Em meio às indefinições sobre quem deverá ser o candidato da oposição contra a reeleição do presidente Lula (PT), o senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) prega a união da direita com a centro-direita. Para isso, o parlamentar não descarta estar no mesmo palanque que seu desafeto, o ex-presidente Jair Bolsonaro, já que o que estaria em primeiro lugar seria o futuro do Brasil.
“Tudo é possível. Contra o Lula, temos que estar todos juntos, com a faca nos dentes. Em 2022, eu não tive apoio do presidente Bolsonaro no primeiro turno no Paraná, mas fui eleito senador e fui aos debates no segundo turno. Deixamos de lado divergências porque temos adversário em comum. E agora o Brasil não aguenta mais quatro anos de governo Lula. O país já está no cheque especial, e a conta vai vir se não tivermos um ajuste na economia”, disparou Moro, em entrevista ao podcast Direto de Brasília, apresentado por este blogueiro.
Leia maisApesar da defesa da unidade, o senador descartou disputar a Presidência da República, focando suas atenções no Governo do Paraná. Em 2022, Moro era pré-candidato ao Planalto, mas optou por concorrer ao Senado. “Minha prioridade é proteger o meu estado, o Paraná, dessa loucura de Brasília. Vamos bater martelo mais adiante. Mas se o Lula for reeleito, ele vai querer espalhar a loucura para os outros estados. Não posso correr esse risco de ter meu estado governado por alguém do PT, aliado ou que se junte ao PT. Não quero que aconteça o mesmo que acontece hoje na Bahia, o estado com a maior violência do Brasil, mais que o Rio de Janeiro, e governado pelo PT. Precisamos fazer nossa lição de casa”, afirmou o senador.
“Nacionalmente, vou apoiar um candidato para tentar derrotar o Lula. Temos muito tempo pela frente, temos potenciais candidatos a presidente, todos bons nomes. Dentre os governadores, temos o Ronaldo Caiado, do meu partido, que reduziu os indicadores de criminalidade de Goiás. Temos Tarcísio de Freitas, competente, trabalhador, um cara sério, com um potencial enorme. O Romeu Zema, com dois mandatos em Minas Gerais, pegou um estado arruinado pelo PT e consertou. E o Ratinho Júnior tem elevadíssima taxa de aprovação no Paraná; faz governo com pontos meritórios. E tem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que a gente vê hoje que está difícil, por estar inelegível, mas é uma liderança política importantíssima. Tenho defendido a união da direita e da centro-direita. Se entrarmos em uma lógica autofágica, não vamos a lugar nenhum”, concluiu Moro.
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