O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), declarou, ontem, que trabalha para não haver diálogo entre o governo dos EUA e a comitiva do Senado que está no país para negociar a tarifa de 50% imposta aos produtos brasileiros. As informações são do portal Poder360.
“Eu trabalho para que eles não encontrem diálogo porque eu sei que vindo deste tipo de pessoa só haverá acordos daquele tipo meio-termo, que não é nem certo, nem errado. Eu sei o que é certo. Não é dar 17 anos de cadeia para as velhinhas. Eu quero a liberdade destas pessoas”, afirmou Eduardo, em entrevista ao SBT News.
Leia mais“Eu acho que eles [senadores], vindo com esta visão estritamente comercial da coisa, quando o Trump já deixou claro em declarações, posts na rede social e até mesmo em uma carta, que o problema não é estritamente comercial, mas sim institucional. (…) É um problema dentro do judiciário, é um problema político e não meramente econômico”, disse Eduardo. “Se o Brasil der um 1º passo para mostrar que está disposto a resolver esta situação, o Trump, sim, abre uma mesa de negociação com o Brasil”.
Para o deputado federal, a tarifa será aplicada “não porque ele [Trump] é uma pessoa má ou deseje o pior para o Brasil, mas porque o Brasil tem sido ineficiente em dar a resposta”. Segundo ele, os senadores só “prolongam o sacrifício dos brasileiros”.
Ontem, a comitiva brasileira se reuniu com empresários norte-americanos. No encontro, foi discutida a possibilidade de enviar uma carta endereçada à Casa Branca pedindo o adiamento da vigência da tarifa, que começa a ser aplicada em 1º de agosto.
“Saiu uma sugestão de um manifesto, uma carta, solicitando a prorrogação desse caso, até porque a classe empresarial precisa de previsibilidade para poder se adequar, principalmente no caso de produtos perecíveis […] A gente sabe que isso é difícil, mas o não nós já temos, vamos correr atrás do sim”, disse o líder da missão, o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Nelsinho Trad (PSD-MS).
Leia menos