Ranking avalia atuação de políticos num Congresso mais poderoso que nunca

Dos 513 deputados federais eleitos em outubro de 2018, quase metade (47,4%) nunca tinha pisado no Congresso Nacional na condição de parlamentar. O índice recorde de renovação ocorreu em um momento de descrédito do mundo político, potencializado pela Operação Lava-Jato, que produziu a onda que levou ao Palácio do Planalto o capitão do Exército Jair Bolsonaro — por ironia, um deputado de baixo clero, com sete mandatos consecutivos, que nunca produziu nada digno de nota nesse longo período.

De qualquer forma, aqueles políticos, ungidos pelo sentimento de mudança nas urnas, produziram com seus novos rostos e ideias a expectativa de uma legislatura igualmente renovadora e transformadora. A fotografia tirada ao final do mandato, no entanto, retrata algo diferente, repetindo a tradição nacional de a chamada “Casa do Povo” oscilar muito entre acertos e retrocessos. Considerando-se o contexto em que a maioria chegou ao local, é inegável o sabor de frustração. As informações são da Veja.

Na análise dos trabalhos realizados nos últimos três anos e meio, ainda que aos trancos e barrancos, é verdade que o Congresso teve o mérito de aprovar medidas importantes. Enquanto atuaram em bloco, os deputados conseguiram aprovar projetos fundamentais como a reforma da Previdência, a independência do Banco Central, a privatização da Eletrobras e os marcos legais de gás e saneamento básico (veja o quadro acima).

Em todos esses casos, as iniciativas tiveram o apoio do Executivo, mas propostas polêmicas como a venda de uma estatal relevante ou mudanças no sistema de aposentadorias não teriam tramitação fácil no Legislativo se não houvesse a articulação cuidadosa e persistente de algumas de suas lideranças. Ao mesmo tempo, porém, os parlamentares falharam ao não conseguir levar adiante outras prioridades nacionais, como as reformas tributária e administrativa.

Se o trabalho em grupo produziu alguns resultados relevantes, o mesmo não pode ser dito da atuação individual dos parlamentares. Segundo um mapeamento recente feito pela plataforma Legisla Brasil, quase oito em cada dez deputados (77%) tiveram desempenho fraco ou mediano quando foram analisados os seus trabalhos com base em quatro indicadores: produção legislativa (e relevância dos projetos), fiscalização, mobilização e alinhamento partidário. Dos 513 deputados, apenas 57 foram considerados cinco-estrelas (com notas gerais maiores de 5,3, em uma escala de 0 a 10).

“A nota média dos deputados é muito baixa, assim como a produtividade individual foi baixa, porém o Congresso desde 2019 foi mais atuante em alguns pontos, como durante a pandemia, em que tomou a frente de várias medidas”, afirma Luciana Elmais, uma das idealizadoras do estudo.

O Índice Legisla Brasil não é o primeiro a fazer esse tipo de estudo, mas, ao contrário de outros, como o Ranking dos Políticos (de viés liberal) e o Diap (ligado a sindicatos de trabalhadores), busca fazer a avaliação sem filtro ideológico. Tanto que a lista de cinco-estrelas tem políticos de orientações distintas, como Alexandre Padilha (PT-SP), Kim Kataguiri (Uni­ão-SP), Paula Belmonte (Cidadania-DF), Tabata Amaral (PSB-SP) e Capitão Alberto Neto (PL-AM).

Infelizmente, porém, conforme mostra o trabalho do Legisla Brasil, eles são exceções. Na ponta mais baixa do ranking figuram parlamentares “duas-estrelas”, a exemplo de Aécio Neves (PSDB-MG) e Marco Feliciano (PL-SP).

Há vários fatores que explicam a aparente contradição entre parlamentares ineficientes e, no conjunto, um Congresso com momentos de brilho, como quando foi capaz de levar adiante uma robusta reforma da Previdência, algo que as antigas legislaturas fracassaram ao longo de décadas.

Uma das principais razões da baixa performance foi justamente a falta de experiência da maioria, que chegou à “Casa do Povo” sem ter noção alguma do funcionamento do Congresso e do que é necessário fazer para executar bem os trabalhos de fiscalização e de proposição de leis, entre outros.

Esse tipo de imaturidade fica evidente diante do fato de que, até aqui, os atuais parlamentares apresentaram cerca de 17 000 projetos, sendo que desse total apenas 188 viraram alguma norma jurídica, um índice de 1,1%, o pior desde 2003, na comparação com os últimos Congressos.

Trata-se de uma prova cabal de que grande parte deles perde tempo defendendo ideias irrelevantes — ou, na hipótese mais benigna, quando a proposta faz algum sentido, eles se mostram incapazes de convencer os demais colegas de sua importância. Esse poder de articulação política conta muitos pontos no cômputo de eficiência. “As funções dos deputados são compartilhadas e divididas. Há parlamentares que vão ser mais relevantes para seu eleitorado obstruindo sessões. Outros vão encabeçar projetos importantes que vão tomar tempo de boa parte da legislatura, como a relatoria de alguma PEC”, destaca Graziella Testa, doutora em ciência política da FGV.

Outro ponto fundamental na análise do atual Congresso é o fato de que a Casa viveu no período duas épocas bastante distintas. Na primeira metade da atual legislatura, a relação entre o Poder Executivo e o presidente da Casa, Rodrigo Maia (então no DEM, hoje no PSDB), foi marcada por um estado de permanente tensão.

Com postura independente, Maia protagonizou várias trombadas políticas com o presidente e algumas caneladas com sua equipe, em especial o ministro Paulo Guedes (Economia), mas teve frieza e competência para conduzir projetos importantes, em especial a reforma da Previdência.

Sem a atuação do deputado, o governo Bolsonaro, com uma base política risível, liderada por radicais estreantes sem peso político algum, jamais teria conseguido aprovar a mudança. Foi com Maia também que o governo conseguiu passar a independência do Banco Central, pequenas reformas na legislação trabalhista e enfrentar os primeiros — e incertos — tempos da pandemia.

“Foram dois anos de independência da Câmara. Tivemos uma agenda, apesar de o governo não ter pauta do ponto de vista de modernização do Estado, e conseguimos comandar a pauta com o apoio dos líderes”, relembra Maia, que está licenciado, é secretário no governo de São Paulo e nem vai tentar a reeleição a deputado.

A ajuda que Maia deu ao presidente não foi suficiente para demover o chefe do Executivo de trabalhar para tirá-lo do cargo. Bolsonaro investiu pesado na construção de uma aliança com o Centrão, jogou fora o seu discurso contra a velha política, entregou as chaves de boa parte dos cofres e ajudou a empossar Arthur Lira (PP-AL) no comando da Câmara. Começava assim, em fevereiro de 2021, uma nova fase da atual legislatura.

Além de ser fiador do governo, Lira, junto com seu grupo, avançou para garantir mais nacos de poder e começar a governar o país juntamente com o Executivo. O pacote incluiu a aprovação de medidas importantes, como a privatização da Eletrobras, mas também iniciativas para fortalecer os deputados, como a ampliação das emendas de relator, o “orçamento secreto”, que saltou de 2,7 bilhões de reais em 2019 para 16,5 bilhões de reais em 2022.

Também acenou aos partidos — ao elevar o Fundo Eleitoral para 4,9 bilhões de reais na atual eleição — e à classe política em geral, ao aprovar projetos que dificultam a punição dos malfeitos da classe, como a revisão da lei de improbidade administrativa (que passou a punir apenas se o político tiver tido a “intenção” de alcançar um resultado ilícito). O pacote de Lira anabolizou a sua relevância política, mas também a do cargo que ocupa e da Casa que preside.

“Há um movimento de mudança na relação entre os poderes no Brasil. A principal maneira de ver isso é pelo Orçamento”, diz Carlos Ranulfo Melo, pesquisador do Centro de Estudos Legislativos da Universidade Federal de Minas Gerais.

Além de ter sido comandada por duas cabeças completamente diferentes, a atual legislatura é também histórica por um motivo especial: tanto com Maia quanto com Lira, a pandemia, a partir de março de 2020, marcou o trabalho do Congresso. Com sessões presenciais suspensas, as votações passaram a ser virtuais, o que deu ganho de celeridade às matérias. A prática é alvo de crítica da oposição.

“Como não precisava estar presente no plenário, havia votações que eram marcadas para 1 hora da manhã e tinha mais de 500 deputados presentes. Quem disse que eles estavam lá?”, questiona Ivan Valente (PSOL-­SP), deputado há sete mandatos consecutivos. A prática do sistema remoto vigora até hoje e retirou um dos principais mecanismos da oposição: a obstrução.

“Isso prejudicou muito os debates. Fazer debate pela internet é muito rebaixado, nossa obstrução se resume a formular requerimentos de discussão e retirada de pautas”, afirma. Ex-todo-poderoso da Câmara e tentando retornar ao Congresso após um longo período na cadeia, Eduardo Cunha (PTB-SP) afirma que a votação remota foi uma prática tentada em sua gestão, mas não aceita pelos deputados. “Não pode ser um instrumento de momento, tem de facilitar a vida da maioria. Precisa ser mantido”, diz.

O fato de os deputados da oposição perderem força e voz nas votações tem levado ao aumento da judicialização de matérias legislativas. O orçamento secreto foi suspenso pela ministra — e agora presidente — do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber, em resposta às ações apresentadas por PSOL, Cidadania e PSB, que, somados, têm apenas 39 deputados. A magistrada depois decidiu pela liberação, decisão referendada pelo plenário da Corte.

O aumento bilionário do Fundo Eleitoral também foi parar no Supremo, questionado pelo Novo, que tem oito parlamentares. O STF manteve o valor, por 9 votos a 2.

A judicialização da política ocorre ainda, muitas vezes, por omissão do Legislativo. Em abril de 2021, o ministro Luís Roberto Barroso determinou que o Senado instalasse a CPI da Pandemia, contrariando a postura do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, que havia descartado a abertura da comissão. O colegiado investigou a ação do governo federal na pandemia e jogou luz sobre a negligência em relação à compra de vacinas.

“Menor e cada vez mais derrotada em seus pleitos, a oposição sai do Congresso e fica ajuizando tudo o que pode no STF. E o presidente da República sai do eixo e passa a chamar o Supremo de comunista, inflando seu eleitorado”, afirma o cientista político Humberto Dantas, diretor do Movimento Voto Consciente. “Veja o tamanho da confusão quando, na verdade, a oposição queria só anular ou retardar uma votação.”

O aumento do protagonismo do Congresso na segunda metade do mandato de Bolsonaro, que transformou Lira em uma espécie de primeiro-ministro do governo, acendeu o sinal de alerta dos candidatos ao Palácio do Planalto.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), líder das pesquisas, tem demonstrado preocupação sobre como o Executivo pode recuperar o controle do Orçamento, sem fustigar o Centrão, que deve continuar sendo importante nas votações decisivas, independentemente de quem chegar à Presidência.

Hoje, os partidos que formam a coligação de Lula somam 120 deputados na Câmara. O número é insuficiente até para aprovar projetos que exigem maioria simples — uma emenda à Constituição (PEC) precisa de 308 votos. A estratégia mais óbvia passa por aumentar o tamanho da bancada na eleição, necessidade que Lula tem ressaltado com frequência nas redes sociais, no horário eleitoral e nos atos públicos.

O presidente, no entanto, também aposta na sua capacidade de negociação com os partidos — há quem diga que ele não fecha as portas nem mesmo para uma aproximação com Lira.

Ainda é cedo para saber qual Congresso sairá das urnas na eleição deste ano. Mas é razoável imaginar que ele não deverá ter um alto grau de renovação como o de 2018, até mesmo porque as forças políticas em torno dos dois favoritos, Lula e Bolsonaro, abarcam três de cada cinco deputados atuais. Mas há quem tente.

Entre as novidades está o 200+, um movimento suprapartidário que tenta eleger parlamentares baseado em bandeiras que vão na contramão do Legislativo atual, muitas herdadas do lavajatismo.

Entre elas estão a redução significativa do Fundo Eleitoral, o fim do orçamento secreto, a extinção do foro privilegiado para políticos e a prisão após condenação em segunda instância. “O Congresso teve alguns retrocessos em relação ao combate à corrupção, e isso impacta diretamente a vida dos cidadãos”, afirma Luciana Alberto, cofundadora do grupo, que tem entre seus expoentes o ex-procurador Deltan Dallagnol, agora candidato a deputado pelo Podemos.

As votações para o Congresso, embora fundamentais, sempre mobilizaram pouco o eleitor brasileiro e atraem interesse menor que as disputas para a Presidência e os governos estaduais. Pesquisa Datafolha de agosto mostrou que 64% dos entrevistados não se lembravam em quem havia votado para deputado federal em 2018. Levando-se em conta os enormes desafios sociais e econômicos que o país terá pela frente, é preciso que os brasileiros dediquem muito mais atenção a essa importante escolha.

Veja outras postagens

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), anunciou nesta segunda-feira (17) a liberação da pista do aeroporto de Fernando de Noronha para voos com jatos, após mais de dois anos de restrições. Em vídeo publicado nas redes sociais, o ministro destacou que a decisão da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) permitirá a chegada de aviões com maior capacidade de passageiros, impulsionando o turismo no arquipélago. A medida é fruto de um trabalho conjunto entre o Governo Federal e o Governo de Pernambuco. Fazendo uma pausa no recesso, a governadora Raquel Lyra também celebrou a reabertura. Assista:

Jaboatão - Combate Dengue

A nova diretoria da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) tomará posse nesta quarta-feira (19), em cerimônia realizada na sede da entidade, no Recife. Eleito por aclamação no último dia 27 de fevereiro, o prefeito de Paudalho, Marcelo Gouveia, assumiu a presidência para o biênio 2025-2027, tendo como vice o prefeito de Aliança, Pedro Freitas. A nova gestão contará ainda com a participação de prefeitos de diversas regiões do estado nos cargos de secretariado e tesouraria, reforçando a representatividade municipalista da entidade.

A nova diretoria-executiva da Amupe tem como membros:

  • Marcelo Gouveia, presidente;
  • Pedro Freitas, prefeito de Aliança, vice-presidente;
  • Elcione Ramos, prefeita de Igarassu, 1ª secretária;
  • Mirella Almeida, prefeita de Olinda, 2ª secretária;
  • Rubem Lima, prefeito de Panelas, 1º tesoureiro; 
  • Elioenai Dias, prefeito de Cabrobó, 2º tesoureiro; 
  • Márcia Conrado, prefeita de Serra Talhada, secretária da Mulher da Amupe; 
  • Juliana Barbosa, prefeita de Casinhas. suplente da secretaria da Mulher. 

O Conselho Fiscal conta com seis nomes, já o Conselho Deliberativo tem 24 prefeitos e prefeitas, sendo o último dividido pelas Regiões de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco (RD), com um cargo de titular e o outro suplente.

Conheça Petrolina

Por Anthony Santana
Do Blog da Folha

A senadora Teresa Leitão (PT) afirmou que o presidente Lula (PT) pode até receber apoio de mais de um candidato ao Governo de Pernambuco em 2026, mas terá um palanque estrategicamente escolhido para disputar o comando do Estado.

Em entrevista à Rádio Folha FM 96,7 na manhã desta segunda-feira (17), a senadora reforçou que a reeleição de Lula é que deve nortear a negociação para composição dos apoios aos palanques estaduais.

“Ele pode ter mais de um apoio, o que é diferente de ter mais de um palanque. Em 2022 Lula escolheu um palanque (em Pernambuco) sintonizado nacionalmente com Alckmin na vice. Uma coisa é receber apoio de diversos palanques, outra é ter seu palanque estrategicamente e politicamente definido”, ressaltou a parlamentar.

Ainda analisando o cenário para as eleições gerais do ano que vem, Teresa Leitão declarou que acredita ser natural a intensificação das discussões sobre as candidaturas ao Senado Federal.

No Estado, Miguel Coelho (UB), Marília Arraes (SD), o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos) e o atual senador Humberto Costa (PT) já se colocam na disputa pela Casa Alta do Congresso Nacional.

Teresa Leitão reconhece a importância da eleição de senadores para os campos políticos de esquerdas e de direita. Ela considera, inclusive, que a corrida ao Senado está ganhado mais protagonismo que a disputa pelo governo estadual.

“É uma eleição bem atípica: a campanha de senador teve a largada e a de governador não. Foi uma inversão. O foco desta eleição vai ser a campanha de senador, porque é importante para os dois campos, tem vários, mesmo sendo uma eleição de duas vagas. A gente tem que fazer essa discussão, porque rompeu o ano, a urna chega”, avaliou Teresa.

Dulino Sistema de ensino

A União pagou, em fevereiro, R$ 1,33 bilhão em dívidas atrasadas de estados e municípios, segundo o Relatório de Garantias Honradas pela União em Operações de Crédito e Recuperação de Contragarantias, divulgado nesta segunda-feira (17) pelo Tesouro Nacional. No acumulado do ano, já são R$ 1,88 bilhões de débitos honrados de entes federados.

Em 2024, o valor chegou a R$ 11,45 bilhões de dívidas garantidas pela União.

Do total pago no mês passado, R$ 854,03 milhões são débitos não quitados pelo estado de Minas Gerais; R$ 319,76 milhões do Rio de Janeiro; R$ 75,94 milhões de Goiás; R$ 72,95 milhões do Rio Grande do Sul; R$ 2,81 milhões do Rio Grande do Norte; e R$ 73,85 mil do município de Santanópolis (BA). As informações são da Agência Brasil.

De R$ 1,88 bilhões de dívidas de entes federados honradas pela União em 2025, R$ 1,07 bilhão são de Minas Gerais; R$ 399,73 milhões do Rio de Janeiro; R$ 150,10 milhões de Goiás; R$ 149,76 milhões do Rio Grande do Sul; R$ 109,73 milhões do Rio Grande do Norte; e R$ 140 mil de Santanópolis (BA).

Desde 2016, a União pagou R$ 77,32 bilhões em dívidas garantidas. Além do relatório mensal, o Tesouro Nacional disponibiliza os dados no Painel de Garantias Honradas.

As garantias representam os ativos oferecidos pela União – representada pelo Tesouro Nacional – para cobrir eventuais calotes em empréstimos e financiamentos dos estados, municípios e outras entidades com bancos nacionais ou instituições estrangeiras, como o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Como garantidora das operações, a União é comunicada pelos credores de que não houve a quitação de determinada parcela do contrato.

Ipojuca No Grau

A Zona da Mata Sul de Pernambuco, economicamente reconhecida pelo predomínio da atividade canavieira, dá um novo passo em direção ao seu desenvolvimento sustentável. Com o propósito de transformar o território em um polo de oportunidades e bem-estar, o Sebrae Pernambuco lança, na próxima quarta-feira, a Agenda de Desenvolvimento Regional – um plano estratégico para o território com foco nos próximos cinco anos, construído de forma colaborativa por 39 líderes de nove municípios. O documento é o principal resultado do Programa LIDER – Liderança para o Desenvolvimento Regional, desenvolvido ao longo do último ano. O evento será às 18h30, no Hotel Sesc Guadalupe, em Sirinhaém, reunindo prefeitos e secretários dos municípios participantes, empresários e outras autoridades.

O documento apresenta macro-objetivos, diretrizes e estratégias de médio e longo prazo para impulsionar a prosperidade econômica e a sustentabilidade da Mata Sul do estado. “A Agenda propõe um modelo de atuação para o território a partir da identificação e execução de iniciativas públicas e privadas definidas de forma conjunta por lideranças de diversos setores da sociedade. Entre os próximos passos do programa, há, ainda, a instalação de uma Governança Regional representativa, ativa, articuladora e institucionalizada, que congrega os setores público e privado e o terceiro setor”, explica o superintendente do Sebrae Pernambuco, Murilo Guerra.

A construção da Agenda de Desenvolvimento Regional – Mata Sul teve a participação efetiva de lideranças dos municípios de Água Preta, Catende, Cortês, Escada, Gameleira, Palmares, Primavera, Ribeirão e Xexéu. O grupo, que contou com representantes dos segmentos empresarial, da sociedade civil organizada e da gestão pública dessas localidades, se reuniu em oito encontros, que vêm sendo realizados desde abril do ano passado. Desde então, eles têm atuado juntos no esforço de realizar transformações assertivas e inovadoras para a região a que pertencem.

Gerente do Sebrae/PE para a Zona da Mata, Alexandre Alves explica que o processo teve início ainda em fevereiro de 2024, quando foram realizados um estudo do perfil socioeconômico e a análise da viabilidade do recorte regional envolvido. “A Agenda LIDER é uma importante ferramenta que identifica eixos estratégicos de atuação que podem fazer diferença no desenvolvimento de uma determinada região. No caso da Mata Sul, foram elencados eixos de atuação objetivando, principalmente, o desenvolvimento econômico e social do território. Na apresentação, vamos entregar o documento para todas as autoridades presentes, com o objetivo de fazer chegar até os tomadores de decisão a verdadeira contribuição que o grupo de lideranças identificou ao longo dos encontros do Programa LIDER”, ressalta.

Caruaru - IPTU 2025

A Prefeitura de Serra Talhada, por meio do Instituto de Previdência Própria dos Servidores Públicos (IPPS), iniciou, hoje, o recadastramento anual de aposentados e pensionistas. O atendimento acontece na sede do IPPS, das 8h às 13h, até o dia 30 de abril. A atualização cadastral é obrigatória, pois garante o bom funcionamento no erário público e assegura a continuidade do recebimento para os beneficiários.

O presidente do IPPS, Jânio Barros, reforçou a importância do recadastramento e alertou sobre as consequências para quem não comparecer. “Essa é uma etapa fundamental para manter a organização da nossa previdência e garantir que todos os beneficiários continuem recebendo seus pagamentos sem interrupção. Aqueles que não realizarem o recadastramento dentro do prazo terão seus benefícios suspensos até a regularização da situação”, explicou. 

Para os beneficiários que possuem dificuldades de locomoção ou estão impossibilitados de comparecer presencialmente, o IPPS disponibiliza um canal de atendimento pelo telefone (87) 9.9626-2505. O Instituto está localizado na Rua Coronel Cornélio Soares, 587, no bairro Nossa Senhora da Penha.

Camaragibe Cidade do Trabalho

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, confirmou, hoje, em entrevista à Rádio Jornal, que o presidente Lula virá ao estado, em abril, para anunciar o início da licitação da obra de ampliação do Aeroporto de Caruaru, no Agreste. A intervenção é uma parceria com o Governo de Pernambuco e receberá um investimento de R$ 150 milhões; sendo R$ 75 milhões do governo federal e outros R$ 75 milhões do estadual.

“O projeto executivo do Governo do Estado ficou pronto no final do ano passado; fizemos a aprovação dele na Secretaria Nacional de Aviação Civil. E o presidente Lula estará em Pernambuco para anunciar o início da licitação. Essa obra será licitada pelo Governo de Pernambuco. Quando estive com a governadora Raquel Lyra, ela me pediu pra fazer a licitação; a governadora é de Caruaru, foi prefeita lá. Eu conversei com o presidente, nós não criamos nenhuma dificuldade para que o Estado pudesse fazer a licitação. Ao final, a obra vai sair do papel. Tenho certeza de que o Aeroporto de Caruaru será muito estratégico para o turismo de negócios, para o turismo de lazer; para movimentar a economia da região. Isso vai fazer com que a região cresça”, destacou Silvio Costa Filho.

De acordo com o ministro, “não faz sentido que cidades como Petrolina (PE), Campina Grande (PB) e Mossoró (RN) tenham grandes aeroportos grandes e Caruaru não tenha um terminal para receber jatos, voos de São Paulo, de Brasília”. “Isso vai ser fundamental não só para os mais de 50 municípios do agreste pernambucano, bem como para os do sertão. Vai gerar desenvolvimento em todas as regiões do estado”, pontuou Silvio.

Investimentos

Os investimentos para modernização e melhoria dos serviços aéreos têm sido garantidos pelo Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac), gerido pela Secretaria de Aviação Civil. Parte do valor aprovado para o terminal de Caruaru sairá do fundo, que está sendo utilizado para ampliar o modal aéreo brasileiro.

Após a requalificação, o terminal vai expandir a conectividade para atender novas regiões pelo país, com foco no aumento do turismo e na promoção de novas oportunidades de trabalho para os moradores. 

Dentre as obras previstas para o aeroporto de Caruaru está a construção de um novo terminal de passageiros com 6 mil m² e a ampliação da pista de pouso e decolagem do aeroporto, que será ampliada de 1.800 para 2.250 metros. Para garantir maior segurança nas operações aéreas, os investimentos serão utilizados para implementação de novas pistas de taxiamento de aeronaves e a construção de um novo pátio para os aviões que vão garantir os voos dos passageiros.

Cabo de Santo Agostinho - IPTU 2025

Em 2025, o Grupo Preserve Liserve, referência no ramo da segurança privada no país, completa 50 anos de atuação. Com o objetivo de cuidar e proteger o que tem mais valor, como diz o seu lema, o grupo conquistou a medalha de ouro em segurança e visa sempre desenvolver novas alternativas e caminhos com determinação e inovação.

Toritama - Prefeitura que faz

Um novo projeto de lei apresentado pelo deputado federal Lula da Fonte (PP) busca impor restrições rigorosas à comercialização de substâncias altamente tóxicas, como o arsênio e o aldicarbe, frequentemente associadas a casos de envenenamento acidental e criminoso. A proposta visa dificultar o acesso indevido a esses produtos e evitar que sejam utilizados para fins ilícitos, como homicídios e intoxicações, além de dificultar sua circulação no mercado clandestino.

A medida estabelece que toda transação envolvendo arsênio deverá ser detalhadamente registrada, incluindo a identificação do comprador quando for pessoa jurídica, o lote do produto e a finalidade da aquisição. Além disso, a venda de substâncias venenosas será proibida pela internet, independentemente de quem esteja adquirindo o produto. Já para a comercialização presencial, será necessário cumprir uma série de exigências, como a apresentação de documentos de identificação, comprovante de residência ou documento que ateste o endereço da empresa compradora, além da assinatura de uma declaração informando a finalidade de uso.

As novas regras também obrigam os estabelecimentos comerciais a manter um registro completo das vendas por um período de cinco anos, que deverá ser disponibilizado às autoridades sempre que solicitado. O deputado Lula da Fonte destaca que o projeto não inviabiliza o uso legítimo dessas substâncias, mas cria barreiras eficazes para evitar que caiam em mãos erradas. “A regulamentação é fundamental para garantir a rastreabilidade das transações e proteger a população. Queremos evitar que substâncias altamente tóxicas sejam usadas de forma criminosa e garantir mais segurança para todos”, afirma.

Palmares - Outlet

O xaxado e a cultura não podem parar! Após retornar da turnê na Itália, o Grupo Cabras de Lampião realiza uma curta temporada de apresentações no Quintal do Museu do Cangaço, em Serra Talhada, de 17 a 22 de março, sempre às 10h da manhã. O projeto, promovido pela Fundação Cultural Cabras de Lampião, busca fortalecer a cidade como a verdadeira Capital do Xaxado, oferecendo ao público uma imersão única no universo do cangaço.

Através do ritmo característico criado pelos cangaceiros e eternizado pelo som das alpercatas ritmadas que batem e arrastam pelo chão, nos pés ligeiros dos bailarinos do grupo. “Durante a temporada, os visitantes poderão apreciar uma apresentação autêntica de arte popular, onde música, poesia e dança se unem para contar a história de Lampião e seus seguidores. É uma oportunidade imperdível para conhecer a tradição e a beleza do xaxado, que ultrapassou fronteiras e se tornou um símbolo da resistência e da arte nordestina”, comentou Cleonice Maria, presidente da Fundação Cabras de Lampião.

A Curta Temporada do Grupo de Xaxado Cabras de Lampião é uma produção realizada com o apoio da Fundação Cultural de Serra Talhada/Prefeitura Municipal de Serra Talhada – PNAB, Ministério da Cultura – Governo Federal – PNAB.

O presidente Lula (PT) usou uma reunião de sua nova ministra, Gleisi Hoffmann (PT), com os presidentes da Câmara e do Senado para mandar um recado a partidos de centro e de centro-direita. O petista não só avisou, na semana passada, que ampliará as mudanças no governo, fazendo acenos a esses setores, mas também disse, em texto, que não fará trocas de olho na eleição de 2026. “O que eu quero é governabilidade”, disse.

A conversa foi relatada pelo deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara dos Deputados, e pelo senador Davi Alcolumbre (União Brasil -AP) a dirigentes de quatro partidos políticos. As informações são do blog da Daniela Lima.

“Lula foi textual, segundo me disseram”, relata um presidente de partido da centro-direita. “Gleisi, inclusive, fez uma intervenção. Disse que, por ela, a construção de uma chapa eleitoral começaria agora. Mas o presidente foi claro. Disse que não está pensando em 2026. Que quer governabilidade.”

Repassado, o recado foi assimilado pelo centrão, que respondeu mandando sinais de que não agirá para atropelar projetos importantes para o governo. “Prejudicar, não vamos”, diz o presidente de um partido alinhado a Bolsonaro.

Lula faz o gesto ao centrão num momento em que precisa do Congresso para efetivar propostas importantes, como a que isenta brasileiros que ganham até R$ 5 mil de pagar imposto de renda.

O município de Surubim, no Agreste, vive dias de polarização política. A polêmica da vez é a locação de 13 veículos pela Câmara dos Vereadores, com um custo de R$ 686 mil reais por ano. Como se não bastasse os vereadores da oposição rejeitarem o pedido do prefeito, Cléber Chaparral (UB), para a distribuição de 44 toneladas de peixe na Semana Santa, a notícia da locação dos veículos ampliou a polêmica.

“Negaram o peixe, mas não abriram mão da mordomia de um carro pago pelo contribuinte”, é o comentário que se faz entre a população. Sabe-se que a prática de um veículo custeado pelo contribuinte é comum em Tribunais, no Congresso e nas Assembleias Legislativas, mas em cidades do porte de Surubim é novidade.