Daqui a pouco tem Terezinha do Acordeon no Sextou

Uma das primeiras mulheres do País a romper o ‘clube do bolinha’ dos sanfoneiros, a cantora e compositora Terezinha do Acordeon é a grande atração do Sextou de hoje. A sanfoneira e intérprete fala da sua trajetória de mais de 60 anos, canta seus sucessos, como “Vaqueiro do Sertão”, “Não carece de bigode”, “Quem quiser amor”, “Algo” e “Salgueiro, meu lugar”, em homenagem à sua terra natal, no Alto Sertão.

Terezinha do Acordeon interpreta também canções de Luiz Gonzaga, Jorge de Altinho, Dominguinhos e Anastácia. O Sextou vai ao ar logo mais, às 18 horas pela Rede Nordeste de Rádio, integrada por mais de 40 emissoras em Pernambuco, Alagoas, Paraíba e Bahia, tendo como cabeça de rede a 102.1 FM, no Recife.

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Sempre, entre os dias 31 de dezembro e 1 de janeiro, nós brasileiros celebramos a chegada do ano novo e poucas vezes nos perguntamos por que? A verdade é que todas as principais culturas do planeta celebram algum tipo de ano novo. Mas os calendários são extremamente variados. 

O nosso calendário é de origem solar e foi inicialmente definido pelo imperador romano Júlio César no ano 46 antes de Cristo. Por isso ficou chamado de Juliano, ainda utilizado nas datas religiosas da Igreja Ortodoxa, bem como pelos povos berberes no norte da África.

Em 1582, foi ajustado pelo papa Gregório XIII, ficando designado como calendário gregoriano, e é o que prevalece até hoje na maior parte do mundo. Porém, a grande maioria dos outros calendários são lunares ou lunissolares, de acordo com diferentes modelos de contagem.

O Ano Novo Chinês, também conhecido como Festival da Primavera, celebra o início de um novo ano no calendário tradicional lunissolar chinês. As celebrações se iniciam na véspera do Ano Novo Chinês, a noite anterior ao primeiro dia do ano chinês, até o Festival das Lanternas, realizado no 15º dia do ano. O primeiro dia do Ano Novo Chinês começa na lua nova, que aparece entre 21 de janeiro e 20 de fevereiro. Portanto, varia de ano para ano.

O Ano Novo Chinês é um dos feriados mais importantes da cultura chinesa. Influenciou celebrações semelhantes em outras culturas, comumente referidas coletivamente como Ano Novo Lunar, o Losar do Tibete, o Tết do Vietnã, o Seollal da Coreia, o Shōgatsu do Japão, dentre outros.

O Ano Novo Chinês está associado a vários mitos e costumes. O festival era tradicionalmente um momento para homenagear divindades e ancestrais. Na China, os costumes e tradições regionais relativos à celebração do Ano Novo variam muito, e a noite anterior ao Dia de Ano Novo é frequentemente considerada uma ocasião para as famílias chinesas se reunirem para o jantar anual. 

Também é uma tradição para cada família limpar completamente sua casa, a fim de varrer qualquer má sorte e abrir caminho para a boa sorte que chega. Outro costume praticado é a decoração de janelas e portas com recortes de papel vermelho e dísticos. Os temas populares entre esses cortes de papel e dísticos incluem boa sorte, felicidade, riqueza e longevidade. Outras atividades incluem acender fogos de artifício e dar dinheiro em envelopes vermelhos.

Já na Índia, existem inúmeros dias ao longo do ano celebrados como Dia de Ano Novo nas diferentes regiões que detém hoje a maior população do planeta. A observância é determinada pelo fato de o calendário lunar, solar ou lunissolar estar sendo seguido. 

Aqueles que seguem o calendário lunar consideram o mês de Chaitra (correspondente a março-abril) como o primeiro mês do ano, então o ano novo é comemorado no primeiro dia deste mês como Ugadi em Andhra Pradesh, Telangana, Karnataka e Gudi Padwa em Maharashtra. Da mesma forma, poucas regiões da Índia consideram o período entre Sankarantis (novo começo, dedicado ao deus solar Suria) consecutivos como um mês e poucas outras consideram o período entre Purnimas (dia que a lua fica cheia) consecutivos  como um mês. 

Em Gujarat, o ano novo é comemorado como o dia seguinte ao Diwali (festival das luzes). De acordo com o calendário hindu, cai em Shukla Paksha Pratipada (ocorre quando a diferença entre o sol e a lua fica entre 0 e 12 graus) no mês hindu de Kartik. De acordo com o calendário indiano baseado no ciclo lunar, Kartik é o primeiro mês do ano e o Ano Novo em Gujarat cai no primeiro dia brilhante de Kartik (Ekam). 

Em outras partes da Índia, as celebrações do Ano Novo começam na primavera. Puthandu, na língua tâmil, a mais antiga em uso no mundo, significa ’Ano Novo’, é o primeiro dia do ano no calendário tâmil que é tradicionalmente celebrado como um festival. A data é definida com o ciclo solar no calendário hindu, como o primeiro dia do mês de Chittirai. Cai por volta de 14 de abril de cada ano, equivalente ao calendário gregoriano. 

Neste dia, o povo tâmil se cumprimenta dizendo “Puttāṇṭu vāḻttukaḷ!” ou “Iṉiya puttāṇṭu nalvāḻttukaḷ!”, que equivale a “Feliz ano novo”.  O dia é observado como um tempo para as famílias, que limpam a casa, preparam uma bandeja com frutas, flores e itens auspiciosos, iluminam o altar de puja da família  e visitam seus templos locais. 

As pessoas usam roupas novas e as crianças vão até os mais velhos para prestar suas homenagens e buscar suas bênçãos. Daí, então, a família se senta para um banquete vegetariano.

O Ano Novo Islâmico, em árabe Raʿs as-Sanah al-Hijrīyah, também chamado  de Ano Novo Hijri, é o dia que marca o início de um novo ano lunar Hijri, e é o dia em que a contagem do ano é incrementada. O primeiro dia do ano islâmico é observado pela maioria  dos muçulmanos no primeiro dia do mês de Muharram. A época (data de referência) da era islâmica foi definida como o ano da emigração de Maomé e seus seguidores de Meca para Medina, conhecida como Hégira, o que equivale a 622 dC no calendário gregoriano. 

Já no Irã, o Ano Novo é diferente do árabe e islâmico, e se chama de Nowruz. Historicamente, foi observado por persas e outros povos iranianos, mas agora é celebrado por muitas etnias em todo o mundo. É um festival baseado no equinócio da primavera do Hemisfério Norte, marca o primeiro dia de um novo ano no calendário solar islâmico; geralmente coincide com uma data entre 19 de março e 22 de março no calendário gregoriano.

As raízes do Nowruz estão no zoroastrismo. Para o Hemisfério Norte, o Nowruz marca o início da primavera. Os costumes para o festival incluem vários rituais de fogo e água, pular a fogueira, danças comemorativas, trocas de presentes e recitações de poesias, entre outros; essas observâncias diferem entre as culturas das diversas comunidades que o celebram.

Para os judeus, o ano novo se chama Rosh Hashanah, que em hebraico significa a ’cabeça do ano’. O nome bíblico é Yom Teruah, ’dia de sacrifício’. É o primeiro dos Grandes Dias Sagrados, conforme especificado em Levítico 23:23–25, que ocorre no final do verão/início do outono do Hemisfério Norte . 

Rosh Hashanah é uma observância e celebração de dois dias que começa no primeiro dia de Tishrei, que é o sétimo mês do ano eclesiástico. Em contraste com o ano novo lunar eclesiástico no primeiro dia do primeiro mês de Nisan, o mês da Páscoa da primavera que marca o êxodo de Israel do Egito, Rosh Hashanah marca o início do ano civil, de acordo com os ensinamentos do judaísmo, e é o aniversário tradicional da criação de Adão e Eva, o primeiro homem e mulher de acordo com a Bíblia hebraica, bem como o início do papel da humanidade no mundo de Deus.

Os costumes de Rosh Hashanah incluem tocar o shofar (um chifre oco de carneiro), conforme prescrito na Torá, seguindo a prescrição da Bíblia hebraica para “fazer barulho” no Yom Teruah. Comer alimentos simbólicos que representam vários desejos para o ano novo é um antigo costume registrado no Talmud. Outros costumes rabínicos incluem o “tashlich”, comparecer aos serviços da sinagoga e recitar liturgia especial sobre teshuvá, bem como desfrutar de refeições festivas.

Existem muitos outros “anos novos”, das mais diferentes culturas, em todos os continentes. Acima, apenas alguns exemplos marcantes. O que importa é mostrarmos que os seres humanos sempre buscam significados para suas existências. É o eterno retorno à procura de um começar de novo, a busca de renascermos com base em calendários que representam infindáveis crenças humanas! Assim são criadas as multiplicidades de culturas que enriquecem o planeta. 

Feliz Ano Novo!

Conheça Petrolina

O Secretário da Assessoria Especial à Governadora e Relações Internacionais, Fernando Holanda, anunciou, nesta terça-feira (31), a saída do Governo de Pernambuco. Nas redes sociais, Fernando informou a decisão, alegando questões pessoais e o retorno à iniciativa privada como motivações para deixar o cargo.

“Minha gratidão à Governadora por esta grande honra que é dedicar a vida a servir ao povo de Pernambuco. Meu respeito, carinho e admiração por ela e por todo o time que está fazendo um verdadeiro estado de mudança”, disse.

Holanda foi o coordenador do Plano de Governo da então candidata ao governo Raquel Lyra, eleita no pleito de 2022. Desde janeiro de 2023, Fernando Holanda comandava a Secretaria da Assessoria Especial à Governadora e Relações Internacionais.

Fernando é empresário e foi executivo e sócio de empreendimentos na área de turismo, com formação em Administração (UPE) e Comunicação Social (UFPE), além de MBA em Gestão Empresarial pela FGV. Também é presidente do Instituto Teotônio Vilela em Pernambuco.

“Sigo de volta à iniciativa privada, onde retomo minha carreira após 3 anos dedicado à vida pública. Obrigado a cada um aqui que se informa, cobra ou contribui para fazermos daqui um lugar melhor para todos nós vivermos. E um feliz ano novo pra gente!”, complementou.

Também nas redes sociais, a governadora Raquel Lyra agradeceu Fernando pela participação na gestão estadual.

“Meu agradecimento ao amigo Fernando Holanda pela parceria e pelo trabalho dedicado em nossa missão de transformar Pernambuco. Agora, ele segue para novos desafios na iniciativa privada e para estar mais perto da família. Desejo muita saúde e felicidade nessa nova etapa”, afirmou.

Do JC

Camaragibe Avança 2024

A Câmara Municipal de Triunfo foi reconhecida com o Selo Ouro de Qualidade em Transparência Pública pelo Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE). O reconhecimento destaca o desempenho da Casa Deocleciano Pereira Lima na avaliação da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (ATRICON), cumprindo integralmente as obrigações essenciais de transparência pública. No ranking estadual, a Câmara se destacou entre as 184 avaliadas, superando pontuações de legislativos de diversos municípios sertanejos.

O presidente da Câmara, Anselmo Martins, celebrou a conquista e reafirmou o compromisso com a transparência no próximo mandato. “Recebo com muita alegria essa premiação, que reflete nosso compromisso com a cidadania e a democracia. No próximo mandato, estarei empenhado em lutar pela transparência, seja na presidência ou como vereador reeleito”, afirmou. A premiação integra o Programa Nacional de Transparência Pública (PNTP), coordenado pela ATRICON, e reforça a importância do acesso à informação para o fortalecimento da democracia.

Após uma trajetória de destaque em programas sociais no Governo de Pernambuco e na Prefeitura do Recife, Edna Gomes retorna ao Cabo de Santo Agostinho para assumir um papel central na gestão do prefeito Lula Cabral. Em meio a desafios relacionados aos altos índices de violência no município, Edna liderará iniciativas voltadas à prevenção da violência, combate às drogas e reinserção social.

A estratégia do governo inclui o fortalecimento de três secretarias-chave. A Secretaria de Segurança Pública intensificará a atuação da Guarda Municipal, priorizando ações ostensivas e presença no combate à criminalidade. A Secretaria de Planejamento Urbano e Meio Ambiente trabalhará para minimizar impactos nos territórios, desenvolvendo políticas públicas e gerando novas oportunidades.

Edna Gomes ficará responsável por implementar políticas de prevenção nos territórios mais vulneráveis, promovendo qualificação e emancipação das famílias.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, visando dar celeridade ao processo de denúncia contra os envolvidos em uma tentativa de golpe no país, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), abriu mão do recesso de fim de ano. Gonet deve permanecer em Brasília para analisar os relatórios da Polícia Federal (PF) sobre os indiciamentos.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), também comunicou formalmente à presidência da Corte que vai abrir mão do recesso para permanecer à frente dos processos sob a sua relatoria. As informações são do canal CNN Brasil. 

Com Gonet e Moraes abrindo mão do recesso para se dedicar aos autos da tentativa de golpe de Estado, acredita-se que, á nas primeiras semanas de fevereiro, a denúncia já esteja pronta para ser julgada pela Primeira Turma do Supremo.

Além de Moraes, fazem parte da primeira turma os ministros Luiz Fux, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Cristiano Zanin. Indicados por Bolsoraro, os ministros Nunes Marques e André Mendonça ficam de fora do julgamento, pois pertencem à Segunda Turma.

Além de Bolsonaro e Braga Netto, que se encontra preso, foram indiciados outras 34 pessoas, entre elas o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid; o ex-ministro do GSI de Bolsonaro, Augusto Heleno; e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

O que muda

Normalmente, no recesso do Judiciário, os casos urgentes costumavam ser passados para o presidente do Supremo. No entanto, desde 2019, tem sido comum que alguns ministros prefiram permanecer trabalhando para não perder o controle do seu acervo.

Do Jornal O Povo.

O Ministério dos Transportes contratou nesta terça-feira, 31, o consórcio que será responsável pela construção de uma nova ponte entre Tocantins e Maranhão, na ligação dos municípios de Aguiarnópolis e Estreito. O colapso da atual estrutura deixou ao menos 11 mortos e seis desaparecidos.

A obra custará R$ 171 milhões, com entrega em um ano, em dezembro de 2025. Considerada emergencial, a contratação foi feita sem licitação.

A atual Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira será demolida. A nova ponte terá diferenças em relação à anterior, como uma ciclovia e 7 metros a mais de largura.

A obra interligará os municípios de Estreito, no Maranhão, e Aguiarnópolis, no Tocantins, na BR-226, sobre o Rio Tocantins.

O contrato foi assinado pelo consórcio Penedo-Neópolis, formado pelas empresas Construtora Gaspar S/A e Arteles Construções Limitada.

Como o Estadão mostrou, o colapso da estrutura em 22 de dezembro tem impactado a vida dos moradores das duas cidades e o tráfego de cargas na região.

Uma travessia que podia ser feita em 15 minutos agora leva cerca de uma hora e meia de carro. Caminhoneiros chegam a pagar R$ 265 por uma travessia de balsa entre os dois Estados, com filas de até cinco horas.

A atual ponte era datada de 1961. Um relatório de 2020 do próprio Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) já atestava as más condições da ponte, com avarias em 14 dos 16 pilares que faziam parte da estrutura.

A última vez que ela havia passado por uma reforma foi entre os anos de 1998 e 2000.

A nova obra é considerada importante pelo governo tanto para o atendimento da população local quanto para o escoamento de produção e transporte de mercadorias entre os dois Estados. As causas e os responsáveis pelo colapso estão em apuração.

Do Correio Braziliense.

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), apresentou um balanço do segundo ano de sua gestão, com foco nos avanços nas áreas de abastecimento de água e infraestrutura rodoviária. Entre as principais iniciativas, Raquel destacou o programa “Águas de Pernambuco”, liderado pela Compesa, e as ações de recuperação e modernização das estradas estaduais, priorizando investimentos estratégicos para melhorar a qualidade de vida da população.

“A diferença que a gente tem no nosso governo é de só prometer aquilo que a gente pode cumprir. Para todos os anúncios que a gente fez temos dinheiro garantido e contratos sendo feitos”, afirmou a governadora em entrevista ao Blog do radialista Alberes Xavier e à Rede Pernambuco de Rádios.

O programa “Águas de Pernambuco” busca ampliar o fornecimento de água em áreas urbanas e rurais, atendendo a uma das principais demandas do estado. Raquel também ressaltou que algumas entregas já começaram a ser realizadas.

Meu irmão Augusto Martins, secretário de Cultura da gestão Sandrinho Palmeira, em Afogados da Ingazeira, é um craque! Sabe resgatar o que é de mais primoroso na tradição cultural do Interior, como as saudosas retretas pelas ruas da cidade no último dia do ano.

Por Letícia Lins
Do Oxe Recife

Pelo que se observa, a Prefeitura do Recife tem dedicado atenção especial aos parques construídos na atual gestão, como o da Tamarineira, o Jardim do Poço e o das Graças. Aos outros, pão e água. Talvez, nem isso. Pelo menos é o que acontece com o Parque Urbano da Macaxeira, que está perto de se transformar em um deserto. Pelo que parece, não tem irrigação. Há equipamentos exigindo manutenção e é difícil observar-se algum guarda municipal ou mesmo da Polícia Militar no seu interior.

A guarda é da Prefeitura e deveria marcar presença em áreas públicas administradas pelo município, como parques e jardins. Já a PM é do Estado, mas não custa nada a Prefeitura solicitar que sejam realizadas rondas naquele que, quando inaugurado, era considerado o maior parque urbano da cidade. Compare as duas primeiras fotos dessa página. Como o parque está hoje (acima) e como era antes (foto abaixo). É uma tristeza ou não é? Estive lá no domingo (29/12) e a sensação é de decadência e abandono. Também caminhei por lá hoje, tudo do mesmo jeito. Abandono.

Estive caminhando no Parque da Macaxeira, também, no último dia 24, e até as guaritas estavam fechadas. Não tinha ninguém na manutenção, nem na vigilância, nem em canto nenhum. Dava até medo, parecia um grande jardim fantasma. Para não dizer que não vi nada, encontrei dois minguados garis da Emlurb limpando o chão. Tenho que admitir que são poucos para o grande espaço de 103.790 mil metros quadrados. Nessa segunda, eram cinco. Segundo me informaram, um para “regar” as plantas. Mas estava tudo seco…

O Parque da Macaxeira foi inaugurado em 2014 pelo então Governador Eduardo Campos (1965 – 2014), pai do Prefeito João Campos. Foi uma das últimas inaugurações por ele realizadas, antes de se lançar na disputa pela sucessão presidencial que o levaria à morte (em acidente de avião). Há anos o terreno gigantesco que pertenceu a uma indústria têxtil estava sem uso e muito visado pela especulação imobiliária, correndo o risco de sediar espigões.

Até que o então governador decidiu lhe dar um destino melhor. E, embora construído pelo governo estadual, a gestão do Parque da Macaxeira seria posteriormente repassada à Prefeitura do Recife, sendo encaixado no organograma da Secretaria de Turismo e Lazer da Prefeitura. Atualmente, segundo fui informada, quem toma conta dele agora é a Emlurb, mas a autarquia não respondeu ao pedido de informação do #OxeRecife sobre suas atuais atribuições quanto ao Macaxeira.

O Macaxeira não foi incluído na última leva de privatização de parques municipais. Mas na gestão passada, chegou a ser administrado com com custo bem alto para organizações sociais como o IDG (Instituto de Desenvolvimento e Gestão) e, posteriormente, pelo Instituto de Gestão, Esportes e Cultura (IGEC). O IDG tem sede no Rio de Janeiro e ostenta no currículo de eficientes gestões de equipamentos importantes como o Museu do Amanhã (RJ) e Paço do Frevo (Recife). Foi fundado em 2001.

O IGEC apareceu em 2014, tem sede no Recife e logo depois seria “premiado” com verbas generosas para gerenciar o Parque da Macaxeira. Entre 2014 e 2015, o IDG recebia R$ 2,3 milhões para gerir o Parque. Pouco após ser criado, o IGEC foi escolhido para “herdar” o espaço, com direito a uma verba de R$ 6.026.312, entre 2016 e 2017, mais do que o dobro da quantia anterior. Coisas da administração pública…

Desde então, não sei como está a situação. No Parque, servidores me informaram que a gestão voltou para a Prefeitura, não está mais com o IGEC. Mas detalhes, ninguém sabe. Enviei mensagens para os órgãos oficiais do município, mas nenhuma resposta consistente me foi enviada até o momento. Apenas que não está mais com a pasta do turismo. Talvez o Parque esteja mesmo jogado. Se não vem resposta… é porque ninguém sabe a quantas ele anda e está sendo gerido aos trancos e barrancos. Uma vergonha!

O fato é que o Macaxeira está sim, muito abandonado. O que é uma pena, pois é o mais bonito do Recife. Por conta das construções antigas, onde hoje funcionam escolas públicas. Os antigos prédios da fábrica de tecidos deveriam comportar outros equipamentos (como biblioteca digital), nunca implantados.

O Parque está sujo, sem gramado (morreu tudo por falta de irrigação), plantas secas, mudas mortas (que foram recentemente plantadas). A pista de skate está interditada, mas as academias públicas funcionam. Há necessidade de reparos em vários equipamentos no Parque. E o único verde mais “exuberante” é visto no campo de futebol, que teve grama “renovada” no mês passado. Fui contemplar o viçoso “tapete” – um “oásis” no meio de tantas plantas secas – mas ao chegar perto, percebi que era de… plástico. Sim, gramado artificial no Recife da Emergência Climática.

No mês de dezembro, o Parque da Macaxeira recebeu um evento musical, patrocinado pela Colgate. Segundo os moradores, produtores culturais e microempresas locais, o show contribuiu para irrigar a economia do bairro, mas passada a euforia da multidão do momento, tudo voltou à situação cotidiana: desolação. Esse pequeno vídeo mostra a realidade de hoje. Haja penúria. Resta saber a razão de tanto abandono!

Desde o início da gestão da governadora Raquel Lyra, os servidores públicos de Pernambuco enfrentam recorrentes problemas nos pagamentos salariais, especialmente na educação. Falhas como atrasos e inconsistências em auxílios e benefícios já afetaram pelo menos 1.940 trabalhadores, segundo o Sintepe, que acionou o Ministério Público e o Tribunal de Contas para cobrar soluções. A situação também prejudica aposentados e pensionistas, ampliando a insatisfação com a gestão da folha de pagamento, agora sob responsabilidade de uma nova empresa.

O episódio mais recente envolve o não pagamento do terço de férias, que deveria ter sido quitado até 30 de dezembro, conforme acordo do governo com o Sintepe. A falha gerou indignação e reforçou a desconfiança dos servidores, levando o sindicato a reabrir um formulário para registrar as reclamações e embasar futuras ações judiciais. A entidade afirma que os erros violam princípios constitucionais e ameaçam a estabilidade financeira de muitas famílias, comprometendo o bem-estar dos trabalhadores.

Embora o governo tenha anunciado medidas como a antecipação dos salários em outubro e reajustes para 43 categorias, essas ações têm sido ofuscadas pelas falhas salariais recorrentes. O Sintepe continua mobilizando os trabalhadores para garantir seus direitos e pressionar por uma solução definitiva, enquanto os servidores cobram maior comprometimento da gestão estadual para resolver a crise.

Da Rádio Itapuama FM.

Por Lua Lacerda*
Do Marco Zero Conteúdo

Há muitos filmes sobre a ditadura militar brasileira, mas Ainda Estou Aqui traz uma perspectiva diferente: enquanto diversos outros filmes se concentram na história de homens revolucionários que sacrificaram suas vidas pela liberdade do país ou de mulheres combativas e destemidas, como Dilma Rousseff, a obra de Walter Salles narra a trajetória de Eunice Paiva. O filme encarna uma versão feminina — entre tantas possíveis — sobre os anos de chumbo, representando a experiência de uma esposa branca inserida na elite intelectual e política da época.

A narrativa nos leva ao ambiente doméstico, ao cotidiano de uma família de elite, para revelar o lado ‘do lar’ da tortura. Em vez de heróis públicos, vemos quem carrega as chagas do autoritarismo na “esfera privada”: uma mulher forçada a criar os filhos sozinha, em meio à violência dos “gorilas”, sem sequer derramar uma lágrima. “Nós vamos sorrir”, afirma Eunice Paiva quando os jornalistas pedem uma foto séria e triste da família. Como ela consegue ser tão forte? Claro que nós sempre questionamos e nos surpreendemos com a força das mulheres.

Afinal, poucas pessoas estão interessadas nas versões femininas sobre os eventos históricos. Na ditadura — e ainda hoje — os heróis masculinos frequentemente ocultam as contribuições e os sofrimentos femininos. O impacto das decisões “públicas” desses homens, no entanto, recai sobre elas. E, assim, sem a participação e as demandas femininas, a agenda pública vai refletindo os interesses dos homens.

Por isso, quando Eunice questiona Baby, personagem de Dan Stulbach que é amigo de seu marido, ela revela o coração da narrativa: “Baby, por que o Rubens foi preso? Eu estive lá, eu vi. Tenho o direito de saber o que Rubens estava fazendo”.

Destinadas à gestão da casa e ao cuidado dos filhos, essas mulheres eram frequentemente excluídas da participação política nas decisões tomadas por seus maridos. Essa exclusão era justificada pela ideia da fragilidade feminina branca, que demanda proteção, e pela visão da família como uma instituição sagrada, que cabia às mulheres zelar e preservar. Esse é o ângulo do filme: a experiência de uma mulher branca da elite intelectual e política durante a ditadura militar.

Enquanto via sua vida desmoronar, criando cinco filhos sozinha, Eunice foi negada até mesmo à verdade sobre a prisão e a morte do marido. Sem sequer saber do envolvimento de Rubens Paiva, ex-deputado, com pequenas ações contra os militares, ela passa a suportar sua dor em silêncio.

Por isso, o pôster de divulgação do filme captura a cena de uma fotografia de família: marido e filhos estão sorrindo, mas Eunice se dispersa. Nesse instante, ela fita os caminhões do exército que passam ao fundo. Seu olhar é introspectivo e aflito. Como responsável pelo cuidado do marido e dos filhos, Eunice teme que a “normalidade” de sua família seja comprometida pela ditadura.

No entanto, é justamente o destroço causado pelo exército, literalmente no seio de seu lar, que a convoca a assumir um papel socialmente ativo. Ela retorna à faculdade e passa a desempenhar um papel importante na luta pelos direitos dos povos indígenas do país. A ditadura arranca o véu da estabilidade familiar, da proteção e do heroísmo masculino, forçando-a a um protagonismo que parecia distante de seu destino inicial.

A história de Eunice não se distancia do Brasil de hoje. O autoritarismo ainda nos ronda e os homens continuam a assumir uma postura paternalista em relação às mulheres. Sim, claro que o sofrimento de Eunice foi causado pela ditadura militar, mas, ao nos contar a perspectiva da esposa e mãe, o filme também evidencia como a dita “proteção” masculina, tantas vezes, condena à ausência de escolha feminina.

Para fazer um gancho com a atualidade, basta observarmos o controle sobre os direitos reprodutivos das mulheres. Muitas vezes mulheres são excluídas do direito de intervir, de colocar suas perspectivas à mesa e dizer o óbvio: “querido, eu carrego o peso das suas decisões”. Sim, ainda às custas das mulheres que muitos revolucionários são feitos.

Claro que a história de Eunice Paiva é apenas uma entre as diversas perspectivas femininas possíveis daquele período. Por isso, o filme está sendo tão criticado por apresentar “mais do mesmo”: o sofrimento de uma família branca e rica. Em Ainda Estou Aqui, testemunhamos a ruptura da aparente normalidade de uma família abastada do sul do país. Momentos familiares — danças em grupo, encontros com amigos, copos de whisky e partidas de gamão — são interrompidos pela brutalidade da ditadura.

Sim, para a classe média progressista, a violência do regime era uma novidade, enquanto, para os pobres e negros, ela já era cotidiana. Assassinatos por mãos fardadas, prisões arbitrárias, encarceramento em massa, maternidade solo e a ausência de redes de apoio sempre fizeram parte de suas realidades. Talvez seja por isso que a história dos Paivas provoca tanta comoção, enquanto as histórias daqueles que vivem sob constante tortura não são contadas? É uma possibilidade.

Mas, francamente, o que o filme de Walter Salles nos adverte, ao narrar pelos olhos de Eunice, é precisamente isso: há histórias que, quando finalmente narradas, ampliam nossa compreensão dos acontecimentos.

Ao mesmo tempo em que abre portas para uma nova perspectiva, o filme também nos deixa evidente o quanto ainda falta conhecer histórias de outras mulheres — negras, pobres, operárias, camponesas, militantes de base e tantas outras — que também enfrentaram a brutalidade do regime. Somente ao contarmos essas histórias seremos capazes de enfraquecer o discurso de que “a ditadura só afetou uma pequena parcela progressista da classe média” e compreender a dimensão concreta do autoritarismo brasileiro.

Após assistir Ainda Estou Aqui, o que fica é a certeza de que ainda há muitas outras histórias para serem contadas — mulheres de outras classes sociais, regiões, sexualidades e realidades. Dizemos que é preciso “relembrar para não esquecer”, mas precisamos também desafiar o risco da história única, como alerta Chimamanda Ngozi Adichie.

Precisamos continuar discutindo e produzindo sobre a ditadura militar brasileira, mas optando por novas perspectivas, por personagens que ainda não foram narradas. Muito além de Eunice, inúmeras pessoas tiveram suas vidas marcadas pelo silêncio imposto pelo autoritarismo e pela violência.

São histórias que ainda aguardam para serem contadas.

*Jornalista e escritora, mestranda em Comunicação pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). É autora dos livros Ultramar (Editora da União, 2023) e Redemunho (Editora UFPB, 2019).

O Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria de Educação e Esportes (SEE), investirá R$ 252 milhões na requalificação de escolas da rede estadual, das 16 Gerências Regionais de Educação (GREs), do Complexo Santos Dumont, em Boa Viagem, e da sede da pasta, na Várzea. O anúncio foi publicado no Diário Oficial desta terça-feira (31) como parte do programa Juntos pela Educação, que busca transformar a educação estadual.

Ao todo, 1.061 unidades escolares serão beneficiadas com serviços de manutenção predial, como pinturas, instalações elétricas e hidrossanitárias, retelhamento e impermeabilização. “O Juntos pela Educação trata de transformação e isso inclui garantir condições de trabalho e estudo dignas e adequadas, oferecendo um ambiente acolhedor à comunidade escolar”, afirmou a governadora Raquel Lyra. A rede estadual atende cerca de 500 mil estudantes em todo o estado.

O edital para a contratação das empresas estará disponível a partir de 9 de janeiro no site www.peintegrado.pe.gov.br. As propostas poderão ser entregues até 24 de janeiro, às 9h45.