O líder do PSB na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), deputado Sileno Guedes, classificou como uma “artimanha matemática” o tratamento dado pelo Governo do Estado aos números da segurança pública durante o Carnaval. Segundo o socialista, em mais uma tentativa de trazer um balanço positivo sob a gestão Raquel Lyra, a SDS modificou a base do marco inicial, que pela primeira vez na série histórica, deixou de usar como referência o Sábado de Zé Pereira como início da contagem.
Para Sileno, informações divulgadas pela Secretaria de Defesa Social (SDS) indicam que, entre a quinta-feira pré-carnavalesca e a última terça-feira (13), foram registrados 68 homicídios no Estado, uma redução de 17% no comparativo com o mesmo período do ano passado. Porém, se o Sábado de Zé Pereira tivesse sido usado como marco inicial do balanço – uma praxe da série histórica desde 2004 –, o Governo teria que anunciar uma diminuição 50% menor que a alardeada, o que fragilizaria a narrativa oficial.
Leia mais“O Governo do Estado mudou a forma de fazer a estatística durante o Carnaval, uma artimanha matemática. É terrível se ater somente a essa contagem se teve mais ou menos homicídios, sobretudo quando, em algumas situações, vimos casos muito tristes acontecerem com imensa repercussão bem perto dos nossos polos de folia”, avaliou o deputado, que abordou o assunto durante debate do qual também participaram parlamentares como Gleide Ângelo (PSB), Abimael Santos (PL) e Joel da Harpa (PL).
Sileno também criticou a morosidade do Governo Raquel Lyra em pautas como o lançamento de concursos para as polícias, o chamamento de aprovados em certames anteriores e a licitação para substituir 358 câmeras de segurança desligadas pela atual gestão em novembro.
“Nos preocupa ver que a governadora acabou com o Pacto pela Vida, política pública reconhecida em levantamento divulgado hoje pelo Tribunal de Contas, e veio a esta tribuna falar, com muito orgulho, que teve a primeira reunião do Juntos pela Segurança somente após 13 meses de governo”, completou o parlamentar.
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