O plenário do Senado aprovou, nesta terça-feira (2), o projeto de lei complementar que unifica em oito anos o prazo de inelegibilidade para políticos impedidos de se candidatar.
A votação ocorreu em sessão remota, em que os senadores puderam votar à distância. O texto segue agora para sanção ou veto do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As informações são da CNN Brasil.
A proposta recebeu relatório favorável do senador Weverton Rocha (PDT-MA) na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). O projeto já esteve na pauta no fim de 2024, em março e em agosto de 2025, quando a votação foi adiada por falta de consenso entre os líderes partidários.
Hoje, o político inelegível fica impedido de concorrer nas eleições durante oito anos. No entanto, o prazo é contado de diferentes formas, a depender das razões que motivaram a inelegibilidade.
A ideia do projeto é unificar o prazo para oito anos em todas as situações. Da forma que foi aprovada, a proposta poderá reduzir o período de inelegibilidade em determinadas situações.
O projeto tem autoria da deputada Dani Cunha (União-RJ), filha do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, que está inelegível desde 2016. Ele teve o mandato cassado por 450 votos a favor e dez contra, sob acusação de mentir a respeito de contas no exterior.
Entenda o que muda:
Deputados e senadores Parlamentares federais, estaduais ou municipais que perderem o mandato por decisão de seus pares ficam inelegíveis pelo restante do mandato e nos oito anos seguintes. Com a mudança, a inelegibilidade contará a partir do momento da perda do mandato, reduzindo o período em que o condenado ficará impedido de concorrer.
Governadores e prefeitos Governadores e prefeitos que tiverem mandatos cassados por decisões das assembleias estaduais ou das câmaras municipais ficam inelegíveis pelo restante do mandato e pelos oito anos seguintes.
Com as alterações, a inelegibilidade contará a partir do momento da perda do mandato, reduzindo o período em que o condenado ficará impedido de concorrer.
Políticos condenados por crimes comuns Atualmente, políticos condenados por crimes comuns, como lavagem de dinheiro, contra o meio ambiente, tráfico de entorpecentes ou contra a dignidade sexual, ficam inelegíveis por oito anos após o cumprimento da pena.
A proposta era de que a inelegibilidade contasse a partir da primeira condenação. Mas não houve consenso e, neste caso, a regra fica como é atualmente.
A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) expressou “perplexidade e indignação” diante das propostas de mudanças da lei. Segundo a CNBB, as propostas de alterações na Lei da Ficha Limpa desfiguram os principais mecanismos de proteção da legislação.
O volume de processos conduzidos pela advogada Viviane Barci de Moraes nas cortes superiores saltou de 27 para 152 ações após a posse de seu marido, o ministro Alexandre de Moraes, no Supremo Tribunal Federal (STF). O crescimento expressivo concentra-se nos últimos oito anos, período que supera em cinco vezes o acumulado nos 16 anos anteriores à chegada do magistrado à cúpula do Judiciário, ocorrida em março de 2017.
Ao todo, 85% das ações em que a advogada atuou nessas instâncias foram autuadas depois que Moraes assumiu a cadeira na Corte. Levantamento realizado pelo Estadão aponta que esse movimento representa um aumento percentual de 463% na atuação do escritório da família Barci de Moraes em Brasília.
A banca da família Barci de Moraes, da qual Viviane é sócia-administradora, foi aberta em 2004, mas a primeira atuação da advogada em Cortes superiores data de 2001, em um processo no STJ. Os dados mostram que, no STF, 22 dos 31 processos com atuação da advogada tiveram início após a posse de Moraes. No Superior Tribunal de Justiça (STJ), no mesmo período, esse total chega a 130 de 148 casos.
Procurados, Viviane Barci e o gabinete do ministro Alexandre de Moraes não se manifestaram.
Enquanto o Supremo julga controvérsias constitucionais, o STJ atua como a principal instância de revisão das decisões da Justiça comum, responsável por uniformizar a interpretação das leis federais, o que resulta em uma concentração maior de recursos cíveis e empresariais nesta Corte.
Em alguns processos, a atuação de Viviane conta com a colaboração dos advogados Giuliana de Moraes e Alexandre Barci de Moraes, filhos do casal.
Entre os clientes da advogada estão empresas de grande porte e grupos empresariais com atuação em diferentes setores da economia. Viviane representa, por exemplo, a Santos Brasil, uma das principais operadoras do Porto de Santos, e o empresário brasileiro Jair Antônio de Lima, fundador de um dos maiores frigoríficos do Paraguai, o Frigorífico Concepción. Procurada, a Santos Brasil informou que não vai se manifestar.
Esse perfil de clientes inclui ainda grandes companhias do setor de serviços. Um dos representados pela advogada é a Qualicorp, que atua nas áreas de saúde e seguros.
Desde novembro, Viviane disputa em nome da Qualicorp com a SBA Corretora de Seguros e Benefícios um recurso em tramitação no STJ. A advogada venceu a ação no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), mas a parte contrária recorreu à instância superior.
A SBA alega que a Qualicorp rescindiu um contrato de comercialização de seguros e benefícios para associados, vinculados e integrantes da Associação Brasileira de Bacharéis de Direito (ABBDIR) sem pagar os valores devidos a título de comissão até o fim definitivo do vínculo entre as duas partes.
A gigante representada por Viviane afirma, por sua vez, que o contrato não era vitalício e poderia ser rescindido a qualquer momento, sem a necessidade de pagar o valor previsto para o restante do contrato. Ao vencer no TJSP, o escritório de Viviane fez jus a 15% de honorários sobre o valor da causa.
Os honorários advocatícios recebidos a partir de vitórias em processos judiciais ampliam, com uma porcentagem sobre o valor da causa, os ganhos geralmente elevados dos escritórios que atuam em tribunais superiores. Procurada, a Qualicorp não se manifestou.
A esposa advogada Viviane Barci de Moraes lidera o escritório Barci de Moraes Sociedade de Advogados. Foto: Dida Sampaio
Viviane também atua para empresas dos setores de construção e mercado imobiliário, entre elas a Savoy Imobiliária Construtora e a Centerleste Empreendimentos Comerciais.
Em uma das ações no STJ, a advogada defende as empresas em uma disputa que envolve a execução de uma dívida de R$ 15 milhões. A Corte rejeitou os recursos apresentados e manteve a possibilidade de cobrança imediata do valor, reconhecido pelas próprias rés na fase de liquidação da sentença. Procuradas, as duas empresas não se manifestaram.
O escritório Barci de Moraes Sociedade de Advogados, liderado por Viviane, também representa pessoas físicas perante as mais altas instâncias do País. Um desses nomes é o do ex-servidor da Controladoria-Geral da União (CGU) Paulo Rodrigues Vieira, que foi alvo de investigação da Polícia Federal (PF) em 2012 sob suspeita de liderar uma organização criminosa infiltrada em órgãos públicos que vendia pareceres de agências reguladoras a empresas privadas.
Viviane representou Vieira em duas ações encerradas no STF — uma sob relatoria do ministro Dias Toffoli e outra relatada pela ministra aposentada Rosa Weber — e um caso também encerrado no STJ.
Nas ações no STJ e sob relatoria de Weber, a advogada apresentou recursos às Cortes superiores após decisões desfavoráveis ao seu cliente nas instâncias inferiores. Ele não foi encontrado para se manifestar.
Já na ação relatada por Toffoli, o cliente de Viviane constava apenas como intimado em um recurso apresentado por Rosemary Novoa Noronha, ex-chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo e amiga do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que chegou a ser denunciada por improbidade administrativa pelo Ministério Público (MP) por ligação com a quadrilha liderada por Vieira.
No STJ, a esposa de Moraes pleiteava a anulação de interceptações telefônicas de Vieira. O caso retornou ao tribunal de origem após análise da Corte. Rosemary Noronha não se manifestou.
Em outro caso de repercussão, a advogada atua na defesa do espólio do ex-governador de São Paulo Orestes Quércia em uma ação de improbidade administrativa que discute um contrato firmado sem licitação em 1989, no valor de R$ 34 milhões, para a aquisição de sistemas de ensino.
A Justiça paulista declarou a nulidade do contrato e condenou os réus ao ressarcimento do dano ao erário, em montante ainda a ser apurado em liquidação. No STJ, os recursos foram considerados prejudicados por perda de objeto, sem análise do mérito, após sentença condenatória nas instâncias inferiores.
Atuação de familiares X legislação
A atuação de familiares de ministros como advogados em processos no STF não é vedada pela legislação. As regras, porém, impedem que um magistrado julgue ações em que parentes atuem, exigindo a declaração de suspeição e o afastamento do caso.
Em 2023, o STF flexibilizou essa regra ao decidir que juízes podem julgar processos em que as partes sejam clientes de escritórios nos quais atuam cônjuges ou parentes. A única exigência é que haja outra banca de advocacia representando a pessoa na ação.
A atuação do escritório de advocacia do qual Viviane Barci de Moraes e os dois filhos do ministro são sócios passou a ser alvo de questionamentos após a revelação de um contrato de R$ 129 milhões firmado com o Banco Master, instituição que acabou liquidada em meio a suspeitas de fraudes financeiras.
O caso envolvendo o Banco Master tramita no STF sob a relatoria do ministro Dias Toffoli. Em novembro, Toffoli foi alvo de questionamentos após viajar a Lima, no Peru, em um jato particular ao lado de um advogado ligado ao caso, durante a final da Taça Libertadores. Após a viagem, o ministro decretou sigilo dos autos e barrou o acesso da CPI do INSS a documentos obtidos com a quebra de sigilos bancário e fiscal.
Uma lancha pegou fogo no início da tarde deste sábado (27) e deixou pelo menos cinco feridos no mar da Baía da Ribeira, em Angra dos Reis (RJ). O incêndio aconteceu próximo à região da Japuíba, por volta das 12h32.
Em um vídeo que circula pelas redes sociais, é possível ver o momento em que a embarcação está em chamas. O incêndio provocou uma fumaça preta e densa. As informações são do portal g1.
Segundo o Corpo de Bombeiros, as vítimas foram socorridas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhadas para o Hospital Municipal da Japuíba. Ao g1, a unidade médica informou que os pacientes foram atendidos, mas não há detalhes sobre o estado de saúde deles.
A Marinha do Brasil informou que uma equipe foi acionada para verificar a ocorrência. Até a publicação desta reportagem, não havia informações sobre as circunstâncias do incêndio.
A Câmara dos Deputados aprovou o texto-base da reforma tributária que amplia os benefícios fiscais para a compra de veículos por pessoas com deficiência (PCD). A proposta atualiza os limites de valores dos automóveis que podem contar com isenção de impostos, ampliando o acesso ao benefício.
Com a mudança, o teto para isenção total de IPI e ICMS sobe de R$ 70 mil para R$ 100 mil. Já os veículos com valor entre R$ 100 mil e R$ 200 mil passam a ter isenção de IPI e desconto no ICMS, conforme as regras estabelecidas por cada estado. Antes, a isenção parcial se limitava a carros de até R$ 120 mil. As informações são da Rádio Jornal PE.
A atualização busca adequar a política pública à realidade do mercado automotivo brasileiro, onde praticamente não existem mais carros novos abaixo de R$ 70 mil e são raras as opções automáticas por menos de R$ 100 mil. Com os novos limites, o público PCD poderá acessar mais versões, categorias e modelos com melhores níveis de conforto, segurança e tecnologia.
Segundo entidades do setor, a medida representa um avanço importante para a inclusão, a mobilidade e a autonomia das pessoas com deficiência. A isenção pode resultar em descontos de até 30% no valor final do veículo, considerando IPI, ICMS, IPVA — em alguns estados — e bônus oferecidos pelas montadoras. O projeto ainda precisa concluir as etapas finais de tramitação no Congresso antes de entrar em vigor.
O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques chegou neste sábado (27) a Brasília e seguiu para sede da Polícia Federal (PF), após ser transferido de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. Ele saiu de Foz do Iguaçu às 9h20 e decolou às 10h20 em uma aeronave da corporação. A chegada ocorreu por volta das 13h11.
A previsão inicial era que ele passasse por exame de corpo de delito por volta das 13h no Instituto Nacional de Criminalística da PF, mas devido ao atraso, a audiência ficou para mais tarde. Silvinei passou a noite de ontem na sede da PF em Foz do Iguaçu após ser preso no Paraguai ao tentar embarcar para El Salvador com documentos falsos. As informações são do portal g1.
O ex-PRF será levado ainda neste sábado para uma unidade do Complexo Penitenciário da Papuda. O 19º Batalhão de Polícia Militar, conhecido como “Papudinha”, recebe presos que precisam de maior segurança, como policiais condenados. Na tarde deste sábado, a PF confirmou que Silvinei já está no sistema prisional.
A defesa de Silvinei encaminhou um pedido ao Supremo Tribunal Federal para que ele cumpra prisão em Florianópolis ou na cidade de São José, em Santa Catarina.
Um desentendimento entre vizinhos, em Afogados da Ingazeira, Sertão de Pernambuco, levou um homem, de 42 anos, a atirar e ferir uma mulher, de 39, e outro homem, também de 42. O caso aconteceu ontem (26).
A discussão teria começado porque um dos vizinhos, o que atirou, estaria com o som muito alto. O filho dos donos da casa ao lado, de 19 anos, foi tomar satisfação e iniciou-se uma briga. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que o homem sai da sua residência e atira contra os vizinhos, que estavam na calçada. Eles correm e fecham o portão, que chega a ser chutado algumas vezes pelo agressor.
A nota da Polícia Civil de Pernambuco “informa que registrou no dia 26, as ocorrências de tentativa de homicídio, disparo de arma de fogo e porte ilegal de arma, no bairro Padre Pedro Pereira”.
Conforme a Civil, “uma mulher (39) e um homem (42), foram feridos por disparos de arma de fogo pelo vizinho, um homem de 42 anos que fugiu após o crime. Um inquérito policial foi instaurado para apurar todos os fatos.”
O município de Paulista vai receber uma retroescavadeira e uma patrol a partir de 2026, por meio de articulação política entre o presidente da Câmara Municipal, vereador Eudes Farias, e o deputado federal Waldemar Oliveira. O anúncio foi feito durante encontro realizado na manhã de hoje, com o prefeito Severino Ramos. Segundo Eudes Farias, os equipamentos vão reforçar a infraestrutura urbana e rural, auxiliando em serviços de manutenção de vias, drenagem, terraplenagem e outras ações da prefeitura.
Durante a reunião, foi destacado o volume de recursos já destinados pelo parlamentar ao município. Somente em 2025, Waldemar Oliveira encaminhou mais de R$ 1 milhão para a área da saúde em Paulista, contribuindo para o fortalecimento da rede de atendimento. Eudes Farias ressaltou a importância da parceria com o Congresso Nacional para garantir investimentos estruturantes, enquanto o prefeito afirmou que os novos equipamentos vão ampliar a capacidade operacional da gestão municipal. O deputado também reforçou sua presença no município, onde mantém base política com vereadores, suplentes e lideranças locais.
A ex-primeira dama Michelle Bolsonaro afirmou neste sábado (27) que o ex-presidente Jair Bolsonaro voltou ao centro cirúrgico para realizar um novo procedimento.
“Meu amor acabou de ir para o centro cirúrgico para realizar o bloqueio do nervo frênico. Peço que intercedam em oração por mais esse procedimento, para que seja exitoso e traga alívio definitivo”, escreveu em uma rede social. “Já são nove meses de luta e de angústia com soluços diários”, prosseguiu. As informações são do portal g1.
O quadro de soluços é uma das principais queixas de saúde do ex-presidente Bolsonaro. Na semana passada, a perícia médica realizada pelo Instituto Nacional de Criminalística que analisou a situação médica de Bolsonaro avaliou que o bloqueio do nervo frênico seria uma medida tecnicamente adequada e deveria ser feito o quanto antes.
Na quinta (25), Bolsonaro passou por cirurgia para o tratamento de uma hérnia inguinal bilateral. O procedimento foi pedido pela defesa e autorizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes na terça-feira (22). A operação durou cerca de 3h30.
No último boletim médico divulgado pelo hospital, ontem, os médicos disseram que o ex-presidente teve ajustes nas medicações para soluço e para refluxo gastro-esofágico.
O PSOL entrou na briga para filiar a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, à sigla. Com Marina prestes a deixar a Rede Sustentabilidade devido a um racha com a deputada federal Heloísa Helena (RJ), o partido a quer nos quadros para que ela dispute o Senado por São Paulo. Porém, o nome da ministra também é disputado pelo PT e pelo PSB.
Marina já esteve filiada aos dois partidos. Pelo PT, foi senadora pelo Acre e ministra do Meio Ambiente durante o primeiro e segundo mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Já nos quadros pessebistas, ela ficou em terceiro lugar na disputa pela Presidência em 2014, quando ainda tentava registrar a Rede Sustentabilidade ao lado da então aliada Heloísa Helena.
No PSOL, um dos articuladores da aproximação é o ministro da Secretaria-Geral, Guilherme Boulos, recém-chegado na Esplanada após se tornar ministro da Secretaria-Geral da Presidência, em outubro. O ex-presidente do PSOL Juliano Medeiros também foi escalado para tentar convencer Marina a entrar no partido.
A possível ida da ministra ao PSOL faz parte de uma estratégia traçada pelo partido para elevar a relevância nacional. Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), a sigla quer lançar nomes conhecidos na disputa ao Senado, como a ex-deputada federal Manuela d’Ávila (RS) e a deputada federal Luizianne Lins (CE).
Na corrida pela Câmara por Pernambuco, a sigla deve lançar o comunicador Jones Manoel, que possui 2,5 milhões de seguidores nas redes sociais.
Porém, a oito meses do início da campanha eleitoral, a indefinição sobre a disputa pelo Senado em São Paulo trava a movimentação partidária da chefe do Meio Ambiente. Com o desejo de voltar ao Senado após 16 anos, Marina aguarda pela definição da base do governo Lula para os nomes dos dois candidatos do campo progressista na campanha em São Paulo.
Além dela, são cotados para disputar uma cadeira de senador o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Comércio e Indústria, Geraldo Alckmin (PSB).
Há também a possibilidade de a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), mudar o domicílio eleitoral, que atualmente está no Mato Grosso do Sul, para concorrer ao Senado por São Paulo.
Levantamento do instituto Real Time Big Data, divulgado no dia 2 de dezembro, mostra que em um cenário em que Marina disputa ao lado de Haddad contra o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite (PP), o vice-prefeito de São Paulo, Coronel Mello Araújo (PL), e o deputado federal Ricardo Salles (Novo), a ministra do Meio Ambiente está em terceiro lugar, mas empata pela margem de erro com Derrite à frente e com Mello Araújo e Salles, que vêm logo atrás.
Segundo a pesquisa, Haddad tem 19%, empatado com Derrite, que surge com 18%. Marina possui 12%, enquanto Mello Araújo e Salles aparecem com 11%, cada.
O instituto ouviu 1.500 pessoas entre os dias 29 de novembro e 1º de dezembro. A margem de erro é de três pontos porcentuais, para mais ou para menos, e o índice de confiabilidade é de 95%.
Em abril deste ano, Marina foi derrotada na eleição interna da Rede para o grupo de Heloísa Helena, quando Paulo Lamac foi eleito o novo porta-voz da legenda. A ala de Marina tentou judicializar o processo eleitoral, mas uma liminar foi derrubada poucas horas antes do pleito.
Segundo fontes ouvidas pelo Broadcast, com a chegada de Heloísa Helena na Câmara, onde atuará como suplente durante a suspensão do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ), que está suspenso até junho, a saída de Marina na Rede Sustentabilidade é iminente.
Um dos dez alvos de prisão domiciliar decretada neste sábado, o presidente do Instituto Voto Legal (IVL), o engenheiro Carlos Rocha, não foi localizado pelos agentes da Polícia Federal e passou a ser considerado como foragido. A defesa dele informou que ele mudou de endereço e não quis passar o novo local onde reside.
“A sua defesa técnica foi informada pela Polícia Federal que havia mandado de prisão domiciliar e outras medidas ainda pela manhã. Ao tentar contato com Carlos Rocha, ele nos telefonou, informou que havia mudado de endereço, não declinou o novo e encerrou a chamada”, diz a nota da defesa assinada pelos advogados Melillo do Nascimento e Gladys Nascimento. As informações são do jornal O Globo.
Rocha foi condenado pela Primeira Turma do STF a sete anos e seis meses de prisão em regime inicial semiaberto. Ele é um dos que recebeu uma das menores penas impostas aos condenados nos processos trama golpista. O caso em questão ainda não transitou julgado e é passível de recursos.
O Instituto Voto Legal, presidido por Rocha, foi contratado pelo PL — partido do ex-presidente Jair Bolsonaro — para auditar as urnas das eleições de 2022.
Ele integrava o chamado núcleo 4 da trama golpista, que, segundo a Procuradoria-Geral da República, foi responsável por fabricar e disseminar “narrativas falsas contra o processo eleitoral, os Poderes constitucionais e as autoridades que os representam”. Ao condenar o grupo, Moraes afirmou que o objetivo deles era “desacreditar as eleições para permanecer no poder”.
Nova leva de mandados
A PF cumpriu ao todo dez mandados de prisão domicilar determinados por Moraes neste sábado (27). A medida visa evitar novas fugas por parte parte de condenados em três ações penais da trama golpista. Conforme a decisão do ministro do Supremo, eles são obrigados a usar tornozeleira eletrônica e entregar os passapores e não podem receber visitas sem autorização judicial nem utilizar as redes sociais.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) segue internado no Hospital DF Star, em Brasília (DF), após passar por cirurgia de reparação da hérnia inguinal bilateral. Na manhã deste sábado (27), o médico cardiologista Brasil Ramos Caiado deu atualizações sobre o estado de saúde do político. Segundo ele, Bolsonaro passou a noite com soluço e teve dificuldade de dormir devido à crise.
Ontem, a equipe médica fez ajustes nas medicações para soluço e refluxo gastroesofágico, de acordo com boletim divulgado no fim do dia. Ainda segundo o documento, o ex-presidente iniciou a reabilitação com fisioterapia, teve a analgesia otimizada e segue com medidas farmacológicas para prevenção de trombose.
Ainda não há previsão de novos procedimentos. A equipe deve avaliar, nos próximos dias, a necessidade de procedimento anestésico para controle dos soluços.
Bolsonaro deixou a cela onde cumpre pena na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília (DF), na quarta-feira (24), depois da autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Na quinta-feira (25), feriado de Natal, o ex-presidente passou pelo procedimento cirúrgico. As informações são do portal Metrópoles.
Pesquisa Datafolha mostra que 34% dos petistas se dizem de direita ou centro-direita, enquanto 14% dos bolsonaristas afirmam ser de esquerda ou de centro-esquerda. Para cientistas políticos ouvidos pela Folha, o fenômeno pode ser explicado pela falta de clareza sobre os conceitos, pela influência do carisma pessoal de Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) e pela polarização política, entre outros fatores.
Segundo a pesquisa, 47% dos brasileiros se definem como de direita ou centro-direita, e outros 28% como de esquerda ou centro-esquerda. Ao mesmo tempo, 40% declaram ser petistas, e 34% bolsonaristas. O instituto ouviu 2.002 pessoas com 16 anos ou mais entre os dias 2 e 4 de dezembro, em 113 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
O Datafolha perguntou como o entrevistado se encaixa, considerando uma escala de 1 (bolsonarista) a 5 (petista). Foram classificados como petistas aqueles que se colocaram nas posições 4 e 5 e como bolsonaristas aqueles que se enquadraram nas posições 1 e 2. Quem se identificou na posição 3 foi considerado neutro.
Na divisão por espectro ideológico, a pergunta foi “em qual posição política você se colocaria, sendo 1 o máximo à esquerda e 7 o máximo à direita?”. Quem se enquadrou nas posições 1 e 2 foi considerado de esquerda, na 3, de centro-esquerda, na 4, de centro, na 5, de centro-direita, e nas 6 e na 7, de direita.
O cruzamento dos dados apontou que cerca de um terço dos petistas (34%) se diz de direita ou centro-direita, 9% afirmam ser de centro, 47%, de esquerda ou centro-esquerda, e 9% disseram não saber como se classificar. Os bolsonaristas se identificaram com mais consistência no espectro ideológico ao qual são associados (76% de direita ou centro-direita), mas 14% se disseram de esquerda ou centro-esquerda. Apenas 2% não souberam responder à pergunta, e 8% afirmaram ser de centro.
Para Bruno Bolognesi, cientista político e professor da UFPR (Universidade Federal do Paraná), a explicação para a aparente incongruência está na sobreposição dos conceitos no eleitorado, influenciado pelo carismo de Lula e Bolsonaro. Ele também afirma que a classificação no espectro político é atualmente mais ligada a valores pessoais.
“A pessoa que tem 60 anos e era petista desde a fundação do partido hoje em dia se identifica com o PT, mas é superconservadora. O petismo católico, por exemplo, que é superforte no Sul do Brasil, é um petismo absolutamente conservador”, exemplifica. “A mesma coisa acontece com o bolsonarismo. Há um pessoal evangélico que é altamente estatista, que apoia o Bolsa Família e o direito do trabalhador”.
Para o cientista político Elias Tavares, os dados revelam como o eleitor brasileiro organiza suas identidades políticas. “Existe uma separação clara entre identidade ideológica formal, direita e esquerda, e identidade política concreta, como petismo e bolsonarismo”.
Ele concorda que petistas que se dizem de direita, por exemplo, podem combinar o apoio ao PT com posições associadas à direita em temas como costumes e segurança pública. Também vê possível influência da falta de clareza sobre os conceitos e dos efeitos da polarização, que empurraria o eleitor para fazer escolhas binárias em alguns casos, mas usar outras categorias de maneira menos estrita.
“O rótulo ‘petista’ ou ‘bolsonarista’ funciona muito mais como um marcador de lado na disputa do que como expressão ideológica. Muitas vezes, o eleitor se identifica com um desses campos principalmente para se diferenciar do outro, não porque compartilha integralmente suas ideias”.
Para Luis Gustavo Teixeira, doutor em ciência política e professor da Unipampa (Universidade Federal do Pampa), o eleitorado brasileiro tende a se encaixar menos na classificação ideológica e ter uma relação mais direta com seus líderes. “As influências políticas no Brasil e na América Latina tendem a se vincular muito mais a elementos que são próprios do pensamento político de líderes populistas do que propriamente de corpos de pensamentos mais à esquerda ou à direita”.
Segundo Marcus Ianoni, professor de ciência política da UFF (Universidade Federal Fluminense), também pode influenciar o resultado da pesquisa a maneira como a pergunta foi feita ao entrevistado. “O Datafolha precisaria explicitar o que ele entende por esquerda e direita, pois esse entendimento impacta a metodologia e os resultados. Além disso, a sondagem deveria coletar o que os entrevistados entendem por esquerda e direita e o que, segundo eles, há de esquerda e de direita tanto no bolsonarismo como no petismo”.
Um ultraleve caiu no mar na tarde deste sábado (27) em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro, na altura do Posto 4. O acidente ocorreu por volta das 12h30, e o Quartel do Corpo de Bombeiros de Copacabana foi acionado quatro minutos depois, às 12h34. Segundo as primeiras informações, a aeronave realizava um serviço de publicidade quando caiu na altura da Rua Santa Clara.
Até a última atualização desta reportagem não havia informação sobre o número de ocupantes que estava à bordo. A aeronave afundou e buscas eram feitas pelos bombeiros com jet skis por volta das 13h. As informações são do portal g1.
Testemunhas relataram que a aeronave afundou rapidamente após a queda. “Os jets skis estão procurando, ele caiu e afundou”, afirmou uma pessoa que presenciou o acidente. Outra pessoa que estava na praia contou que a chegada do resgate foi imediata. “Os bombeiros chegaram para tentar achar o piloto e o avião que caiu muito rápido no mar”.
Equipes do Corpo de Bombeiros atuam no local com motos aquáticas, embarcações infláveis, equipe de mergulho e apoio aéreo. As causas do acidente ainda são desconhecidas e o caso segue em apuração.