A Câmara dos Deputados elege em 1º de fevereiro a nova Mesa Diretora da Casa e com um grande favorito para assumir a presidência: Hugo Motta (Republicanos-PB), deputado indicado pelo atual presidente Arthur Lira (PP-AL).
Motta tem o apoio do governo e da maioria dos partidos da Casa, com exceção do Psol e do Novo. O outro candidato é o Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ).
Até o momento, a chapa favorita se desenha para manter a estrutura partidária da atual gestão, composta pelo Republicanos, PL, PP, PT, União Brasil, PSD e MDB.
Leia maisHoje, além de Lira na presidência, Marcos Pereira (Republicanos-SP) é o 1º vice-presidente; Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), o 2º; Luciano Bivar (União Brasil-PE), o 1º secretário; Maria do Rosário (PT-RS), a 2ª secretária; Júlio César (PSD-PI), o 3º, e Lucio Mosquini (MDB-RO), o 4º.
Os congressistas escolhem o próximo presidente, dois vice-presidentes, quatro secretários e quatro suplentes. Ao todo são 11 cargos com mandato de dois anos.
A sessão preparatória para a eleição da Mesa começa às 16h. Os candidatos têm até as 13h30 para registrarem suas candidaturas.
Os cotados
Com Motta na presidência, o líder do maior partido na Câmara, Altineu Côrtes (PL-RJ), é o mais cotado para ser 1º vice-presidente. Seu cargo faz parte de um acordo que envolve o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A ala mais radical do PL resistia em apoiar Motta porque queriam candidatura própria. Mas o partido fechou a aliança ainda em outubro de 2024.
Lula da Fonte (PP-PE) é cotado para 2º vice-presidente. Ele tem 24 anos e foi eleito aos 21, em 2022, com o apoio do pai, Eduardo da Fonte (PP-PE). Seu nome foi indicado pelo partido.
O PT, do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, participa da chapa na 1ª secretaria, com o nome do deputado Carlos Veras (PE). Hoje, ele é vice-líder do partido na Casa e coordena a bancada de Pernambuco.
A formação da chapa de Motta ainda depende das definições das demais secretarias. Elas devem ser distribuídas entre o União Brasil, PSD e MDB. Eles vão preencher a 2ª, a 3ª e a 4ª secretaria, mas ainda não se sabe qual sigla ficará com cada cargo.
Em definição
No MDB, os deputados Carlos Chiodini (SC), Sérgio Souza (PR) e Simone Marquetto (SP) manifestaram interesse na vaga que ficará com o partido.
Simone defende que a escolha da bancada seja por uma mulher. “Acho que é o momento de ter uma mulher representando, o MDB é um partido de centro, mas eu represento a centro-direita”, disse a deputada ao Poder360.
A congressista afirma que conversou com o presidente do partido, o deputado Baleia Rossi (MDB-SP), e o líder da sigla na Casa, Isnaldo Bulhões (AL), e apresentou suas pautas. Simone diz ser “uma defensora pró-vida” e de pautas relacionadas à centro-direita. Carlos Chiodini e Sérgio Souza não responderam os contatos do Poder360.
Se o critério for de proporcionalidade em relação aos tamanhos das bancadas na Câmara, o MDB ficará com a quarta secretaria. O União Brasil ficaria com a segunda e o PSD com a terceira secretaria. As conversas e negociações ainda estão em andamento.
O Poder360 apurou que o União Brasil definirá o nome a ser indicado em votação interna. Os membros da bancada do partido na Casa decidirão os representantes às vésperas da eleição.
O deputado federal Zacharias Calil (União Brasil-GO) colocou seu nome à disposição do partido, mas pondera o preço de se tornar secretário e não poder integrar as comissões. Médico, o congressista é membro das comissões de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa e de Saúde. No PSD, ainda não há nomes cotados.
Atribuições da câmara
A Mesa Diretora é responsável pela organização dos trabalhos legislativos e pela administração da Casa.
O presidente comanda a Câmara e tem as funções de convocar, presidir e suspender as sessões do plenário, manter a ordem, nomear comissão especial, organizar o cronograma de votações das propostas.
Ele também é o responsável por definir a composição das comissões e presidir as reuniões da Mesa Diretora.
Do Poder360.
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