A presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Educação de Pernambuco (Sintepe), Ivete Caettano, está convocando os professores da rede estadual de ensino a paralisarem os trabalhos, amanhã. Ela quer comparecimento em massa da categoria na Assembleia Legislativa. Às 9h, o presidente da Casa, o deputado Álvaro Porto (PSDB), receberá Ivete para tratar do projeto de reajuste salarial, que estará na pauta da sessão que será realizada à tarde. Porto vem colocando a culpa no Governo do Estado pelo esvaziamento do plenário. As informações são do Blog Dantas Barreto.
Nas redes sociais, Ivete também conclamou os professores a darem pressão nos deputados estaduais de cada região de Pernambuco, para que estejam presentes no plenário e aprovem o projeto. “A paralisação da próxima segunda-feira está mantida porque o reajuste não está garantido. Vamos paralisar as escolas. Nenhuma escola deve abrir, nenhuma escola deve funcionar. Todos devemos comparecer à Assembleia Legislativa às 9h, uma reunião com o presidente da Casa. Às 14h, votação do reajuste”, diz a líder sindical.
“Vamos lutar pelos nossos direitos. Ninguém pode ficar de fora desta luta. Defenda a educação, defenda a valorização, pressione o deputado da sua região. Vamos lutar”, acrescenta Ivete Caettano na mensagem.
O impasse se dá porque a oposição vinha cobrando esclarecimentos de empréstimos que totalizam R$ 9,2 bilhões feitos pelo Governo do Estado. Por isso, o novo pedido de operação de crédito de R$ 1,5 bilhão e a sabatina com o administrador do Distrito de Fernando de Noronha estão sem tramitar na Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ). A pauta da Ordem do Dia está travada, no entanto Álvaro Porto tem criado pautas extraordinárias para que outros projetos sejam votados, inclusive o do reajuste salarial dos professores.
Na última sexta-feira (6), o Governo do Estado encaminhou as respostas solicitadas pelos deputados Waldemar Borges (PSB) e Alberto Feitosa (PL). Ontem, Borges disse que está retornando de viagem ao Recife, mas que uma equipe vem avaliando as informações remetidas pelo Governo. “São muitos links e equipe está debruçada sobre as informações. Na segunda-feira, terei mais detalhes para elaborar o relatório “, disse o deputado socialista.
Também na próxima segunda-feira, a líder do Governo, a deputada Socorro Pimentel (UB), se reunirá com os deputados da base governista para avaliar qual será o procedimento na sessão que acontecerá à tarde. Na sua avaliação, a partir do momento em que o Governo enviou as respostas solicitadas, não há mais motivo para embate.
“A governadora Raquel Lyra foi muito transparente na reunião que teve com o Sintepe e confirmou que os professores não terão nenhum prejuízo“, disse Socorro. A deputada se refere à garantia de que os salários da categoria serão pagos no dia 20 e que a folha de pagamento extra ficará pronta para ser efetuada, tão logo o reajuste seja aprovado na Assembleia Legislativa.
Quando comecei a correr, por volta de 6h, meus 8 km diários de hoje, em Triunfo, o termômetro registrava 16 graus. Além do frio, neblina e ventos. Assim é Triunfo, a nossa Gramado nordestina, neste período entre junho e julho.
Vim pernoitar por aqui, na companhia da minha Nayla e da minha equipe, depois de uma noite de autógrafos bastante concorrida em Flores, cidade vizinha, logo abaixo da serra de Triunfo. Lá, o prefeito Gilberto Ribeiro e o ex-prefeito Marconi Santana, candidato a deputado estadual, promoveram uma grande noitada de autógrafos do meu livro ‘Os Leões do Norte’, na Câmara de Vereadores.
Lula em palanque duplo em Pernambuco, em 2026, é uma possibilidade cada vez mais distante
Por Larissa Rodrigues – Repórter do blog
O alinhamento público entre o presidente Lula (PT) e o prefeito do Recife, João Campos (PSB), deixa ainda mais distante a possibilidade de um palanque duplo em Pernambuco apoiado pelo petista, em 2026, quando a governadora Raquel Lyra (PSD) vai enfrentar Campos na disputa pelo Estado.
Ontem (23), João Campos esteve reunido com Lula em Brasília e fez questão de postar um registro nas redes sociais, destacando que a conversa entre os dois incluiu o atual momento do Brasil e a defesa da soberania nacional.
“Nosso partido seguirá em alinhamento com o governo do presidente Lula e de Geraldo Alckmin, contribuindo para o desenvolvimento de ações e de políticas públicas que melhoram a vida da população”, afirmou.
Não é a primeira vez que João Campos manifesta apoio público ao presidente Lula durante a crise instalada após as tarifas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o Brasil.
Seguindo uma linha completamente oposta, a governadora Raquel Lyra permanece em silêncio sobre o assunto. Nem apoia Lula e a soberania brasileira, mas também não critica a gestão petista. Aliás, não critica também o ex‑presidente Jair Bolsonaro (PL), pivô do tarifaço.
Assim como fez nas eleições de 2022, Raquel Lyra lava as mãos para o cenário nacional, mesmo sabendo que tudo reflete nos Estados e sendo líder de um Estado tão ajudado pelo presidente Lula, que abriu as portas do Palácio do Planalto para ela. Desse jeito, quais as condições de a governadora receber o apoio de Lula na sua busca pela reeleição, em 2026?
O presidente nacional do PSD, partido de Raquel, Gilberto Kassab, disse recentemente que a legenda vai ter candidato próprio a presidente em 2026, sendo o governador do Paraná, Ratinho Júnior, o nome mais forte até o momento. Esse é outro empecilho para Lula pisar no palanque de Raquel e mais um empurrão para que o petista esteja no palanque de João Campos.
Fator Alckmin – Outro motivo para Lula ter apenas um candidato em Pernambuco e esse ser o prefeito do Recife, que acumula o cargo de presidente nacional do PSB, é a recondução do vice‑presidente, Geraldo Alckmin (PSB), à mesma vaga na chapa de Lula. Nos bastidores, comenta‑se que o presidente não estaria disposto a substituir Alckmin porque a parceria entre os dois deu muito certo, tanto nas eleições passadas como agora, durante a gestão. Alckmin é a cara ponderada do governo e tem perfil discreto e leal.
Sem rasteira – Fala‑se, inclusive, que nos piores momentos do governo Lula, como na “crise do Pix”, no início deste ano, se no lugar de Alckmin estivesse alguém de partidos do centrão (União Brasil, MDB, PP, entre outros), o presidente poderia ter sofrido uma traição, como a ex‑presidente Dilma Rousseff, que levou uma rasteira do MDB, com Michel Temer de vice. Mas, com Geraldo Alckmin foi diferente. O socialista vem trabalhando para fazer dar certo a gestão, sobretudo nesta crise gerada pelas tarifas de Donald Trump.
Hospital Mestre Dominguinhos – Este blog recebeu com exclusividade, na noite de ontem, a informação de que o Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE) suspendeu o processo licitatório que escolheria a empresa responsável pela construção do Hospital Mestre Dominguinhos, em Garanhuns, no Agreste. A decisão foi proferida pelo conselheiro Ranilson Ramos.
TCE achou irregularidades – Uma auditoria apontou irregularidades na licitação e risco de um prejuízo de quase R$ 3 milhões aos cofres públicos. A gestão da governadora Raquel Lyra (PSD) pretendia abrir as propostas do certame em 26 de agosto. As apurações começaram em fevereiro, após o lançamento da Licitação 009/2025 pela Cehab. Um relatório de auditoria preliminar da Gerência de Fiscalização em Licitações de Obras do Tribunal constatou que houve sobrepreço de R$ 2,9 milhões na estimativa do projeto básico do hospital em relação ao fornecimento e instalação de equipamentos de climatização, com aplicação indevida de Benefícios e Despesas Indiretas (BDI) e duplicidade de valores.
Sem impeachment de Moraes – O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União‑AP), deve rejeitar o pedido de impeachment contra ministros do STF. As informações são da CNN, com fontes próximas ao presidente da Casa Alta. O senador Flávio Bolsonaro (PL‑RJ) apresentou um pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes. As medidas cautelares impostas por Moraes contra o ex‑presidente Jair Bolsonaro (PL) foram os principais motivos. Mas Alcolumbre não quer confusão com o STF.
CURTAS
Projeto de Tabata – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou, ontem, em cerimônia no Palácio do Planalto, o projeto da deputada Tabata Amaral (PSB‑SP), companheira de João Campos, que estabelece a reserva mínima de 30% de vagas para mulheres nos conselhos de administração de empresas públicas e sociedades de economia mista, comprovando ainda mais o alinhamento entre PT e PSB.
Renato defende escola para Ipsep – O deputado estadual Renato Antunes (PL), presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa (Alepe), reforçou o pedido para a instalação de uma Escola Técnica Estadual (ETE) no bairro do Ipsep, na Zona Sul do Recife. A proposta vem sendo defendida durante as visitas realizadas pela Caravana Por Mais Educação, iniciativa que percorre escolas da Região Metropolitana para ouvir gestores, professores e alunos sobre demandas estruturais e pedagógicas.
Proteção para aposentados – O deputado federal Eduardo da Fonte (PP‑PE) apresentou o Projeto de Lei nº 1546/2024, que propõe novas regras para evitar descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas do INSS. A proposta determina que mensalidades só poderão ser descontadas mediante autorização formal por escritura pública, firma reconhecida, assinatura eletrônica qualificada ou biometria. O texto também obriga o INSS a conferir todas as autorizações de forma individual e periódica.
Perguntar não ofende: O PT de Pernambuco estará unido no palanque de João Campos?
A noite de autógrafos em Flores foi um sucesso. A cidade do Sertão do Pajeú foi o palco da retomada da agenda de lançamentos do meu livro Os Leões do Norte, pela editora Eu Escrevo. Antecedida por uma mini palestra minha, a sessão aconteceu no plenário da Câmara de Vereadores e reuniu o prefeito Gilberto Ribeiro (PSD), o ex‑prefeito Marconi Santana (PSD) — hoje candidato a deputado estadual —, a presidente da Câmara, Jeane Lucas (PSB), e a secretária de turismo e eventos, Lucila Santana, entre outras autoridades. A casa ficou lotada de leitores ansiosos para conhecer a obra e adquirir seus exemplares.
Amanhã, a agenda continua em Floresta, no Sertão de Itaparica, onde participarei de nova noite de autógrafos no espaço cultural João Boiadeiro, em evento promovido pela prefeita Rorró Maniçoba (PP), com início às 19h.
Na sexta‑feira, sigo para Serra Talhada. Na terra de Agamenon Magalhães, um dos 22 governadores retratados no livro, o lançamento foi proposto pela prefeita Márcia Conrado (PT), que escolheu a Fundação Cultural (antigo Cist) para receber a sessão a partir das 18h.
A área técnica concluiu “hoje” os trabalhos para estudar os cenários possíveis e desenhar um plano de contingência ao tarifaço de Donald Trump, afirmou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta quarta-feira (23).
Os detalhes devem ser apresentados ao chefe da equipe econômica na quinta-feira (24) e encaminhados ao Palácio do Planalto na semana que vem.
Segundo o ministro, a Fazenda tem trabalhado no desenho de cenários para que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), “tome a melhor decisão”. As informações são da CNN Brasil.
Em meio à dificuldade do governo federal em encontrar interlocutores do lado norte-americano, Haddad indicou que o Executivo tem tido diálogos com a equipe técnica e secretários da Casa Branca.
Haddad reforçou que o governo nunca deixou a mesa de negociação e que está “fazendo tentativas de contatos reiterados”. “A informação que chega é que o Brasil tem um ponto, razão”, ressaltou.
Contudo, sinalizou que ainda há dificuldade por parte da gestão Lula “em entender qual vai ser o movimento de lá”.
O Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE) suspendeu o processo licitatório que escolheria a empresa responsável pela construção do Hospital Mestre Dominguinhos, em Garanhuns, no Agreste. A decisão foi proferida pelo conselheiro Ranilson Ramos, ontem (22).
Uma auditoria apontou irregularidades e risco de um prejuízo de quase R$ 3 milhões aos cofres públicos. A gestão da governadora Raquel Lyra (PSD) pretendia abrir as propostas do certame em 26 de agosto.
As apurações começaram em fevereiro, após o lançamento da Licitação 009/2025 pela Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab). Um relatório de auditoria preliminar da Gerência de Fiscalização em Licitações de Obras do Tribunal constatou que houve sobrepreço de R$ 2,9 milhões na estimativa do projeto básico do hospital em relação ao fornecimento e instalação de equipamentos de climatização, com aplicação indevida de Benefícios e Despesas Indiretas (BDI) e duplicidade de valores.
Irregularidades
Além de construir o hospital, a empresa contratada também elaboraria os projetos legal e executivo da obra a partir do projeto básico. Porém, segundo o TCE, as orientações fornecidas no edital tinham “irregularidades substanciais”.
Entre elas, “falta de justificativas para quantificação de itens, falhas nas representações gráficas e não observância às normas de acessibilidade”. Foram identificadas ainda “fragilidades na matriz de riscos do contrato, incluindo ambiguidades e omissões de tipos importantes de riscos, o que compromete a gestão eficaz e a alocação de responsabilidades”.
TCE apontou falhas ao Estado
Após o TCE apontar essas falhas ao Estado, o governo chegou a relançar a licitação em 16 de junho, mas, conforme a corte, não sanou as irregularidades totalmente. A Cehab foi notificada novamente em 8 de julho.
No entanto, até ontem ainda não havia se pronunciado nos autos. Por conta da proximidade da data de abertura de propostas e por considerar que o prosseguimento do certame nessas condições “pode resultar em uma contratação com vícios insanáveis”, o conselheiro resolveu determinar a suspensão do processo até que os pontos questionados sejam solucionados.
Na decisão, Ranilson Ramos pondera que a suspensão da licitação é uma medida reversível. Segundo consta no texto assinado pelo conselheiro, a administração estadual pode regularizar as falhas e republicar o edital, “sem que haja prejuízo significativo para a continuidade da construção do hospital em momento oportuno”.
Histórico
A abertura do edital de licitação do Hospital Mestre Dominguinhos foi bastante comemorada por lideranças locais, como o deputado estadual Izaías Régis (PSDB), que chegou a cobrar a construção da unidade na tribuna da Assembleia Legislativa, em fevereiro deste ano, mesmo sendo aliado da governadora Raquel Lyra.
“Eu acredito muito na governadora Raquel Lyra, mas tem que tomar uma posição. Nós não podemos mais ficar na expectativa de ter um hospital regional. Não é de Garanhuns, não. É da região do Agreste”, enfatizou Izaías, na ocasião.
A unidade é uma promessa da gestora. A vice-governadora, Priscila Krause (Cidadania), inclusive, já chegou a gravar um vídeo vistoriando a limpeza do terreno da unidade. Mas o edifício segue sem sair do papel.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o bloqueio da conta bancária de Heloisa Wolf, mulher do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Segundo aliados de Eduardo, Heloísa não teria sido notificada pela Corte, mas sim pelo banco ao tentar realizar uma transferência.
Eduardo, investigado no Supremo por coação no curso do processo, obstrução de Justiça por costurar sanções americanas contra instituições brasileiras, além de tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito, anunciou na última terça que teve suas contas restringidas pelo tribunal. Os dois vivem nos Estados Unidos desde março, quando o parlamentar anunciou um autoexílio no país. As informações são do jornal O Globo.
No início da noite desta quarta, Eduardo Bolsonaro se manifestou sobre o assunto em seu perfil no X e compartilhou o print da tela de um celular reproduzindo uma mensagem do aplicativo do Itaú informando “Transação não concluída. Não é permitida a emissão de Pix de conta bloqueada”.
“Minha esposa, Heloísa, que não é política e nem milita nesta área, teve suas contas bancárias bloqueadas sem qualquer justificativa legal. Trata-se provavelmente de mais um ato arbitrário ordenado por Alexandre de Moraes – digo provavelmente pois jamais fui sequer citado dos inquéritos que ele recentemente abriu contra mim, mas ontem resultaram igualmente nos bloqueios das minhas contas”, afirmou o deputado.
O inquérito contra Eduardo está nas mãos do ministro Alexandre de Moraes, relator das principais investigações que vêm fechando o cerco contra o ex-presidente e seus aliados, como o inquérito das fake news, das milícias digitais e as ações penais da trama golpista – este último caso pode levar à prisão de Bolsonaro ainda neste ano.
Heloísa não é investigada pelo Supremo. A estadia da família nos EUA vinha sendo bancada com o dinheiro arrecadado com doações via Pix de apoiadores de Jair Bolsonaro, conforme anunciado pelo próprio ex-presidente. A origem do financiamento do exílio de Eduardo foi uma das bases para a abertura do inquérito contra o deputado do PL, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Desde a última sexta-feira, pai e filho estão proibidos de se comunicar por determinação do STF no âmbito do mesmo inquérito. A escalada ocorreu após o tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros imposto pelo presidente americano, Donald Trump, em retaliação a uma suposta “caça às bruxas” contra o ex-presidente brasileiro. Em um primeiro momento, Eduardo reivindicou protagonismo na articulação da medida junto à Casa Branca.
Procurado, o STF não se manifestou. O Itaú, por sua vez, alegou que “por questão de sigilo bancário, não comenta casos específicos de clientes”.
Atuação nos EUA Eduardo vinha trabalhando junto à Casa Branca e a aliados de Trump no Congresso pela implementação da chamada Lei Magnitsky Global contra Moraes. O texto, aprovado no governo Barack Obama (2009-2017), prevê a punição de autoridades estrangeiras violadoras de direitos humanos através de restrições comparadas nos bastidores dos EUA a uma “pena de morte financeira”.
O filho 03 de Bolsonaro também atuava por outras sanções, como o cancelamento de vistos e a proibição da entrada de Moraes e outras autoridades do Judiciário brasileiro em solo americano. Trump, porém, anunciou no último dia 9 sanções comerciais que racharam a direita em função dos impactos econômicos das tarifas.
À época do anúncio das tarifas, o filho 03 do ex-presidente justificou em um longo comunicado que Trump “corretamente” entendeu que Moraes “só pode agir com o respaldo de um establishment político, empresarial e institucional que compactua com sua escalada autoritária” e que “esse establishment também precisa arcar com o custo dessa aventura”.
Agora, porém, o deputado licenciado tem buscado se afastar da retaliação de Trump, ao mesmo tempo em que segue apoiando as tarifas como forma de pressão por uma anistia “ampla, geral e irrestrita” para bolsonaristas na mira da Justiça.
Davi Alcolumbre (União-AP) deve rejeitar o pedido de impeachment contra ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), apurou a CNN nesta quarta-feira (23) com fontes próximas ao presidente do Senado.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) apresentou um pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes. As medidas cautelares impostas por Moraes contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foram os principais motivos. As informações são da CNN Brasil.
“Ao calar Jair Messias Bolsonaro por completo, proibindo-o de se manifestar direta ou indiretamente nas redes sociais, implicitamente proibindo-o de conceder entrevistas, declarações públicas e postagens em canais de terceiros — sob pena de prisão — o Ministro Alexandre de Moraes não apenas viola o direito individual do ex-presidente à livre manifestação, mas suprime o direito coletivo da população de ter acesso às suas ideias, discursos e posicionamentos”, afirma o senador.
“A medida adotada restringe a arena pública de debate, desequilibra o ambiente democrático e fere frontalmente o entendimento doutrinário e jurisprudencial firmado pela própria Corte a que o Ministro pertence”, prossegue.
Na última segunda-feira, a senadora Damares Alves (Republicanos -DF) anunciou que o impeachment do ministro Alexandre de Moraes será a pauta prioritária da oposição no Senado no segundo semestre.
Nas últimas semanas, outros pedidos de impeachment de ministros do STF foram protocolados contra Cármen Lúcia e Flávio Dino. Esses pedidos também não devem ser acatados.
Um levantamento da CNN encontrou 29 pedidos de impeachment protocolados no sistema do Senado Federal em que Moraes é citado. O número é somado ao pedido apresentado por Flávio Bolsonaro.
De todos os pedidos, 22 foram protocolados entre 2021 e 2024 e, apenas neste ano, foram apresentadas sete novas petições contra Moraes. Entre os autores há deputados, senadores e cidadãos.
O prefeito do Recife João Campos (PSB) confirmou alinhamento com o governo do presidente Lula nesta quarta-feira (23) após almoço em Brasília.
“Excelente conversa sobre o atual momento do país, defesa da soberania e um conjunto de pautas importantes para o Brasil. Nosso partido seguirá, em alinhamento com o governo do presidente Lula e de Geraldo Alckmin contribuindo para o desenvolvimento de ações e de políticas públicas que melhoram a vida da população.”, comentou o prefeito nas redes sociais.
Também estiveram presentes no encontro o vice-presidente Geraldo Alckmin, o ministro do empreendedorismo Márcio França, a Ministra-Chefe da Secretaria de Relações Institucionais Gleisi Hoffmann e o deputado federal Pedro Campos (PSB).
Na manhã silente em que me deparei com a imagem de um menino de olhos vivos, cercado de afeto e memória, entendi mais uma vez que a poesia não nasce apenas da palavra, mas da infância que a semeia. Era Carlos Pena Filho, com três anos de idade, ainda menino em terras portuguesas, posando para uma fotografia ao lado dos pais e dos avós. A imagem foi postada por sua viúva, Tania Carneiro Leão, guardiã da memória e do legado do poeta, que ali nos revelou também um desejo precioso: o de um museu dedicado a esse homem que viveu pouco, mas fez da vida uma eternidade poética.
Carlos nasceu em Recife, é verdade, mas passou parte fundamental da sua infância em Portugal, especialmente na Póvoa de Varzim, em Vila do Conde, onde o tempo parecia correr com a leveza de um fado e a sombra dos pinheiros sussurrava versos antes mesmo de ele saber escrevê-los. Viveu lá até os dez anos, tempo suficiente para fincar raízes em duas pátrias: a da origem e a da escolha. E foi essa dualidade afetiva que moldou sua sensibilidade, sua cadência verbal, o lirismo cristalino de seus poemas.
Na fotografia reencontrada, postada por Tania, vemos o pequeno Carlos rodeado por seus ancestrais: Carlos Souto Pena, o pai; Joaquim Gonçalves Pena, o avô; Laurinda Rosa Souto Pena, a avó; Laurinda Souto Pena, a mãe, que carregava, como num espelho de sangue e afeto, o mesmo nome da sogra, sua tia. Ali, naquele retrato de 1930, já se desenha o destino de um homem que escreveria como quem se despede, mesmo quando chegava.
Tania, ao abrir seus arquivos familiares em busca de manuscritos, encontrou muito mais que papéis: encontrou um tempo suspenso. Como escreveu em sua comovente legenda:
“Temos um acervo imenso de documentos, fotos, recortes de jornais e muitos outros assuntos, de Carlos Pena. Daria um museu familiar.”
Sim, Tania. Daria e dará. Porque Carlos Pena Filho não pertence apenas à história de uma família, mas à memória mais lírica da literatura brasileira. Seu nome pulsa nas esquinas do Recife, como quem deixou um poema inacabado em cada madrugada.
Foi em Pernambuco, já moço, que Carlos fez morada definitiva. Aqui, entre bares, amigos, cafés e becos iluminados pela boemia e pela lucidez, ele ergueu seu altar de versos. Poeta de “Soneto do Desmantelo Azul”, de “A Morte Absoluta”, de “O Tempo da Busca”, Pena Filho é aquele que consagrou a cor azul como pátria espiritual, uma cor que, em sua pena, era metáfora de esperança, de sonho e de finitude.
Carlos Pena morreu jovem, aos 31 anos, num acidente de carro, deixando a cidade e os amigos em estado de luto lírico. Mas sua poesia, impregnada de elegância, ironia e saudade, continua viva — como aquele menino na fotografia, olhando de frente para o futuro, sem saber que, com o tempo, se tornaria eternidade.
A ideia do museu é, portanto, mais do que justa: é urgente. Que esse espaço venha a existir para abrigar seus manuscritos, suas fotografias, suas cartas, seus silêncios. Que ali, entre paredes e vitrines, possamos escutar o eco de seus versos, e ver aquele menino de Portugal atravessar o oceano para ser poeta no Brasil.
Porque Carlos Pena Filho não morreu, apenas mudou de lugar. Está na tarde que se debruça sobre o Capibaribe, no copo de uísque de um velho amigo, nos livros que ainda choram quando se abrem. Está, sobretudo, no azul, esse tom que só ele sabia dizer sem precisar nomear.
*Jornalista, poeta, escritor e membro da Academia Pernambucana de Letras
A Câmara de Parnamirim aprovou por unanimidade, nesta quarta-feira (16), o Projeto de Lei nº 60/2025, de autoria do vereador Michael Borges (PP), que autoriza o sepultamento e a cremação de animais de estimação em cemitérios públicos e privados do município. A matéria segue agora para sanção do prefeito e, se homologada, fará de Parnamirim a primeira cidade do Rio Grande do Norte a regulamentar esse tipo de homenagem, atendendo a famílias que veem nos pets membros do núcleo familiar e desejam descansar junto a seus tutores.
O texto permite que cães, gatos e outras espécies de estimação sejam enterrados em área delimitada dos cemitérios, bem como submetidos à cremação com devolução das cinzas, garantindo espaço digno e regulamentado. Michael Borges defendeu o projeto como “um ato de amor e justiça, que reconhece nossos animais como parte da família e protege a saúde pública, oferecendo alternativas seguras e controladas para o destino final dos pets”.
Para evitar riscos sanitários e ambientais, a lei estabelece a exigência de atestado veterinário comprovando a ausência de doenças transmissíveis, uso obrigatório de urnas ou embalagens resistentes e áreas específicas para o sepultamento. Também prevê isenção de taxas para tutores em situação de vulnerabilidade econômica, fundamentando‑se no direito ao meio ambiente equilibrado e em diretrizes já adotadas por outras cidades brasileiras.
Na manhã desta quarta-feira (23), o superintendente da Escola do Legislativo de Pernambuco (Elepe), Alberes Lopes, e o diretor da Escola Judicial de Pernambuco (Esmape), desembargador Jorge Américo, alinharam os termos de um Acordo de Cooperação Técnica que será formalizado junto ao Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) e à Assembleia Legislativa (Alepe). O entendimento prevê a realização conjunta de cursos, seminários, oficinas, eventos acadêmicos e intercâmbio de experiências, voltados à formação e qualificação de servidores públicos, magistrados, parlamentares, assessores e demais agentes do Estado.
Para Alberes Lopes, a parceria “é um passo importante para ampliar o alcance das ações formativas e fortalecer a atuação dos agentes públicos”, ao unir “forças com instituições sérias e comprometidas com a formação de qualidade”. O desembargador Jorge Américo acrescentou que a colaboração entre Elepe, Esmape, Escola do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE), Escola Judicial Eleitoral do TRE-PE, Escola Superior do Ministério Público de Pernambuco (ESMP/MPPE) e Escola de Governo da Administração Pública (EGAPE) será “crucial para o compartilhamento de ideias e a busca incessante pela eficiência do serviço público em benefício de toda a sociedade pernambucana”.
O deputado federal Eduardo da Fonte (PP‑PE) apresentou o Projeto de Lei nº 1546/2024, que altera as regras para descontos em benefícios de aposentados e pensionistas do INSS, coibindo cobranças sem autorização. Pela proposta, toda mensalidade só poderá ser descontada mediante autorização formal — por escritura pública, firma reconhecida, assinatura eletrônica qualificada ou biometria — e o modelo atual de conferência por amostragem será substituído por verificação individual e periódica, inclusive por meio eletrônico.
A iniciativa visa impedir fraudes de associações que promovem cobranças abusivas em benefícios previdenciários, obrigando o INSS a conferir cada autorização de desconto para garantir que nenhum valor seja retido sem o claro consentimento do segurado. “Aposentadoria é direito de quem trabalhou a vida inteira. Não podemos permitir que os segurados sejam lesados por cobranças que não autorizaram. Nosso projeto garante mais transparência, segurança e respeito com quem mais precisa”, afirmou o parlamentar.
Segundo estimativas do próprio INSS, cerca de 9 milhões de aposentados e pensionistas foram afetados por descontos indevidos, totalizando aproximadamente R$ 6 bilhões em valores descontados irregularmente. Com a aprovação da proposta, a expectativa é fortalecer a proteção dos beneficiários e reduzir substancialmente essas perdas.