Entre os programas desenvolvidos pelo Centro de Abastecimento e Logística do Estado de Pernambuco (Ceasa), um deles, o Hortas Comunitárias, talvez seja o mais visível aos olhos de quem trafega por rodovias e viadutos do Recife. A área física de alcance do programa é estimada em 78 hectares, voltadas à produção de hortícolas. Do quiabo, alface, macaxeira ao milho, bredo, coentro, pimenta, feijão verde, acerola e rúcula. Tudo cultivado por pequenos produtores que trabalham nas margens – as conhecidas alças – rodoviárias do entorno rodoviário do Ceasa.
O programa, em que se oferece acompanhamento e apoio aos produtores, funciona há mais de 14 anos. Cabe ao engenheiro agrônomo Adriano Moreira Batista orientar tecnicamente as famílias beneficiadas pelo Hortas Comunitárias, para garantir a sustentabilidade da atividade. São aproximadamente 90 famílias e 162 agricultores cadastrados. Segundo o Ceasa, as orientações abrangem diversas áreas, como implantação e execução de práticas agrícolas, novas técnicas de plantio, controle de pragas e doenças e uso racional de produtos alternativos. As informações são do Diario de Pernambuco.
Leia maisBeneficiado pelo programa, o agricultor Sivaldo Francisco afirma que as orientações técnicas recebidas ajudam a garantir a qualidade dos alimentos. “O auxílio do agrônomo é de grande importância no nosso dia a dia, desde o momento de utilizar os defensivos agrícolas e entender a melhor maneira de realizar o plantio até a hora de colher” disse. Outro aspecto importante do projeto, segundo ele, é o recebimento gratuito de adubo orgânico. O material é produzido pelo Ceasa, a partir de frutas e verduras impróprias para o consumo humano, e enviados para as hortas. Isso, completa, “ajuda na fortificação do solo e nos garante uma colheita de boa qualidade”.

“O processo de produção e comercialização do alimento e produção do adubo fecha todo o ciclo, garantindo uma maior sustentabilidade e renda para o agricultor, já que o mesmo deixa de gastar com fertilizantes químicos, contribuindo também para o meio ambiente”, destaca o Ceasa. Além do espaço destinado para os produtores, dentro do entreposto, o programa Hortas Comunitárias oferta um estudo de mercado para cada alimento produzido, como preço do dia, informações acerca dos alimentos que estão na safra ou entressafra e qualidade do produto.
PRODUÇÃO
A estimativa de produção semanal do Hortas Comunitárias, atualmente, é de 10 toneladas. Deste volume, 30% são destinados ao consumo familiar e 70% à venda, sendo metade via o Ceasa e metade em mercados e feiras livres da redondeza dos lugares de produção, como no Engenho do Meio e Cidade Universitária, além da comercialização no próprio local de plantio.
Os números do Hortas Comunitárias, conforme o centro de abastecimento, mostram que o programa é “uma experiência exitosa de horticultura intensiva, realizada no perímetro urbano do Recife, que vem sendo historicamente ocupado por populações do interior do estado de Pernambuco, moradores e trabalhadores que vivem nas redondezas do Ceasa”.
A esses pequenos produtores, frisa o centro de abastecimento, se oferece assistência desde o momento da semeadura até o pós-colheita.
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