‘Ter mais pastas não é a agenda do Republicanos’, diz Silvio Costa Filho

Por Jennifer Gularte

Do jornal O Globo

Único representante do Republicanos no primeiro escalão do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, diz que não há, no seu partido, uma agenda para a sigla ser agraciada com uma nova pasta. Em meio aos sinais trocados do presidente, o auxiliar afirma que inexiste diálogo entre Lula e legendas do Centrão sobre uma reforma na Esplanada. Correligionário do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, Costa Filho avalia ser um erro o colega apoiar a anistia aos envolvidos nos atos do 8 de Janeiro.

O Republicanos tem hoje apenas um ministério no governo. Há espaço para o partido ter mais pastas?

Essa não é a agenda do partido. O presidente (da Câmara) Hugo Motta tem dialogado com o presidente Lula. O Republicanos, neste momento, quer ajudar o governo, quer ajudar o país na pauta econômica. A discussão sobre ter mais ministérios não está colocada dentro do partido. Vejo que o presidente também não colocou essa discussão sobre a reforma ministerial em pauta com os demais partidos que compõem o centro.

O presidente Lula ainda não procurou os partidos de centro para falar sobre a reforma?

É isso. O presidente é quem decide. É ele quem tira e nomeia ministro. Observo que até agora não houve nenhum movimento dele de abrir o diálogo com os partidos. O presidente Lula agora quer de fato avançar na agenda Brasil, andar o país e fazer as entregas. Há muita coisa boa para entregar.

O senhor avalia então que a reforma ministerial acabou?

Não. Isso cabe ao presidente.

O presidente do seu partido, Marcos Pereira, disse em entrevista que o governo está sem rumo. O senhor concorda?

Foi uma fala dentro de um contexto. O presidente Marcos Pereira, que é um democrata, alguém que tem espírito público, tem ajudado o país, tem ajudado o governo.

Com Gleisi na articulação política, Lula fez um movimento à esquerda?

Eu discordo. Lula convidou Gleisi por ter confiança. Aquele é um cargo de confiança. Todos os ministros de infraestrutura do governo são ministros do centro, que têm um viés, dialogam com o setor produtivo, dialogam com essa nova agenda econômica mundial, querem trabalhar ao lado de quem produz. Guinada à esquerda seria se ele tivesse feito um avanço na troca de ministros de infraestrutura ou de programas sociais.

Em 2026, é importante o PT se aliar a partidos de centro no Nordeste?

Tenho defendido essa aliança no centro de maneira globalizada, ou seja, no país todo, sobretudo nos estados do Sul e do Sudeste. É preciso que a gente avance ainda mais nessas alianças para poder ampliar o número de deputados federais e, sobretudo, senadores, para que a gente possa trabalhar em 2026 em uma grande frente na eleição dos senadores da República.

O senhor será candidato ao Senado?

Quero agradecer todas as manifestações de apoio para que a gente possa disputar o Senado em 2026 em Pernambuco. Agora, nós vamos deixar para tratar disso na hora certa, no início de 2026.

O Republicanos estará com Lula em 2026?

Tenho respeito pela decisão que o partido venha a tomar. O presidente Marcos Pereira tem colocado para toda a bancada e para mim que 2026 só em 2026. Está muito cedo agora, a hora é de ajudar o Brasil, é de ajudar a aprovar as matérias de interesse do país. Eu, Silvio Costa Filho, estarei ao lado do presidente Lula.

E se o Tarcísio disputar o Planalto em 2026, será um constrangimento para o senhor?

Está cedo. O governador Tarcísio, todas as vezes em que eu estive com ele, tem colocado que é candidato à reeleição no estado de São Paulo. Tem feito um bom governo no estado. Ele vai ter pouco menos de quatro anos à frente da gestão, tem uma bela contribuição ainda a dar ao povo de São Paulo. O candidato dele, e ele disse isso publicamente, é o ex-presidente Bolsonaro, que hoje está inelegível. Mas a sinalização que a gente observa hoje é nessa direção.

Como o senhor vê a atuação de Tarcísio em defesa da anistia dos condenados pelos atos do 8 de Janeiro?

Respeito a posição do governador Tarcísio, tenho por ele muito apreço. Entretanto, discordo dessa pauta que ele defende. Eu acho que esse debate cabe ao Supremo Tribunal Federal, que precisa efetivamente identificar as tipificações de cada pena, daquele que está preso ou que foi denunciado no dia 8 de janeiro. Entendo que ele falou para setores mais bolsonaristas, que têm essa bandeira hoje como uma agenda institucional. Observei que o ato do ex-presidente Bolsonaro (em Copacabana) foi esvaziado. O que se observa claramente é que em nenhum momento foi apresentada uma proposta para o Brasil. O que foi colocado foram críticas e nada de pedagógico e de programático para o país.

Como integrante do governo, o senhor pretende pedir à bancada do seu partido que vote contra o projeto?

Isso é uma questão que compete aos deputados federais que estão exercendo o mandato, naturalmente será conduzido pelo presidente nacional, Marcos Pereira, pelo líder da bancada Gilberto Abramo, e nós vamos respeitar a decisão que a bancada tomar. Tenho a minha posição pessoal, mas nesse momento não estou exercendo o mandato parlamentar.

Há uma crítica de que o governo tem dificuldade de conversar com camadas importantes da população, parte da classe média, empreendedores, evangélicos e o agro. Ainda dá tempo de conquistar esses públicos?

O presidente Lula foi quem mais apoiou e ajudou o segmento evangélico do Brasil. É preciso que o governo possa avançar cada vez mais no diálogo com o segmento. É preciso que o presidente Lula coloque essa discussão também na ordem do dia, até porque o governo não apresentou ao Brasil nenhuma pauta de costumes. É preciso que o governo comece a quebrar preconceitos e apresentar de fato efetivamente o que tem feito ao Brasil. O governo precisa ao longo do ano de 2025 poder se comunicar mais com esse novo mercado de trabalho, com micro e pequeno empresário. Isso precisa ser tratado pelo próprio governo, mas eu tenho muita confiança de que as ações estão sendo tomadas.

Pesquisa Quaest mostra queda da aprovação de Lula no Nordeste de 67% para 60%. O que o governo precisa fazer?

Minha leitura é que o governo do presidente Lula chegará fortalecido ao final do ano de 2025. Se você pegar a Quaest de 2021 em novembro, Bolsonaro tem uma rejeição em torno de 56%. E isso foi sendo reduzido até o processo eleitoral. O presidente Lula apresentou na Quaest uma reprovação em torno de 50% a 51%. Ou seja, um ano e oito meses antes da eleição. Tem tempo de se recuperar. O governo está melhorando a sua comunicação. O governo vai acelerar a comunicação nos estados. Cada ministro vai começar cada vez mais a andar pelo Brasil, divulgando as boas ações.

Quais setores têm preconceito com o governo?

Setores do mercado. Há um viés ideológico que tem preconceito com o governo, que nós temos que respeitar, é da democracia, mas setores do mercado têm errado muito. Primeiro, em 2023, diziam que o Brasil ia crescer 0,8%. O Brasil cresceu quase 3%. Em 2024, diziam que ia crescer 1,5%. Crescemos quase 3,5%.

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O ex-presidente Jair Bolsonaro enviou, hoje, a aliados, uma mensagem em que se defende das acusações de ter tramado um golpe de Estado, afirma ser vítima de “perseguição político-judicial” e diz confiar na Justiça. As informações são do portal G1.

Bolsonaro é acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de integrar o “núcleo crucial” de uma organização criminosa que agiu para dar um golpe de Estado no Brasil em 2022 e tentar burlar o resultado das eleições de 2022, nas quais o político foi derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva.

Jair Bolsonaro e outros sete ex-integrantes de seu governo começam a ser julgados nesta terça-feira pelo Supremo Tribunal Federal. A Primeira Turma vai decidir, neste primeiro momento, se os acusados se tornam réus pelos crimes apontados pela PGR.

“Trata-se da maior perseguição político-judicial da história do Brasil, motivada por inconfessáveis desejos, por vaidades e por claros interesses políticos de impedir que eu participe e ganhe a eleição presidencial de 2026”, diz Bolsonaro na mensagem obtida pela TV Globo.

A respeito das acusações de tramar um golpe, Bolsonaro chega a admitir na mensagem que conversou com auxiliares sobre “alternativas políticas para a Nação” – mas nega que a intenção fosse atacar a democracia.

“Me acusam de um crime que jamais cometi – uma suposta tentativa de golpe de Estado. Conversei com auxiliares alternativas políticas para a Nação, mas nunca desejei ou levantei a possibilidade da ruptura democrática. As mudanças nos comandos das Forças Armadas foram feitas sem problemas. Sempre agi nas quatros linhas da Constituição. Sempre!”, diz.

Apesar das reiteradas críticas ao Supremo Tribunal Federal e de dizer que é vítima de perseguição, a mensagem de Bolsonaro termina com a frase: “Confio na Justiça!”.

Jaboatão dos Guararapes - UBS Pet Massangana

Por Magno Martins – exclusivo para a Folha de Pernambuco

Hoje, a atenção de todo o País está voltada para Brasília. Está marcado para logo mais, a partir das 9h30, o início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no caso da suposta tentativa de golpe de Estado. O caso será julgado na Primeira Turma do STF, composta pelos ministros Cristiano Zanin (presidente), Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Luiz Fux. A previsão é que o julgamento dure três dias.

Os ministros vão decidir se aceitam abrir uma ação penal contra o ex-presidente e outros sete suspeitos de tentar dar um golpe de Estado no país. Eles são acusados de cometer os seguintes crimes: organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

O colegiado decidirá se aceita a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), contra o chamado “núcleo 1” da trama golpista, que é o grupo formado por aqueles apontados como líderes da organização criminosa. A expectativa é a de que, pela manhã, sejam ouvidas as defesas de todos os denunciados. Na parte da tarde, o relator do caso, Alexandre de Moraes, deverá fazer a leitura de seu relatório e dar voto a favor ou contra o mérito da questão, ou seja, dizer se aceita, ou não a denúncia.

Além de Bolsonaro, estão inseridos nesse núcleo: Mauro Cid, tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; Walter Braga Netto, general que foi ministro da Defesa e da Casa Civil no governo de Bolsonaro, além de ter sido candidato a vice-presidente em 2022; Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-presidente da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo Bolsonaro; Almir Garnier, almirante de esquadra que comandou a Marinha no governo de Bolsonaro; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça no governo Bolsonaro; Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Bolsonaro e Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa de Bolsonaro.

Diferente do que está acontecendo agora com Bolsonaro, o presidente Lula (PT) não foi julgado pelo STF. Ele foi condenado em primeira instância pelo ex-juiz da Operação Lava Jato, Sérgio Moro, em julho de 2017. Em janeiro de 2018, os três desembargadores da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) mantiveram a condenação e, em abril de 2019, a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu manter a condenação, mas reduzir a pena do então ex-presidente.

Em novembro de 2019, por 6 votos a 5, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu derrubar a possibilidade de prisão de condenados em segunda instância. Com isso, o juiz Danilo Pereira Júnior, da 12ª Vara Criminal Federal de Curitiba, aceitou o pedido da defesa do ex-presidente do República e o autorizou a deixar a prisão.

Se a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro for aceita por maioria ou unanimidade, ele se tornará réu e responderá a um processo judicial mais aprofundado. O julgamento poderá ser concluído com a absolvição ou condenação, com a definição de penas pelos ministros.

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Raquel tem vergonha da política

Ignorando os apelos da classe política, a governadora Raquel Lyra (PSD) passou os dois primeiros anos de sua gestão nomeando apenas técnicos em seu Secretariado. E vem pagando caro por isso. Com um time de ilustres desconhecidos no primeiro escalão – boa parte com experiência anterior circunscrita apenas a Caruaru – a gestão tem sido marcada pelo engessamento.

Marcada também pela falta de traquejo e por derrotas inéditas na Assembleia Legislativa. Não à toa, pesquisas mostram Raquel patinando entre o primeiro e o segundo lugares em desaprovação entre todos os governadores. O tabu foi quebrado somente ontem com a nomeação do deputado Kaio Maniçoba (PP) para a Secretaria de Turismo e Lazer.

Além do PP, que já estava contemplado na gestão, mas não com políticos, o Avante indicou o ex-prefeito de Custódia, Emmanuel Fernandes, como secretário de Desenvolvimento Profissional e Empreendedorismo e Virgílio Oliveira, filho do deputado Waldemar Oliveira, para a Administração Geral de Fernando de Noronha. O deputado Luciano Duque (Solidariedade) também indicou o filho, Miguel Duque (Podemos), para presidir o Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA).

Poderia ser uma virada de chave, mas, nem no momento político mais importante do seu governo, Raquel quis dar as caras. Mostrando sua aversão à classe política, a governadora preferiu passear com os filhos no Canadá e deixar que a vice-governadora Priscila Krause (PSDB) fosse fotografada para a posteridade fazendo aquilo que sempre criticou quando era uma parlamentar de oposição – o loteamento de cargos públicos por indicados políticos, a velha política do toma lá, dá cá.

A aversão de Raquel por políticos tem razões que até as paredes do Palácio do Campo das Princesas sabem. Centralizadora, ela vê em técnicos sem lugar ao sol a chance de fazer prevalecer suas vontades com pouca chance de contestação. Os que não se adaptam ao papel de marionetes, pedem para sair em pouco tempo, como fizeram Silvério Pessoa (Cultura), Evandro Avelar (Mobilidade e Infraestrutura), Carla Cunha (Defesa Social) e Aloísio Ferraz (Desenvolvimento Agrário), ainda em 2023.

VÃO AGUENTAR? – Já com políticos, Raquel sabe que a cantiga é outra. Se não tirar do papel o que foi precificado ao selar a adesão de partidos ao governo, pode perder amanhã o apoio de quem lhe assegura fidelidade hoje. Resta saber como esses novos membros do secretariado vão reagir ao perfil centralizador da governadora. Se nem alguns técnicos tiveram paciência e pediram o boné após poucos meses de trabalho, o que esperar do político que tem para onde voltar se ouvir reprimendas e batidas na mesa?

Juras de amor ou divórcio? – Não é difícil imaginar como pode ser a relação da governadora com seus novos subordinados que povoam o mundo da política.  O casamento já começou mal, com a noiva levando falta na hora de fazer juras de amor perante o altar. Em vez do “Felizes para sempre”, o divórcio pode estar mais próximo do que se pensa. É dar tempo ao tempo para saber se os prognósticos dos entendedores da arte de fazer política consultam os búzios certos.

Tem boi na linha – A área técnica do Tribunal de Contas da União pediu que o governo explique o contrato firmado com a OEI (Organização dos Estados Ibero-Americanos), com sede na Espanha, para organizar a COP 30 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas) em Belém (PA). Segundo o órgão, há possíveis irregularidades no acordo, que custou R$ 478,3 milhões para o Brasil.  A CNN Brasil teve acesso ao documento do TCU, de 18 de março. Nele, o órgão diz que “a falta de informações sobre os critérios que embasaram o valor contratado, aliada à magnitude financeira envolvida, reforça a necessidade de diligência à Unidade Jurisdicionada, para que sejam apresentados esclarecimentos detalhados sobre a composição do valor”.

Promoção pessoal – O Novo enviou, ontem, uma representação ao Tribunal de Contas da União na qual acusa a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, de promoção pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em um vídeo institucional do governo federal. Segundo o partido, a ministra violou o princípio da impessoalidade na administração pública ao divulgar um programa do governo que enaltece diretamente o presidente. No vídeo, Gleisi chama o novo programa de crédito consignado de “empréstimo do Lula”.

Greve na saúde em Arcoverde – O prefeito de Arcoverde, Zeca Cavalcanti (Podemos), enfrenta a primeira greve de servidores com menos de três meses de gestão numa área preocupante – a saúde. A proposta apresentada por ele foi classificada como “imoral” pelo odontologista e sindicalista Marcos Rabelo, que criticou a decisão do prefeito de realizar cortes na saúde para beneficiar outras áreas. Segundo ele, a proposta da Prefeitura não atende às necessidades da categoria, que desempenha um serviço essencial para a população. O bicho vai pegar!

CURTAS

FORA DO JOGO – João Campos disse a aliados que não vai entrar no jogo de loteamento de cargos iniciado pela governadora Raquel Lyra, com vistas a se fortalecer na disputa para o Governo em 2026. “O confronto será de gestão”, disse um vereador, adiantando que a preocupação do prefeito é manter o ritmo de obras na cidade, principalmente nas áreas mais carentes.

SEMINÁRIOS – Já na condição de quase presidente nacional do PSB, João Campos participa, a partir de hoje no Recife, de uma série de encontros regionais da legenda, que culminarão no próximo domingo com o do Sertão do Pajeú, em Afogados da Ingazeira, provavelmente o maior do interior.

NÃO ACOMPANHA – Único vereador eleito pelo Avante no Recife, Alcides Teixeira Neto está propenso a não seguir o partido na decisão de se aliar à governadora Raquel Lyra. Ele teria uma conversa com o prefeito João Campos, ontem, a quem comunicaria sua permanência na base.

Perguntar não ofende: Bolsonaro será condenado a 28 anos de cadeia, como prevê o advogado petista Kakai?

Dulino Sistema de ensino

O prefeito Simão Durando lançou, nesta segunda-feira (24), a programação do São João 2025 de Petrolina, com mais de 100 atrações confirmadas e expectativa de movimentar cerca de R$ 320 milhões na economia local. O ciclo junino, que começa em abril e segue até o fim de junho, trará nomes como Gusttavo Lima, Wesley Safadão, Jorge & Mateus, João Gomes, Claudia Leitte e O Grande Encontro (Elba Ramalho, Alceu Valença e Geraldo Azevedo). Com o tema “É a Cara da Gente”, a festa reforça a valorização da cultura nordestina e deve atrair turistas de mais de 150 cidades.

O principal polo de apresentações será o Pátio Ana das Carrancas, que receberá os grandes shows entre os dias 13 e 23 de junho. Outras ações culturais, como concurso de quadrilhas, Festival de Sanfoneiros, Vaquejada, Forró do Vovô, Forró da Acessibilidade e a Missa do Vaqueiro integram a programação. Segundo a prefeitura, a festa deve gerar 17 mil empregos diretos e indiretos, com impacto positivo também em setores como hotelaria, gastronomia e comércio.

Durante o lançamento, Simão Durando destacou que o São João é uma das principais vitrines culturais e econômicas do município. “Não é só uma festa, é uma engrenagem que impulsiona o desenvolvimento e valoriza a identidade do povo sertanejo”, afirmou. A programação completa inclui ainda o projeto “Pra Sempre São João” e o São João na Praça, além de eventos que resgatam tradições locais em diversos bairros e comunidades da cidade.

Ipojuca No Grau

O cantor Thiago Martins desembarca em Fernando de Noronha no próximo dia 26 de julho com o projeto “Quintal do TG”, em apresentação única no Forte Noronha. O show, promovido pelo Réveillon Zé Maria e Mallupy Entretenimento, promete uma noite inesquecível com muita música e energia no cenário paradisíaco da ilha. Os ingressos estarão à venda em breve no site pensanoevento.

Caruaru - IPTU 2025

A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras sete pessoas por uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022 será analisada nesta terça-feira pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).

Diferentemente do plenário, formado por todos os onze ministros da Corte, o colegiado é composto por cinco ministros: Alexandre de Moraes, relator do caso, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Flávio Dino e Cristiano Zanin, que atualmente preside a turma.

Os ministros decidirão nesta primeira sessão do julgamento da denúncia se recebem, ou não, a acusação feita pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, contra Bolsonaro e outros antigos integrantes de seu governo, como Braga Netto, Augusto Heleno, Anderson Torres e o almirante Almir Garnier. As informações são do Jornal O Globo.

A apreciação da denúncia ocorre na Primeira Turma, e não no plenário, em razão de uma mudança no Regimento Interno do STF realizada em 2023. Desde então, a competência para o julgamento de ações penais – como é o caso envolvendo a trama golpista – deixou de ser da composição plena e voltou a ser das turmas, como ocorria até 2020.

Um dos argumentos para a alteração regimental foi a avaliação de que a análise das ações penais pelo colegiado maior, com os onze ministros, acabaram tomando muito tempo da Corte.

A Primeira Turma é formada pelos seguintes ministros:

Alexandre de Moraes: Relator do caso e, conforme a PGR, alvo principal do grupo de Bolsonaro, é mencionado na denúncia que revela um plano denominado “Punhal Verde Amarelo”, cujo intuito era assassinar o próprio Moraes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin. Desde sua indicação por Michel Temer, em 2017, e sua ascensão ao cargo de ministro, Moraes tem se destacado no STF. À frente de inquéritos relacionados a Fake News e milícias digitais – que envolvem, inclusive, os ataques de 8 de janeiro de 2023 –, ele se tornou um alvo para os apoiadores de Bolsonaro. Entre as críticas mais notáveis, está a do bilionário Elon Musk, que, além de apoiar o impeachment de Moraes, ameaçou desobedecer decisões da Justiça brasileira.

Cármen Lúcia: Atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a ministra ingressou na Corte em 2006, indicada pelo presidente Lula, durante seu primeiro mandato. Conhecida por seu perfil discreto, é vista por advogados como defensora dos direitos fundamentais. Em 2018, quando presidia o STF, ela foi responsável por dar o voto de desempate em uma decisão crucial: a Corte rejeitou o pedido de habeas corpus preventivo apresentado pela defesa de Lula, o que resultou na autorização de sua prisão no contexto da Operação Lava-Jato. O placar estava empatado em 5 a 5, e o voto de Cármen decidiu o resultado. Passou a integrar a Primeira Turma em 2021, após a aposentadoria de Marco Aurélio Mello.

Luiz Fux: Fux foi nomeado para o STF em 2011 pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e é juiz de carreira, integrando a ala “legalista” da Corte. Em setembro de 2020, Fux assumiu a presidência do STF, em meio à pandemia, e seu mandato foi marcado por constantes ataques do então presidente Jair Bolsonaro ao Judiciário. Em seu discurso de despedida, em setembro de 2022, o ministro destacou que, durante toda a sua gestão, as decisões do STF foram constantemente questionadas, “seja por palavras hostis, seja por ações antidemocráticas”.

Flávio Dino: Mais novo ministro do STF, Dino foi indicado ao posto pelo presidente Lula em 2023. Antes, era ministro da Justiça e Segurança Pública. Foi juiz federal durante 12 anos. Nas eleições de 2022 foi eleito senador pelo Maranhão, estado que governou durante oito anos. Estava no cargo quando aconteceram os ataques de 8 de janeiro, em que apoiadores de Bolsonaro invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes. Atualmente, Dino é centro dos holofotes por um impasse com o Congresso por conta das emendas parlamentares. O ministro bloqueou repasses por entender que falta transparência na destinação dos recursos públicos.

Cristiano Zanin: Zanin é o atual presidente da Primeira Turma do STF. Nomeado ministro em 2023 por indicação do presidente Lula, a quem representava como advogado, Zanin ganhou notoriedade por sua atuação na defesa do petista em processos criminais desde 2013, especialmente durante a Operação Lava-Jato. Foi através de recursos elaborados por ele que as condenações de Lula foram anuladas, possibilitando sua candidatura nas eleições presidenciais.

Camaragibe Cidade do Trabalho

A prefeita de Serra Talhada e secretária da Mulher da Amupe, Márcia Conrado, participou no último sábado (22) do Congresso da União dos Vereadores de Pernambuco (UVP), em Salgueiro, onde defendeu o aumento da representatividade feminina nos espaços de poder. Convidada como palestrante, ela abordou o tema “A Valorização da Mulher nos Espaços de Poder” e compartilhou sua trajetória política, ressaltando a importância da presença de mais mulheres em cargos de liderança.

Durante sua fala, Márcia destacou os obstáculos enfrentados por mulheres na política e reafirmou seu compromisso com a promoção da equidade. “Ocupamos espaços que nos pertencem por direito, e a nossa luta segue firme para que mais mulheres possam abrir caminhos e fortalecer suas vozes”, declarou. Ela também enfatizou que a busca por uma sociedade mais justa e igualitária exige mobilização e engajamento constante.

Além da palestra, a prefeita aproveitou o encontro para dialogar com lideranças políticas e parlamentares sobre as ações desenvolvidas em Serra Talhada e na Amupe em prol da pauta feminina. “Reafirmo que a luta por respeito e oportunidades iguais deve continuar sendo prioridade nos municípios pernambucanos e em todo o Brasil”, afirmou.

Cabo de Santo Agostinho - IPTU 2025

A prefeita de Olinda, Mirella Almeida (PSD), instituiu um plano de contenção de gastos públicos com o objetivo de ajustar o orçamento municipal às prioridades da gestão. O decreto, publicado no Diário Oficial, estabelece diretrizes para reduzir despesas em diversas áreas da administração direta e indireta, sem comprometer os investimentos essenciais em saúde, educação e assistência social.

Entre as medidas adotadas estão a redução de custos com diárias, combustível, terceirizações e gratificações, além da suspensão de eventos festivos, campanhas não emergenciais e compras de materiais não essenciais. O plano também prevê a limitação de gastos com energia, água e manutenção de veículos. As contratações de novos servidores estão temporariamente suspensas, salvo em situações de extrema necessidade.

A execução do plano será acompanhada por um Comitê Gestor de Contingenciamento, composto por representantes de seis secretarias estratégicas. O grupo será responsável por monitorar semanalmente as ações implementadas, avaliar os resultados e propor ajustes. A expectativa da gestão é alcançar uma redução significativa de despesas ao longo de 2025, criando espaço fiscal para novos investimentos em obras e infraestrutura na cidade.

Toritama - Prefeitura que faz

O Memorial Onco, localizado no Hospital Memorial Arcoverde, lançou a Campanha do Turbante com o objetivo de arrecadar tecidos para confecção de acessórios que serão doados a pacientes em tratamento quimioterápico. A ação solidária busca doações de tecidos de malha fria com, no mínimo, 1,5 metro de comprimento, que serão utilizados na produção de turbantes para mulheres que enfrentam a perda de cabelo decorrente do tratamento oncológico.

Mais do que uma peça de vestuário, o turbante pode representar acolhimento, conforto e autoestima para pacientes que lidam com os desafios físicos e emocionais da quimioterapia. “Esta campanha, além de um gesto de solidariedade, representa um importante suporte emocional para as pacientes, ajudando-as a recuperar a autoestima e o sorriso”, afirmou Ruth Duarte, coordenadora e nutricionista oncológica do Memorial Onco.

As doações podem ser feitas diretamente no Memorial Onco, dentro do Hospital Memorial Arcoverde. Não há limite de quantidade, desde que os tecidos sigam as especificações. Mais informações estão disponíveis pelo telefone (87) 3821-8111 ou pelo WhatsApp (87) 98123-0791.

Palmares - Outlet

Com shows de Mano Walter, Banda Asas da América, Guilherme Ferri e outros artistas, a tradicional Festa de Março movimentou o distrito de Pão de Açúcar, em Taquaritinga do Norte, entre os dias 21 e 23 de março. O evento atraiu um público estimado em mais de 25 mil pessoas durante os três dias, superlotando a rua Juvina Madalena, na Praça do Estudante, e reforçando o apelo turístico e cultural da festividade no interior de Pernambuco.

A programação contou com atrações regionais e nacionais, além de artistas locais, como Leandro Pinga Fogo, que abriu a festa na sexta-feira (21). O sábado teve como destaque o show de Mano Walter, que reuniu milhares de pessoas, enquanto o encerramento, no domingo (23), ficou por conta do Forró dos Bossas e da Banda Asas da América. A festa teve apoio do Governo do Estado, por meio da Fundarpe, Empetur e Secretaria de Turismo e Lazer.

O editor-chefe da revista americana “The Atlantic” foi incluído sem querer em um grupo de conversas do governo Trump que compartilhou mensagens ultrassecretas, que anteciparam planos de guerra contra os rebeldes Houthis, no Iêmen.

A princípio, Jeffrey Goldberg não acreditou que estava recebendo informações de figuras do alto escalão do governo, incluindo o secretário de Estado, Marco Rubio, o secretário de Defesa, Pete Hegseth e até o vice-presidente, JD Vance. “Eu tinha várias dúvidas sobre se esse grupo era real”, afirmou, em reportagem publicada nesta segunda-feira (24), na “Atlantic”. As informações são g1.

Ele só acreditou na veracidade das mensagens com o início dos ataques lançados de porta-aviões americanos sobre alvos houthis. O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, vinculado à Casa Branca, confirmou que “parece ser uma troca de mensagens verdadeira” e que está revisando seus protocolos para saber como o jornalista foi adicionado ao grupo.

O jornal “The New York Times” classificou o episódio como “uma falha extraordinária” de segurança.

Goldberg conta que a história começou em 11 de março, quando ele recebeu uma solicitação do aplicativo de mensagens Signal de um usuário identificado como Michael Waltz.

Apesar de as conversas terem criptografia de ponta a ponta, e o app ser usado por pessoas que buscam mais privacidade, o jornalista acreditava, até então, que a Casa Branca usaria um canal mais seguro para compartilhar informações sensíveis.

Outra desconfiança surgiu da relação difícil entre o governo Trump e jornalistas da imprensa tradicional, que não faz parte do grupo de veículos militantes que defende o presidente abertamente.

“Eu não conseguia acreditar que a liderança da segurança nacional dos Estados Unidos iria comunicar no Signal sobre planos de guerra iminentes. Eu também não conseguia acreditar que o conselheiro de segurança nacional do presidente seria tão imprudente a ponto de incluir o editor-chefe do ‘The Atlantic’ em tais discussões com altos funcionários dos EUA, até e incluindo o vice-presidente”, escreveu Goldberg.

A partir do dia 14 de março, conta Goldberg, JD Vance e Pete Hegseth passam a discutir assuntos sensíveis, em partivular sobre um bombardeio ao território do Iêmen — de onde os Houthis têm lançado ataques para bloquear rotas marítimas no Mar Vermelho, causando prejuízos ao porto israelense de Eilat.

Os Houthis são aliados do Irã e do grupo terrorista Hamas, e tem lançado bombardeios contra Israel desde o início da guerra entre os dois, em outubro de 2023.

Em dado momento, JD Vance afirma: “Eu apenas odeio salvar a Europa de novo”. A visão do governo Trump é que o continente europeu se beneficia das campanhas militares dos EUA no estrangeiro e não oferece contrapartidas suficientes a Washington.

“Eu compartilho totalmente do seu desprezo pelos aproveitadores europeus. É PATÉTICO”, concorda Hegseth, em resposta (veja o diálogo acima).
Goldberg afirma que, no dia 15 de março, o secretário de Defesa postou no grupo diversas informações sobre alvos e detalhes operacionais sobre ataques aos Houthis. As mensagens não foram reproduzidas em seu artigo porque “as informações contidas neles, se tivessem sido lidas por um adversário dos Estados Unidos, poderiam ter colocado em risco militares e pessoal de inteligência americanos, particularmente no Oriente Médio”.

O jornalista só teve certeza de que as mensagens vinham, de fato, do primeiro escalão do governo Trump, no início da tarde do dia 15 de março, quando ele entrou na rede social X e checou o que estava sendo falado sobre o Iêmen, e viu que bombardeios estavam sendo reportados na capital, Sanaa — no mesmo horário em que as mensagens de Hegseth apontava como o início da operação.

Goldberg afirma que conseguiu a confirmação de que o grupo era real dias depois, após questionar o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional.

“A troca de mensagens que foi relatada parece ser autêntica, e estamos revisando como um número inadvertido foi adicionado ao grupo”, disse o porta-voz, Brian Hughes, em nota. “O tópico é uma demonstração da coordenação política profunda e ponderada entre autoridades sêniores. O sucesso contínuo da operação contra os Houthis demonstra que não houve ameaças aos nossos militares ou à nossa segurança nacional.”
Ele aponta que o aplicativo Signal não é um canal autorizado pelo governo para o compartilhamento de informações sigilosas, e que o Executivo americano tem sistemas próprios exclusivos para esse propósito.

Segundo a “Atlantic”, Michael Waltz e os integrantes do grupo podem ter violado diversas leis, incluindo a Lei de Espionagem de 1917, que pune quem coloca em risco as relações exteriores e informações sensíveis à segurança dos Estados Unidos.

Por Ricco Viana
Do Blog da Folha

O deputado estadual Kaio Maniçoba (PP) tomou posse nesta segunda-feira (24) como titular da Secretaria de Turismo e Lazer de Pernambuco. O agora secretário consolida a presença do Progressistas (PP), partido comandado pelo deputado federal Eduardo da Fonte, na gestão de Raquel Lyra (PSD).

Na cerimônia de posse, diversas lideranças do Estado estiveram presentes, como os deputados federais Eduardo da Fonte, Lula da Fonte (PP) e Pastor Eurico (PL); o presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Ricardo Paes Barreto; além de secretários do governo e diversos parlamentares da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

O presidente da Alepe, Álvaro Porto (PSDB), esteve no Palácio do Campo das Princesas e acompanhou a governadora em exercício, Priscila Krause (PSDB), e o secretário Maniçoba até a sala onde a cerimônia ocorreu. No entanto, devido à agenda, Porto não permaneceu no evento.

Em seu discurso, Kaio Maniçoba agradeceu a oportunidade e destacou a satisfação em participar de um governo no qual acredita. A troca na secretaria, com a saída de Paulo Nery e a chegada de Maniçoba, é vista como um movimento estratégico de fortalecimento político do governo. O novo secretário afirmou não ter vergonha de fazer política.

“Antes de tudo, sou político. Tem gente que tem vergonha de fazer política, eu não. Tenho orgulho do que faço e do povo que represento. Sei da missão institucional que devo cumprir, mas, sem dúvida nenhuma, minha missão maior também é política. É buscar pessoas, buscar parceiros, fortalecer o governo Raquel Lyra, fortalecer nosso partido e fortalecer minha atuação como deputado. É um projeto conjunto”, afirmou.

Sobre eventuais mudanças na pasta, Maniçoba afirmou:

“É natural que quem chega a qualquer ambiente faça ajustes. Temos alguns nomes que sempre nos acompanham, pessoas de nossa confiança e que conhecem nossa forma de trabalhar. Mas ainda não paramos para definir no que vamos mexer.”

A governadora em exercício, Priscila Krause, prestou homenagem ao antigo secretário, Paulo Nery, e deu as boas-vindas ao novo titular da pasta.

“Kaio muda de posição em um time do qual ele já fazia parte. Antes como deputado, agora como secretário, emprestando seu tempo, seu comprometimento e sua competência para que as políticas de turismo de Pernambuco sejam cada vez mais alavancadas”, declarou.