Por Larissa Rodrigues
Repórter do blog
A decisão da governadora Raquel Lyra (PDSB) de proibir torcidas nos estádios, após a guerra ocorrida no último sábado (1), no Recife, foi embasada em uma recomendação do Ministério Público do Estado (MPPE).
Em coletiva de imprensa, na tarde desta segunda-feira (3), após a abertura dos trabalhos do ano na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), a chefe do Poder Executivo fez questão de frisar que as decisões a respeito das guerras das torcidas estão sendo baseadas em orientações de outros poderes, como o Tribunal de Justiça (TJPE).
“A respeito das torcidas organizadas e do que aconteceu aqui em Pernambuco, que é algo intolerável, a gente tem trabalhado com todas as nossas forças operacionais junto ao Ministério Público, ao Tribunal de Justiça do nosso Estado e à inteligência das nossas polícias para identificação dos culpados, dos responsáveis. Já tem gente presa, indiciada, e a gente continua trabalhando para garantir a volta da tranquilidade e da normalidade no que diz respeito à frequência nos estádios de futebol em Pernambuco”, declarou a governadora.
Leia maisSegundo Raquel Lyra, o MPPE fez a recomendação para que não houvesse torcida nos estádios até que os clubes pudessem promover cadastramento biométrico e reconhecimento facial. “Que de fato se cumpra a lei, de que torcida irregular não é torcida que pode estar dentro dos clubes participando dos jogos. As investigações estão acontecendo”, destacou Raquel Lyra.
Revogação da medida
A governadora não chegou a falar em revogação da medida punitiva. Mas informou que na tarde desta segunda-feira foi realizada uma reunião entre o Ministério Público e a Federação Pernambucana de Futebol, além de representantes dos três grandes clubes de Pernambuco.
“A gente espera que possa haver consenso para que a gente possa voltar à normalidade no futebol. O que não pode haver é essa mistura de crime com torcida. E a gente precisa banir essas pessoas dos clubes, dos estádios e que as torcidas que não são regulares funcionem. Esse é um trabalho que é feito em conjunto. Não estamos sozinhos nessa história, muito pelo contrário. Dialogamos e construímos isso juntos. O que aconteceu no sábado todo mundo é perdedor. Não tem ganhador nessa história”, ressaltou a governadora.
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