A saúde pública de Arcoverde vive uma crise neste mês de dezembro, com a suspensão de atendimentos médicos em diversas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e outros serviços essenciais, como noticiado pelo blog na última semana. Avisos afixados nas unidades indicam o fechamento das portas ou a redução nos horários de funcionamento, atribuindo a situação a demissões e ao processo de transição administrativa do atual prefeito, Wellington da LW (MDB), para o prefeito eleito, Zeca Cavalcanti (Podemos). Em diversas UBS, cartazes informam que não haverá atendimento médico em dezembro, enquanto a Prefeitura emitiu nota oficial negando os impactos das demissões.
O problema também atinge o Centro de Especialidades Santa Ramos, o Centro de Oftalmologia e a UPA Dia, que suspenderam completamente os atendimentos. Mensagens enviadas por aplicativos de comunicação listam serviços indisponíveis, como pediatria, ultrassonografia, ortopedia e oftalmologia. O Centro Santa Ramos, que funcionou até o domingo anterior às eleições municipais, agora afirma que não realizará mais agendamentos ou atendimentos devido à transição de governo.
Com o fechamento das UBS e de outros serviços municipais, o Hospital Regional Dr. Ruy de Barros Correia deve enfrentar superlotação para atender os moradores que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS). A decisão da Prefeitura compromete o acesso da população aos serviços básicos de saúde, que são as principais portas de entrada do SUS na cidade.
Diante do cenário, denúncias apontam que o município segue recebendo os repasses de recursos do SUS, o que pode levar ao protocolo de uma ação junto ao Ministério Público. A população de Arcoverde aguarda respostas para a crise, que impacta diretamente o acesso à saúde no momento em que a transição de governo deveria priorizar a continuidade dos serviços essenciais.
Com informações do Jornal Portal do Sertão.