Produção industrial brasileira cai 0,9% em maio

A produção industrial brasileira caiu 0,9% em maio em relação a abril. É o segundo recuo consecutivo, apontando retração de 1,7% no período. Com o resultado, o setor perdeu o ganho acumulado entre fevereiro e março deste ano (1,1%). As informações são da Agência Brasil.

No acumulado nos últimos 12 meses, houve crescimento de 1,3%, o que acabou por reduzir a intensidade no ritmo de evolução se comparado ao resultado do mês anterior. Os dados foram anunciados nesta quarta-feira (3), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os números fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nesta quarta-feira (3) pelo órgão, que mostrou ainda avanço de 2,5% no acumulado dos cinco primeiros meses de 2024, se comparado ao mesmo período do ano anterior.

Nessa comparação, entre as atividades, as principais influências positivas na totalidade da indústria foram anotadas por produtos alimentícios (5,2%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,1%), indústrias extrativas (2,3%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (4,8%).

O gerente da pesquisa, André Macedo, disse que, em maio de 2024, a indústria apresentou “predominância de resultados negativos de forma geral”, com recuo na margem e na comparação com maio de 2023.

Houve, ainda, interrupção da trajetória ascendente no índice de média móvel trimestral e perda de intensidade no ritmo de expansão no acumulado do ano e dos 12 meses anteriores.

Nesse mês, a indústria intensificou a queda que já tinha sido registrada no mês anterior, e entre os fatores que explicam esse resultado, estão as chuvas no Rio Grande do Sul, que tiveram um impacto local maior, mas também influenciaram o resultado negativo na indústria do país, informou o texto publicado pelo IBGE.

Conforme a pesquisa, 16 das 25 atividades investigadas tiveram recuo em maio de 2024. Veículos automotores, reboques e carrocerias (-11,7%) e produtos alimentícios (-4,0%) foram as duas maiores influências negativas para o resultado geral da indústria em maio.

O gerente afirmou, também, que esses dois setores foram prejudicados pelas enchentes do Rio Grande do Sul. No setor de veículos automotores, a paralisação das plantas industriais locais provocou impactos diretos e indiretos. Por causa do mau tempo, tanto as montadoras de veículos, quanto as fábricas de autopeças pararam com as produções e isso afetou também o abastecimento para a produção de bens finais no restante do país.

“Houve, por exemplo, a concessão de férias coletivas em uma planta industrial em São Paulo como forma de mitigar os efeitos das paralisações ocorridas em unidades produtoras de peças no Rio Grande do Sul”, completou.

Greve

Macedo acrescentou que a paralisação decorrente de greve em outra montadora e a base de comparação elevada também contribuíram para a queda de dois dígitos na atividade. Em abril, o setor de veículos registrou crescimento de 13,8%.

A atividade de produtos alimentícios, que responde por cerca de 15% da produção industrial do país, teve em maio o segundo mês seguido de queda. A perda acumulada no período é de 4,7%.

“A retração no processamento da cana-de-açúcar, por conta da condição climática menos favorável na segunda quinzena de maio, provocou uma queda pontual na produção do açúcar. Já entre os impactos negativos que podem ter a ver com as chuvas no Rio Grande do Sul estão as carnes de aves, de bovinos e de suínos e os derivados da soja, que são produtos que têm grande peso no setor”, explicou.

Outros setores que recuaram e influenciaram o resultado negativo do mês foram os de produtos químicos (-2,5%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,3%), produtos do fumo (-28,2%), metalurgia (-2,8%), máquinas e equipamentos (-3,5%), impressão e reprodução de gravações (-15,0%) e produtos diversos (-8,5%).

Os principais impactos positivos no resultado geral da indústria foram as indústrias extrativas (2,6%) e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,9%). De acordo com Macedo, esses segmentos têm grande peso e evitaram uma queda maior no resultado da indústria.

“O crescimento do setor extrativo veio após uma queda no mês anterior, ou seja, tem o efeito de uma base de comparação mais negativa. Também houve aumento na extração dos dois principais produtos, o petróleo e o minério de ferro”, afirmou.

As atividades de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (3,7%), produtos têxteis (2,9%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (1,5%), produtos de borracha e de material plástico (0,5%), outros equipamentos de transporte (0,2%), móveis (0,2%) e celulose, papel e produtos de papel (0,1%) também tiveram desempenho favorável.

“Ainda na comparação com abril, as quatro grandes categorias econômicas recuaram: bens de consumo duráveis (-5,7%), bens de capital (-2,7%), bens intermediários (-0,8%) e bens de consumo semi e não duráveis (-0,1%)”, pontuou o IBGE.

O recuo de 1,0% na comparação de maio de 2024 com maio do ano anterior teve influência dos resultados negativos de duas das quatro grandes categorias econômicas, 14 dos 25 ramos, 43 dos 80 grupos e 50,4% dos 789 produtos pesquisados, finalizou o IBGE.

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Convenções concentradas em agosto

As convenções partidárias de homologação dos candidatos que vão disputar as eleições municipais de outubro começam no próximo dia 20, mas pelo menos no Recife, centro irradiador para todo o Estado, a concentração dos atos partidários se dará no prazo final, na semana que vai de 1 a 5 de agosto.

Como o dia 5 cai numa sexta-feira, provavelmente seja o escolhido por João Campos (PSB), que disputa a reeleição, e pelos seus dois adversários – Daniel Coelho (PSD), o candidato da governadora Raquel Lyra, e Gilson Machado (PL), alternativa do bolsonarismo na capital.

Mesmo que esta seja a data escolhida por João, a partir de agora ele só terá, teoricamente, 12 dias para acabar com o mistério do anúncio do seu vice, porque o prazo legal para o start das convenções se dá no dia 20 e, naturalmente, se ele até lá não se posicionar, ficará com pouco tempo para aparar arestas que naturalmente irão surgir.

Especialmente por parte do PT, que, por incrível que pareça, ainda alimenta a esperança de indicar o nome que irá compor a chapa do prefeito. Aliás, o partido se uniu em torno de Mozart Sales, que se afastou da equipe do ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, para ficar apto, caso João mude de ideia.

As chances de o PT ser contemplado com a vice, entretanto, são quase zero. João vai lançar mão de um nome da sua própria equipe. O processo se afunilou entre o ex-chefe de gabinete, Victor Marques, que ingressou no PCdoB, e a ex-secretária de Infraestrutura, Marília Dantas.

Mas, a julgar pelos elogios que fez a Victor no discurso durante a inauguração do Parque da Tamarineira, sexta-feira passada, João já o escolheu como seu companheiro de chapa. “Victor teve um papel fundamental em tudo que podemos fazer pelo Recife”, disse, chamando a atenção dos presentes, especialmente de Marília Dantas, a quem também agradeceu, mas não se derramou tanto em elogios quanto em relação a Victor.

PROIBIÇÕES – Além da proibição de estarem presentes em inauguração de obras, desde sábado passado, os pré-candidatos a prefeito também estão impedidos de contratar shows artísticos, veicular nomes, slogans e símbolos em sites, canais e outros meios de informação oficial. A União também não pode mais fazer transferências de recursos públicos, está vedado também publicidade institucional, nomeação ou exoneração de servidores públicos. A fiscalização ficará sob a responsabilidade do Tribunal Regional Eleitoral.

Gadelha se alia a Daniel – Rifado como pré-candidato da federação Rede-Psol, que optou pela deputada Dani Portela (Psol), só restará ao deputado Túlio Gadelha (Rede) se abraçar com o pré-candidato Daniel Coelho (PSD), das forças que estão no guarda-chuva da governadora Raquel Lyra (PSDB). O namorado de Fátima Bernardes ainda não enveredou por esse caminho porque recorreu à direção nacional da federação Rede-Psol para anular a convenção que escolheu Dani.

Cabo eleitoral fraco – Pelos menos até o momento, o presidente Lula não se revela num potencial cabo eleitoral nas eleições no Recife. Enquanto a gestão de João Campos tem aprovação de 68%, a do petista na capital é de apenas 45%, segundo levantamento do Datafolha. Entre os entrevistados, 28% consideram “ruim ou péssimo” e 27%, regular. A pesquisa foi realizada presencialmente, com 616 eleitores recifenses nos dias 2 a 4 de julho. A margem de erro é de quatro pontos percentuais para mais ou para menos.

Estudante corajosa – A estudante de Direito Jamilly Fernandes Assis cobrou publicamente do presidente Lula (PT) uma série de obras que não foram finalizadas em sua universidade. Durante o evento de inauguração do novo campus da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), em Osasco (SP), na sexta-feira passada, ela disse que “depois de muita luta e 14 anos de espera”, finalmente estava “presenciando a inauguração oficial de apenas metade da Unifesp Quitaúna”. A universitária, que deixou Lula e Janja constrangidos no palanque, ainda pediu a instalação de uma moradia estudantil para os alunos que moram fora da cidade e foi muito aplaudida ao encerrar sua fala.

O palanque de João em Camaragibe – O PSB, de João Campos, e o Republicanos, do ministro Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), estão alinhados também em Camaragibe. Lá, João anunciou apoio ao pré-candidato Diego Cabral (Republicanos), nome indicado pela prefeita Doutora Nadegi. “Diego está comprometido com os avanços em Camaragibe. Tem perfil trabalhador, é dedicado e se alinha perfeitamente com os valores que defendemos no PSB”, disse o socialista, que, apesar da maratona de inauguração de obras na semana passada, ainda encontrou tempo em sua agenda para abraçar Diego.

CURTAS

PROTESTOS – O Brasil teve 37 ônibus queimados no 1º semestre de 2024. Houve uma queda em relação ao ano anterior, quando 46 veículos foram destruídos no mesmo período. Entretanto, houve um aumento em relação aos 29 ônibus incendiados nos primeiros 6 meses de 2022.  As informações são de um levantamento da NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos) enviado com exclusividade ao site Poder360.

MAIS UM – Em São José do Egito, o pré-candidato do Republicanos, Fredson Brito, arrebatou, ontem, o apoio do presidente da Câmara de Vereadores, João de Maria, arrastando para o seu palanque mais um político desapontado com a gestão do prefeito Evandro Valadares (PSB).

REDUÇÃO – A Operação Festejos Juninos, feita pela Polícia Rodoviária Federal, constatou uma redução de 41% no número de mortes nas estradas em Pernambuco durante o São João e São Pedro. Mas houve aumento de 6% no número de sinistros. A PRF foi acionada para 279 ocorrências.

Perguntar não ofende: Até quando o Brasil vai suportar essa grotesca e chata polarização do lulismo x bolsonarismo?

As discussões do grupo de trabalho (GT) da Câmara dos Deputados que debaterá uma nova proposta para combater a divulgação de informações falsas não avançaram no primeiro semestre, e o tema corre risco de ficar apenas para o ano que vem. O presidente da Casa Baixa, Arthur Lira (PP-AL), criou o grupo em junho, mas até o momento não houve reunião do colegiado.

Ao Metrópoles, membros do GT indicaram a possibilidade do início das discussões após o recesso parlamentar, que encerra em 31 de julho. No entanto, a Câmara dos Deputados estará esvaziada devido às eleições municipais, marcadas para outubro deste ano, em que vários parlamentares devem concorrer.

Lira anunciou em abril que um grupo de trabalho seria criado para apresentar um novo texto para regulamentar as redes sociais e combater as fake news. O líder alagoano chegou a criticar o Projeto de Lei (PL) nº 2.630/20, do senador Alessandro Vieira (MDB-SE), que ficou conhecido como PL das fake news, e ressaltou que o texto foi “polemizado”.

“O texto teve os problemas daquela comissão, daquela agência reguladora, de todas as versões feitas e praticadas pelas redes sociais, com relação à falta de liberdade de expressão e censura. E quando um texto ganha uma narrativa como essa, ele simplesmente não tem apoio”, explicou Arthur Lira à época.

Apesar do anúncio, o presidente da Câmara criou o grupo apenas em junho, depois da cobrança de alas interessadas. No entanto, o tema foi perdendo espaço na Casa Baixa em decorrência de discussões como a da reforma tributária e do PL do Aborto.

O colegiado funcionará inicialmente por 90 dias, com a possibilidade de prorrogação pelo mesmo período.

Até então, não há nenhum indicativo de quem será o relator da proposta. Todavia, membros do GT defendem que o responsável pelo parecer seja um deputado de centro, devido à necessidade de buscar um diálogo com os diferentes vieses ideológicos presentes no grupo de trabalho.

“Como é um ano com uma agenda prejudicada pela eleição, a prioridade ficou para a reforma tributária. Portanto, todas as demais movimentações ficaram prejudicadas. Também como o tema é complexo, ainda não conseguimos avançar e agora vem o recesso. Pouco provável que avance agora”, ressaltou o deputado Afonso Motta (PDT-RS).

Eleições municipais

O primeiro turno das eleições municipais deste ano está marcado para 6 de outubro. Já o segundo deve ocorrer em 27 de outubro. Nesse meio-tempo, os candidatos seguem articulando politicamente para apresentação das candidaturas e conquista de votos.

Um levantamento realizado pelo Metrópoles, em maio, mostra que ao menos 60 deputados irão disputar as eleições municipais deste ano. Isso demonstra que as discussões na Câmara dos Deputados no segundo semestre devem enfraquecer.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lançou, em março, o Centro Integrado de Enfrentamento à Desinformação e Defesa da Democracia (Ciedde) que, segundo o ministro Alexandre de Moraes, ex-presidente da Corte Eleitoral, já está operando.

Do Metrópoles

A defesa do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal, Anderson Torres, impetrou na Polícia Federal um pedido de suspeição do presidente da Segunda Comissão de Disciplina da Corregedoria-Geral, Clyton Eustáquio Xavier. O delegado conduz dois processos administrativos contra Torres.

A solicitação foi feita com base em um episódio entre Torres e o delegado em maio de 2021. Na época, o então ministro da Justiça exonerou Clyton do cargo de Diretor de Operações da Secretaria de Operações Integradas da Polícia Federal. Esse fato, segundo a defesa do ex-secretário, resultaria na independência do agora investigador.

“A posição do Sr. Clyton no cargo de DAS 101.5 do Ministério da Justiça ― do que foi exonerado por Anderson ―, lhe garante um significativo benefício patrimonial de quase R$ 14.000,00 mensais”, diz a defesa do ex-ministro na petição.

Defesa fala em antipatia do delegado em relação ao ex-ministro

Para os advogados, o delegado não poderia investigá-lo. “É razoável e natural reconhecer, sobretudo quando a posição é de grande destaque no governo federal, que a exoneração tem o condão de gerar, no agente exonerado, inequívoco sentimento de contrariedade e antipatia pelo agente que o exonerou”, dizem os advogados na petição , ressaltando que o policial teria interesse pessoal num desfecho prejudicial contra o ex-ministro.

Na petição, os advogados levantam suspeitas sobre a atuação do delegado. Segundo eles, é estranho o fato de o ex-ministro ter sido indiciado no inquérito que apurou os atos golpistas a partir de 8 de janeiro, apenas 24 horas depois do seu interrogatório. “É forçado a reconhecer que o relatório e suas conclusões já estavam prontas antes mesmo da iniciativa do acusado; o interrogatório, aliás, não foi sequer considerado no indiciamento”.

A defesa de Anderson pede a instauração de processo administrativo contra o delegado. De acordo com os advogados, ele deveria ter se declarado impedido ou, no mínimo, ter informado aos seus superiores sobre o episódio da exoneração quando Anderson Torres era ministro da Justiça.

Da Veja

Neste sábado (7), a 55ª Festa das Marocas continuou a encantar e surpreender, consolidando-se como um dos eventos mais aguardados do município de Belo Jardim. O prefeito Gilvandro Estrela esteve presente, acompanhado por amigos, familiares e diversas autoridades municipais e regionais, incluindo a prefeita de Bezerros, Lucielle Laurentino, e o deputado estadual Antônio Coelho.

O dia foi cheio de atividades culturais e musicais para a população, com destaque para a feirinha de artesanato no Centro e o carro da Pitú, na Avenida Deputado José Mendonça, que foi um ponto de encontro movimentado. À noite teve shows no palco principal, no Pólo Instrumental e no Palhoção.

“A 55ª Festa das Marocas continua a nos encher de orgulho. É um evento para todos e demonstra a nossa cultura viva e é um momento importante para a união da nossa população, além de impulsionar o desenvolvimento do comércio, turismo e do município como um todo”, destacou o prefeito Gilvandro Estrela.

A festa segue até o dia 09 de julho e a Prefeitura de Belo Jardim convida os moradores e visitantes para participarem dos próximos dias de festa, destacando que haverá ainda mais atividades culturais, apresentações musicais e oportunidades para desfrutar da hospitalidade e da alegria que caracterizam a Festa das Marocas.

Por Raphael Guerra*

A insegurança nas ruas da Região Metropolitana do Recife (RMR) pode ser traduzida em números, a partir de um levantamento do Instituto Fogo Cruzado. Somente no primeiro semestre deste ano, 41 pessoas foram vítimas de balas perdidas. Desse total, oito morreram. O número é o maior desde 2019, quando os dados da violência armada começaram a ser somados diariamente pelo instituto. 

As estatísticas, de fato, assustam. No primeiro semestre do ano passado, 26 pessoas foram atingidas por balas perdidas. Duas faleceram. Isso significa que houve aumento de 300% na quantidade de mortes. 

Variação dos números de vítimas na RMR

O estudo do Instituto Fogo Cruzado indicou que o número de mortes por bala perdida, no primeiro semestre de 2024, foi bem superior ao registrado no mesmo período dos anos anteriores. 

Em 2023, duas pessoas morreram e 24 ficaram feridas;

Em 2022, três morreram e 30 ficaram feridas;

Em 2021, uma morreu e 16 ficaram feridas;

Em 2020, duas morreram e 24 ficaram feridas;

Em 2019, três morreram e 10 ficaram feridas. 

“O aumento no número de vítimas de bala perdida no primeiro semestre de 2024 reflete a alta dos indicadores gerais que o Fogo Cruzado monitora e, sobretudo, nos mostra o descontrole da violência armada. Diferente de outros estados onde atuamos, aqui em Pernambuco os tiros geralmente são direcionados a alvos específicos, mas numa situação de tiroteio todas as pessoas ao redor ficam em risco e podem ser atingidas. Infelizmente, na Região Metropolitana do Recife isso tem sido cada vez mais frequente”, afirmou Ana Maria Franca, coordenadora regional do Instituto Fogo Cruzado em Pernambuco.

*Jornalista do Jornal do Commercio

A coalizão de esquerda Nova Frente Popular da França conquistou o maior número de assentos no segundo turno de votação das eleições parlamentares, disseram os principais pesquisadores neste domingo (7), colocando-os no caminho para uma vitória inesperada sobre o partido de extrema direita Reunião Nacional (RN), mas aquém de uma maioria absoluta no parlamento.

Uma estimativa da IFOP para a emissora TF1 disse que a Nova Frente Popular poderia ganhar 180-215 assentos no parlamento no segundo turno de votação, enquanto uma pesquisa Ipsos para a France TV projetou 172-215 assentos para o bloco de esquerda.

Uma pesquisa da Opinionway para a C News TV disse que a Nova Frente Popular ganharia 180-210 assentos, enquanto uma pesquisa Elabe para a BFM TV projetou uma faixa de 175-205 assentos para eles.

O bloco centrista do presidente Emmanuel Macron estava à frente do partido RN, de Marine Le Pen, na batalha pelo segundo lugar, de acordo com estas sondagens.

São necessários 289 assentos para obter a maioria absoluta na Assembleia Nacional, a câmara baixa do parlamento francês.

Da CNN

Depois de dois grandes tributos, o de Dalva de Oliveira, na semana passada, e o de John Lennon, na última sexta-feira, o Sextou da próxima sexta-feira faz uma viagem, um mergulho profundo, na trajetória do pequeno-gigante Nelson Ned, de “Tudo passará”, uma das suas canções de maior sucesso, cujo disco vendeu 40 milhões de cópias, somente nos Estados Unidos. 

Mineiro de Ubá, Nelson Ned sofria de nanismo, tinha apenas 1m12cm, mas cantava como um gigante. Arrebatou uma multidão de fãs no Brasil e no mundo. Entrevistei o jornalista André Barcinski, autor da biografia do cantor e compositor.

Em Tudo passará, André reconstitui a fascinante biografia do cantor desde a infância ― incluindo o diagnóstico de displasia espondiloepifisária, que lhe causaria dores crônicas ― até seus últimos dias em uma clínica de repouso. 

Essa trajetória inclui a breve passagem pelo Rio de Janeiro na adolescência, a mudança para São Paulo sob as bênçãos de Chacrinha, o contrato com o empresário Genival Melo e os percalços do início da carreira. 

Também a fama nacional e internacional, os casamentos conturbados e a paternidade, a relação com o nanismo, o feroz embate com a imprensa, com a Jovem Guarda e a turma da bossa nova e seu envolvimento com as drogas.

André fala também na posterior conversão de Nelson Ned à igreja evangélica e o ostracismo. Têm destaque ainda os anos 1970, quando o cantor vivia uma rotina insana na companhia de figuras como General Durazo, Baby Doc e Pablo Escobar.

O Sextou, enfim, traz a história do homem cuja voz embalou o Brasil dos anos 1970 a 1990. Nelson Ned foi um dos maiores artistas de seu tempo. A música romântica foi tachada por parte da crítica como brega, alienada. Mas era a que escutávamos no radinho de pilha, no quartinho da empregada, na portaria, no táxi, nos bordéis. Era o que fazia suspirar sua multidão de fãs. 

Nesta entrevista a Jô Soares, na década de 90, Nelson Ned deu um testemunho lindo da sua conversão ao Evangelho. O cantor morreu em 2014.

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Os pré-candidatos nas eleições deste ano apoiados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) lideram as pesquisas em cinco capitais brasileiras, enquanto os apadrinhados de Lula estão à frente em três.

O resultado, levantado pelo UOL, colheu informações de 11 capitais divulgadas desde o início de junho por quatro institutos: Datafolha, AtlasIntel, Quaest, Real Time Big Data e Paraná Pesquisas.

Veja a seguir os números por cidade:

Em São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), apoiado por Bolsonaro, e Guilherme Boulos (PSOL), apoiado por Lula, aparecem tecnicamente empatados nas pesquisas de quatro institutos. O único que mostra resultado diferente é o AtlasIntel, que aponta Boulos à frente de Nunes acima da margem de erro.

Datafolha

Ricardo Nunes (MDB): 24%

Guilherme Boulos (PSOL): 23%

A pesquisa contratada pelo jornal Folha de S.Paulo ouviu 1.092 eleitores entre os dias 2 e 4 de julho. A margem de erro é de três pontos percentuais, e o número de registro na Justiça Eleitoral, SP-001178/24.

No Rio, o prefeito Eduardo Paes (PSD) lidera com folga, com chance de reeleição em primeiro turno. Ele é apoiado por Lula e tenta se reeleger para mais um mandato na prefeitura. O delegado Ramagem (PL) é o pré-candidato que tem o apoio de Bolsonaro.

Na capital mineira, o deputado federal Rogério Correia (PT) e o deputado estadual Bruno Engler (PL) aparecem empatados tecnicamente no segundo pelotão. Quem lidera é Mauro Tramonte (Republicanos). As conclusões são as mesmas nas pesquisas dos três institutos que ouviram os eleitores da cidade.

Em Recife, pesquisa Datafolha aponta vitória em primeiro turno do prefeito João Campos (PSB), que tem o apoio de Lula. Gilson Machado (PL), que foi ministro do Turismo no governo Bolsonaro, aparece com 6% das intenções de voto.

A capital gaúcha, Porto Alegre, tem uma deputada do PT na liderança. Maria do Rosário (PT) está com 30,2% das intenções de voto, segundo pesquisa divulgada em junho.

Em Aracajú, Emília Corrêa (PL), pré-candidata apoiada por Bolsonaro, está em primeiro lugar. A pleiteante do PT, Candisse Carvalho, por outro lado, aparece com apenas 1% das intenções de voto.

A capital do Tocantins, Palmas, tem Janad Valcari (PL), apoiada por Bolsonaro, na liderança isolada. O PT não tem um pré-candidato na cidade, e Lula não se manifestou se deve apoiar algum nome.

Em Salvador, Lula apoia o vice-governador Geraldo Júnior (MDB), enquanto o atual prefeito, Bruno Reis (União) tem o apoio do PL de Bolsonaro. O último levantamento do Paraná Pesquisa mostra o seguinte panorama: Bruno 64% e Geraldo com 11% das intenções de voto.

Na capital capixaba, Vitória, Lula apoia João Coser (PT), enquanto Bolsonaro apoia Capitão Assumção (PL). Ambos são deputados estaduais, e aparecem atrás do atual prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), que tem chance de se reeleger no primeiro turno. No entanto, o petista tem melhor desempenho do que o bolsonarista.

Em Maceió, uma pesquisa divulgada no fim de junho mostra o atual prefeito, JHC, na liderança isolada na corrida à Prefeitura da capital alagoana, com 54,4% das intenções de voto – o que possibilita a chance de reeleição em primeiro turno. Ele é apoiado por Bolsonaro. Ricardo Barbosa (PT) tem apenas 0,9%.

Em Belém, o levantamento do Paraná Pesquisa divulgado no último dia 15 de junho mostrou o candidato apoiado por Bolsonaro, Delegado Éder Mauro (PL), à frente, com 30%. Na capital paraense, o PT apoia a reeleição de Edmilson Rodrigues (PSOL), que aparece em terceiro lugar, com 13,4%, atrás do candidato do MDB, Igor Normando.

Do UOL

O prefeito de Salgueiro, Sertão do estado, Marcones Sá (PSB), inaugurou no último dia 1º de julho, a Creche Maria Auxiliadora de Jesus, localizada em Conceição das Crioulas. Com esse novo equipamento, a gestão municipal soma três unidades infantis entregues a população, durante sua gestão municipal.

Em 2022, o prefeito inaugurou a Creche Aldeci Goes, localizada no bairro da Cohab e em maio deste ano, foi inaugurada a Creche Isabella Targino, localizada no bairro do Planalto.

“Estamos investindo na base educacional, acreditando que a educação é libertadora e essencial para construir cidadania e justiça social”, reforçou Marcones. O socialista tenta sua reeleição com o apoio do presidente Lula

Pesquisa Datafolha divulgada neste domingo (7) mostra que a aprovação da gestão da governadora Raquel Lyra (PSDB) é de apenas 16%, enquanto a reprovação é de 48%. O levantamento também mostra que 36% consideram o trabalho da governadora como regular.

A pesquisa foi realizada com 616 eleitores no Recife, entre os dias 2 e 4 de julho, e tem margem de erro de 4 pontos percentuais para mais ou menos, com um nível de confiança de 95%.

O levantamento foi publicado pela Folha de S.Paulo e registrado na Justiça Eleitoral sob o nº PE-09910/2024.

Uma boa notícia em matéria de política é o anúncio, por analistas de política internacional, de que os resultados, sobretudo, das últimas eleições no Reino Unido e na França, criam condições para o fortalecimento do centro político.

 Caso se concretize, a democracia se fortalece. Não se justifica essa polarização entre “esquerda e direita”, criando inclusive comportamentos patológicos, com pessoas intoxicadas por informações falsas gerando tumulto, usando palavras de baixo calão, querendo a todo custo impor as suas ideias.

O novo primeiro-ministro do Reino Unido lidera o processo de uma nova concepção política, apoiada no equilíbrio e não nos extremos. Ele coloca a estabilidade política como chave do processo de recuperação do Reino Unido.

Não haverá mudança nas políticas do Reino Unido em relação à sua crença na importância de um relacionamento forte com os Estados Unidos, seu papel na OTAN e seu apoio à Ucrânia. Mas mudança significa estabilidade precisamente porque os últimos anos de governo conservador foram instáveis, incluindo cinco mudanças de primeiro-ministro nos últimos nove anos.

O Partido Trabalhista inglês foi desradicalizado pelo novo líder Keir Starmer para se tornar uma alternativa para a maioria da população. Starmer não é um líder trabalhista particularmente radical. Sob o antigo promotor público, o Partido Trabalhista se comprometeu a manter o status quo nas taxas de impostos e prometeu reduzir a migração líquida.

No entanto, o partido apresentou uma grande visão para o futuro econômico da Grã-Bretanha: criar a Great British Energy (uma empresa pública de energia limpa), renacionalizar as ferrovias à medida que os contratos expiram e implementar uma nova estratégia industrial, para citar algumas políticas importantes.

Essas são metas elevadas, mas não impossíveis de serem alcançadas com o mandato que o Partido Trabalhista recebeu

Um fator que contribuirá para essa mudança é o esperado fracasso político do presidente francês Emmanuel Macron nas decisivas eleições parlamentares deste domingo, enfraquecendo-o no exterior e ofuscando seu legado, no momento em que a França se prepara para ganhar destaque global como sede das Olimpíadas de Paris.

Seja qual for o resultado do segundo turno deste domingo, não se espera que seja uma boa notícia para Macron. A mídia francesa descreveu recentemente uma atmosfera de “fim de reinado” no palácio presidencial do Eliseu.

Por outro lado, tudo indica que o Reagrupamento Nacional (RN), partido da líder extremista de direita Marine Le Pen, não terá a vitória esperada. Isso facilitará o reagrupamento político após a eleição e igualmente pode fortalecer uma posição de “centro”. 

Do blog do Ney Lopes

Por Claudemir Gomes*

Sempre fui apaixonado por música e futebol. Culpa da geração dos Beatles e de Pelé. Tive o privilégio de usufruir da boa música dos anos 60, 70 e 80 do século passado, e do futebol arte que transformou o Brasil na maior potência mundial do esporte mais popular do planeta. Pois bem! Passavam poucos minutos da meia-noite quando acabara de testemunhar a eliminação da Seleção Brasileira da Copa América que está sendo disputada nos Estados Unidos. O Brasil perdeu para o Uruguai numa decisão por pênaltis (4×2).

De imediato resolvi trocar o futebol pela música. Recorri a inteligência artificial e ordenei de forma implacável: 

– Alexa! Som na caixa ao seu gosto.

Numa irônica coincidência sou presenteado com o vozeirão do Zé Ramalho: “Mistérios da meia-noite; que voa longe; que você nunca; não sabe nunca; se vão, se ficam; quem vai, quem foi…”.

Não tinha como evitar uma boa risada. Captei a mensagem e acalmei o espírito. Afinal, a nova ordem não admite sofrimento. A boleirada está mais preocupada com o corte do cabelo e as cores das chuteiras do que com o futebol a ser praticado. 

O futebol brasileiro virou uma piada pronta. Dia desses, num dos programas esportivos da ESPN, um dos componentes da mesa falou que, numa dessas viagens da Seleção Brasileira havia mais de vinte cabeleireiros.

Time de futebol ou modelos da Victoria Secrets?

A perda do compasso começa na gestão da CBF. Após a Copa do Catar, o Brasil já mudou três treinadores. Vendo o Dorival Júnior fantasiado de Zagallo fiquei a pensar, cá com meus botões: será que ele vai fazer o aviãozinho se o Brasil passar pelo Uruguai?

Não! Não dá mais pra engolir esse tipo de coisa. Volta pra casa. Uma dúvida: será que a turma vai descer do avião pela porta de trás? A maioria dos desconhecidos meninos deve ir direto para a Europa. 

Sei que a tergiversada está grande, mas fica difícil analisar futebol diante do que as seleções de Brasil e Uruguai nos apresentaram ontem. Um festival de botinadas, nada mais que isso. Um espetáculo digno do clássico entre as usinas Petribu e Mussurepe.

O pior é que os frangotes dos dois times não sabem nem ser galos de briga. Saudade de Almir Pernambuquinho e Sérgio Ramirez. 

Antes de a bola rolar, o jogo foi “vendido” como o grande clássico desta edição da Copa América. 

Alexa! Som na caixa que o Zé Ramalho está perguntando: “Quem vai, quem foi”. 

Mistérios da meia-noite!

*Jornalista