O presidente da Faculdade Vale do Pajeú e presidente da Comissão de Direitos e Proteção dos Animais da OAB-PE, Cleonildo Painha, parabenizou os desembargadores eleitorais Roberta Viana, Paulo Augusto e Breno Duarte pela posse, ontem, no Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE). Em nota enviada à imprensa, hoje, Painha destacou o fortalecimento da Justiça Eleitoral e os valores que cada um dos desembargadores empossados apresenta. Confira!
Em nome do exercício da cidadania e do fortalecimento da Justiça Eleitoral, parabenizo a posse da desembargadora Roberta Viana, do desembargador Paulo Augusto e do desembargador Breno Duarte no Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE).
Leia maisTrata-se de uma composição que reúne técnica, independência e compromisso republicano – valores indispensáveis à garantia da segurança jurídica, da lisura do processo eleitoral e da confiança do eleitor.
Desejo uma gestão pautada pela ética, eficiência e inovação institucional, com foco na celeridade processual, no aperfeiçoamento da governança e na ampliação da transparência. Que as decisões desta Corte continuem orientadas pelos princípios da legalidade, isonomia e respeito à vontade popular, consolidando o papel do TRE-PE como referência de estabilidade democrática em nosso Estado.
Cleonildo Painha – presidente da Faculdade Vale do Pajeú e presidente da Comissão de Direitos e Proteção dos Animais da OAB-PE
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O presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado Álvaro Porto (PSDB), informou à imprensa que colocará em pauta, na próxima terça-feira, para votação no plenário, o Projeto de Lei em que o Governo do Estado solicita a autorização para um empréstimo de R$ 1,7 bilhão. A governadora Raquel Lyra (PSD) havia enviado a proposta aos deputados na volta do recesso parlamentar, em agosto.
Encerrou, há pouco, em Casinhas, no Agreste Setentrional, a palestra seguida da sessão de autógrafos do meu livro “Os Leões do Norte”, pela editora Eu Escrevo. O encontro foi realizado no auditório da Escola São Luiz e contou com o apoio direto da prefeita Juliana de Chaparral (UB).

Alunos da Escola Municipal São Luiz e da Escola Estadual João XXIII participaram ativamente do evento. Além dos estudantes, o presidente da Câmara dos Vereadores, Marciel Sales (PSDB), e os vereadores Evaldo Catolé (PSDB), Charliane de Amós (UB), Thiago de Bengalas (UB) e Valdiane do Junco (UB) também estiveram do lançamento.
Leia maisDo Executivo, compareceram os secretários Ana Cristina (Assistência Social), Sandreane Domingos (Educação), Alessandra Almeida (Cultura), Alessandra Soares (Saúde), Willian Santana (Obras), Joãozinho de Serra Verde (diretor de Obras), Rosalvo Diniz (Agricultura), Rejane Brito (Administração) e Juliana Ceci (Finanças).

“Os Leões do Norte” reúne 22 minibiografias de ex-governadores de Pernambuco (1930–2022), fruto de ampla pesquisa jornalística e historiográfica. A obra preserva a memória política e institucional do Estado e destaca Pernambuco como berço de grandes lideranças. O projeto traz design gráfico, capa e caricaturas de Samuca Andrade, além de ilustrações de Greg, fomentando o debate sobre legados, contradições e impactos de gestão.

O livro ainda conta com design gráfico, capa e caricaturas de Samuca Andrade, além de ilustrações de Greg. ‘Os Leões do Norte’ homenageia os líderes que ocuparam o Palácio do Campo das Princesas e também promove o debate sobre seus legados, suas contradições e o impacto de suas gestões.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, hoje, a recondução de Paulo Gonet ao comando da Procuradoria-Geral da República (PGR). Foram 17 votos favoráveis e 10 contrários. Com a decisão da CCJ, o nome de Gonet seguirá para votação no plenário principal do Senado, onde precisará reunir ao menos 41 votos favoráveis à sua indicação. A análise deverá ocorrer ainda na tarde desta quarta.
Se for aprovado pelo plenário, Gonet poderá ser formalmente nomeado e reconduzido ao cargo de procurador-geral da República. O mandato será de dois anos. Atual PGR, Paulo Gonet foi indicado à recondução pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em agosto. Gonet ocupa o cargo mais alto do Ministério Público Federal (MPF) desde dezembro de 2023, também por indicação de Lula.
Leia maisO procurador está no MPF desde 1987, tendo passado por diversas funções. Antes de ser indicado para o comando da PGR, foi vice-procurador-geral eleitoral. Nessa função, assinou o parecer que recomendou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinar a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro em 2023.
Já como procurador-geral da República, Paulo Gonet foi o responsável por apresentar a denúncia e participar dos julgamentos contra os acusados de tentativa de golpe de Estado em 2022, entre eles o próprio Bolsonaro. Ao longo da sabatina na CCJ, o PGR saiu em defesa de sua atuação à frente do MPF. Paulo Gonet afirmou que o órgão não apresenta “denúncias precipitadas” e não tem lado político.
Gonet defendeu que a PGR exerce um trabalho técnico e que ele não está na função em busca de aplausos. O procurador também reiterou o compromisso de atuar de forma “estritamente institucional”.
“O jurídico que se desenvolve na busca do aplauso transitório e da exposição mediática não se compadece com a função que nos cabe. A legitimidade da atuação do procurador não se afere pela satisfação das maiorias ocasionais, mas pela racionalidade jurídica dos seus posicionamentos”, disse.
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A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados realiza, hoje, às 17h, audiência pública para discutir o tema “Avanço do crime organizado no Brasil”, com foco especial no narcoterrorismo e seus impactos na segurança nacional.
O debate foi proposto pelo deputado federal Coronel Meira (PL-PE), por meio do requerimento 332/2025, e reunirá autoridades, especialistas e representantes de diversas instituições públicas e privadas que atuam no enfrentamento à criminalidade.
Uma nova diretriz do governo dos Estados Unidos pode dificultar a concessão de vistos para estrangeiros com algumas condições médicas, como obesidade ou diabetes. As informações estão em um documento obtido pela Associated Press e divulgado ontem.
A orientação foi emitida na semana passada em um comunicado do Departamento de Estado. O documento determina que funcionários de embaixadas e consulados façam uma análise ampla e detalhada de solicitantes de visto. Segundo a Associated Press, o objetivo da nova medida é garantir que os imigrantes não precisem recorrer a benefícios públicos do governo em nenhum momento após a entrada nos EUA.
Leia maisAutoridades americanas com conhecimento da nova orientação disseram à AP que a mudança se aplica aos vistos para estrangeiros que desejam permanecer no país. Ou seja, vistos de estadias curtas, como turísticas, devem ficar de fora.
Atualmente, imigrantes que buscam entrar nos EUA já precisam informar alguns dados médicos. Eles são avaliados para identificar doenças transmissíveis e precisam informar históricos de uso de drogas ou álcool, além de condições de saúde mental ou episódios de violência.
A nova diretriz traz exigências mais específicas. Segundo o comunicado, funcionários consulares devem considerar diversos detalhes como idade, saúde, estado civil, finanças, educação, habilidades e qualquer uso anterior de benefícios sociais do governo.
Entre as condições médicas que podem desclassificar um candidato a visto estão:
O documento afirma ainda que as embaixadas devem avaliar a proficiência em inglês dos candidatos, podendo fazer isso por meio de entrevistas no idioma. A nova diretriz também orienta funcionários consulares a solicitar comprovantes bancários e financeiros sempre que o candidato quiser usar seus recursos para demonstrar que tem meios próprios de sustento. Isso inclui extratos, comprovantes de bens, poupança e investimentos.
Desde que voltou ao cargo em janeiro, o presidente Donald Trump tem promovido uma ofensiva ampla na área de imigração, endurecendo regras para estrangeiros que querem entrar no país e também para quem já está nele.
Especialistas em política migratória afirmam que a nova orientação pode reduzir o número de vistos de imigrantes e não imigrantes concedidos, além de afetar de forma desproporcional alguns grupos, como idosos e pessoas de baixa renda.
“O governo Trump está colocando os interesses do povo americano em primeiro lugar”, disse na terça-feira o porta-voz do Departamento de Estado, Tommy Pigott. “Isso inclui aplicar políticas que garantam que nosso sistema de imigração não seja um peso para o contribuinte americano”, completou.
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O vereador César Tenório, da bancada do PSB na Câmara de Vereadores de Afogados na Ingazeira, propôs uma moção de aplausos, ontem, aprovada por unanimidade pela Casa, pela passagem dos 80 anos do Hospital do Câncer de Pernambuco (HCP).
O parlamentar fez questão de parabenizar a unidade de Saúde, que presta serviços tão relevantes ao Estado. Fundado em 1945, pela Sociedade Pernambucana de Combate ao Câncer (SPCC), o Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP) é uma instituição privada e sem fins lucrativos, que se dedica ao diagnóstico e tratamento de pacientes oncológicos, exclusivamente por meio do Sistema único de Saúde – SUS.
Por ser uma instituição filantrópica, o HCP necessita de doações contínuas de pessoas físicas e jurídicas para manter a qualidade no atendimento integral e humanizado aos pacientes. As doações podem ser feitas através do site do hospital: https://www.hcp.org.br/
Estadão
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), aproveitou um discurso no plenário do Senado, hoje, para ironizar a Operação Carbono Oculto. A operação costuma ser mencionada pelo Governo Federal como exemplo de ação de combate a organizações criminosas. Isso porque a força-tarefa de diversos órgãos conseguiu desmantelar um esquema de fraudes e de lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) no setor de combustíveis sem troca de tiros.
Homenageado por lideranças de direita no Congresso, Castro afirmava na tribuna que o crime tem dominado diferentes cadeias produtivas para se fortalecer, contrabandear armas e conquistar territórios quando ironizou a Carbono Oculto.
Leia mais“E que bom que pelo menos uma dessas cadeias tem sido investigada com a Carbono Oculto, que parece que é a solução do Brasil. Não parece ser (só) mais uma das cadeias utilizadas por eles (criminosos), assim como a internet, o gás, o transporte alternativo. E diversas outras, que têm que ser igualmente combatidas”, disse.
A operação contou com servidores da Receita Federal e do Ministério Público Federal em parceria com o Ministério Público de São Paulo, as polícias Civil e Militar de São Paulo e outros órgãos. A ação passou por uma briga de paternidade entre os governos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Membros do governo federal têm usado a Carbono Oculto como contraponto “civilizado” ao que Lula chamou de “matança” no Rio de Janeiro com a Operação Contenção, de 28 de outubro. A polícia fluminense matou 117 pessoas naquele dia, e outros quatro agentes morreram no tiroteio.
Castro passou a ser alvo de críticas do governo federal, da esquerda e de especialistas em segurança pública pela quantidade de mortes e pelo questionamento do resultado efetivo da ação, uma vez que poucos alvos dos mandados de prisão foram capturados naquele dia.
A sessão teve uma série de discursos em defesa do texto do deputado federal Guilherme Derrite (PP-SP), que se licenciou da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo para relatar o projeto que trata do que a Câmara tem chamado de “marco legal de combate ao crime organizado”.
Senadores, a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP) e Derrite também dispararam críticas ao governo Lula, numa tentativa de desgastar o PT com um tema que deve ser central nas eleições de 2026.
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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu, hoje, o julgamento dos chamados ‘kids pretos’, militares que teriam planejado o monitoramento e assassinato de autoridades, e tentado pressionar o alto comando do Exército para aderir à trama golpista.
Eles integram o chamado “núcleo 3” da ação penal que investiga uma organização criminosa para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder, apesar da derrota nas urnas em 2022. O caso será retomado na próxima terça-feira (18), quando serão conhecidos os votos dos ministros pela absolvição, ou condenação, dos 10 réus. O primeiro a votar é o relator, ministro Alexandre de Moraes. Depois votam Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Flavio Dino, que é o presidente do colegiado.
Leia maisComo foi o segundo dia de julgamento?
O segundo dia de julgamento foi marcado pela cobrança do ministro Flavio Dino por lealdade e respeito dos advogados. Moraes também fez perguntas sobre as provas apresentadas e as defesas negaram que os ‘kids pretos’ participaram do planejamento ou execução de um plano para assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.
Primeiro a ocupar a tribuna, o advogado Jeffrey Chiquini da Costa pediu a absolvição do tenente-coronel Rodrigo Bezerra De Azevedo, que está preso e foi autorizado a acompanhar presencialmente parte da sessão.
O advogado afirmou que o militar não tem qualquer ligação com as ações do plano Punhal Verde-Amarelo, que previa a morte de autoridades. Ele também não teria participado das reuniões de teor golpista, segundo apontou a Procuradoria-Geral da República. A linha seguida pela equipe de defesa foi argumentar que, se ele não estava nas reuniões, não teria condições de participar da execução do plano.
“Azevedo, que a acusação coloca ele como liderança de monitoramento, não participou das reuniões. Ministro presidente, veja só a insanidade acusatória. Como que um tenente coronel, que é liderança, não participa das reuniões de planejamento? Não faz sentido”, disse.
“Se ele é liderança, liderança de monitoramento e neutralização, por óbvio que ele participaria do planejamento, ele não esteve nas duas reuniões de planejamento. Se ele é liderança de monitoramento, ele acompanharia o monitoramento, mas não esteve na fase de monitoramento”, disse.
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O município de Surubim, no Agreste Setentrional, sediou, há pouco, uma manhã de autógrafos do meu livro ‘Os Leões do Norte’, pela editora Eu Escrevo. A programação, palestra seguida de sessão de autógrafos, aconteceu na quadra da escola Oliveiros de Andrade Vasconcelos, com apoio do prefeito Cleber Chaparral (UB) e forte presença de autoridades.

Dezenas de estudantes participaram ativamente do evento. Fizeram perguntas, comentaram trechos e conectaram o conteúdo histórico do livro ao aprendizado em sala. Além do prefeito, estiveram no lançamento a secretária de Finanças, Geiziane Arruda, o secretário de Desenvolvimento Agrário e Econômico, Bruno Caymmi, a secretária de Educação, Paula Fernanda, o secretário de Infraestrutura, Melqui, o secretario de Desenvolvimento Urbano e Habitação, José Vagner, e a chefe de Gabinete, Eliza Silva.
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Os vereadores Junior Amorim (UB), Kel de Almir (Podemos) e Micherlan Arruda (UB) prestigiaram o evento, juntamente com os diretores Débora Duarte (Cultura), Rogério Silva (Eventos), Cláudio Homero (Transportes) e Flávio Arruda (Manutenção).

“Os Leões do Norte” reúne 22 minibiografias de ex-governadores de Pernambuco (1930–2022), fruto de ampla pesquisa jornalística e historiográfica. A obra preserva a memória política e institucional do Estado e destaca Pernambuco como berço de grandes lideranças. O projeto traz design gráfico, capa e caricaturas de Samuca Andrade, além de ilustrações de Greg, fomentando o debate sobre legados, contradições e impactos de gestão.

O livro ainda conta com design gráfico, capa e caricaturas de Samuca Andrade, além de ilustrações de Greg. ‘Os Leões do Norte’ homenageia os líderes que ocuparam o Palácio do Campo das Princesas e também promove o debate sobre seus legados, suas contradições e o impacto de suas gestões.
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) completa, hoje, cem dias em prisão domiciliar com a expectativa de permanecer em casa no cumprimento de sua sentença, de 27 anos e três meses de prisão. Segundo amigos que visitaram o ex-presidente nos últimos dias, ele segue tenso, com crises de soluços constantes, resultado de seu estado de saúde frágil e da tensão provocada pela possibilidade de iniciar cumprir a pena na Penitenciária da Papuda.
Bolsonaro não acha justo cumprir pena numa penitenciária. Por sinal, ele não considera justa a sua condenação. Mas, como sabe que não terá como reverter a decisão do STF neste momento, espera permanecer na sua residência cumprindo a sentença. As informações são do blog do Valdo Cruz.
Leia maisA pena de Bolsonaro é superior a oito anos e, por isso, deve ser cumprida em regime inicial fechado. Porém, a definição de onde essa pena será cumprida só poderá ser tomada após o fim dos recursos. O ex-presidente foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por liderar uma organização criminosa acusada de tramar um golpe de Estado para permanecer no poder, mesmo após a derrota nas urnas em 2022.
De acordo com a denúncia, Bolsonaro teve reuniões para pressionar chefes das Forças Armadas, e também tinha conhecimento, segundo o processo, de um plano para assassinar o presidente Lula, então recém-eleito, e o ministro Alexandre de Moraes, do próprio STF.
O julgamento foi concluído em setembro e, nesta sexta-feira (14), termina o prazo para o julgamento dos recursos. As primeiras tentativas dos advogados de recorrerem da pena, no entanto, já foram negadas pelos ministros da Primeira Turma, de forma unânime.
A previsão é que a equipe jurídica do ex-presidente apresente uma nova fase de recursos. Mas, se o ministro Moraes considerar que essa etapa tem apenas objetivo de adiar a execução da pena, pode determinar a prisão imediata. É nesta fase que será decidido onde o ex-presidente irá cumprir o período de prisão.
Os advogados de Bolsonaro vão entrar, assim que acabar a fase de recursos, com um pedido para que ele cumpra sua sentença em prisão domiciliar. Se o pedido for rejeitado num primeiro momento, os advogados devem pedir, então, que a pena comece a ser cumprida em uma dependência do Exército.
A defesa diz ter a convicção de que o ex-presidente tem direito de cumprir a prisão — por ser um capitão reformado do Exército — em uma sala de um quartel do Exército, tal como deve acontecer com os demais militares condenados pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal.
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O jornalista, poeta, escritor e membro da Academia Pernambucana de Letras (APL), Flávio Chaves, lança, amanhã, às 19h, na sede da APL, o seu mais recente livro, intitulado ‘Sheikha Moza Nasser, Hamlet e o Exílio’. A obra segundo o autor, foi tecida com as fibras do pensamento e da emoção, onde o poder feminino, a dor do desterro e a interrogação existencial de um príncipe se entrelaçam como destinos que se reconhecem no espelho da alma. Confira abaixo o artigo de Flávio destinado à sua mãe, a convidando para o lançamento. Está emocionante!
Mamãe, entre o exílio das palavras e a luz do teu nome, meu livro e eu te esperamos
Mamãe, luz primeira dos meus olhos ainda fechados, colo onde meu nome aprendeu a respirar.
Leia maisDesde os recantos mais profundos da infância, aquele tempo imaculado em que teu abraço era a geografia sagrada onde minha alma, ainda trêmula, se aninhava para nascer — trago aceso em mim o calor do teu amor, aquele que envolvia minhas manhãs com silêncio e oração, aquele que me vestia com a fé que tu sabias sem esforço, como quem acende uma vela e a entrega ao vento, confiante de que ela não se apagará.
Tu foste minha primeira morada, minha primeira terra, meu primeiro céu. A mulher que traduziu Deus com gestos e pão, com mãos calejadas e ternura infindável. E mesmo quando partiste, quando teus olhos se cerraram para este mundo e se abriram para aquele onde as dores não mais ardem, eu continuei sentindo tua presença como quem sente um perfume esquecido e, de repente, reconhece a eternidade. Tu não morreste, mamãe. Apenas atravessaste o rio. Continuas aqui, no fio secreto das horas, na brisa que me visita quando o silêncio se alarga, na força que me ampara quando o chão se dissolve.
Escrevo-te agora, não como quem escreve uma carta, mas como quem devolve à luz o que nunca deveria ter partido. Quero que saibas que cada palavra que rabisco, cada parágrafo que ouso construir, carrega um pouco do teu olhar. Tu, que foste a primeira a acreditar na minha voz, és também a razão pela qual sigo escrevendo mesmo quando o mundo parece afogado em ruídos. Quando abro o caderno, és tu quem me guia a mão. Quando hesito, é tua lembrança que me levanta. Quando a lágrima ameaça cair, és tu que me enxugas o rosto com dedos invisíveis de eternidade.
E é por isso que venho, com o coração aberto como um livro antigo, convidar-te, minha mãe de luz, para o lançamento do meu novo ensaio, intitulado Sheikha Moza Nasser, Hamlet e o Exílio. Uma obra tecida com as fibras do pensamento e da emoção, onde o poder feminino, a dor do desterro e a interrogação existencial de um príncipe se entrelaçam como destinos que se reconhecem no espelho da alma.
Este livro será lançado no dia 13 de novembro, às 19h, na Academia Pernambucana de Letras, localizada na Avenida Rui Barbosa, número 1596, bairro das Graças, Recife, tua cidade também, teu chão. E mesmo sabendo que teus pés não mais tocam o asfalto, peço que estejas comigo. Não precisas de corpo, porque teu espírito é vasto como a noite, e tua presença é uma estrela que nunca se apaga. Vem, mamãe, vem com teus olhos doces, tua fé que tudo abençoa, teu amor que atravessa os véus. Senta-te ao meu lado, em silêncio, como fazias nas noites em que eu, menino, lia em voz alta meus primeiros escritos, crente de que o mundo cabia no papel.
Tua presença será meu talismã. Tua ausência aparente, minha força. Porque todo livro que nasce em mim nasce também de ti. Toda ideia germina da semente que plantaste com teus gestos. Toda frase carrega teu sopro. Tu és a palavra não escrita, mas sentida. És a dedicatória invisível em cada obra.
Prometo, mãe, que estarei lá inteiro. Com minha alma exposta, com meu coração vibrando, com minha memória embebida de ti. Porque ainda te amo, e te amarei em cada noite de lançamento, em cada leitura solitária, em cada livro que for abrigo. Que este convite voe até ti como uma ave em oração, e que no dia marcado, quando as luzes se acenderem, tu possas sorrir, e dizer em silêncio: “Eu estou aqui, meu filho. Nunca deixei de estar.”
Com todo o amor que me ensinaste a ter,
Teu filho.
Flávio Chaves
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