A Prefeitura do Recife divulgou, nesta quinta-feira (4), as primeiras atrações do Carnaval 2026. Iza, João Gomes, Ludmilla, Liniker e Pato Fu estão entre os artistas com shows públicos confirmados durante o período de folia.
No total, foram reveladas 70 atrações. Também estão na lista nomes como Alok, Seu Jorge, Priscila Senna, Gaby Amarantos e outros.
A abertura da programação está prevista para a quinta-feira pré-carnaval, no dia 12 de fevereiro. Os shows seguem até a terça-feira, no dia 17. As informações são da Folha de Pernambuco.
Leia maisEm coletiva de imprensa realizada no Paço do Frevo, o prefeito do Recife, João Campos (PSB), explicou que os dias e horários dos shows e demais atividades serão apresentados ao público em janeiro. “Lembrando que 98% das apresentações são de artistas locais. A gente quer receber o Brasil inteiro aqui e os artistas de fora querem tocar no Recife. Precisamos acolher, mas colocando juntos com os nomes da nossa terra. Essa mistura faz bem para o nosso Carnaval”, disse.
Para 2026, a gestão municipal escolheu o tema “Carnaval do Futuro” para dar o tom da festa na cidade. A tecnologia será uma aliada dos foliões e da organização da festa. “Está sendo criada uma ferramenta, que ficará hospedada no Conecta Recife, onde as pessoas poderão ver todas as localizações dos polos, os shows, horários e onde funcionarão os serviços, para que elas não precisem se deslocar de um canto a outro”, afirmou Milu Megale, secretária de Cultura do Recife.
“Você vai poder marcar e criar o seu próprio guia com o que quer brincar naquele dia, para não se perder. Vamos dar mais conforto para quem vem para a folia”, adiantou Milu.
Em novembro, a Prefeitura já havia anunciado os homenageados do Carnaval em 2026. Os escolhidos foram o cantor Lenine, o bloco Madeira do Rosarinho e a chef de cozinha Carmen Virgínia.
Além do Marco Zero, outros polos vão integrar a programação. Também estão confirmados eventos ligados à cultura popular, como o Tumaraca, Ubuntu, Noite dos Tambores Silenciosos e os encontros de Baques, Nações de Maracatu, Blocos Líricos, Bois e Ursos, Caboclinhos e Índios, e de Tambores Mirins, além dos desfiles das agremiações.
Confira os nomes já confirmados para o Carnaval do Recife 2026:
Alceu Valença
Almério
Almir Rouche
Alok
André Rio
Antônio Nóbrega
Antúlio Madureira
Ave Sangria
Banda de Pau e Corda
Banda Eddie
Belo Xis
Bloco do Silva
Buhr
Cascabulho
Chico César
Chinaina
Claudionor Germano
Conde Só Brega
Coral Edgar Morais
Devotos
Ed Carlos
Edilza Aires
Elba Ramalho
Fafá de Belém
Família Salustiano e a Rabeca Encantada
Flaira Ferro
Gaby Amarantos
Geraldo Azevedo
Gerlane Lops
Getúlio Cavalcanti
Guerreiros do Passo
Gustavo Travassos
Iza
Isadora Melo
João Gomes + Jota.Pê + Mestrinho (Dominguinho)
Jota Michiles
Joyce Alane
Juliano Holanda
Karynna Spinelli
Larissa Lisboa
Lenine e convidados
Lia de Itamaracá
Liniker
Ludmilla
Maciel Salú
Maestro Duda
Maestro Edson Rodrigues
Maestro Forró e OPBH
Mariene de Castro
Marron Brasileiro
Martins
Michelle Melo
Mundo Livre
Nena Queiroga
Nonô Germano
Orquestra Malassombro
Orquestra Popular do Recife e Maestro Ademir Araújo
Orquestrão – 20 anos
Os Neiffs
Otto
Pato Fu
PC Silva
Pixote
Priscila Senna
Quinteto Violado
Raphaela Santos
Recife Capital do Brega
Romero Ferro
SaGrama
Seu Jorge
Siba
Silvério Pessoa
Som da Terra
Sorriso Maroto
Spok Frevo Orquestra
Vanessa da Mata
Por Jornal O PODER
Empossado como diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) desde setembro, o paraibano Alex Azevedo tem destacado o trabalho da estatal para ampliar a concessão de ferrovias.
Em entrevista ao podcast Direto de Brasília, conduzido por Magno Martins com participação de jornalistas de diversas regiões, ele ressalta a importância de investimentos para o setor a fim de desenvolver o Brasil do futuro.
Alex reforçou ainda o lançamento da primeira concessão no Nordeste e o cronograma para a retomada das obras da Transnordestina em Pernambuco.
Leia maisP – Muita gente pensa que a Transnordestina parou em Pernambuco e só andou para o Ceará. É verdade?
R – Está continuando. O projeto original, de 1.700 quilômetros, começa em Eliseu Martins, no Piauí, vai até Salgueiro, sobe para Pecém, no Ceará, e vai de Salgueiro até Suape, no Porto de Pernambuco. O governo passado (Bolsonaro), penso que numa decisão equivocada, determinou que o trecho entre Salgueiro e Suape inviabilizaria economicamente o trecho que vai do Piauí até o Ceará. O governo atual, sensível às reivindicações não só de Pernambuco, assumiu o compromisso.
P – Mas ainda está abandonado…
R – O trecho de Salgueiro compõe nove lotes. Os três primeiros estão prontos. Com pouca revitalização, vai ficar perfeito.
P – O edital para a licitação saiu há pouco, confere?
R – No início do mês foi lançado um edital para o lote 4, que tem 35% das obras prontas. O lote 5 tem 27%. Quanto ao restante, o 8 e o 9 não têm nada. A obra vai ser reiniciada.
P – Ao custo de quanto?
R – Temos R$ 3 bilhões para o início das obras. A obra no planejamento total são R$ 15 bilhões. O governo já vai investindo R$ 8 bilhões, pelo Fundo Nacional do Desenvolvimento do Nordeste e pela Sudene. Posteriormente, esse trecho também será concedido.
P – No setor, há muitas críticas ao empresário Benjamin Steinbruch, dono da CSN. Alegam que ele teria forçado a paralisação das obras…
R – Olha, não tenho essa informação. Seria leviano da minha parte achar que o empresário teve alguma participação. Os estudos foram feitos pelo governo.
P – Mas teve dinheiro do BNDES lá. Foi todo investido?
R – Está sendo investido, a obra está sendo tocada. Inclusive no dia 9 de outubro, a diretoria da ANTT já aprovou a primeira experiência, que vai do Piauí até o Ceará. Estamos esperando que seja emitida a licença de operação, acredito que sairá nos próximos 15 dias, para que esse primeiro trecho já entre em fase de experiência.
P – Então o Benjamin cuidou do Ceará e não cuidou de Pernambuco?
R – Não vou demonizar o empresário. É uma empresa séria, que está fazendo os investimentos. Se o governo passado disse que o trecho de Salgueiro para Suape inviabilizaria economicamente o outro, não seria o empresário que iria fazer, se o governo tirou da política pública esses investimentos. Eu sei e tenho certeza que este governo está a frente de todo esse projeto, que com certeza vai ser reiniciado.
P – O seu estado, a Paraíba, ficou fora da Transnordestina. Ainda pode mudar esse cenário e também receber investimentos para a ferrovia?
R – Os investimentos em transportes ferroviários são caríssimos. Hoje o custo do quilômetro de ferrovia é algo perto de R$ 30 milhões. Como paraibano, adoraria chegar e dizer que vamos fazer esses investimentos, essas concessões. Mas penso que no momento há uma inviabilidade econômica no trecho da Paraíba. Vamos ter os eixos centrais, que vêm do Piauí ao Ceará e a Pernambuco. Nós estamos transformando esse trecho que atravessa Campina Grande num VLT. A ANTT já fez a concessão, que já passou para a Prefeitura e as obras estão em andamento. São 15 quilômetros que vão impactar positivamente na malha de Campina Grande, melhorar muito a mobilidade urbana e o transporte de passageiros. Mas há uma inviabilidade no transporte de cargas.
P – Além da Transnordestina, há outra ferrovia que com certa polêmica, que é a Ferrogrão, que passa por regiões de áreas indígenas. Qual é o projeto para essa ferrovia?
R – Temos uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Alexandre de Moraes já sinalizou que o projeto pode continuar. Assim que o Supremo definir essa ferrovia, ela vai entrar na agenda de construção e de concessões lançada na semana passada pelo Ministério dos Transportes. Nós precisamos conectar os grandes eixos ferroviários com a Norte-Sul, que vai conectar a malha paulista, do Rio Grande do Sul e do Sudeste.
P – O transporte de carga hoje no Brasil é feito na grande maioria por caminhões, mas as estradas estão congestionadas. Quais são as ferrovias que podem ser entregues nos próximos anos para desafogar as estradas?
R – A Transnordestina, no Nordeste, ainda está em teste, é questão da licença de operação. Tem o corredor Leste Oeste, o Fico-Fiol, que nasce no futuro Porto de Ilhéus, na Bahia, e vai até o Tocantins. Temos mais de 75% desse corredor pronto, que vai desafogar muito e escoar toda a produção agrícola, todo o agronegócio. Temos a Ferrovia Centro Atlântica, que passa em sete estados, em fase de recomposição, para os investimentos que serão feitos em Minas Gerais e na Bahia. E a futura Ferrogrão, que também vai desafogar muito o trânsito de caminhões.
P – Foram muitos anos sem investimentos em ferrovias, não foram?
R – O modal ferroviário foi muito esquecido durante esses últimos anos. Se investiu muito em rodovias e estradas. Agora estamos com outro entendimento. Um país com dimensões continentais como o Brasil, com a força do agro, tem que investir. Um caminhão deve andar no máximo 400 ou 500 quilômetros, esse é um trecho ideal para o transporte de carga. Mas os grandes eixos, os grandes modais, como 1.500 e dois mil quilômetros de ferrovias, isso tem que ser transportado sobre trem, que é muito mais fácil e sustentável, muito mais econômico e emite muito menos CO2 da atmosfera, o que contribui fortemente para o nosso meio ambiente.
P – O setor industrial reclama bastante das tarifas de transportes. A ANTT tem a responsabilidade de regular esses preços, como vem sendo discutido isso?
R – Nós temos o preço mínimo do frete de caminhões, uma ação que está sendo também tratada no STF, onde há uma ação de inconstitucionalidade sobre essa cobrança. Estamos por enquanto usando a lei atual. O transporte ferroviário diminui muito o custo do frete para a indústria e para o produtor. Precisamos investir muito nesse modal. Em relação às estradas, temos que fazer uma diferença. a ANTT fiscaliza as estradas sob concessão, pedágio. As demais são com o DNIT. Nós temos 75 mil quilômetros de estradas federais, e podemos chegar, com as concessões que serão finalizadas até 2026, a 25 mil quilômetros de estradas concessionadas no país, ou seja, um terço. E o governo tem investido fortemente em duplicações e melhorias.
P – Os diretores de agências reguladoras tiveram um encontro recente com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre. O que foi tratado?
R – É importante que as agências reguladoras tenham sempre essa interlocução com o Parlamento, principalmente o Senado, que todos fomos sabatinados. Todas as áreas reguladoras reivindicam a autonomia financeira. A ANTT coloca R$ 1,2 bilhões por ano no Orçamento da União, e nesse ano tivemos grandes problemas de corte do nosso orçamento. E estamos alargando nosso portfólio de concessões. Isso nos dá uma responsabilidade muito grande, então precisamos de mão de obra, de mais tecnologia, de investimentos nessa área, porque é assim que a gente vai entregar um serviço. Então estamos pleiteando essa autonomia financeira e orçamentária.
P -Como anda o leilão das rodovias?
R – Vamos ter agora o 22º leilão rodoviário no dia 11. Os leilões têm sido um sucesso porque você não paga mais a outorga. Antigamente era como se estivesse comprando aquele trecho. O Ministério dos Transportes mudou essa lógica, ganha quem dá o maior desconto na taxa. Isso barateia muito o valor do pedágio.
P – Em Pernambuco sempre se fala em privatização da BR-232, para tentar resolver os problemas daquela rodovia, que se acumulam há décadas. Qual sua visão?
R – Eu não gosto de chamar de privatização. É uma concessão, o ativo continua sendo da União. Eu sempre digo que às vezes quando se faz uma concessão e o usuário passa paga o pedágio, no primeiro momento ele pode reclamar de que antes não pagava. Mas no médio e longo prazo, ele passa a elogiar, porque vai ter uma estrada melhor, com menos acidentes e uma estrutura muito melhor. A estrada de Recife a Caruaru está precisando de investimentos. Não quero fazer crítica ao estado, mas é importante ligar o Recife, uma das capitais mais importantes do Nordeste, à segunda cidade mais importante de Pernambuco, que é Caruaru.
P – As agências reguladoras foram criadas para proteger o consumidor. Mas sempre há rumores de que elas estão sendo tomadas pelos empresários. Como é essa relação?
R – Agradeço a pergunta, porque eu tenho o princípio de que as agências foram criadas justamente para ser um elo entre o investidor e o consumidor. A ANTT tem muito essa visão. Claro que a gente não pode esquecer que o empresário está investindo, ninguém está fazendo filantropia. O empresário tem que investir e o investimento tem que ser remunerado. Mas ele tem que entregar uma estrada melhor, mais rápida, diminuir os acidentes. E tem diminuído muito nas estradas concessionadas. Temos índices de diminuição de acidentes e de mortalidade bem significativos. As portas da nossa diretoria estão sempre abertas para sugestões, para críticas, para o diálogo, e é isso que estamos fazendo.
P – Nessas concessões, a galinha dos ovos de ouro continua sendo o Sul e o Sudeste, ou o Nordeste vem atraindo mais?
R – Vamos ter agora a primeira concessão do Nordeste, que vai de Feira de Santana até Salgueiro, na BR-116, cerca de 500 quilômetros. Algumas áreas serão duplicadas, outras terão uma terceira faixa. São benefícios que são vão sendo feitos ao longo do tempo, concessões para 30 anos. Claro que uma concessão não se sustenta no pedágio do carro pequeno. Os investidores sustentam-se nas cargas em caminhões. Porque se paga por eixo. Então um carro pequeno paga o mínimo, mas tem caminhão com nove eixos.
P – E o pequeno reclama justamente por ter que pagar essa taxa…
R – Mas ele está passando numa rodovia de qualidade, de segurança. Se houver um acidente, vai ter um guincho em até 60 minutos para lhe socorrer, uma ambulância que chegará em 30 minutos. Isso tudo está embutido no contrato de uma concessão.
P – Qual será o cronograma da Transnordestina que está parada lá em Pernambuco? Após a licitação agora em janeiro, em quanto tempo ela estará pronta?
R – Esse trecho de Salgueiro até Suape ainda não está sob concessão. O projeto está na Infra s/a, que é uma empresa que juntou a Valec Engenharia com a EPL, de planejamento e logística, sob o guarda-chuva do Ministério dos Transportes. Ela vai licitar a obra. O dinheiro vem do PAC e do Orçamento Geral da União num primeiro momento. Acredito que até 2029 ou 2030 teremos esse trecho de Suape pronto.
P – O objetivo da Transnordestina é evidentemente o transporte de cargas, mas por que não usar também para o transporte de passageiros?
R – Os nossos trens são projetados para andar a 80 km. Os três passageiros, Ainda não estamos assim com rapidez. Existe um projeto do governo de São Paulo, mas não saiu do papel ainda, com trens de alta velocidade. Esses sim são os trens de passageiros. Eles poderiam ser usados nos trilhos, mas não com uma velocidade maior. Teria que ser outro sistema. Não há viabilidade para o passageiro agora usar. Tem uma ferrovia da Vale que liga algumas cidades do Pará e eles fazem essa integração entre passageiros e carga. mas o norte tem uma característica diferente, ele não tem a capilaridade de rodovias que nós temos no nordeste, no sudoeste, no sul. Então o passageiro com certeza vai querer ir de ônibus, que é muito mais rápido e mais confortável, ou mesmo de carro numa duplicada do ir de trem a 80 km/h.
P – A ANTT tem estrutura para cumprir todas as suas atribuições?
R – Sim. Apesar do ponto de gerenciamento, quando a agência teve que demitir quase 200 colaboradores no ano passado. isso impacta na fiscalização, Claro, por isso nós estamos tão empenhados em ter essa autonomia financeira da agência, para que a gente possa cumprir com eficiência as nossas obrigações no transporte de passageiro e no transporte de carga também. Nós temos janelas e temos critérios que as empresas ao pedirem licenciamento para determinados trechos, eles têm que ser observados, e a agência tem sido rigorosa em relação a isso. temos Totais condições de atender as requisito e essa determinação do TCU.
P – Quando o senhor fala em Rigor, vocês também são rigorosos com concessionárias que não cumpram seus deveres?
R – Com certeza, a quantidade de laudos e de multas que nós temos é muito grande. Aconteceu agora na BR-040, em Petrópolis, onde a empresa estava sub-júdice, já não havia mais investimentos e tinha uma ação no STJ. O ministério foi lá com a agência e fez um acordo com a ministra, para tirar a empresa porque o contrato já venceu, não há mais investimentos e não é possível. e a ministra foi muito sensível, para assim que ocorresse a licitação e houver a vencedora, a outra já está automaticamente fora. e assim foi feito. então nós somos muito rigorosos. Inclusive com diminuição de tarifa. quando os investimentos previstos no contrato não são feitos, a diretoria se reúne e tem parâmetros para diminuir a tarifa, para que o usuário não pague por aquilo que não foi feito.
P – Nessas concessões, a galinha dos ovos de ouro continua sul e Sudeste, ou o Nordeste vem atraindo mais?
R – Nós vamos ter agora a primeira concessão do Nordeste, que vai de Feira de Santana até Salgueiro. Na 116. eu penso que dá uns 500 km, vai ser a primeira do NE. o projeto tem algumas áreas que saíram duplicadas, outra serão com terceiras faixas. são benefícios que são vão sendo feitos ao longo do tempo. são concessões para 30 anos, a primeira do Nordeste, mas claro que uma concessão não se sustenta no pedágio do carro pequeno. Os investidores sustentam-se nas cargas em caminhões. Porque paga por eixo. então um carro pequeno paga o mínimo, mas tem caminhão com nove eixos.
E o pequeno reclama justamente por ter que pagar essa taxa…
mas ele está passando numa rodovia de qualidade, de segurança. Onde se tiver um acidente vai ter um guincho que tem até 60 minutos para chegar para lhe socorrer, vai ter uma ambulância que tem até 30 minutos para chegar para lhe socorrer. Isso tudo está embutido no contrato de uma concessão.
P – E vocês fazem a fiscalização de todos esses pontos?
R – Todos nós normalizamos tudo. através de câmaras eletrônicas das próprias concessionárias, nós temos um sistema em tempo real na agência. E também temos escritórios nos estados que fazem fiscalização in loco.
P – A agência está preparada para o transporte da produção de energia renovável?
R – Quando a gente investe mais e faz essa transição para o modal Ferroviário, a gente já tá contribuindo para o meio ambiente. quando se defende mais biocombustível na mistura do Diesel, você também tá contribuindo para o meio ambiente. e temos um projeto agora no Paraná que é o corredor verde, onde todos os parâmetros de sustentabilidade vão estar dentro desse corredor. teremos 10 anos pra implantação, nós já estamos em estudos para que a gente possa implantar e isso pode ser replicado para o restante do país né. e o Nordeste é o maior exportador de energia limpa do mundo. eu sempre digo que aquilo que nos prejudicava, que era o sol e a seca, hoje nos dá riqueza porque nós somos ricos em energia fotovoltaica, eólica e renováveis como o combustível Verde.
P -O que esse trecho da ferrovia de Pernambuco vai transportar?
R – Olha ele pode transportar milho, fertilizantes, gesso. Vai pegar do Araripe, que é rico, e milho e fertilizantes, a gente sempre pensa no sentido da exportação, mas nós também precisamos pensar no sentido da importação, porque pode entrar fertilizante, pode entrar combustíveis para o interior de Pernambuco, do Piauí, do Ceará, para a Paraíba, para terminais que podem ser construídos para atender Alagoas e Sergipe. Então a gente não tem que pensar só na exportação, a gente tem que pensar também através de Suape.
–
P – Qual o cronograma desse trecho da ferrovia que está parada lá em Pernambuco? vocês estão fazendo a licitação agora em Janeiro, em quanto tempo ela estaria pronta?
R – Esse trecho de Salgueiro até Suape ainda não está sob concessão. O projeto está na Infra s/a, que é uma junção da Valec Engenharia com a EPL, de planejamento e logística. Essa empresa está também sob o guarda-chuva do Ministério dos Transportes, é a maior empresa de logística e de projetos do país. Basicamente ela atende o ministério dos transportes, mas também atende empresas privadas, porque ela é uma s/a. Embora ela seja totalmente de Capital público. É ela que está fazendo o projeto do VLT de Campina Grande, o projeto da pico fiol, e o projeto do trecho entre Salgueiro e Suape, e ela que vai licitar a obra. depois de licitada a obra, a obra pronta, aí da concessão passa para a ANTT.
P – E esse dinheiro viria do PAC?
R – Esse dele vem do PAC, vem do OGU num primeiro momento, depois dependo das concessões, do futuro e do andamento da obra, possa ser até que se faça algum tipo de licitação e a própria empresa vencedora termine a obra. Mas eu acredito que até 2029 ou 2030 nós teremos esse trecho de Suape pronto.
P -A Norte/Sul ficou muito tempo parada, não foi?
R – Ficou, foi terminada agora. Vinha desde o Governo Sarney. Os investimentos em ferrovias são muito caros, mas tem que ser feito. Um país como nosso, com um potencial que nós temos, a riqueza que nós produzimos do Agro, às exportações que nós temos, tudo que nós somos e queremos ser ainda, temos que ter uma malha Ferroviária que transporte essa riqueza.
P – Não seria o caso do Agro fazer uma parceria com o governo para agilizar essa situação toda?
R – Os investimentos vêm do mercado, Do setor Privado. hoje a Rumo está fazendo uma ferrovia no Mato Grosso sob concessão, com investimentos de R$ 14 bilhões, são investimentos privados. Os investimentos das concessões rodoviárias vêm da iniciativa privada, que tem olhado por esse país com muito carinho, isso Graças ao engrandecimento do país. Apesar desse juro astronômico de 15%, nós estamos crescendo a uma média de 2,5% durante esses últimos três anos. A bolsa não para de bater recordes, essa semana chegou a 158.000 pontos. inflação pela primeira vez tá dentro da Meta. quem dizia que o país ia virar uma Venezuela em 6 meses e uma Argentina em dois anos quebrou a cara.
P – Atraso na Transnordestina se deveu ao Governo Bolsonaro, aponta diretor da ANTT?
R – O atraso nas obras do trecho da Ferrovia Transnordestina para Pernambuco foram causados por uma “decisão equivocada” do Governo Bolsonaro.
Avaliação
Essa é a avaliação do diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres, Alex Azevedo. Em entrevista ao podcast Direto de Brasília, ele avaliou que a obra foi retomada pelo Governo Lula, e deverá evoluir nos próximos anos, enquanto outros trechos, como o que vai até o Porto de Pecém, no Ceará, estão quase concluídos.
“A Transnordestina são 1.700 quilômetros. O projeto original começa em Eliseu Martins, no Piauí, vai até Salgueiro, sobe até Pecém, no Ceará, e vai de Salgueiro até Suape, no Porto de Pernambuco. O governo passado, penso que numa decisão equivocada, determinou que o trecho entre Salgueiro e Suape inviabilizaria economicamente o trecho do Piauí até o Ceará. O governo atual, sensível às reivindicações, não só de Pernambuco, assumiu o compromisso (de retomar)”, ressaltou Alex.
Nove lotes
Segundo o diretor da ANTT, o trecho de Salgueiro compõe nove lotes, e apenas os três primeiros estão prontos. “No início do mês, foi lançado um edital para o lote 4, que tem 35% das obras prontas. O lote 5 tem 27%. E aí tem o restante dos lotes, e no caso o 8 e o 9, que já são chegando no perímetro do porto, não existe nada. A Infra s/a fez o projeto, que já está pronto, já foi lançado o primeiro edital e a obra vai ser reiniciada. Nós temos R$ 3 bilhões para o início das obras. A obra no planejamento total, dos 1.700 quilômetros, são R$ 15 bilhões”, completou.
Fundo
Esse dinheiro, segundo Alex, vem do Fundo Nacional do Desenvolvimento do Nordeste e da Sudene, além do Orçamento Geral da União. “Posteriormente, esse trecho também será concedido”, concluiu.
Diretor defende autonomia das agências reguladoras
Recentemente, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, se reuniu com diretores de diversas agências reguladoras. Uma das reivindicações em comum das referidas cúpulas é a autonomia financeira. Ainda no primeiro semestre, as reguladoras foram profundamente afetadas com um decreto do governo federal que impôs o contingenciamento das despesas, com cortes que chegaram a mais de 30% em algumas estatais.
Importante
Para o diretor da Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT), Alex Azevedo, é importante que o grupo tenha articulação com o Parlamento para cumprir seu papel e atuar em benefício do consumidor.
“É importante que as agências reguladoras tenham sempre essa interlocução com o Parlamento, principalmente o Senado, onde todos fomos sabatinados. Nós estamos com a reivindicação, assim como todas as áreas reguladoras, de ter uma autonomia financeira. Nós da ANTT colocamos R$ 1,2 bilhões por ano no Orçamento da União, e esse ano tivemos grandes problemas no corte do orçamento”, afirmou Alex, em entrevista ao podcast Direto de Brasília.
Os cortes
Os cortes, segundo ele, vieram em um momento em que a ANTT vem “alargando seu portfólio” de concessões. “O Brasil tem 75 mil quilômetros de estradas federais, e nós podemos chegar, com as concessões que serão finalizadas até 2026, a 25 mil quilômetros de estradas concessionadas, sob fiscalização da ANTT. É um terço. O resto fica sob os investimentos do DNIT. Fora as ferrovias, então isso nos dá uma responsabilidade muito grande, e precisamos de mão de obra, de mais tecnologia, de investimentos nessa área, porque é assim que a gente vai entregar um serviço. Por isso estamos pleiteando essa autonomia financeira e orçamentária”, justificou o diretor.
Atraso na Transnordestina
O atraso nas obras do trecho da Ferrovia Transnordestina para Pernambuco teriam sido causados por uma “decisão equivocada” do Governo Bolsonaro. Essa é a avaliação do diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres, Alex Azevedo. Em entrevista ao podcast Direto de Brasília, ele afirmou que a obra até o estado foi retomada pelo Governo Lula e deverá evoluir nos próximos anos, enquanto outros trechos, como o que vai até o Porto de Pecém, no Ceará, estão quase concluídos.
“A Transnordestina tem 1.700 quilômetros. O projeto original começa em Eliseu Martins, no Piauí, vai até Salgueiro, sobe até Pecém, no Ceará, e vai de Salgueiro até Suape, no Porto de Pernambuco. O governo passado, penso que numa decisão equivocada, determinou que o trecho entre Salgueiro e Suape inviabilizaria economicamente o trecho do Piauí até o Ceará. O governo atual, sensível às reivindicações, não só de Pernambuco, assumiu o compromisso (de retomar)”, ressaltou Alex.
O trecho
Segundo o diretor da ANTT, o trecho de Salgueiro compõe nove lotes, e apenas os três primeiros estão prontos. “No início do mês, foi lançado um edital para o lote 4, que tem 35% das obras prontas.
O lote
O lote 5 tem 27%. Quanto ao restante dos lotes, como o 8 e o 9, que já são chegando no perímetro do porto, não existe nada. Já foi lançado o primeiro edital e a obra vai ser reiniciada. Temos R$ 3 bilhões para o início das obras. A obra no planejamento total, dos 1.700 quilômetros, são R$ 15 bilhões”, completou.
O dinheiro
Esse dinheiro, segundo Alex, vem do Fundo Nacional do Desenvolvimento do Nordeste e da Sudene, além do Orçamento Geral da União. “Posteriormente, esse trecho também será concedido”, revelou o diretor.
2030
De acordo com ele, o trecho até Suape deverá ser concluído até 2030.
“Esse trecho de Salgueiro até Suape está na Infra s/a, que é uma empresa que juntou a Valec Engenharia com a EPL, de planejamento e logística. Ela está também sob o guarda-chuva do Ministério dos Transportes, e é a maior empresa de logística e de projetos do país. Ela vai licitar a obra. O dinheiro virá do Orçamento Geral da União num primeiro momento, depois dependo das concessões, do futuro e do andamento da obra, possa ser até que se faça algum tipo de licitação e a própria empresa vencedora termine a obra. Mas eu acredito que até 2029 ou 2030 nós teremos esse trecho de Suape pronto”, detalhou.
Ressalta
Alex ressalta que os investimentos em ferrovias são caros, e que as obras tendem a sofrer atrasos por essa questão. Ele citou como exemplo a Ferrovia Norte-Sul, que começou a ser discutida em 1985, ainda no Governo José Sarney, e só foi concluída este ano. “Os investimentos em ferrovias sou muito caros, mas têm que ser feitos. Um país como o nosso, com o potencial que temos, a riqueza que produzimos, do agro, às exportações que temos, tudo que somos e queremos ser ainda. Então, temos que ter uma malha ferroviária que transporte essa riqueza”, destacou Alex.
Reforçou
O diretor reforçou ainda a importância da autonomia financeira das agências reguladoras, tema que foi assunto de um encontro recente de diretores das diversas estatais com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre. Ainda no primeiro semestre, as reguladoras foram profundamente afetadas com um decreto do governo federal que impôs o contingenciamento das despesas, com cortes que chegaram a mais de 30% em algumas estatais.
“É importante que as reguladoras tenham sempre essa interlocução com o Parlamento, principalmente o Senado, onde todos fomos sabatinados. Nós da ANTT colocamos R$ 1,2 bilhões por ano no Orçamento da União, e esse ano tivemos grandes problemas no corte do orçamento. O Brasil tem 75 mil quilômetros de estradas federais, e nós podemos chegar, com as concessões que serão finalizadas até 2026, a 25 mil quilômetros de estradas concessionadas, sob fiscalização da ANTT. É um terço. Fora as ferrovias, então isso nos dá uma responsabilidade muito grande, e precisamos de mão de obra, de mais tecnologia, de investimentos nessa área, porque é assim que a gente vai entregar um serviço. Por isso estamos pleiteando essa autonomia financeira e orçamentária”, justificou Alex.
O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), disse nesta quinta-feira (4) que a Lei do Impeachment “caducou”. Ele ainda negou que isso se trata de uma proteção ao STF.
Na quarta-feira (3), Gilmar deu liminar para que apenas a PGR (Procuradoria-Geral da República) possa pedir o impeachment de ministros da Suprema Corte. Na prática, a decisão suspende trecho da lei de 1950 que previa a prerrogativa para qualquer cidadão brasileiro. As informações são da CNN.
Leia mais“Se trata de aplicar a Constituição. E é isso que nós estamos fazendo. Estamos fazendo, tendo em vista que a lei, de alguma forma, já caducou. Ela é de 1950, feita para regulamentar o impeachment no processo da Constituição de 1946. Ela já passou por várias constituições e agora se coloca a sua discussão face à Constituição de 1988”, afirmou Gilmar durante evento em Brasília.
O plenário do STF vai se debruçar sobre toma em julgamento virtual, entre os dias 12 e 19 de dezembro.
“A lei foi feita sob a Constituição de 1946. A partir daí, nós já mudamos muito. Agora, nessa lei, inclusive, havia uma leitura possivelmente extravagante que permitiria instaurar processos [de impeachment] com 41 votos de senadores e, portanto, a partir daí já afastar um ministro do Supremo”, acrescentou Gilmar em discurso no compromisso desta quinta-feira.
O magistrado destacou ainda que solicitou as manifestações da AGU (Advocacia-Geral da União), do Senado, da Câmara dos Deputados e da PGR. “A partir desse juízo prévio, nós sugerimos já a adoção da liminar com submissão imediata ao plenário do Supremo”, relatou.
Entenda decisão de Gilmar
Gilmar também determina que a aprovação do processo de impeachment pelo Senado Federal exija dois terços dos votos, e não mais maioria simples, como consta na legislação atual.
A liminar do decano impede, ainda, que o mérito de decisões judiciais proferidas por ministros do STF seja usado como argumento para denúncia de crime de responsabilidade.
De acordo com Gilmar, o impeachment “abusivo” pode se tornar um meio de intimidar e enfraquecer o Poder Judiciário, prejudicando a imparcialidade e a independência dos ministros.
“Os juízes, temendo represálias, podem se ver pressionados a adotar posturas mais alinhadas aos interesses políticos momentâneos, em vez de garantirem a preservação dos direitos fundamentais.”
Quanto ao quórum para admissibilidade do impeachment no Senado, o decano afirma que a exigência de mera maioria simples é uma situação “esdrúxula” e incompatível com a Constituição.
“Em uma sessão aberta com 41 senadores, a abstenção de 30 poderia levar à admissibilidade e ao recebimento da denúncia contra membros do Judiciário pela votação de apenas onze”, exemplifica.
Alcolumbre reage à decisão de Gilmar
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), reagiu à decisão monocrática do magistrado do Supremo. Em discurso no plenário da Casa Legislativa, Alcolumbre cobrou respeito por parte do STF ao Senado.
“Se é verdade que esta Casa e sua Presidência nutrem profundo respeito institucional ao STF, também é que, nesta relação, haja reciprocidade efetiva, e que seja igualmente genuíno, inequívoco e permanente o respeito do Judiciário ao Poder Legislativo, às suas prerrogativas constitucionais e à legitimidade de suas decisões”, declarou Alcolumbre.
Segundo o senador, a decisão judicial vai ao encontro do que está claramente previsto na Lei 1.079 de 1950, que assegura a qualquer cidadão o direito de propor um processo por crime de responsabilidade.
“Essa foi uma escolha do legislador e, independentemente de concordarmos ou não com ela, precisa ser respeitada. Eventuais abusos no uso desse direito não podem levar à anulação desse comando legal, muito menos por meio de decisão judicial”, prosseguiu.
Ainda de acordo com o presidente do Senado, somente uma alteração legislativa seria capaz de rever conceitos puramente legais, “sob pena de grave ofensa constitucional à separação dos Poderes”.
“E, nesse sentido, registro que tramita na Casa um projeto de lei que prevê um novo marco legal de crimes de responsabilidade no Brasil, de autoria do Senador Rodrigo Pacheco [PSD-MG], em tramitação na CCJ”.
Para Alcolumbre, a situação estabelecida indica a necessidade de se alterar o regime das chamadas decisões monocráticas, em especial aquelas que suspendem a vigência de lei cautelarmente.
“Não é razoável que uma lei votada em duas Casas Legislativas e sancionada pelo Presidente da República seja revista pela decisão de um único Ministro do STF. Para tanto, deve ser exigível a decisão colegiada da Corte, instância única e última para se declarar a constitucionalidade ou não de uma lei vigente. Também, nesse sentido, tramita no Congresso a PEC 8, já aprovada no Senado”, continuou.
“Portanto, o Parlamento está atento e tomando as providências para que o aprimoramento legislativo aconteça, sabedor de que o exercício do seu direito de decidir ou de não decidir está amparado na vontade do povo que elege seus membros, exatamente como deve ser numa democracia”, concluiu Alcolumbre.
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Do G1
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) negou, hoje a existência de problemas do governo com o Congresso Nacional. O petista, porém, criticou as emendas impositivas e disse que o Legislativo “sequestrar 50% do orçamento da União” é um erro histórico.
“Vocês acham que nós do governo temos problema com o Congresso Nacional? A gente não tem. Eu, sinceramente, não concordo as emendas impositivas. Eu acho que o fato do Congresso Nacional sequestrar 50% orçamento da União é grave erro histórico, eu acho. Mas, você só vai acabar com isso quando você mudar as pessoas que governam e as pessoas que aprovaram isso”, disse o petista.
O presidente deu a declaração na 6ª plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável (CDESS), o Conselhão, no Palácio do Itamaraty, em Brasília.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou, hoje, que a decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que restringe à Procuradoria-Geral da República (PGR) a apresentação de pedidos de impeachment de magistrados da Corte é “fruto da polarização política”.
O deputado deu a declaração durante participação em um fórum sobre segurança jurídica, promovido pelo portal Jota. Ontem, o ministro Gilmar Mendes decidiu limitar apenas à Procuradoria-Geral da República a possibilidade de apresentar denúncias contra ministros do STF.
Leia maisA decisão foi muito criticada por parlamentares, como o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Cabe à Casa processar e julgar impedimento de ministros do STF. “A decisão acerca da mudança do rito, essa questão do impeachment de ministros do Supremo, eu penso que ela é fruto muito da polarização política que hoje estamos vivendo”, declarou Motta.
O presidente da Câmara também disse acreditar que Senado e STF vão conseguir encontrar um “caminho de conciliação” para a crise gerada com a decisão de Gilmar. E afirmou que uma interferência de um poder sobre o outro “é sempre ruim”.
“Quando há essa interferência, é sempre muito ruim. E a reação ontem à decisão do ministro Gilmar foi uma decisão, o Senado se posicionou contrariamente àquilo que o ministro Gilmar colocou em sua decisão liminar. Eu penso e acredito que o próprio Supremo irá, juntamente com o Senado, através de diálogo, encontrar um caminho de conciliação para essa situação”, disse.
Motta disse ter uma relação “ampla” com Gilmar Mendes e com Davi Alcolumbre e que conversou com ambos sobre o tema, por telefone. E que espera o alcance de um “ponto de equilíbrio” ainda neste ano.
“Há no Senado um comportamento de insatisfação com essa decisão e eu tenho também procurado conversar com outros atores, com outros ministros, também com outros senadores, para que um ponto de equilíbrio possa ser encontrado nessa discussão toda”, disse.
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O município de Bonito, no Agreste pernambucano, sediou, há pouco, a palestra seguida da sessão de autógrafos do meu livro ‘Os Leões do Norte’, pela editora Eu Escrevo. O encontro foi realizado na Câmara dos Vereadores e contou com a presença do prefeito, Ruy Barbosa (PSB), e do presidente da Casa, Eiji Morimura (PSD).

Além do prefeito e do presidente da Câmara, estiveram presentes a primeira-dama, Teresa Barbosa, e os vereadores Gustavo CD (Avante), Holandinha (PSB), Didi do PAED (PSD), Henrique da Gold (MDB), Carlos Vilela (PSB), Val da Elétrica (Republicanos), João Diniz (PSol) e Valdiane Souza (Avante).


Também marcaram presença no lançamento a vereadora licenciada e secretária de Saúde, Julieta Pinheiro, o secretário de Turismo, Jobson Sales, a secretária de Administração, Mariana Vilar, o procurador-geral do município, Thiago Brayner, a secretária de Educação e Esportes, Maria Elza, e o ex-prefeito e atual presidente da Agência de Desenvolvimento de Bonito, José Pinheiro.

‘Os Leões do Norte’ é resultado de uma extensa pesquisa jornalística e historiográfica, envolvendo 22 minibiografias de ex-governadores de Pernambuco, que exerceram mandatos entre 1930 e 2022. Trata-se de uma contribuição essencial para a preservação da memória política e institucional do Estado, destacando o papel de Pernambuco como berço de lideranças que marcaram a história nacional.

O livro ainda conta com design gráfico, capa e caricaturas de Samuca Andrade, além de ilustrações de Greg. ‘Os Leões do Norte’ homenageia os líderes que ocuparam o Palácio do Campo das Princesas e também promove o debate sobre seus legados, suas contradições e o impacto de suas gestões.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino defendeu, hoje, a medida liminar concedida pelo ministro Gilmar Mendes que altera o rito e torna mais difícil o impeachment de ministros do tribunal. Para Dino, a decisão propõe atualização de “lei antiga de 1950” e se deve aos ataques que o STF vem sofrendo, sobretudo o ministro Alexandre de Moraes. As informações são do portal Estadão.
“Questão central não é existência de freios e contrapesos, mas deturpação quando há excesso. Os 81 pedidos, evidentemente, são um óbvio excesso. Basta lembrar que o campeão é apenas um ministro: Alexandre de Moraes. Responde por metade desses pedidos. Ou se cuida de ‘serial killer’, ou vítima de perseguição”, disse o ministro. “Tem gritaria demais e reflexão de menos.”
Leia maisNo Senado, há 81 pedidos de impeachment em tramitação. Desse total, 66 se referem aos atuais ministros, considerando requerimentos que tratam de integrantes da Corte individualmente e outros coletivos. Na liminar, Gilmar retirou de “todo cidadão” o direito de denunciar um crime de responsabilidade contra um ministro do STF. Segundo a decisão, a denúncia caberá somente à Procuradoria-Geral da República (PGR).
Além disso, o quórum para o afastamento de um ministro foi alterado para dois terços do Senado (54 dos 81). Até então, o processo de impedimento de um juiz do STF avançava por maioria simples dos votos.
Ao longo de participação do Fórum Jota, Dino salientou que era preciso “equilibrar os vértices do triângulo arquitetônico pensado por Oscar Niemeyer e Lúcio Costa”, ressaltando que essa era uma tarefa coletiva. Afirmou ainda não enxergar o Brasil em uma fase catastrófica, argumentando que o País viveu tempos mais difíceis e não poderia considerar o cenário atual como de caos institucional.
O ministro também comparou a situação brasileira à de países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para reforçar que, apesar de problemas, os Poderes têm cumprido seu papel. Dino defendeu ainda que a harmonia entre eles deve ser construída diariamente, assim como em um casamento ou união estável, não de forma apriorística, mas no diálogo e no compromisso mútuo. Segundo o magistrado, esse espírito de diálogo permanente deve guiar também o Supremo.
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O plenário do Senado Federal aprovou, ontem, um projeto que reajusta os salários dos servidores da Casa. A proposta também cria penduricalhos para os servidores. Com os reajustes, os supersalários poderão chegar a até R$ 117 mil brutos. As informações são do portal Metrópoles.
O projeto de lei foi votado de forma “simbólica”, ou seja, sem registrar os senadores favoráveis. O relator no Senado foi Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB). O único senador que comunicou voto contrário ao projeto foi Eduardo Girão (Novo-CE). A proposta segue agora para a Câmara dos Deputados.
Leia maisNa mesma tarde, o plenário do Senado também aprovou o projeto de lei que dá aumento aos servidores do Tribunal de Contas da União (TCU). Neste caso, o projeto segue para a sanção do presidente Lula (PT).
Como mostrou a coluna, o projeto concede um dia extra, que pode ser convertido em dinheiro, a cada três dias trabalhados. Esse benefício foi chamado de “licença compensatória”. No caso do TCU, os supersalários poderão chegar a até R$ 92 mil com a adição da chamada licença compensatória.
Recentemente, um relatório elaborado pelo Movimento Pessoas à Frente e pelo República.org indicou que o Brasil é o campeão mundial de supersalários para o funcionalismo público.
O mesmo mecanismo da “licença compensatória” também foi incorporado no projeto de reajuste dos salários dos servidores do Senado. No caso, o benefício poderá ser recebido não só pelos servidores efetivos do Senado que tenham funções comissionadas, mas também por assessores dos gabinetes dos senadores.
Assim como acontece no projeto de lei do TCU, a parcela da licença compensatória dos servidores do Senado é considerada verba indenizatória. Por este motivo, o penduricalho, que pode chegar a até R$ 29,2 mil, é livre de Imposto de Renda. Também fica fora do teto constitucional, que limita os rendimentos dos servidores.
Segundo o texto aprovado, a licença compensatória “tem por finalidade compensar o desempenho e o acúmulo de múltiplas atribuições, encargos e tarefas diversas, de alta complexidade (…), com habitual exigência de atuação fora do horário regular de expediente”.
Assim como no caso do TCU, o projeto aprovado para os servidores do Senado prevê o reajuste em três parcelas entre os anos de 2026 e 2029. A coluna procurou Veneziano Vital do Rêgo para comentários, mas ainda não há resposta. O espaço segue aberto.
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Jornal do Commercio
O Jornal do Commercio recebe, hoje, junto a outros 12 jornais centenários do Brasil, uma homenagem da Associação Nacional de Jornais (ANJ), pela contribuição dos veículos ao jornalismo e à democracia. As homenagens aos veículos serão entregues durante a cerimônia do Prêmio ANJ de Liberdade de Imprensa 2025, no auditório da ESPM-TECH, em São Paulo.
Para o presidente do Grupo JCPM, João Carlos Paes Mendonça, a homenagem reconhece o “compromisso do Jornal ao longo de mais de 100 anos” na defesa da sociedade. “Essa homenagem da ANJ é importante ao reconhecer o compromisso do Jornal ao longo de mais de 100 anos e dos demais veículos que também seguem defendendo a sociedade, sem abrir mão do objetivo central: informar de maneira equilibrada, dando voz aos protagonistas da notícia. Os meios se transformam, mas a responsabilidade com nosso principal ativo que é informar à sociedade segue firme”, afirmou.
Leia maisO superintendente do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação (SJCC), Vladimir Melo, que vai receber o prêmio em nome do JC, destacou que a homenagem reforça a relevância histórica do veículo e o papel que desempenha na “construção de uma sociedade melhor informada”.
“O Jornal do Commercio tem compromisso com a informação, com a população pernambucana e essa postura gerou credibilidade ao longo do seu mais de um século de história. O JC sempre esteve na vanguarda, sendo o 1º jornal do Estado no formato 100% digital. Os números reforçam essa relevância, tanto para o público quanto para o mercado anunciante”, disse Vladimir.
“Nesses tempos de produção de notícias falsas, o JC assume um papel ainda mais importante na construção de uma sociedade melhor informada, e, receber esse reconhecimento da ANJ, nos orgulha muito”, complementou.
O presidente da ANJ, Marcelo Rech, afirmou que um jornal centenário representa uma “alavanca para o futuro”, sustentado pela credibilidade como “maior patrimônio”, e destacou a “tradição e confiabilidade” desses veículos.
“Para qualquer empresa no Brasil, chegar a 100 anos já deveria ser motivo de celebração. Para um jornal, que tem na credibilidade seu maior patrimônio, este marco é uma alavanca para o futuro, cada vez mais baseado em uma relação de confiança com a comunidade. Tradição e confiabilidade, como as dos jornais centenários, portanto, são grandes diferenciais em uma era de deepfakes e uso intensivo de IA”, afirmou.
Já o diretor de Jornalismo do SJCC, Laurindo Ferreira, ressaltou a relevância do JC e a presença do Jornal em todas as plataformas, sem se afastar da essência de levar informação a serviço de Pernambuco.
“Mais de um século de presença entre os pernambucanos mantendo a relevância como nosso principal pilar. Estamos em todas as plataformas porque hoje somos muito mais do que um ‘jornal’. Fazemos entregas onde estão nossos leitores/internautas, em qualquer plataforma! Não nos afastamos da essência do que somos – um jornal pernambucano a serviço de Pernambuco. Os prêmios nacionais e locais que continuamos recebendo e a nossa relevância e audiência entre os pernambucanos atestam isso!”, disse Laurindo.
De acordo com a ANJ, os jornais centenários homenageados “atravessaram gerações, registrando grandes acontecimentos – da Primeira República à era digital – e mantendo vivo o compromisso com a verdade, a memória nacional e a fiscalização e o escrutínio do poder em benefício dos brasileiros”.
Veja abaixo a lista dos jornais centenários homenageados pela ANJ:
ACidade On (Ribeirão Preto-SP) – 120 anos
A Notícia (Joinville-SC) – 102 anos
A Tarde (Salvador-BA) – 113 anos
A Tribuna (Santos-SP) – 131 anos
Correio do Povo (Porto Alegre-RS) – 130 anos
Cruzeiro do Sul (Sorocaba-SP) – 122 anos
Folha de São Paulo – 104 anos
Gazeta do Povo (Curitiba-PR) – 106 anos
Jornal do Commercio (Manaus-AM) – 121 anos
Jornal do Commercio (Recife-PE) – 106 anos
Monitor Mercantil (Rio de Janeiro-RJ) – 113 anos
O Globo (Rio de Janeiro-RJ) – 100 anos
O Estado de São Paulo – 150 anos
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Em contato com o Blog, o presidente estadual do PDT, Zé Queiroz, explicou que não houve intervenção no Diretório Estadual em Pernambuco, nem tampouco há rompimento ou distanciamento do seu grupo com a direção nacional do partido.
O que houve, segundo ele, através de um entendimento com o presidente Carlos Lupi, foi que o partido estava precisando resolver questões internas, de ordem administrativas da legenda, que a Justiça Eleitoral obrigou que fossem feitas pela instancia nacional.
Leia maisCom isso, Lupi teve que montar uma direção nova no PDT em Pernambuco e, este impasse jurídico administrativo e financeiro deve durar, no máximo, dois meses. Quando solucionado, o partido volta ao comando do mesmo grupo no Estado.
Sobre as especulações da ida de Marília Arraes para o PDT, quem levou a ex-deputada para uma conversa com o grupo, em Brasília, foi o ministro Wolney Queiroz, em comum acordo com o seu pai e presidente da legenda estadual.
Portanto, segundo Zé Queiroz, o que há são versões maldosas dos que não estão informados da verdadeira realidade do partido, cujas questões serão solucionadas em no máximo dois meses.
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Por Osório Borba Neto
Há certas coisas na política que não precisam de manual de instruções. A vaia, por exemplo. A vaia é o “oxe” moral do povo: sai rápida, certeira, dispensa legenda e não admite dublagem. É o aviso sonoro do Brasil profundo – aquele que não precisa de Datafolha nem de teórico da alma popular para perceber quando a paciência acabou.
Pois muito bem: a governadora de Pernambuco subiu ao palco esta semana, ajeitou o microfone com o esmero de quem vai anunciar a redenção do estado – e levou, mais uma vez, aquela vaia arretada, redonda, soprada de todos os cantos, como se o povo tivesse ensaiado de véspera no terreiro.
Leia maisAí veio a explicação criativa: “Se eu fosse homem, não seria vaiada.” Ave Maria! Como se a vaia, essa entidade democrática, pedisse identidade de gênero antes de saltar estrepitosa da goela do povo. Vaia não escolhe sexo, não escolhe roupa, não escolhe partido, escolhe alvo. E escolhe quando o serviço não tá prestado.
Raquel ouviu as vaias, mas não ouve as queixas.
O povo, que tem faro melhor do que cão farejador de caatinga, olha ao redor e vê o quê? A saúde tropeçando feito bode velho em ladeira; a violência fazendo hora extra; a educação pedindo socorro com cartaz na mão; o transporte público chorando óleo pelos cantos; e a economia real, aquela que pesa na feira, no gás, na passagem, só piorando. Tá sobrando propaganda e faltando Estado.
Com esse panorama, o povo não escreve bilhete, não envia ofício, não protocola reclamação. Ele vaia. Vaia porque é a sua poesia sonora de protesto. Vaia porque é maneira de dizer: “Tu me prometeu a lua, Raquel, e eu continuo esperando pelo candeeiro.”
Mas o mais curioso é que a governadora não entendeu a mensagem. A vaia falava alto, claro, com sotaque e com intenção. E ela, em vez de escutar, reagiu com brabeza, como aquele sujeito que tropeça no próprio pé e sai xingando o calçamento por ter cruzado o caminho.
Falta-lhe o ouvido que todo bom gestor deveria ter: o ouvido do povo. Não o ouvido cheio de filtro, de assessor otimista, de bajulador do palácio. O ouvido limpo, o de quem se senta no banco da praça e escuta o murmúrio da vida real.
Porque vaia, meu amigo, é igual trovão no sertão: quando começa a ribombar, é sinal de que alguma coisa grande tá se ajeitando… ou se desajeitando. Ignorar vaia é como virar as costas pra chuvarada: a pessoa até pode fingir que não tá vendo, mas quando dá fé já tá pingando dos pés à cabeça.
No fim das contas, a vaia é o recado mais antigo, mais democrático e mais sincero que chega ao governante: o povo tá insatisfeito, e não quer ouvir explicação cabeluda. Quer mudança. Quer ação. Quer respeito.
E se o governo não aprende pela vaia, aprende pela urna.
Porque a vaia é só o ensaio.
A eleição é o espetáculo.
E quando o povo fecha a boca… é aí que ele fala mais alto.
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Logo mais, às 10h, o município de Bonito, no Agreste pernambucano, receberá a palestra seguida de sessão de autógrafos do meu mais recente livro, ‘Os Leões do Norte’. O evento está marcado para acontecer na Câmara dos Vereadores e conta com o apoio do prefeito Rui Barbosa (PSB) e do presidente da Casa, Eiji Morimura (PSD).
Os Leões do Norte’ é resultado de uma extensa pesquisa jornalística e historiográfica, envolvendo 22 minibiografias de ex-governadores de Pernambuco, que exerceram mandatos entre 1930 e 2022. Trata-se de uma contribuição essencial para a preservação da memória política e institucional do Estado, destacando o papel de Pernambuco como berço de lideranças que marcaram a história nacional.
O livro ainda conta com design gráfico, capa e caricaturas de Samuca Andrade, além de ilustrações de Greg. “Os Leões do Norte” homenageia os líderes que ocuparam o Palácio do Campo das Princesas e também promove o debate sobre seus legados, suas contradições e o impacto de suas gestões.
