Priscila Krause articula com prefeitos medidas para enfrentar chuvas previstas na RMR e Zona da Mata

Diante da previsão de chuvas intensas para os próximos dias, prefeitos da Região Metropolitana do Recife (RMR) e da Zona da Mata participaram, ontem, de uma reunião remota com a vice-governadora Priscila Krause. A articulação ocorre em meio à preocupação com possíveis alagamentos e deslizamentos em áreas de risco, cenário recorrente durante a quadra chuvosa em Pernambuco. Segundo a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), o tempo deve seguir instável até pelo menos a próxima terça-feira, com pancadas de intensidade moderada a forte.

Durante o encontro, representantes da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar detalharam os protocolos de prevenção e responderam a questionamentos dos gestores municipais. “Reforçamos as recomendações para que a população permaneça em segurança, sobretudo em áreas suscetíveis a deslizamentos e alagamentos”, afirmou a vice-governadora. Participaram da reunião prefeitos como Mano Medeiros (Jaboatão dos Guararapes), Ramos (Paulista), Elcione (Igarassu), Edmilson Cupertino (Moreno), Diego Cabral (Camaragibe), Mary Gouveia (Escada), Márcia Barreto (Joaquim Nabuco), Carlinhos da Pedreira (Barreiros), entre outros.

As autoridades também discutiram a situação de barragens e outras estruturas que integram o sistema de contenção de cheias. O secretário de Recursos Hídricos, Almir Cirilo, destacou que “a conclusão de Panelas II deve amenizar os efeitos na Mata Sul” e apontou que o nível ainda baixo da Barragem de Serro Azul permite maior retenção das águas. Segundo ele, os rios da região estão sendo monitorados com atualizações a cada 15 minutos.

Alguns gestores municipais reforçaram a importância da articulação com o governo estadual. “A antecipação das ações possibilita uma resposta mais rápida, e isso, nesse momento, pode salvar vidas”, disse a prefeita de Olinda, Mirella Almeida. Já o prefeito de Xexéu, Thiago de Miel, avaliou o acompanhamento como “essencial para que as prefeituras possam fazer um melhor atendimento às pessoas que mais precisam”.

Além das ações emergenciais, o governo destacou obras em andamento, como a conclusão do sistema de drenagem do Canal do Fragoso, em Olinda, e intervenções de contenção de encostas em Jardim Monte Verde, no Jaboatão dos Guararapes, que avançaram mais de 30%.

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As festividades planejadas para hoje, encerrando as celebrações pelos 43 anos de emancipação política de Camaragibe, foram canceladas. A Prefeitura Municipal, através da Secretaria de Defesa Civil, levou em consideração o alerta da Apac e do Inmet sobre a previsão de fortes chuvas que devem assolar a Região Metropolitana do Recife (RMR) nas próximas horas.

“Nós prezamos pela segurança de todos os cidadãos, adultos e crianças. Programamos uma linda festa para as crianças, mas essa celebração vai acontecer em outro momento. Agora, o foco é ficarmos de prontidão para dar respostas rápidas a possíveis ocorrências”, informou o prefeito Diego Cabral.

Os alimentos que foram preparados para o camarim dos artistas que se apresentariam no palco da Praça de Eventos serão doados a instituições sociais do município.

O comitê de monitoramento das chuvas está reunido para definir as medidas necessárias ao enfrentamento desse momento. As equipes da Defesa Civil estão recebendo informações e chamados de urgência pelos números (81) 2129-9564, 99945-3015 (WhatsApp) e 153 (Central da Guarda Civil Municipal). A pasta reforça que a população também tem um papel fiscalizador em áreas vulneráveis, observando a alteração nas encostas e a intensidade das chuvas.

Câmara do Recife - Nova Sede

Por Jorge Henrique Cartaxo
Lenora Barbo
Especial para o Correio Braziliense

“Inaugure Brasília e você terá um jornal lá, no primeiro dia”, teria dito Assis Chateaubriand ao presidente Juscelino Kubitschek, possivelmente na audiência quando seria convidado e nomeado embaixador do Brasil em Londres, em 1957. Já na Inglaterra, Chateaubriand iniciou as tratativas diplomáticas para trazer os restos mortais de Hipólito da Costa para o Brasil, então enterrado, desde o seu falecimento, em 1823, na Paróquia Mary-The-Virgin, no município britânico Hurley on Thames.

Visionário, Chateaubriand já sabia o que significava inaugurar Brasília com os símbolos históricos do Correio Braziliense (1808-1823) — nosso primeiro jornal — e Hipólito da Costa, primeiro defensor da transferência da capital brasileira para o Brasil Central. Brasília e o “novo” Correio Braziliense foram inaugurados no mesmo 21 de abril de 1960. Enfermo, o comandante dos Diários Associados não pôde comparecer à grande festa da nova capital. Os entraves diplomáticos retiveram os restos mortais do extraordinário jornalista e homem de Estado, na igreja de St. Mary-The- Virgin.

Márcio Cotrim, então diretor-executivo da Fundação Assis Chateaubriand, em 1999, retoma as articulações para o translado dos restos mortais de Hipólito da Costa. Em 27 de março de 2001, numa cerimônia acompanhado por 50 pessoas e presidida pelo reverendo Roy Taylor, realiza-se a exumação.

Estavam presentes, dentre outros, o presidente dos Diários Associados, Paulo Cabral, o embaixador Sérgio Amaral, a arquiteta Maria Beatriz de Arruda Campos — da sexta geração da família Costa — e o prefeito de Huley, John Webb. Em 4 de julho, nos jardins do Museu da Imprensa Nacional, foram depositados os restos mortais de Hipólito da Costa, numa grande cerimônia com a presença do então vice-presidente da República, Marco Maciel e do jornalista Paulo Cabral.

Hipólito José da Costa nasceu na então Colônia de Sacramento — na época território português — em 1774. Formou-se em direito e filosofia na Universidade Coimbra, em 1798. Com apenas 25 anos foi designado por Rodrigo de Souza Coutinho — o grande diplomata e estadista português durante as guerras napoleônicas — para uma viagem aos Estados Unidos, onde deveria apreender e relatar o que poderíamos chamar de os avanços técnicos, científicos, os recursos naturais que a jovem república americana mobilizava em torno da sua visível expansão econômica.

Culto, inquieto e com o olhar refinado, o jovem Hipólito observou os modos, as vestimentas, o comportamento, a administração pública e as práticas industriais, o traçado urbano e os sistemas hidráulicos. Teria sido nessa viagem o seu encontro com a maçonaria que, de certo modo, interferiria no seu destino de forma radical. Essa experiência ele descreveu, com riqueza e concisão, no seu “Diário da Minha Viagem para a Filadélfia (1798/1799)”.

Depois da sua viagem aos EUA, Dom Rodrigo, agora ministro da Fazenda e do Erário, o designou para uma nova missão na Inglaterra, onde deveria adquirir máquinas, livros e os equipamentos e materiais necessários para a Imprensa Régia, em que Hipólito era um dos diretores. Na Inglaterra, ele teria retomado os contatos com a maçonaria — instituição proibida e perseguida em Portugal. De volta a Lisboa, foi preso em sua residência em julho de 1802. Após três anos de encarceramento, fustigado pela Inquisição, Hipólito da Costa conseguiu fugir, certamente, com o apoio e as articulações dos seus amigos maçons.

Em 1805, agora na Inglaterra, protegido e com o apoio do Duque de Sussex — maçom e liberal —, Hipólito terá no apoio do filho do Rei Inglês e as condições necessárias para o seu empreendimento extraordinário que o colocará como um dos fundadores da pátria e da nação brasileiras. Em dezembro de 1807, fugindo das tropas de Napoleão, Dom João VI e sua Corte rumam para o Brasil, onde desembarca em janeiro de 1808.

Em junho daquele mesmo ano, Hipólito da Costa, de Londres, lança o primeiro número do Correio Braziliense. Durante os 14 anos seguintes foram publicados, praticamente todos os meses e de forma ininterrupta, 175 fascículos, basicamente com 123 páginas, do primeiro jornal “braziliense” — como preferia dizer o próprio Hipólito. Sua última edição, em razão da própria independência do Brasil, foi em dezembro de 1822.

Iluminista, liberal, monarquista constitucional no modelo inglês, defendeu até o último momento a preservação do Reino Unido do Brasil e Portugal, Hipólito da Costa fez do Correio Braziliense a mais vibrante e consistente tribuna da construção da nação brasileira. Quando a Constituição portuguesa de 1821 quis impor ao Brasil o retorno ao modelo colonial, Hipólito reconheceu e apoiou a inevitabilidade da Independência e a Constituinte de 1823.

Em dezembro de 1822, quando decidiu encerrar as publicações do Correio Braziliense — entendia que não fazia mais sentido uma edição de Londres para o Brasil, agora com uma imprensa livre e mais próxima do cotidiano político e econômico do país —, Hipólito faz sua última reflexão sobre a primeira Constituição Brasileira já em debate e elaboração: — Foi a experiência, foram os repetidos ensaios, foram os melhoramentos sucessivos, foi, enfim, a prudência dos legisladores em aproveitar os momentos, em adaptar suas medidas às circunstâncias em que se iam achando os povos na série dos acontecimentos políticos, que se fez chegar essas partes da Constituição inglesa, a que aludimos, ao grau de perfeição em que as vemos agora.

Mais próximo de Edmund Burke do que de Rousseau, Hipólito não se entusiasmava com o “povo” jacobino de Danton e Robespierre. Contrário à escravidão, defensor do livre comércio com as observações fiscais quando imprescindíveis, entendia que as Constituições devem valorizar os costumes. “Tanto melhores serão as leis de um Estado, quanto mais se limitarem às regras gerais, claras e compreensivas”, assinalava ele.

Hipólito da Costa foi convidado por Dom Pedro para o serviço diplomático brasileiro tendo como uma das suas atribuições iniciais o reconhecimento da Independência pela Inglaterra. Faleceu na manhã de 11 de setembro de 1823, prematuramente aos 49 anos, antes de receber seu diploma de nomeação, já assinado por Dom Pedro, de cônsul-geral na Inglaterra.

*Para Hipólito da Costa, “brazilienses” eram os nascidos no Brasil e os “brazileiros”, os portugueses que moravam no país, mas vindos da Europa.

Jaboatão dos Guararapes - Empreendedora

Na última quinta-feira, postei que estava com enormes dificuldades em localizar parentes dos ex-governadores mais antigos incluídos na miniobigrafia dos 22 ex-governadores no meu livro “Leões do Norte”, que será lançado pela editora “Eu Escrevo”, no próximo dia 9, no Recife.

Já começou a surtir efeito. Veja abaixo! Vou continuar repostando para que a noite de autógrafos seja transformada num grande congraçamento entre familiares de todos os ex-governadores.

“Magno, boa tarde!

Acabei de ler o seu artigo acerca do seu próximo livro ‘Leões do Norte’, no qual você relata a dificuldade de localizar os parentes dos ex-governadores.

Meu nome é Eduardo Lins de Albuquerque, sou sobrinho de Etelvino Lins, filho de Ulysses Lins de Albuquerque Filho, irmão de Etelvino.

Estou a seu inteiro dispor! Fique a vontade para me contactar quando quiser! Abaixo, segue os meus contatos.”

Dulino Sistema de ensino

Do jornal O Globo

O narcotraficante Marcos Roberto de Almeida, conhecido como Tuta, foi expulso pela Bolívia e entregue à Polícia Federal em Corumbá (MS), cidade na fronteira com o país vizinho, hoje. Tuta foi encaminhado ao presídio federal de segurança máxima em Brasília. O criminoso já chegou a ser considerado o “número 2” da facção Primeiro Comando da Capital, o PCC.

De acordo com informações do Ministério da Justiça e Segurança Pública, a transferência do preso para o Brasil, coordenada pela pasta e pelo Ministério de Relações Exteriores, contou com a participação de 50 integrantes da Polícia Federal, incluindo 12 operadores do Comando de Operações Táticas. O transporte da fronteira boliviana para Brasília foi realizado em uma aeronave da PF.

A escolta até a Penitenciária Federal em Brasília contou com 18 homens da Polícia Penal Federal, além do apoio das polícias Militar e Civil do Distrito Federal.

Tuta foi preso na última sexta-feira em uma ação conjunta da PF com agentes da Fuerza Especial de Lucha contra el Crimen (FELCC), da Bolívia. O traficante líder do PCC foi preso na cidade de Santa Cruz de la Sierra.

Condenado no Brasil a 12 anos de prisão pela prática dos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas, Tuta estava foragido e constava na Lista de Difusão Vermelha da Interpol desde 2020.

A prisão ocorreu após Marcos Roberto comparecer a uma unidade policial boliviana para tratar de questões migratórias, tendo apresentado um documento falso em nome de Maicon da Silva. O nome usado pelo traficante também já constava no banco internacional de dados, segundo o Ministério da Justiça.

Um agente boliviano, então, acionou um oficial da Polícia Federal brasileira que atua em Santa Cruz de la Sierra. A informação foi, então, enviada à central da Interpol em Brasília. Após o cruzamento de dados biométricos, os agentes brasileiros confirmaram que se tratava do traficante Tuta, foragido da Justiça brasileira.

Tuta chegou a ser o “número 2” de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, fundador do PCC. Na organização criminosa, Tuta era principal liderança da facção na rua, uma vez que Marcola está preso desde 1999. Apesar de não ser mais considerado o sucessor de Marcola, o traficante ainda tinha relevância na organização criminosa.

Marcos Roberto de Almeida também atende pelos codinomes Angola, Africano, Marquinhos, Tá Bem, Boy e Gringo. Segundo as investigações do Ministério Público de São Paulo, após o isolamento de Marcola no sistema penitenciário federal, em 2019, Marcos Roberto passou a tomar decisões estratégicas da organização criminosa, como o fluxo de caixa e o levantamento de informações de autoridades e policiais alvos de possíveis atentados da facção.

Ainda de acordo com o Ministério Público paulista, Tuta foi o responsável por planejar o resgate de Marcola em dezembro de 2019, plano frustrado pelas autoridades.

Em 2020, a promotoria deflagrou a Operação Sharks para tentar prendê-lo, sem sucesso. Em 2023, uma nova fase da operação mirou “laranjas” que atuavam na lavagem de dinheiro do PCC e trabalhavam diretamente com Tuta. Segundo as investigações, o traficante teria estruturado uma organização voltada à lavagem dos valores por ele “obtidos ilicitamente, com a utilização de dois ‘testas de ferro’ que atuavam na negociação de imóveis, na compra e administração de empresas e na movimentação bancária de valores”. À época, dois operadores financeiros de Tuta foram presos.

Tuta já havia sido preso em 2006, em Guarulhos. Na momento da abordagem, ele chegou a oferecer R$ 50 mil aos policiais militares para conseguie escapar. O traficante foi condenado a 23 anos e 7 meses de prisão pelos crimes de latrocínio, roubo qualificado, ameaça, cárcere privado, uso de documento falso, falsificação de documento público, corrupção ativa e dano qualificado, mas deixou a prisão em 2014, por progressão de pena ao regime aberto.

Petrolina - O melhor São João do Brasil

A governadora Raquel Lyra acompanhou hoje o monitoramento das ações emergenciais para enfrentar as chuvas que atingem Pernambuco, principalmente na Região Metropolitana do Recife e na Zona da Mata. No Centro Integrado de Comando e Controle (CICCE), ela observou a preparação das equipes que apoiam os municípios, diante da previsão da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), que indica chuvas de intensidade moderada a forte até terça-feira (21).

“Estamos em mais um dia de acompanhamento das movimentações de massas e chuvas na Região Metropolitana do Recife, Zona da Mata e Agreste. Priscila Krause já vem desde o primeiro momento trabalhando junto aos municípios, com as nossas forças operacionais da Compesa, Corpo dos Bombeiros e Defesa Civil para atuar na prevenção e cuidar dos que mais precisam. Estamos acompanhando cada nova atualização de perto, em alerta para cuidar de todos os pernambucanos”, afirmou a governadora.

A vice-governadora Priscila Krause destacou que o governo estadual iniciou a articulação com municípios e órgãos há um mês, acelerando medidas preventivas para reduzir os impactos do período chuvoso. Entre as ações previstas está a limpeza do Canal Beberibe, na Região Metropolitana, em parceria com a Prefeitura de Olinda, enquanto a Defesa Civil permanece em estado de prontidão para atender eventuais emergências.

Durante a reunião de monitoramento, a diretora-presidente da Apac, Suzana Montenegro, alertou para a intensificação das chuvas na Mata Sul, no Agreste e na Região Metropolitana do Recife, principalmente entre domingo à noite e segunda-feira, o que reforça a necessidade de atenção redobrada das equipes estaduais.

Paralelamente às ações emergenciais, o governo mantém investimentos em obras estruturantes para minimizar os efeitos das chuvas, como a conclusão do sistema de drenagem do Canal do Fragoso, em Olinda, e as obras de contenção de encostas em Jaboatão dos Guararapes. Também estão em andamento as construções das barragens de Panelas II e Gatos, com mais de R$ 500 milhões investidos para proteger comunidades historicamente vulneráveis às enchentes.

Ipojuca - No Grau 2025

A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, está em Pernambuco neste final de semana, em visita a comunidades tradicionais do Agreste e do Sertão do estado. A agenda tem como foco o fortalecimento das articulações com os povos originários e o avanço das políticas públicas voltadas à demarcação de terras e à valorização das culturas indígenas.

Em Pesqueira, no Agreste, Guajajara participou da 25ª Assembleia Xukuru de Ororubá, realizada na Aldeia Pedra d’Água, na Serra do Ororubá. O evento reúne lideranças indígenas de diversas regiões do país e é um espaço de troca política e espiritual. “Pude falar sobre os avanços do @minpovosindigenas e sobre a agenda de lutas dos povos indígenas para o avanço na demarcação de terras. Esta assembleia é um grande encontro de diferentes povos e também um espaço de fortalecimento político e da espiritualidade”, escreveu a ministra em suas redes sociais.

A assembleia é uma das principais mobilizações do povo Xukuru e tem papel estratégico na organização política indígena de Pernambuco. Reconhecido por sua resistência e luta histórica pela demarcação, o território Xukuru é símbolo da força dos povos do Agreste.

Hoje, a ministra seguiu para Cabrobó, no Sertão pernambucano, município conhecido por abrigar uma das maiores comunidades indígenas do estado. Lá, visitou a Ilha de Assunção, território do povo Truká, onde conheceu experiências de produção desenvolvidas pela comunidade. Em encontro com lideranças locais, ouviu sobre a urgência na requalificação da PE-510 e a necessidade de uma política nacional de educação escolar indígena. Reforçaram o papel da ministra na articulação com o governo federal e defenderam um modelo educacional que respeite as realidades regionais e envolva as comunidades.

Caruaru - São João na Roça

Com a base governista fragilizada, o Palácio do Planalto tem enfrentado dificuldades crescentes para manter o controle político, inclusive entre partidos que compõem o próprio núcleo de apoio. PSD e União Brasil, dois expoentes do Centrão, vivem um embate que se estende da disputa por ministérios à construção de candidaturas para 2026. O governo, atento aos riscos de novos rompimentos — como o do PDT —, tem sinalizado preferência por privilegiar o PSD, numa tentativa de conter o desgaste.

A instabilidade, no entanto, é alimentada por uma mudança nas forças do Legislativo. A federação entre PP e União Brasil, liderada por Davi Alcolumbre, aumentou a influência do bloco no Congresso, ao mesmo tempo em que acentuou as tensões com o PSD. Apesar de Alcolumbre manter uma relação próxima com o governo Lula, ele tem travado a votação de nomes indicados para agências reguladoras e segurado a pauta do Senado, em retaliação a Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia e integrante da cúpula do PSD. As informações são do jornal O Globo.

Na Câmara, os atritos ganham corpo na disputa pelo Ministério do Turismo, atualmente sob o comando do União Brasil. Deputados do PSD apostavam que assumiriam o posto e, inclusive, direcionaram emendas para a pasta. A reforma ministerial prometida não avançou, frustrando expectativas. Ainda assim, lideranças das duas legendas tratam o confronto como pontual. O senador Angelo Coronel (PSD-BA) e o líder do União no Senado, Efraim Filho (PB), minimizam o conflito e sustentam que ele se restringe a figuras específicas.

Nos bastidores, porém, as reclamações se espalham até entre membros da mesma legenda. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), tem sido criticado por manter boa relação com Alcolumbre, visto com desconfiança por parte da ala oposicionista do PSD. O Planalto tenta fortalecer sua relação com o partido de Gilberto Kassab, de olho nas articulações para 2025. A entrada de nomes com potencial presidencial, como Eduardo Leite e Ratinho Jr., aumenta o peso do PSD nas negociações.

No campo eleitoral, as tensões entre as duas siglas também se projetam nos estados. No Rio de Janeiro, o União Brasil tenta emplacar o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar, enquanto o PSD conta com o apoio de Lula para lançar Eduardo Paes. Em Alagoas, os dois partidos se enfrentam por meio de alianças com rivais históricos: de um lado, Arthur Lira (União-PP); do outro, Renan Calheiros (MDB-AL). No Paraná, Sergio Moro (União) e Ratinho Jr. (PSD) também podem se enfrentar.

Além da disputa no Centrão, o Planalto enfrenta fissuras em outros flancos. O PDT deixou formalmente a base do governo, após a saída de Carlos Lupi da Previdência em meio a investigações. A crescente adesão à CPI mista das aposentadorias, com apoio até de partidos com cargos na Esplanada, mostra o quanto o governo está com pouca margem para evitar novos desgastes no Congresso. Em meio a um Legislativo conflagrado, Lula tenta equilibrar os interesses de aliados cada vez mais impacientes.

Camaragibe - Cidade trabalho 100 dias

O deputado federal Fernando Rodolfo (PL) visitou, neste fim de semana, a jovem Carol, que deu à luz na calçada de uma rua em Brejão, no Agreste de Pernambuco, após ter atendimento negado três vezes no Hospital Municipal Alice Figueira. O parlamentar usou as redes sociais para mostrar o encontro, quando ouviu o relato da mãe e entregou, ao fim, um kit com leite e fraldas, garantindo o fornecimento dos produtos essenciais até o primeiro ano de vida da bebê, Maria Gabriela.

Fernando Rodolfo classificou o episódio como um caso grave de negligência e cobrou responsabilidade da Prefeitura. Segundo o deputado, a gestão do prefeito Saulo Maruim (PP) abandonou a população. “Negaram a ela o direito mais sagrado que existe: o de parir com dignidade”, declarou.

Carol relatou que procurou o hospital três vezes ao longo do dia 14 de maio, mas foi mandada de volta para casa mesmo sentindo contrações. “Eu não sentia ela mexer. Eu até fiquei preocupada. Aí eu disse a ele (ao pai) ‘Tenho medo de perder minha filha’”, contou. Por volta das 2h da madrugada, ao tentar retornar à unidade, a jovem acabou dando à luz na rua, com a ajuda do companheiro, que precisou retirar o cordão umbilical enrolado no pescoço da recém-nascida.

Cabo de Santo Agostinho - IPTU 2025 prorrogado

Antes das recentes mortes por choque elétrico no Recife, o atual prefeito de Surubim e ex-deputado estadual Cleber Chaparral (União Brasil) apresentou um projeto de lei que cria a Política Estadual de Reordenamento da Fiação Urbana. O texto, protocolado em novembro de 2024, previa identificação de cabos, retirada de fios inativos, inspeções técnicas e embutimento da rede em áreas turísticas.

A proposta também responsabilizava concessionárias e empresas de telecomunicações por seguir padrões técnicos, sob risco de advertências e multas. Na justificativa, Chaparral citava os riscos à vida e ao meio ambiente e defendia uma política ampla para enfrentar o problema. Dados da Aneel apontavam mais de 36 mil ocorrências com cabos energizados entre 2009 e 2024.

Olinda - A cada dia, uma nova conquista

Por Houldine Nascimento
Do Poder360

A relação afetiva com o Hotel Central, no Recife, levou a cozinheira Rosa Maria do Nascimento, 60 anos, a evitar que o estabelecimento encerrasse as atividades em um momento crítico. Os antigos donos haviam decidido que o local pararia de funcionar em 1º de junho de 2020, durante a pandemia da covid-19.

Diante da iminência de o tradicional empreendimento fechar as portas, Dona Rosa – como é mais conhecida – tomou uma decisão: assumiu a administração do primeiro hotel de luxo da capital pernambucana.

Hoje, o Hotel Central tem 23 funcionários. “A grande diferença é a história que ele adquiriu ao longo do tempo. O valor que teve para Pernambuco e, principalmente, para o Recife por gerar renda, emprego e contribuir com imposto para o Estado”, afirma.

O hotel foi o primeiro emprego de Dona Rosa com carteira assinada, aos 18 anos, como auxiliar de cozinha. “Comecei muito cedo fazendo pequenos trabalhos e ganhava bem pouquinho só para ajudar a criar minhas filhas, pois fui mãe muito cedo, aos 14 anos”, disse.

A empresária seguiu os passos da mãe, que era camareira do hotel. Suas duas irmãs também exerceram a profissão.

O estabelecimento fica na avenida Manoel Borba, 209, Boa Vista, área central do Recife. Foi fundado pelo empresário greco-suíço Constantin Aristide Sfezzo em 31 de outubro de 1928.

A arquitetura Art Nouveau e a altura de 35,7 metros fizeram o primeiro edifício arranha-céu da cidade despontar como um diferencial.

Estrutura

O Hotel Central tem oito andares. São 46 quartos em funcionamento: três são de luxo e dois estão na cobertura.

Os preços das diárias variam conforme os itens à disposição e a estrutura do quarto. A estada tem café da manhã incluso.

apartamento standard (com ventilador)

• individual – R$ 135

• duplo – R$ 205

apartamento luxo (com ar-condicionado)

• individual – R$ 150

• duplo – R$ 225

apartamento panorâmico

• individual – R$ 288

• duplo – R$ 430

“Os quartos não são modernos, mas são como se fossem os quartos das grandes fazendas de antigamente e atraentes para aqueles hóspedes que gostam de história, cultura e bom acolhimento”, declara.

Restaurante

Antes de assumir o hotel, Dona Rosa arrendou o restaurante, que fica no térreo. Era o seu meio de renda. “Começamos a funcionar no hotel entre 2015 e 2016”, diz.

A empresária afirma que o Tempero da Rosa “foi o que manteve o hotel e movimenta até hoje”.

O espaço abre todos os dias para café da manhã, de segunda a sexta-feira, das 7h às 9h; e aos sábados, domingos e feriados, das 7h às 10h.

Para almoço, funciona de terça-feira a sábado, das 11h às 15h. O custo dos pratos varia de R$ 22,99 a R$ 34,99.

Estão entre os que se destacam:

• peixada pernambucana;

• charque desfiado;

• arrumadinho de charque;

• bacalhau à moda da casa; e

• dobradinha

Celebridades

Várias personalidades já se hospedaram no Hotel Central durante a passagem pelo Recife. Estão entre os nomes:

• Orson Welles – cineasta norte-americano (dirigiu “Cidadão Kane”, de 1941, por exemplo);

• Getúlio Vargas – presidente do Brasil de 1930 a 1945 e de 1951 a 1954;

• Carmen Miranda – cantora, dançarina e atriz luso-brasileira;

• Roberto Carlos – cantor e compositor brasileiro.

Tombamento

Em novembro de 2017, o Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural aprovou o tombamento do Hotel Central.

Toritama - FJT 2025

Da Folha de S.Paulo

Empresários, lobistas, autoridades do governo, de tribunais e de agências reguladoras, governadores, deputados e senadores esvaziaram Brasília na última semana para uma série de eventos públicos, jantares e reuniões privadas em Nova York, em roteiro que ficou conhecido como “Brazil Week”.

A proposta era vender o Brasil para investidores, autoridades e empresários estrangeiros, embora a maioria dos eventos tenha reunido, majoritariamente, apenas brasileiros. Empresas como JBS, Banco Safra, BTG Pactual, XP Investimentos e Itaú organizaram encontros entre empresários e políticos.

Esses encontros, de acordo com relatos, foram a oportunidade de empresários com interesses em medidas legislativas e regulatórias se aproximarem de políticos com poder decisório e levarem suas demandas. Também foi a chance de investidores terem contato com autoridades e discutirem temas como o patamar da taxa de juros e o que pensam os parlamentares sobre os projetos de cada setor.

A Gerdau, por exemplo, aproveitou um seminário que a tinha como patrocinadora para reclamar do que vê como lentidão do governo brasileiro para lidar com as tarifas impostas pelos Estados Unidos e ainda cobrar medidas contra a “competição desleal” de produtos chineses.

Uma das estrelas da Brazil Week foi o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que cancelou a agenda no Legislativo para participar dos seminários nos Estados Unidos. Ele, no entanto, só divulgou os compromissos em um dos quatro dias da viagem.

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Luís Roberto Barroso, também participou. Em uma dessas confraternizações, Motta antecipou a Barroso pessoalmente que entraria com recurso no STF contra a decisão da Primeira Turma da Corte de rejeitar a votação da Câmara para suspender a ação penal contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ).

Dois deputados contam que Motta recebeu o apoio de empresários no embate com o STF. Ouviram que o Congresso não pode se apequenar e que deve reafirmar suas prerrogativas.

Na segunda-feira (12), jantar promovido pelo grupo Esfera Brasil reuniu boa parte das autoridades que foram a Nova York. Num coquetel, encontraram-se parlamentares, empresários, governadores e o procurador-geral da República, Paulo Gonet.

A reunião colocou no mesmo espaço figuras diretamente envolvidas na polêmica compra do Banco Master: os empresários Joesley e Wesley Batista (da JBS, PicPay e Banco Original), André Esteves, do BTG, e Paulo Henrique Costa, presidente do BRB. O tema permeou conversas reservadas no local. O presidente do Master, Daniel Vorcaro, foi aconselhado por empresários a não comparecer.

O ex-presidente Michel Temer (MDB), que foi convidado para eventos na cidade, não participou dos encontros em que estavam os Batistas.

Estavam lá também uma comitiva de deputados que acompanhou Motta, o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), o presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), Vital do Rêgo, o ministro Renan Filho (Transportes) e Dario Durigan (secretário-executivo do Ministério da Fazenda).

Governadores também marcaram presença nos eventos, como Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), Ibaneis Rocha (MDB-DF), Renato Casagrande (PSB-ES), Eduardo Leite (PSD-RS), Raquel Lyra (PSD-PE) e Cláudio Castro (PL-RJ).

Todos, à exceção de Tarcísio, estiveram no fórum organizado pelo Lide no dia seguinte. O Governo do Rio de Janeiro foi um dos patrocinadores do evento.

Na ocasião, Caiado e Leite se colocaram como pré-candidatos à Presidência.

Tarcísio, um dos protagonistas da semana pela expectativa de que seja candidato a presidente, não foi a dois eventos para os quais seu nome estava anunciado: além do promovido pelo Lide, do ex-governador de São Paulo João Doria, não esteve no da revista Veja, que também ocorreu na terça (13).

Aliados disseram que ele decidiu faltar ao evento da Veja por causa de um dos patrocinadores, a Refit, Refinaria de Petróleo de Manguinhos, controlada pelo empresário Ricardo Magro.

A refinaria foi a patrocinadora master da conferência, que também contou com dinheiro do Governo do Rio de Janeiro. O Fisco estadual cobra R$ 8,9 bilhões da refinaria, como mostrou o UOL. O Governo de São Paulo cobra R$ 9,5 bilhões. Procurada pela Folha, a empresa não se manifestou. Outros apoiadores do evento foram a JBS e a Cedae, companhia de saneamento do Rio de Janeiro.

No mesmo dia, a JBS promoveu um almoço no restaurante Fasano, que reuniu cerca de 200 pessoas. À noite, as autoridades se dividiram entre jantares do site Congresso em Foco, XP e Banco Safra.

Na quarta (16), as mesmas autoridades se reuniram em evento promovido pelos jornais O Globo e Valor Econômico, que, desta vez, teve a presença de Tarcísio.

Motta e Barroso também estiveram no evento. Depois das palestras, o deputado conversou com representantes da SpaceX, empresa de Elon Musk. O presidente da Câmara afirmou que os empresários americanos querem ampliar os investimentos no país.

Com Brasília esvaziada diante do cancelamento das sessões da Câmara e uma pauta fraca no Senado, outros grupos de parlamentares viajaram aos Estados Unidos.

A bancada ruralista participou da Sugar Week, que reúne grandes empresas do setor sucroalcooleiro, e congressistas de direita conversaram com autoridades e instituições americanas, além de encontrarem o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que se licenciou do mandato para morar nos EUA alegando perseguição do STF.

Questionados sobre a razão de ir até Nova York para participar de eventos majoritariamente com a presença de brasileiros, Caiado, Castro e Leite disseram que é a oportunidade para vender seus estados e se apresentar a investidores estrangeiros.

A governadora Raquel Lyra disse, em nota, que cumpriu missão internacional, com agendas como participação em seminários e a assinatura de um contrato para ampliar a capacidade de armazenamento de gás natural liquefeito no Complexo de Suape.

O governador Claudio Castro respondeu, em nota, que teve agendas na ONU (Organização das Nações Unidas) e na DEA (Agência Antidrogas Americana) para tratar de parcerias para o combate ao tráfico de armas e drogas, além de participar de fóruns promovidos por veículos de imprensa e entidades privadas.

As demais autoridades e empresas citadas na reportagem foram procuradas, mas não responderam ou não quiseram comentar.

Palmares - IPTU 2025

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), entregou ao papa Leão XIV uma carta convidando o pontífice a participar da COP30, que será realizada em novembro, em Belém (PA). As informações são da CNN Brasil.

A entrega foi feita pessoalmente durante visita de Alckmin ao Vaticano, onde ele participou da missa que celebra o início do pontificado de Leão XIV. A carta é assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O governo federal enviou uma comitiva para prestigiar a primeira missa do novo pontífice. Além do vice-presidente Geraldo Alckmin, participaram da celebração a vice-primeira-dama, Lu Alckmin, e o embaixador do Brasil no Vaticano, Everton Vieira Vargas.

Conhecido, dentro e fora do governo, por sua devoção ao catolicismo, o vice-presidente Alckmin beijou a mão do papa ao entregar convite ao pontífice. O papa já esteve no Brasil em outras ocasiões.

“Quero destacar a honra de representar o povo brasileiro no início do pontificado do papa Leão XIV. Trazer os cumprimentos do presidente Lula ao chefe de Estado do Vaticano e do líder espiritual da Igreja Católica Apostólica Romana. E trouxe o convite do presidente Lula para o papa Leão XIV visitar o Brasil, especialmente na COP30, em novembro, em Belém. E principalmente dizer da esperança que é o novo pontificado. Ao semear a paz, o papa Leão XIV enche o mundo de esperança”, disse Alckmin em vídeo publicado nas suas redes sociais.

A missa contou com a presença de diversas autoridades internacionais. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, participaram da celebração.

Veja a lista dos principais nomes

  • Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky;
  • Vice-presidente dos EUA, JD Vance;
  • Vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin;
  • Primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni;
  • Presidente do Peru, Dina Boluarte;
  • Primeiro-ministro da Alemanha, Friedrich Merz;
  • Presidente da Colômbia, Gustavo Petro;
  • Presidente do Equador, Daniel Noboa;
  • Presidente de Israel, Isaac Herzog;
  • Presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Layen;
  • Rei da Espanha, Felipe VI;
  • Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Souza;