O ex-vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL) disse que seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, voltou a ter soluços na manhã de hoje, após a realização de procedimentos para acabar com o problema que o acomete nos últimos dias. As informações são do portal Estadão.
Em publicação na rede social X, Carlos afirmou que seu pai iniciou o tratamento para apneia do sono na última noite e está em fase de adaptação. “Dormi com meu pai esta noite. Ele iniciou o tratamento para apneia do sono com aparelho próprio e está em fase de adaptação. Sua flora digestiva apresenta boa evolução após as novas cirurgias de hérnias realizadas no último dia 25, e sua pressão segue sendo monitorada após novos picos”, disse o filho do ex-presidente.
Leia mais“Seus soluços, infelizmente, novamente voltaram nesta manhã após dois procedimentos para correção. Os níveis de ferro no sangue continuam sendo controlados devido à sua ineficiência”, completou. Jair Bolsonaro está internado no hospital DF Star, em Brasília. Ele passou por uma cirurgia no dia 25 de dezembro e por outros procedimentos para corrigir o quadro recorrente de soluços que tem.
A previsão, segundo os médicos informaram na tarde de ontem, é que o ex-presidente possa ter alta no dia 1º de janeiro. Assim que isso acontecer, ele retornará à superintendência da Polícia Federal, onde cumpre pena após ser condenado por tentar da um golpe de Estado no País.
Leia menos
O dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, chegou a Brasília, na manhã de hoje. O carro onde Vorcaro estava entrou na garagem do Supremo Tribunal Federal (STF). Vorcaro chegou em um voo de carreira no Aeroporto de Brasília por volta das 11h. A Polícia Federal vai colher, a partir das 14h, os depoimentos de Vorcaro, do ex-presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, e do diretor de Fiscalização do Banco Central do Brasil, Ailton de Aquino Santos.
Após as oitivas, a delegada responsável pelo caso vai avaliar se há divergências relevantes entre as versões apresentadas. Se ela entender necessário, poderá determinar a realização de uma acareação entre os envolvidos. Todo o procedimento será acompanhado por um juiz auxiliar do gabinete do ministro Dias Toffoli, do STF, e por um representante do Ministério Público.
As investigações começaram em 2024 na Justiça Federal. Segundo a Polícia Federal, o Banco Master não teria recursos suficientes para honrar títulos com vencimento em 2025. As informações são do portal G1.
Por Rudolfo Lago – Correio da Manhã
Na última hora, o ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli recuou e não fará a acareação entre o dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, o ex-presidente do Banco de Brasília (BRB) Paulo Henrique Costa, e o diretor do Banco Central Aílton de Carvalho. Adia-se, assim uma crise anunciada.
Uma crise, porém, que ainda não terminou, como comenta o cientista político André Cesar: “Não me lembro de antes ter visto uma crise que afeta dessa forma ao mesmo tempo todos os três poderes”. A acareação ainda pode acontecer em outro momento. O grande risco de toda essa investigação é que ela pode colocar em xeque o papel do Banco Central como autoridade monetária.
Leia maisObservador atento tanto da cena política em Brasília como do mercado financeiro, André Cesar teme que o desenrolar da crise do Banco Master leve a um “risco sistêmico”. Ou seja, uma situação na qual desmorone toda a confiança na forma como hoje se organiza a economia, a fiscalização dos bancos e a responsabilização de seus diretores. O problema que pode emergir de toda essa história decorre da autoridade do Banco Central.
É descobrir que o Banco Central, como autoridade monetária, pode ter feito vista grossa para os riscos imensos das operações do Banco Master. E a partir do Banco Central, também todo o sistema dos bancos, seus mecanismos de defesa, como o fundo garantidor. Ou seja, todo mundo sabia que as operações eram extremamente arriscadas. Que elas davam grande lucro caso dessem certo. E que o fundo garantidor seguraria prejuízos eventuais até o seu limite. A partir disso, se teria autorizado uma grande farra especulativa.
As peças do dominó vão caindo envolvendo poder Executivo, o mundo político e chegando até o Judiciário, com acusações de promiscuidade nas relações que ainda repercutem. O caso do voo compartilhado entre Toffoli e um advogado do Master para uma partida de futebol. O contrato milionário do escritório da esposa de Alexandre de Moraes, Viviane Barci.
Bate, então, no Distrito Federal, com a história da tentativa de compra do Master pelo Banco de Brasília (BRB), situação que afastou da gestão do banco Paulo Henrique Costa. Mas quais os interesses políticos por trás dessa tentativa de compra? Interesses do governador, Ibaneis Rocha (MDB)? De outros políticos?
Segundo André, o temor no mundo financeiro seria descobrir que o modus operandi do Master poderia não ser somente uma atitude isolada do “tamborete” de Vorcaro que, com sua ousadia, foi crescendo. Outras fintechs poderiam estar operando de forma semelhante, com o mesmo risco.
André Cesar recorda-se da situação semelhante ocorrida com o Banco Marka, do banqueiro ítalo-brasileiro Salvatore Cacciola. Os crimes cometidos por Cacciola contra o sistema financeiro foram motivo de investigação da CPI do Sistema Financeiro, que apurou a ajuda dada pelo governo ao banco.
À época, o escândalo motivou a criação da CPI dos Bancos, ou do Sistema Financeiro. Ao final, o volume de situações envolvendo grande parte dos principais bancos do país e autoridades produziu um freio que segurou responsabilizações. Agora, fala-se de novo na possibilidade de uma CPI para apurar a crise do Banco Master.
No sábado (27), as deputadas Fernanda Melchiona (Psol-RJ) e Heloísa Helena (Psol-RJ) protocolaram a criação de uma nova “CPI dos Bancos” para investigar o caso Master. “As denúncias criam uma rede monstruosa de promiscuidades diversas”, comenta Heloísa Helena. “Quem for podre, que se quebre”.
Na segunda-feira, a Confederação Nacional dos Servidores Públicos (CNSP) divulgou uma nota em defesa da “independência técnica e operacional do Banco Central”. Uma situação de total desconfiança na forma como se gere o sistema é uma situação de total desconfiança no país. É o “risco sistêmico”.
Leia menos
A deputada federal Erika Hilton (PSol) encaminhou um ofício ao secretário de Defesa Social de Pernambuco, Alessandro Carvalho Liberato de Mattos, para cobrar esclarecimentos e providências sobre uma suposta omissão de policiais civis e militares frente ao episódio de violência ocorrido em 27 de dezembro na praia de Porto de Galinhas, em Ipojuca. A iniciativa foi motivada por denúncias de agressões físicas e morais sofridas pelo casal Johnny Andrade e Cleiton Zanatta durante visita ao litoral pernambucano.
De acordo com o ofício, há relatos de que policiais civis e militares teriam presenciado ou sido informados sobre as agressões, sem que houvesse intervenção imediata para cessar o ataque. Diante disso, a parlamentar solicita ao governo estadual informações detalhadas sobre o tempo de resposta das autoridades, a conduta adotada pelos agentes no local e as medidas administrativas eventualmente instauradas. As informações são do portal Metrópoles.
Leia maisNo documento, a deputada relata que o episódio teve início a partir de uma divergência comercial envolvendo o aluguel de cadeiras na faixa de areia. Segundo a narrativa apresentada, após um valor ter sido previamente acordado, os turistas foram surpreendidos com a cobrança de um preço superior. Ao questionarem a mudança, teriam sido alvo de hostilidade crescente, que culminou no arremesso de uma cadeira contra uma das vítimas e em agressões físicas atribuídas a um grupo estimado entre 15 e 20 pessoas.
Erika Hilton afirma que os relatos indicam que a reação extrapolou um conflito comercial comum e sugere que a violência possa ter sido agravada por motivação homofóbica. A deputada também aponta indícios de possível omissão das forças de segurança que atuavam na região.
Além disso, a parlamentar solicita a abertura de procedimentos específicos para apurar a possibilidade de crime de ódio. Ela ressalta que a resposta institucional ao caso tem relevância que vai além do episódio individual, destacando que “a adequada apuração e resposta a episódios dessa natureza são fundamentais não apenas para a garantia de justiça às vítimas, mas também para o fortalecimento da confiança da população nas instituições de segurança pública”. Erika Hilton acrescenta que a responsabilização dos envolvidos é essencial para preservar a imagem de Pernambuco como um destino comprometido com a segurança, os direitos humanos e a proteção de seus visitantes.
Leia menos
A Capital do Jeans celebrou seus 72 anos de emancipação política, ontem, com uma agenda marcada por atos simbólicos e anúncios importantes. O prefeito Sérgio Colin (PP) iniciou as comemorações no Centro Administrativo com o tradicional hasteamento das bandeiras. O momento cívico foi abrilhantado pelo coral Univoz, que entoou o hino municipal.
Na sequência, um dos pontos altos da programação foi a assinatura da ordem de serviço para a construção da nova Escola Municipal José Matias. O projeto, orçado em mais de R$ 8,1 milhões, prevê uma estrutura moderna com dois pavimentos e mais de 2.500 metros quadrados de área construída. A unidade terá capacidade para atender até 898 alunos.
Leia maisPara o prefeito, a obra representa o maior presente que Toritama poderia receber em seu aniversário. “Toritama completa 72 anos olhando para o futuro. Não estamos apenas construindo uma escola, estamos criando oportunidades e garantindo dignidade para nossas crianças, com um espaço moderno, tecnológico e acolhedor. Encerramos este ciclo com o sentimento de dever cumprido e a certeza de que o trabalho continua, porque investir em educação é assegurar que o progresso da Capital do Jeans siga firme por muitas gerações”, destacou o gestor.
As comemorações foram encerradas no Parque Biblioteca Maria dos Anjos, que ficou lotado para o corte simbólico do bolo e o tradicional canto de parabéns em homenagem aos 72 anos do município. Entre as autoridades presentes, estiveram o ex-prefeito Edilson Tavares (PP), o vice-prefeito Gil Custódio (PP) e o deputado estadual Abimael Santos (PL), além de vereadores e lideranças locais.
Leia menos
Metrópoles
Um vídeo com o depoimento de barraqueiros envolvidos na confusão registrada na praia de Porto de Galinhas, no litoral de Pernambuco, viralizou nas redes sociais, ontem. Apesar da tentativa dos comerciantes de apresentar sua versão dos fatos, internautas criticaram o conteúdo, afirmando que nada justifica a violência relatada por turistas.
Nas imagens, trabalhadores da praia rebatem as acusações feitas por um casal de turistas de Mato Grosso, que denunciou agressões após um desentendimento sobre a cobrança pelo uso de cadeiras na faixa de areia.
Leia maisO vídeo, postado no perfil de um barraqueiro conhecido na região, é conduzido por um homem identificado como Dinho. Logo no início, ele nega que o episódio tenha tido motivação homofóbica. “Não foi um caso de homofobia. Estão tentando atrelar isso à história e não foi”, afirma.
Segundo a versão dos barraqueiros, o valor do aluguel da estrutura teria sido informado previamente – R$ 80 – e os turistas teriam ultrapassado o limite permitido das barracas, demarcado por bandeiras na areia. Dinho sustenta que o uso de guarda-sol e cadeiras implica cobrança e que ninguém trabalha gratuitamente. “Ninguém vai te proibir de sentar na areia, mas se usar o guarda-sol, tem que pagar pelo serviço”, diz.
Ainda no vídeo, os trabalhadores alegam que os turistas estariam embriagados no momento do desentendimento e contestam a informação de que dezenas de pessoas teriam participado das agressões. “Foi uma briga generalizada, isso eu não vou defender. Mas não foram 30 pessoas. Foram quatro, cinco”, afirma Dinho.
Outra trabalhadora, identificada como Vera, relata que houve confusão quando os turistas teriam se recusado a permitir que outras pessoas se sentassem à frente deles. Já Eduardo, também barraqueiro, afirma ter sido agredido primeiro. “Ele me deu um mata-leão, eu fiquei apagado no chão”, alega.
O vídeo ainda traz o depoimento de Guilherme, turista de Belo Horizonte, que diz frequentar Porto de Galinhas há anos e afirma nunca ter tido problemas com os barraqueiros envolvidos. Segundo ele, a versão apresentada pelos trabalhadores “não tem mentira”.
Leia menos
O Sextou desta semana, primeiro de 2026, está emocionante e dedicado ao melhor do forró romântico. O convidado é o cantor e compositor Juarez Cantor, ex-integrante das bandas de forró Mastruz com Leite e Magníficos e do grupo Amigos Sertanejos.
Natural do Rio de Janeiro, desde os 15 anos Juarez vive da música. Fez parte de concursos musicais e já cantava à noite em barzinhos do Ceará, estado onde cresceu. Em 2022, o artista decidiu seguir em carreira solo e se destaca por belíssimas canções, como ‘Dom da Vida’, ‘Ponta de Faca’ e ‘Minha Delicadeza’.
O Sextou vai ao ar na próxima sexta-feira, pela Rede Nordeste de Rádio, formada por 48 emissoras em Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Bahia, tendo como cabeça de rede a Rádio Folha 96,7 FM, no Recife. Se você deseja ouvir pela internet, clique no link do Frente a Frente em destaque no alto do blog ou baixe o aplicativo da Rede Nordeste de Rádio na play store.
Por Ricardo de Oliveira Paes Barreto*
Desde minha infância convivi com o setor sucroalcooleiro do nosso Estado de Pernambuco, em especial na zona da mata sul, onde fui criado, e pude ver, com o passar dos anos, a sua importância social, ambiental e com o nosso crescimento estrutural, o que pude constatar quando de nossa gestão perante o Tribunal de Justiça de Pernambuco, ao visitar quase todas as unidades do Estado, em missão de aproximar o Judiciário de todos os setores trabalhadores, produtivos e de segurança do Estado.
No particular do setor, a importância social está nos milhares de empregos que são gerados a cada ano, passando do cortador de cana de açúcar, pelos funcionários mais variados, até por graduados profissionais que trabalham nas unidades usineiras espalhadas nas matas norte e sul do Estado, impactando a economia de cerca de 60 municípios.
Leia maisNas unidades há escolas primárias bem equipadas, programas sociais e alimentação para todos. Tivemos oportunidade de ver linhas familiares inteiras ali trabalhando, para manter uma estrutura bastante complexa e custosa na produção das commodities próprias do sistema: melaço, álcool, açúcar de várias espécies, o conhecido ouro doce”, que não só abastecem o mercado interno, mas fortemente também o mercado internacional.
A importância ambiental é enorme. No passado, víamos pesadas queimadas poluentes e perigosas nas plantações para facilitar a colheita, com a queima da palha cortante, hoje quase inexistente com a utilização de novas tecnologias que, embora demandem forte investimento na aquisição e manutenção, foram essenciais à redução dessa indesejada técnica.
A floresta das redondezas das unidades foram quase que totalmente devastadas para uso da madeira nas enormes caldeiras necessárias ao funcionamento das usinas, poderíamos até dizer, é o “coração” que as faz pulsar, hoje totalmente substituídas pelo bagaço das moendas e uso de gás natural, gerando não só a energia ali produzida é utilizada, mas igualmente gerando energia para o sistema estadual de fornecimento.
Em paralelo não só foram introduzidas inúmeras ações de recuperação da mata degradada, o que pude constatar em todas elas, mas implementado severo controle na manutenção das matas remanescentes e recuperadas, o que demanda, também, forte e custoso investimento tecnológico e de pessoal especializado.
O vinhoto, subproduto da produção e que era jogado nos rios afluentes, causando danos poluentes sérios, hoje é cem por cento utilizado na irrigação das plantações, com resultados positivos de sustentabilidade e economicidade.
O etanol produzido é um combustível verde, muito menos poluente que os combustíveis de origem fóssil.
Na esfera de crescimento estrutural do Estado, há uma geração direta e indireta de tributos incalculáveis. Só de impostos estatais são mais de 500 milhões por ano, sem falar dos outros milhões decorrentes das prestações dos serviços típicos da atividade.
Por outro lado, e independentemente de todo esse esforço empresarial, milhares de valiosos hectares de terras são necessários para que os parques industriais sucroalcooleiros possam nelas se assentar e produzir todo o leque de produtos que serão oferecidos ao mercado consumidor.
Mas todo esse esforço, de essencial importância para a manutenção da força de trabalho e da sustentabilidade em todos os sentidos, tem um decorrente e óbvio custo de funcionamento, como um orçamento familiar em que quando há sobra, fazemos investimentos e melhoramos a qualidade de vida de todos, mas quando, por razões diversas, as despesas aumentam muito e não há retorno financeiro suficiente, toda a estrutura familiar sucumbe.
É um momento indesejado, difícil e delicado, pois observamos os custos mínimos de manutenção não serem atingidos com a arrecadação financeira decorrente. É preciso parar, pensar e buscar soluções que levem, em primeiro plano, ao corte de despesas, o que interfere imediatamente na qualidade de vida, e, ato contínuo, na busca de soluções que possam reequilibrar as finanças para restauração da regularidade e da necessária prosperidade que todos esperamos e queremos.
Pois bem, hoje temos cerca de 13 usinas de cana de açúcar funcionando em Pernambuco, quando no passado chegamos a ter mais de 120, e o que significa isso? Significa que, como as centenas de engenhos que sucumbiram por dificuldades financeiras, igual fenômeno ocorre com nossas usinas, que chegaram a processar nas safras passadas mais de 14 milhões de toneladas de cana.
Trabalhando com commodities universais, os seus preços flutuam para cima e para baixo no mercado, o qual convive atualmente com tarifaços, guerras, moedas fortes e fracas, dentre outros fenômenos. Em decorrência de tudo isso, quando os preços flutuam para cima, poucas vezes, o sistema funciona perfeitamente, trazendo todos os benefícios já mencionados ao nosso Estado, mas quando os preços flutuam para baixo, o que comumente ocorre, diante dos altos custos de sua manutenção, a crise se irradia e muitas vezes e o valor pago pelo mercado não cobre nem o pesado custo de produção.
Como ocorre na Europa e nos Estados Unidos, sem esquecer outras regiões pelo mundo afora, é preciso pensar e efetivar ação de proteção ao funcionamento adequado desse sistema como um todo por parte dos governos estadual e federal, maiores arrecadados de tributos decorrentes da produção, não mero e indesejado protecionismo, que vicia e gera acomodações, mas uma proteção capaz de garantir sua sustentabilidade mínima.
Redução e racionalização de custos e boas práticas agrícolas, já vem sendo praticadas e funcionalizadas pelas usinas, mas nada disso é suficiente para proteger o setor em momentos de grave crise como se vê atualmente.
É preciso discutir e implementar políticas públicas e apoio governamental com instituição de incentivos fiscais e linhas de crédito, como forma de manter a saúde financeira desse importante setor, como também a implementação de políticas que venham a incentivar o uso do etanol, nosso combustível limpo e renovável, descarbonizando o setor de transportes e garantindo um preço minimamente justo.
Por certo, há também outras políticas estruturais que, com muito diálogo e proposição, podem não só regular o sistema hoje, mas também garantir que nosso setor sucroalcooleiro possa se recuperar e consolidar um novo e sustentável padrão de estabilidade para o futuro.
*Desembargador e presidente do TJPE
Leia menos
O professor, escritor, cientista político e sociólogo Antônio Lavareda será o entrevistado do último podcast do ano Direto de Brasília, hoje. O programa é uma parceria deste blog com a Folha de Pernambuco, com transmissão para 165 emissoras no Nordeste.
Lavareda é pioneiro no Brasil nos estudos teóricos e na utilização de ferramentas de neuropolítica, mestre em Ciência Política e em Sociologia. É também um dos consultores mais bem-sucedidos em campanhas eleitorais no País, craque em pesquisas e análises de cenários eleitorais nacionais e internacionais.
Leia maisÉ também advogado, jornalista, mestre em sociologia e doutor em ciência política, senior fellow do CEBRI, conselheiro do PNUD da ONU, coordenador do Observatório Febraban, conselheiro do COPS da Associação Comercial de São Paulo, diretor Geral do Barômetro da Lusofonia da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, presidente do conselho científico do IPESPE, presidente de honra da Associação Brasileira de Pesquisadores Eleitorais e comentarista eleitoral da CNN.
O podcast tem a participação dos jornalistas José Maria Trindade, da Jovem Pan Brasília; Marcelo Tognozzi, do Poder360; Rudolfo Lago, do Correio da Manhã; Betânia Santana, da Folha de Pernambuco; Heron Cid, do site MaisPB; Arnaldo Santos, da revista Mais Nordeste, de Fortaleza; Felipe Klisma, da Rede de Rádio ANC, do Ceará; Orlando Pontes, do jornal Brasília Capital, e Ângelo Girotto, do jornal O Potengy, do Rio Grande do Norte.
Na pauta, a prisão de Bolsonaro, os escândalos do INSS e do Banco Master, o Governo Lula, as pesquisas de intenção de voto para presidente, o golpe no orçamento da União dado pelo Congresso, através das emendas e do inflado fundo eleitoral, além de outras cositas mais, como a iniciativa do senador Alessandro Vieira de colher assinaturas para investigar o contrato do banco Master com a esposa do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
O ‘Direto de Brasília’ vai ao ar das 18h às 19h, com transmissão pelo YouTube da Folha de Pernambuco e do meu blog, e também em cerca de 165 emissoras de rádio no Nordeste. Retransmitem ainda o programa a Gazeta News (Grupo Collor) em Alagoas; a Rede Mais Rádios, com 25 emissoras na Paraíba; a Mais-TV, sob o comando do jornalista Heron Cid; e ainda a Rede ANC, no Ceará, com mais de 50 emissoras, além TV LW, de Arcoverde.
Entram como parceiros na mídia institucional o Grupo Ferreira, de Santa Cruz do Capibaribe, a Autoviação Progresso, o Grupo Antonio Ferreira Souza, a Água Santa Joana, a Faculdade Vale do Pajeú e o grupo Grau Técnico.
Leia menos
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pagou R$ 1,53 bilhão em emendas parlamentares na semana passada, que incluiu o feriado de Natal. O valor coloca o período na sétima posição entre as semanas com maior volume de pagamentos em 2025.
Nos últimos anos, as emendas viraram alvo de confronto do Legislativo com o Executivo e o Judiciário. Do Legislativo com o Executivo, porque o Congresso tem buscado englobar fatias cada vez maiores do Orçamento nas emendas. Com o Judiciário, porque o Supremo Tribunal Federal vem suspendendo o pagamento de emendas sob a avaliação de que os gastos são pouco transparentes.
Com isso, o total pago pelo governo em emendas parlamentares neste ano chegou a R$ 30,2 bilhões. O montante é composto por três tipos de emendas: individuais e de bancada, cujo pagamento é obrigatório, e emendas de comissão, que são de execução facultativa.
Ao completar o primeiro ano à frente da Prefeitura de Altinho, o prefeito Marivaldo Pena (PSB) tem a gestão aprovada por 84,7%, segundo pesquisa do Instituto Opinião em parceria com este blog. O levantamento aponta ainda que 10% dos entrevistados desaprovam, enquanto 5,3% não souberam ou preferiram não responder.
Os índices de aprovação se mantêm entre as diferentes regiões do município. Na zona urbana, 84,7% dos entrevistados aprovam, enquanto na zona rural o percentual chega a 84,8%. Estratificando, a administração dele apresenta maior aprovação entre as mulheres, com 87,4%, enquanto entre os homens o índice é de 81,9%.
Leia maisA avaliação por faixa etária mostra maior aprovação entre os eleitores com 60 anos ou mais, alcançando 86%. Em seguida aparecem os eleitores de 35 a 44 anos (85,9%), de 45 a 59 anos (85,3%), de 25 a 34 anos (83,1%) e de 16 a 24 anos (82%).
O grau de instrução também influencia a percepção sobre a gestão. Entre os eleitores com grau de instrução superior, a aprovação atinge 89,7%. O índice é de 86,8% entre aqueles com ensino médio e de 83% entre os que têm escolaridade até o 9º ano.
No recorte por renda familiar, a aprovação é de 84,5% entre os eleitores com renda de até dois salários mínimos e de 85,5% entre aqueles com renda superior a esse patamar.
Entre os eleitores que aprovam a administração municipal, o principal motivo apontado é a percepção de que “a cidade está progredindo”, citada por 25,7%. Em seguida, aparecem avaliações relacionadas ao perfil do gestor, como ser considerado “trabalhador” (22,7%) e “bom administrador” (15%).
Também foram mencionados atributos como ser “boa pessoa” (9,7%), “trabalhar melhor do que os prefeitos anteriores” (9,4%) e “ajudar a população” (4,4%). Na avaliação direta da gestão municipal, 38,1% dos entrevistados classificam a administração de Marivaldo Pena como “ótima” e 36,5% como “boa”.
Outros 16,8% consideram a gestão “regular”. Já 3,8% avaliam como “ruim” e 2,5% como “péssima”, enquanto 2,3% não souberam ou preferiram não responder. A pesquisa também aferiu a imagem pessoal do prefeito. Para 85,9% dos entrevistados, Marivaldo Pena tem uma imagem positiva. Já 8,8% consideram a imagem negativa, enquanto 5,3% não souberam ou não responderam, percentual semelhante ao registrado na avaliação geral da administração.
Quando questionados sobre os principais problemas enfrentados pelo município, a saúde pública lidera as preocupações da população, apontada por 28,8% dos entrevistados. Em seguida aparece o desemprego, citado por 25,5%. Segurança pública (9,8%), falta d’água (9,5%) e asfalto, calçamento e estradas (6,3%) completam a lista dos problemas mais mencionados.
A pesquisa foi realizada entre os dias 26 e 27 últimos, sendo aplicados 400 questionários em áreas urbanas e rurais de Altinho. O levantamento tem intervalo de confiança de 90% e margem de erro de 4,1 pontos percentuais, para mais ou para menos.
Leia menos
Hesitação é uma das marcas de Raquel
A relutância da governadora Raquel Lyra (PSD) em se pronunciar sobre temas espinhosos tem se tornado um traço recorrente de sua gestão. Sempre que episódios que geram forte comoção social ocorrem em Pernambuco, impera a lei do silêncio lá pelas bandas do Palácio do Campo das Princesas.
E quando o governo se vê encurralado por conta de alguma omissão, tornando quase obrigatório um posicionamento, o que vem a público são respostas estritamente protocolares. Foi assim, mais uma vez, no caso dos dois turistas mato-grossenses espancados, no fim de semana, na praia de Porto de Galinhas.
Os vídeos da violência já circulavam em portais de notícias desde o início da tarde de domingo passado e desnudavam não só o descontrole na fiscalização do trabalho dos barraqueiros que atuam na orla, mas também a completa ausência de policiamento em um dos destinos turísticos mais conhecidos do país.
Leia maisAs vítimas só não apanharam mais dos ambulantes porque foram amparadas na caçamba de um veículo de guarda-vidas civis que estavam perto do local. Com a falha na segurança, o governo de Raquel ficou descoberto em rede nacional. O episódio, amplamente repercutido ao longo do dia por emissoras de TV do eixo Rio–São Paulo, atingiu não apenas as vítimas, mas a credibilidade do destino Pernambuco.
Ainda assim, a governadora só se pronunciou na manhã de ontem, quase 24 horas depois, e apenas porque foi provocada em uma entrevista de rádio. Em lugar de uma fala firme, veio um compêndio de obviedades. A avaliação de que o caso se tratou de um crime foi uma delas. As imagens já deixam isso nítido. Outra fala protocolar foi a de que seria criado um grupo de trabalho, com a participação do Governo do Estado e do município, para estudar medidas que evitem casos semelhantes na orla.
No meio político, todo mundo sabe que grupos de trabalho são a resposta típica a ser dada quando os governantes não têm nada contundente a dizer à sociedade para resolver um problema. Quando um governo reluta demais, perde a oportunidade de exercer autoridade política e de transmitir confiança à sociedade.
E, sem respaldo institucional, as próprias equipes — nesse caso, as da segurança — também passam a hesitar. Já o silêncio, ao contrário, abre espaço para especulações. Um desgaste que, no episódio dos turistas espancados, não é restrito ao governo, mas a uma das principais atividades econômicas do Estado. Sofre o trade turístico, sofre o comércio, sofrem todos.
Diferentemente das picuinhas que Raquel costuma nutrir na relação com a Assembleia Legislativa, que se esgotam em si mesmas, os efeitos da dureza da comunicação dela deveriam preocupá-la mais quando afetam em cheio a economia do Estado. Governar também é enfrentar temas incômodos, assumir riscos e falar quando o momento exige firmeza.
Foi tudo o que não aconteceu nesse caso recente, que fechou melancolicamente o terceiro ano de seu governo. Agora, é torcer para que, em seu último ano, essa postura até agora incorrigível dê lugar a uma forma mais empática de lidar com as crises. É bem provável que o turismo e os turistas sejam os primeiros a agradecer.
TENTATIVA DE HOMICÍDIO – Em artigo, ontem, neste blog, o advogado criminalista Cláudio Soares classificou como uma grave tentativa de homicídio a agressão praticada por um grupo de barraqueiros a dois turistas, domingo passado, em Porto de Galinhas. O caso se configura numa clara tentativa de homicídio. Até o momento, não há respostas satisfatórias sobre punições, investigações ou ações preventivas”, afirmou. Segundo escreveu, relatos recorrentes de turistas apontam um cenário alarmante em Porto, com barraqueiros cobrando valores abusivos — que chegam a até R$ 150 — simplesmente para que pessoas possam se sentar em áreas que são públicas.

Retrato vergonhoso – “Porto de Galinhas não pode ser território sem lei. O Estado e o município têm a obrigação constitucional de garantir segurança, ordem e respeito aos direitos básicos. Enquanto as autoridades fecham os olhos, a praia, que é pública, segue sendo privatizada à força. O que acontece hoje em Porto de Galinhas não é apenas um problema turístico. É um retrato vergonhoso da omissão do Estado diante da violência e da ilegalidade. E cada dia sem ação concreta é mais um golpe na credibilidade de Pernambuco”, acrescentou o advogado. Seu texto teve uma ampla repercussão nas redes sociais.
Barraqueiro punido – Em entrevista ao Frente a Frente de ontem, o prefeito de Ipojuca, Carlos Santana (Republicanos), relatou que passou a manhã reunido para tratar do lamentável episódio em Porto de Galinhas. O encontro resultou na punição do responsável pela barraca e agressor, que ficará por 30 dias sem usar a área como comércio. “Também serão punidos todos os que participaram do que consideramos um linchamento”, disse.
Sem repercussão no turismo – Santana anunciou, também, o aumento do efetivo da guarda municipal costeira e a governadora pediu que reforçasse o policiamento ao longo de toda a extensão de Porto de Galinhas. Na sua opinião, a tentativa de linchamento, classificada por ele próprio, não trará impacto capaz de reduzir a presença de turistas no município. “Foi um fato isolado, que poderia ter sido resolvido com diálogo ali mesmo na própria barraca, mas se estendeu pela praia, o que lamentamos muito”, afirmou.

Raquel vê crime grave – Ao falar sobre a tentativa de linchamento em Porto, a governadora Raquel Lyra (PSD) informou que 14 agressores foram identificados e serão punidos na forma da lei. Ela classificou como um “crime grave”. “Porto de Galinhas é um lugar que todo pernambucano tem no coração. É o quarto maior destino turístico do Brasil e o que aconteceu é absolutamente inadmissível”, disse, acrescentando que o Estado é o destino mais procurado no País este ano. “E aconteceu algo que não vamos tratar de incidente, mas de crime grave”, afirmou.
CURTAS
O CULPADO – A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) colocou o Congresso Nacional e o peso dos juros da dívida pública no centro de sua mensagem de Ano Novo ao apontar os principais fatores que, segundo os bispos, comprometem a capacidade do Estado de enfrentar desigualdades e fragilizam a democracia no país. O texto afirma que o pagamento “exorbitante de juros e amortizações da dívida” reduz o espaço para investimentos em áreas essenciais como educação, saúde, moradia e segurança.
NOVO AEROLULA – Após ao menos três episódios de risco em voos oficiais neste mandato, o presidente Lula estuda a compra de um novo avião presidencial. A decisão, no entanto, esbarra no alto custo da aeronave, estimado entre R$ 1,4 bilhão e R$ 2 bilhões, segundo cotações de mercado, e no potencial desgaste político em um ano eleitoral, cenário que leva aliados a desaconselhar a troca. O orçamento deve ser entregue ao petista no início de 2026.
EM QUEDA – O programa “Fantástico”, da TV Globo, registrou uma média de 16 pontos de audiência na Grande São Paulo em 2025. Os dados são da Kantar Ibope e foram divulgados pelo jornalista Gabriel Vaquer. Cada ponto na região equivale a 78.781 domicílios ou 199.633 telespectadores. A média de audiência do “Fantástico” está em queda desde 2023.
Perguntar não ofende: Lula vai enfrentar o desgaste da compra de um novo avião em ano eleitoral?
Leia menos