concretos visando a fuga”.
Em 22 de novembro, Moraes determinou que o ex-presidente fosse conduzido à Superintendência da Polícia Federal (PF) após a violação da tornozeleira eletrônica que era usada por Bolsonaro. O ex-presidente confessou ter tentado abrir o aparelho com um ferro de solda.
Três dias depois, Moraes determinou que o ex-presidente começasse o cumprimento da pena de mais de 27 anos de reclusão no mesmo local.
“O custodiado Jair Messias Bolsonaro, portanto, não tem direito à prisão domiciliar, pois foi condenado à pena privativa de liberdade em regime fechado, pela prática de crimes gravíssimos contra o Estado Democrático de Direito, praticados com violência e grave ameaça, bem como por liderar complexa organização criminosa composta por agentes públicos e infiltrada nos altos escalões dos órgãos governamentais”, afirma Moraes.
A defesa do ex-presidente também havia afirmado ser necessário que Bolsonaro fosse sempre acompanhado por uma terceira pessoa. O ministro no entanto, ressaltou que o argumento não se sustenta pelo fato de o ex-presidente estar sozinho em seu quarto, logo após ter manuseado um “ferro de solda”, quando foi preso.
“Jair Messias Bolsonaro mantém plenas condições de tratamento de saúde na Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal, onde cumpre pena, em condições absolutamente similares àquelas que possuía na cumprimento da prisão domiciliar em seu endereço residencial, com prévia e genérica autorização judicial para acesso integral de todos os seus médicos, independentemente de dia ou horário”, escreveu Moraes.
O ministro também afirmou que determinou que a Polícia Federal garanta “médicos de plantão e eventual transporte no caso de necessidade de remoção imediata”.
“O réu está custodiado em local de absoluta proximidade com o hospital particular onde realiza atendimentos emergenciais de saúde – mais próximo, inclusive, do que o seu endereço residencial – de modo que não há qualquer prejuízo em caso de eventual necessidade de deslocamento de emergência”, diz decisão.
A Prefeitura de Palmares entregou, nesta semana, oito veículos novos para reforçar a estrutura administrativa e os serviços públicos do município. A solenidade contou com a presença do prefeito Júnior de Beto, do vice-prefeito Neto Melo, do ex-prefeito Beto Melo, dos deputados France Hacker e Lula da Fonte, além de vereadores e secretários municipais. Foram incorporados à frota um trator com grade de arado, um ônibus escolar Marruá 4×4, um caminhão caçamba, um ônibus para Tratamento Fora do Domicílio (TFD), dois veículos Spin e duas motocicletas Bros, destinados às áreas de saúde, agricultura, educação e infraestrutura.
“Essas conquistas são fruto de um grupo forte, unido e comprometido com Palmares”, afirmou o prefeito Júnior de Beto. “Temos parceiros importantes como o deputado France Hacker e o deputado Lula da Fonte, que têm sido fundamentais para que os recursos cheguem e se transformem em benefícios para a população”, acrescentou o gestor durante a entrega dos equipamentos.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reconheceu, nesta sexta-feira (19), a vitória de Raul Henry como presidente do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), em Pernambuco. O ministro Antonio Carlos Ferreira manteve as decisões aprovadas em convenção partidária realizada em maio de 2025.
A medida implica na sigla continuar apoiando o prefeito João Campos (PSB) na sua possível candidatura ao governo de Pernambuco. Já que, no caso da vitória do seu adversário, Jarbas Filho, o partido se moveria para o lado da atual governadora Raquel Lyra (PSD).
Em outubro, a Justiça suspendeu o resultado da convenção que reelegeu Raul Henry para a presidência do partido em maio. A votação fechou em 65 votos para Henry e 49 para Jarbas Filho. À época, a suspensão se deu por “desrespeito ao procedimento legal eleitoral, violando a igualdade de participação e de chances dos candidatos”.
“Um partido que nasceu defendendo a democracia não poderia se furtar a lutar pelo certo, pela decisão fruto da vontade dos filiados expressa nas urnas. Agora vamos seguir ainda mais firmes, diante de novas vitórias na justiça”, disse Henry. O presidente estadual também defendeu que o partido vai seguir fazendo o certo, agindo com “autonomia para fazer o melhor por Pernambuco”.